Republicanos pedem explicações sobre ação americana na Líbia

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A oposição republicana nos EUA pediu ao presidente Barack Obama explicações formais sobre o envolvimento militar americano na ofensiva internacional contra o regime líbio.

Em uma carta à Casa Branca, o presidente da Câmara dos Representantes (deputados federais), John Boehner, advertiu que, a partir do próximo domingo, a ofensiva corre o risco de ser considerada fora do escopo da lei americana.

Ele se referia a uma resolução que determina um limite de tempo de 60 dias para que presidentes americanos busquem no Congresso a aprovação para suas iniciativas militares. Outros 30 dias são oferecidos para as retiradas de tropas.

http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSfUkiLqhi3dsUF7FNlFdwCYLD0HkO9uEmgZHGYg-hHtOfsY5iBMwSegundo Boehner, esse total de 90 dias será esgotado no domingo. Ele pede que Obama dê até sexta-feira justificativas legais para a ação militar na Líbia.

Os EUA fazem parte de uma coalizão internacional que promove, por meio da Otan (aliança militar ocidental), bombardeios aéreos na Líbia com o aval de uma resolução de março do Conselho de Segurança da ONU, sob a justificativa de proteger os civis líbios dos avanços das tropas do líder Muamar Khadafi.

Recentemente a Otan prorrogou suas operações no país por mais 90 dias e aumentou o escopo de sua campanha.

Na prática, muitos republicanos dos EUA apoiaram a intervenção da Otan no país norte-africano. Mas eles opinam que o papel americano na operação não foi claramente definido – depois de liderar a ofensiva contra as tropas de Khadafi, os EUA agora não são mais protagonistas da ação.

Obama inicialmente notificou o Congresso americano da participação dos EUA na operação, mas não chegou a pedir autorização.

A Casa Branca disse que responderá as demandas dos republicanos antes do prazo final de domingo.

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Bombardeios

Ao mesmo tempo, na noite desta terça, fortes explosões promovidas pela Otan atingiram a capital da Líbia, Trípoli.

Ao longo do dia, aviões da aliança militar lançaram panfletos sobre a cidade de Zlitan, na região da cidade de Misrata (oeste da Líbia), pedindo aos combatentes favoráveis ao coronel Muamar Khadafi que abandonassem os seus postos.

De acordo com o correspondente da BBC Andrew Harding, que está na cidade portuária de Misrata, dominada pelos insurgentes, os rebeldes também estão recebendo da Otan a orientação de deixar o local antes que mais bombardeios da aliança militar ocorram.

Forças pró e contra Khadafi têm se enfrentado em diversas cidades da Líbia deste fevereiro, depois que manifestações populares pedindo reformas democráticas e a saída do líder do poder foram violentamente reprimidas pelo regime.

Analistas afirmam que houve um recrudescimento dos combates na Líbia nos últimos dias, depois de várias semanas de menor atividade. Rebeldes dizem ter assumido o controle de diversas cidades desde o início deste mês.

Há relatos de que as forças pró-Khadafi dispararam foguetes contra a cidade de Dahiba, na fronteira com a Tunísia, considerada um ponto de passagem fundamental para os insurgentes.

Duração

Os últimos bombardeios ocorreram em meio a preocupações quanto à duração da missão na Líbia. O general francês Stéphane Abrial, um dos comandantes estratégicos da Otan, disse que os seus recursos podem se tornar escassos caso a operação continue.

No entanto, o chefe das Forças Armadas britânicas, general David Richards, disse à BBC: “Nós podemos sustentar esta operação pelo tempo que quisermos”.

O governo do Canadá anunciou nesta terça-feira que reconhece o Conselho Nacional de Transição, formado por rebeldes, como o representante legítimo da população líbia.

Anunciando a decisão ao Parlamento, o ministro do Exterior canadense, John Baird, disse que seu país também daria à Líbia mais US$ 2 milhões (R$ 3,1 milhões) em ajuda humanitária. As forças do Canadá estão participando das operações no país árabe.

Fonte: BBC Brasil

7 Comentários

  1. Estão desesperados. Não tem mais EUA. Aquilo alí é tudo controlado pelas sociedades secretas. Por isto tantos grupos armados em fazendas no interior do país querendo defender a democracia que Kennedy sempre acreditou mas levou um tiro por isto.

  2. Nesse caso específico, o BRICA está errando feio em não querer apoiar a democratização do Oriente Médio.
    Dilma apoia regimes ditatoriais e reinados ? Creio que não.
    A ONU tem o momento histórico para tirar do OM, todos os reis e ditadores. É agora ou nunca mais.
    Se a China e Rússia apoiarem Kadafi e Hugo Chávez no poder, seria melhor o Brasil abandonar o BRICA.
    OBAMA está de parabéns.

  3. que m. que tão fasendo com a libia,ainda disem que promovem a paz,que doidera,porque não largam uma bomba atomica,e ficam logo com o petroleo libio,pois é o que realmente querem,só a um motivo, eles presisam experimentar suas armas,aprovarem para que outros paises possam compralas,ai os troxas do povo libio e docadaf serve,como uma luva.

  4. Isso vai dá m…ñ falei. Esse kadafhi e um b mesmo sai enquanto pode e está vivo…pede salvo conduto e imunidade como os ianks fazem p matar a torto e a direito,p ñ ser lavado ao TPI e ao TIJ…a Líbia está arrasada. sds.

  5. Líbia não é só petróleo, tem uma imensa reserva de água doce potável…..que naquela região vale mais que petróleo….

  6. Gente se os EUA e a turma da OTAN quisessem o tal petróleo da Líbia não haveria nação no mundo que impedisse, não existem tropas da OTAN na Líbia, parem com isso de “petróleo” se essa fosse a vontade acho que o Khadafi já tava morto há muito tempo.
    Pensem bem o que impediria a OTAN de invadir a Líbia? Nada nem ninguém nesse planeta têm tanto poder nem Rússia nem China como a OTAN, eles fazem o que bem querem e se não fazem é porque não querem não sejamos tão simplistas interesses existem por trás dessa missão, mas o petróleo propriamente dito não é.
    Talvez garantir o fornecimento de petróleo como sempre, talvez queiram ajudar de fato, talvez disfarçar a real crise na União Européia, talvez os EUA estejam nessa para não ficar comprovado que perderam o poder de antigamente, talvez tudo isso um pouco, mas definitivamente se o negocio fosse petróleo a Líbia já tava dominada por soldados da OTAN há muito tempo.
    Se os rebeldes tomarem o poder o que garante que a coalizão ficará com o tal petróleo, sem soldados lá a OTAN terá pouca ou nenhuma influencia, talvez eu esteja meio paranóico, mas ninguém me convence que essa ação tem motivos tão simples e limitados como alguns dizem.
    sds

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