A Grã-Bretanha rechaçou negociar a soberania das Ilhas Malvinas com a Argentina e reiterou hoje que a posição de Londres em relação ao assunto “não mudou em nada”.
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Um dos porta-vozes do Ministério de Relações Exteriores britânico, Nicholas Duvivier, declarou à ANSA que as negociações aconteceriam somente se os moradores das ilhas quisessem.
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Duvivier reiterou as declarações feitas pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, na última quarta-feira, de que as Malvinas serão consideradas território britânico enquanto “quiserem sê-lo”. O premier também garantiu que a soberania do arquipélago “não é negociável”.
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Por sua vez, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, rebateu as afirmações ontem, dizendo que a posição de Cameron é “um gesto de mediocridade e quase de estupidez”.
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Ela ainda afirmou que a Grã Bretanha continua sendo uma “grotesca potência colonial em decadência”, já que pratica o colonialismo, algo que ela considera antigo e injusto.
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Para Duvivier, o primeiro-ministro somente reiterou “nossa posição já conhecida, de que a soberania das Malvinas está baseada na autodeterminação [de sua população]”.
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A Chancelaria argentina divulgou ontem um comunicado afirmando que o país “rechaça que, mediante as declarações, o governo do Reino Unido, em um lamentável ato de arrogância, se atribua a autoridade de colocar ‘fim à história’ de disputa de soberania, reconhecida pelas Nações Unidas e ainda pendente de solução”.
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A questão foi levantada uma semana após a Organização dos Estados Americanos (OEA) ter chamado os governos da Argentina e do Reino Unido para negociarem “o quanto antes” o domínio das ilhas.
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As Ilhas Malvinas (conhecidas na Inglaterra como Ilhas Falkland), são atualmente um território inglês, pelo qual a Argentina reclama posse desde o século 19. Em 1982, os dois países travaram uma guerra por seu domínio e, apesar da Grã-Bretanha ter saído vitoriosa, a Argentina ainda reclama seus direitos sobre as ilhas.
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