Após acertar os salários de janeiro e fevereiro, a Avibras voltou a reduzir o pagamento do salário em maio

http://www.securityeng.com.br/imagens/imagensparceiros/AVIBRAS.JPGSugestão: Santa Catarina BR

Redução

Após acertar os salários de janeiro e fevereiro, a Avibras voltou a reduzir o pagamento do salário em maio

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Nuvens escuras pairam no céu da Avibras, em São José dos Campos, principal empresa brasileira de armamentos e sistemas de satélites para uso bélico.
Com salários atrasados desde março, a companhia pode perder funcionários qualificados para concorrentes e começar a entrar em processo de sucateamento.
Em maio, os 830 funcionários da Avibras voltaram a receber salário limitado ao teto de R$ 1.500. O problema atinge principalmente engenheiros e técnicos qualificados que recebem rendimentos superiores a R$ 4.000. Eles representam cerca de 40% do total dos funcionários da companhia.
A redução teria ocorrido por causa do pagamento dos salários atrasados de janeiro e fevereiro. Com isso, os trabalhadores passaram a receber R$ 500 de adiantamento e R$ 1. 000 de salário.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, é justamente essa parcela dos empregados que está mais desmotivada.
“Alguns deles estão até em depressão. Tem gente fazendo empréstimo para pagar as contas. A situação é insustentável”, disse o sindicalista José Donizetti de Almeida.
Segundo ele, a ameaça de saída de talentos é real e pode ampliar o problema da empresa, que sofre com falta de contratos nos mercados internacional e nacional.
“O trabalhador que não recebe, e tem uma qualificação muito boa, não vai esperar muito tempo. Ele vai sair na primeira oportunidade”, afirmou Almeida. “Há risco de uma saída em massa.”

Atraso.
A principal esperança da Avibras para sanar as contas é receber, do governo federal, um adiantamento de R$ 150 milhões pelo programa Astros 2020, que prevê um investimento total de R$ 1,2 bilhão.
Trata-se de uma parceria entre o C omando do Exército e a Avibras para o desenvolvimento de veículos lançadores de mísseis.
No entanto, em abril, o governo confirmou que o programa pode não sair do papel neste ano devido ao corte no orçamento da União, que afetou projetos de todos os ministérios, inclusive da Defesa.
Segundo o governo, para tentar evitar um “colapso financeiro” na Avibras, pequenos contratos na área de defesa podem ser fechados.
O adiantamento era tão vital à saúde financeira da empresa que, após demitir 170 trabalhadores em janeiro, a Avibras formalizou no Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas, em março, um acordo de recontratação dos empregados condicionado à entrada dos R$ 150 milhões.
Agora, a proposta é recontratar os trabalhadores conforme os contratos menores sejam confirmados. Desde março, segundo Almeida, a Avibras chamou seis dos funcionários demitidos.
“Com o programa Astros 2020, o futuro da Avibras pode estar assegura do, mas o problema é o presente”, apontou.

Outro lado.
Procurada pelo O VALE, a direção da Avibras não se manifestou sobre o atraso nos salários. O Ministério da Defesa também não comentou o atraso na liberação do adiantamento. O governo estuda a compra do controle acionário da Avibras por uma empresa de capital nacional.


FONTE: O VALE

25 Comentários

  1. A Avibrás tem o Astros 2020, tem vant nacional, mas não tem o apoio que precisa para sobreviver como empresa estratégica para a defesa nacional.
    Com a palavra, o Ministro Jobim.

  2. O Problema é ela ter só um produto(na realidade tem outros mas…) e o principal cliente não tem verbas para sair comprando sistemas de foguetes.

    A Avibrás está agonizando, se demorar muito não haverá nada para ser vendida ou estatizada.

    Que a Odebrechet, ou Embraer, ou alguma outra grande corporação NACIONAL compre ela antes que seja tarde.

    []’s

  3. Cade o Jobin com aquela conversa de END,pra “ajudar” os franceses ele se apresenta e os defende e as empresas brasileiras do setor de defesa,não passa de mais um demagogo aproveitador.

  4. nick, sejamos francos, por mais q o BNDES tenha o maior controle acionario das grandes empresas nacionais, o proprio BNDES nao manda em nada. nem vou citar o caso da oi-telemar…enfim nao acho q a EMB, Odebrecht ou a VALE sejam 100% nacionais, mas tenho um maior controle acionario nacional — isso é apenas mera suposição.
    d qlqr jeito, nao acho bom para a economia livre de mercado, q uma empresa absorva outra, pelo obvio livre comercio — quanto mais empresas oferecerem produtos do mesmo nivel, maior capacitação, preço mais baixo.
    oq fazer com a Avibras? oras, o gov pode dar uma de USA na crise, e comprar as açoes dela — como o USA fez com todos os seus bancos — ate q a situação s normalize.
    mas se nao vejamos, com tantos projetos prontos, que sao buscados pelo exercito, e aeronautica, nao seria mais facil comprar 1 ou 2 deles? naaao, aq nao. o gov prefere, numa visao curta, deixar outra empresa falir. hj estariamos com um dos melhores CC do mundo. hj ja teriamos uma belo VLS III. HJ ja teriamos um RH melhor q o do Chile. mas nao, a visao curta nao permite tais coisas boas.
    Dona Dilma, como cidadao brasileiro, peço a Deus q a senhora ou compre algum proj da avibras, ou adquira logo essas açoes. é o mminimo. abraços a todos, e q a avibras nao afunde.

  5. caro Tassio,

    Não discordo não… Mas é o caso de se analisar o que a Avibrás faz. Qual o negócio dela? DEFESA. Aqui DEFESA é prioridade? Não. Vide a Engesa e outras empresas nacionais que faliram ou foram compradas por multis. Porque a Embraer é exceção? Porque ela atende principalmente o mercado civil e a Defesa é apenas mais uma unidade de negócio para ela. Então, sozinha, a Avibrás não é viável, porque fica dependendo quase que exclusivamente do Governo. Dentro de uma estrutura maior, sua expertise em foguetes, viaturas, e agora vants, não vai se perder. Sozinha, seus melhores funcionários com certeza vão procurar outros lugares que ofereçam mais segurança em termos de salário.

    Não vejo alternativa. Ela tem de ser comprada/adquirida por um grande grupo, de controle nacional. E o governo tem de fazer a parte dela, viabilizando o negócio.

    []’s

  6. Fora os projetos em curso que os colegas já mencionaram acima acredito que o Exercito poderia paralelamente “energizar” a Avibrás com os seguintes projetos de relativos custos baixos:
    1)Adaptação dos blindados M41 para uso como viatura de transporte de pessoal. A Bernardini adquiriu conhecimento fazendo modernizaçao nesses carros e depois projetou seus proprios blindados.
    2)Re-utilização dos projetos Charrua e Osório (mesmo que tecnologicamente um pouco menos avançados)para desenvolver capacitação na area de blindados.

    O GF tem que invistir em projetos que beneficiem a Industria Nacional, é inacreditável que a Iveco (italiana) esteja fazendo o Guarani e contra o bom senso a Avibras esteja parada. A Embraer teve que se associar a Chineses para produzir lá, mesmo caso acontece na licitação dos super tucanos nos EUA. Aqui é diferente: os extrangeiros compram nossa empresas ou montam sua proprias fabricas, enquanto que as genuinamente brasileiras como a Avibras ficam sem encomendas e parcerias.

  7. O Exército, não poderia ter contratado os blindados da Avibrás?
    É fácil dizer “eu sou nacionalista” e outra entender que o nacionalista hoje precisa ser nacionalista primeiro que tudo na ECONOMIA. E também entender algo de geopolítica, se o Brasil está tentando ocupar espaços que antes ocupavam os EUA, então podemos ter um problema com eles.
    .
    Não existe mais a ameaça comunista, um nacionalista hoje tem que falar de como vai fazer para o país beneficiar mais o produto que exporta de como vai fazer para criar uma indústria de defensa própria. Leiam o ítem “Soberania” no programa do Partido Militar, um desastre.
    Se o Exército tivesse contratado a Avibrás, hoje a empresa estaria trabalhando normalemente.

  8. Eu não tenho nada a ver com São Paulo, mas deixar de lado, desistir de arrecadar R$ 420 milhões aos cofres públicos em prol do futebol é crime de responsabilidade fiscal. Convenhamos, precisamos de educação, ciência, tecnologia e futebol vem depois disso. Paulistas não deixem isto acontecer, é uma vergonha.

  9. E a Avibras (empresa estratégica de defesa) esperando adiantamento de R$ 150 Milhões. Deu nojo, vou praça falar com os passarinhos.

  10. O Brasil deve se preocupar além do número de pessoas trabalhando qual é a atividade exercida. Precisamos de vagas na industria para nossos pesquisadores. É triste ler uma notícia deste tipo.

  11. A Avibrás tem que conseguir entrar também no mercado civil, só assim ela conseguirá se auto-sustentar. Se não, mais dias,menos dias, ela falirá.

  12. E juntando alguns estados brasileiros, passa de uma dezena de milhões de reais liberados para carnaval e (Não são permitidas manifestações discriminatórias no Plano Brasil. Abs Lucasu)! Enquanto isso, a Avibrás segue os passos da Engesa Esse é o nosso Brasil!

  13. Ela deve entrar no mercado civil e talz… mas em no quê ?
    O que ela deve produzir para o mercado civil ?
    Você não verá um cidadão comum comprando foguetes da Avibrás.

    Para os que não sabem, a Avibrás já atua no setor civil, pela Tectran. Empresa subsidiária da Avibrás que fabrica equipamento de logística e transporte.

  14. Engraçado,sempre imaginei a Avibrás como uma montadora de automóveis. Talvez se rolasse uma parceria e um incentivo do governo, quem sabe.

  15. Orlov, meu caro, o cerne da discussão é extamente esse, cadê o incentivo do Governo para uma empresa estratégica para a defesa nacional?

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