11 de Junho aniversário da "Batalha do Riachuelo"

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Batalha naval do Riachuelo
Victor M. de Lima

Comissionado pelo Ministro da Marinha Afonso Celso, Victor Meirelles segue em 1868 para o teatro de guerra no Paraguai, montando seu ateliê a bordo do capitânia da esquadra, Brasil, onde trabalhou durante dois meses em croquis e esboços. Novamente no Rio executa, no Convento de Santo Antônio, Combate de Riachuelo e Passagem de Humaitá.

Em fins de abril, de 1865, duas divisões da esquadra brasileira subiram o rio Paraná, indo fundear em Bela Vista. Os paraguaios, tendo invadido o território correntino (Corrientes) com poderosa força, ao mando do general Robles, agora reforçados por mais 3.000 homens, apoderam-se da cidade, depois de haverem tomado de assalto dois vapores argentinos, e juntam-se ás tropas ali existentes, convertendo a indefesa cidade em poderosa praça de guerra, com um efetivo de 27.000 homens e 60 bocas de fogo.

http://www.brasil.gov.br/imagens/sobre/historia/fatos-historicos/batalha-do-riachuelo/image_previewSimultaneamente, outro exercito paraguaio ameaça invadir as fronteiras brasileiras pela lado de Itapua, ao mando do tenente coronel Estigarribia.

Sem que encontrassem embaraços á sua passagem, os paraguaios, com forças sempre numericamente superiores, dividem-se e subdividem-se, descendo a melhor parte até Riachuelo, em cujas barrancas se fortificam.; não obstante porém esse aparato todo, inesperadamente contra-marcham, obrigando Paunero, que ia ao seu encontro, a reembarcar suas tropas, vindo abarracar-se em Rincon del Soto.

Aquele simulacro de retirada não passara despercebido ao valente cabo de guerra argentino, que, sem ter receio do imprevisto, de plano com com o chefe Barroso, que o auxilia na temerária expedição, embarca novamente suas forças e, surgindo na capital correntina a 25 de Maio (quinta feira), ataca-a e retoma-a, estando a cidade defendida por 2.000 homens, ao mando de Martinez.

Os aliados tiveram fora de combate, entre mortos e feridos, 200 argentinos e 21 brasileiros; o inimigo 452 mortos fora 66 feridos e 86 prisioneiros; e , além de armamento e munições em considerável quantidade, tomamos-lhe mais três bocas de fogo, duas caixas de guerra e uma bandeira

Obtida esta vitória, Paunero, certo de que Robles, vendo assim surpreendida sua  linha de retirada, o atacaria com 25.000 homens sob seu comando, embarca as forças argentinas e brasileiras e desce, indo acampar no Rincon.

E com aquele predisposto, Lopez embarca precipitadamente no Taquari, a 8 de junho de 1865, uma quinta feira, com direção a Humaitá, e assiste em pessoa aos preparativos para a planejada expedição, marcando o dia 11, domingo, irrevogavelmente para o ataque e abordagem á esquadra, que ele supunha desprevenida e desguarnecida.

Aparentemente calmo, Lopez traia-se a cada instante, desenvolvendo frenética atividade para esconder os revezes que acabava de sofrer, e agora, sugestionado pelo feroz Diaz, resolve o ousado plano de um formidável combate naval, de que lhe adviriam vantagens imaginarias sobre os exércitos aliados.

Para atenuar, perante os seus soldados, o desastre de Corrientes, responsabiliza pela derrota o chefe Martinez, que faz passar pelas armas, não obstante ter-se valentemente  batido.

Apenas chegado ao forte de Humaitá, Solano Lopez, em veemente alocução, concita os oficiais e soldados do Sexto batalhão de infantaria naval, o mais valente dos seus batalhões, a se baterem sem tréguas; e á distribuição de sabres e machadinhas recomendou-lhes que lhe levassem prisioneiros vivos, ao que eles responderam que pouco lhes preocupavam prisioneiros, prometendo afirmativamente, que voltariam vitoriosos, rebocando os nossos vasos de guerra.

A despeito de tão eloqüente entusiasmo, Solano Lopez, como se não confiasse bastante no plano traçado pelo general Diaz, reforçou-o, mandando o coronel de artilharia Bruguez assestar uma bateria de 32 canhões, na margem direita da embocadura do Riachuelo; este, por iniciativa própria, estendeu no local denominado Barrancas, protegido por um montículo, poderoso contingente de infantaria, destinado não só a socorrer a abordagem sob o comando do coronel Aquino, mas ainda a auxiliar a artilharia com a sua fuzilaria.

Três mil homens ali estavam na tocaia. A margem direita da embocadura, de ponto em ponto, outros contingentes se abarracaram para fim idêntico.

A nossa força naval atingia, no local, a 2.287 combatentes, inclusive oficiais de mar e terra, sendo 1.113 de marinha e 1.174 do exercito, que se achavam a bordo para qualquer operação de desembarque, e 50 bocas de fogo; cumprindo assinalar que oficiais e praças de terra, segundo as comunicações do vários comandantes, muito concorreram para o resultados obtidos.

Formando ligeira curva, alerta se achavam os navios paraguaios: Tacuary, Igurey, Marquez de Olinda, Salto, Paraguary, Iporá, Jujuy e Iberá, na ordem em que os mencionamos.

Essa esquadra partira de Humaitá á meia-noite, dando-se logo ao sair um desarranjo na maquina do Iberá, que alterou um tanto o plano de ataque.

Abaixo de Corrientes, cerca de duas léguas, ostentava-se a nossa esquadra, composta dos vapores de guerra: Belmonte, Mearim, Beberibe, Ipiranga, Amazonas, Jequitinhonha, Parnaíba, Iguatemi e Araguari, ancorados á margem direita do Paraná, entre as pontas do mesmo nome e de Santa Catarina.

Importando executar á risca as ordens do ditador, a abordagem foi tentada logo ao dobrar a ilha Palomera. Aproaram os navios contra a corrente do Paraná, como para executá-la; o renhido canhoneio dos rodízios de popa dos vapores brasileiros, porém, fê-los recuar. Depois deste rechaço, a esquadra paraguaia, avançando, colocou-se em frente ás bocas do Riachuelo.

As 9 horas, distinguem-se nuvens de fumo anunciando a aproximação de navios inimigos. Do tope de vante de um dos nossos vasos de guerra ouvem-se vozes de Navio á proa! Em seguida de Esquadra inimiga á vista.

Imediatamente a Mearim, a cujo bordo se achava Barroso, iça o respectivo sinal.

Rufam tambores e trilam os apitos no convés de todos os vapores de nossa divisão. Barroso desfralda sinais, que ordenam: Preparar para combate! E manda despertar os fogos abafados; Largam-se as amarras sobre as bóias; acham-se em bateria as peças e rodízios; os encarregados da munição descem pressurosos aos paióis e voltam trazendo balas e metralhas, que empilham aos lados das baterias. Atiradores guarnecem as gáveas.

A esquadra inimiga apontou, indo na frente Paraguary, seguido de Igurey e depois Iporá, Salto, Pirabebé, Jujuy, Márquez de Olinda e Tacuary.

Neste embarcara, em Humaitá, o velho marinheiro Messa, com a senha de abordar violentamente e, segundo as circunstancias, um ou mais navios, sem medir sacrifícios.

A nossa esquadra põe-se em movimento, iniciando a marcha a canhoneira Belmonte, cuja guarnição se mostra ansiosa. Seguem após Amazonas, para cujo bordo de transferira Barroso, e, na mesma linha, avançam, Beberibe, Mearim, Araguari e os demais.

Já no tope do navio capitania vê-se o sinal de O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever e, em seguida, este outro Bater o inimigo que estiver mais próximo

A nossa esquadra ia, de fato, ao encontro do inimigo. Jequitinhonha, ao passar em frente á embocadura do Riachuelo, encalha, dando se então fortíssimo tiroteio entre as forças do navio e as de Bruguez, ao alto do barranco.

Três navios paraguaios tentam abordá-la; a canhoneira, porém, cuja tripulação a custo consegue safá-la, prossegue, obrigada a uma luta desigual, em que a nossa maruja se vê constantemente a beira das baterias inimigas. Quadro indescritível oferece, então, esse vaso de guerra, com a sua proa, as amurada, as vergas e os mastros, os escaleres, tudo, enfim, reduzido a estilhaços, que concorrem para por fora de combate os nossos soldados e oficiais mais ousados.

Morre Lima Barroso e, junto dele, tem a mesma sorte o pratico André Motta; 17 inferiores tombam quase de assentada. Recebem ferimentos o chefe Gomensoro, Freitas, Lacerda e Castro Silva, firmes nos seus postos.

Desce agora o Parnaíba: outra abordagem pelos navios Salto, Paraguary e Tacuary. Tão certeiros são os disparos da Jequitinhonha sobre Paraguary, que este retrocede logo.

Os outros navios atacantes encostaram-se, porém, a bombordo e a estibordo da Jequitinhonha; Garcindo, no passadiço, concita a tripulação á resistência; Firmino Chaves, em brados de entusiasmo, Pedro Afonso Ferreira e Maia, á frente dos seus navais, relutam com denodo.

O Marques de Olinda, vem em socorro dos seus e despeja no convés da Parnaíba centenas de bravios guaranis, armados de sabres, machadinhas e revolveres. Eram os famigerados do Sexto de infantaria, que já se haviam triste e indignamente celebrado nas carniçarias de Mato Grosso.

Dá-se, então, combate, peito a peito, pulso a pulso, que remata em horrível carnificina. Greenhalgh consegue derrubar, a tiro, um oficial paraguaio, que o intima a arriar o pavilhão; mas, logo após, cai morto ás arguçantes cutiladas de sabre a duas mãos; Pedro Affonso e Maia, defendendo-se, caem mutilados; Marcilio Dias, batendo-se contra quatro, mata dois de seus adversários, morrendo em seguida aos golpes de afiadas machadinhas dos outros dois. Após uma hora de nutrida e porfiante contenda, o inimigo consegue Apossar-se do convés desde a popa ao mastro grande. Os oficiais, escudados pelas peças, fuzilam-no, ás incessantes investidas. Mearim e Belmonte, respectivamente sob os comandos de Eliziario Barbosa e Abreu, acodem oportunos.

http://www.klickeducacao.com.br/Klick_Portal/Enciclopedia/images/Pa/11625/4110.jpgOs abordantes abandonam os companheiros, que haviam galgado o convés da Parnaíba, e fogem aos primeiros tiros daqueles navios. A bordo da Parnaíba chegara-se a vacilar um instante, quase se perdendo a esperança de repelir o inimigo, que se multiplicava com os ininterruptos esforços; Garcindo, seu brioso comandante, á iminente ameaça daqueles reforços, chega mesmo a combinar com o imediato Felippe Rodrigues Chaves que, em ultimo caso e como medida extrema, lançariam fogo ao paiol, fazendo voar o navio em estilhaços, e, como visse repletas chalanas inimigas se aproximarem, transmitiu aquelas ordens ao oficial, escrivão Correa da Silva, que acendendo o charuto, se dispôs a obedecer no instante; a guarnição, entretanto, reanima-se e, investindo contra os paraguaios, que em vertiginoso delírio se batiam á louca, aos gritos de – mata! degola! , tapetam o convés com seus cadaveres, que rolam por dezenas. O Amazonas, que até então sustentara vivíssimo fogo contra as baterias de Bruguez, percebe, através da espessa fumaça, o que se passa a bordo da Parnaíba, e vem-lhe em socorro, no momento mesmo em que o Márquez de Olinda chegava para reforçar a abordagem: contra este investe o Amazonas, que o afunda a proadas. O Tacuary tenta escapar-se a idêntica manobra do Amazonas; este, porém, persegue-o, e mete-o a pique, igualmente ás bicadas de proa. Ipiranga, sob o comando de Alvaro de Carvalho e que, bem como aquele, respondia ao tiroteio da baterias de Bruguez, vem, por sua vez, em defesa do Parnaíba, e com certeiros disparos arromba logo o costado e as caldeira do Salto, cuja tripulação, em alarido, atira-se na água, á fuzilada dos nossos.

Segue-se agora o Ipiranga no encalço do Paraguary, crivando-o de metralha.

http://4.bp.blogspot.com/_i_YdICPTytk/TAqgNFM7UZI/AAAAAAAABOM/IZ4ERO3VQDI/s1600/296.jpgA Beberibe, cujo comandante Bonifacio de Sant’Anna se mostrara de inaudita bravura, persegue os navios inimigos. O comandante da Iguatemi, ferido, é levado em braços para o camarote; o imediato Oliveira Pimentel, substituindo-o, é decapitado por uma bala; assume o comando o jovem Gomes dos Santos, que auxilia o tiroteio.

O Ipiranga, ao mando de Alvaro de Carvalho, faz submergir uma chata que, a distancia, dirige certeiros tiros aos costados dos navios: a tripulação, estilhaçada, trombulha, descendo na correnteza; no Araguary, Hoonholts bate-se com denodo; contra o navio de se comando voltam-se os que atacavam a Parnaíba, auxiliados agora pelo Tacuary, que recuara aos disparos dos rodízios do Ipiranga.

Os flancos dos navios brasileiros, despedaçados pelos canhonaços das chatas a lume d’agua, tornam iminente a submersão total da esquadra. Bombas metralhas esfuziam do alto dos barrancos: não é possível descrever o que se passa a bordo dos navios ao alcance das balas, que sibilam em chuveiros.

Entretanto, alguma coisa de providencial se passava, que cumpre não esquecer: quando o oficial-escrivão da Parnaíba, depois de haver tragado, para atiçá-lo, algumas fumaças do fatídico morrão que deveria comunicar o fogo ao paiol, pensa cumprir a sinistra ordem ouvem-se alvissareiros vivas que, irrompendo dos navios brasileiros em delírio, o detém estupefato. E  de pé, sobre a caixa das rodas, destaca-se afina, por entre densas nuvens de fumo, o vulto imponente de Barroso, que é o primeiro a bradar – Vitória!

E este triunfo naval, que tão diretamente influíra nos destinos de toda a campanha, mudou também, e inteiramente, a sorte dos adversários.

Robles não mais prosseguiu na invasão de Entre Rios; Estigarribia, isolado nas margens do Uruguai, depões as armas; Lopez, recolhendo-se a temporária defensiva, volta-se contra os seus: Robles ao regressar é fuzilado por covarde. As nossas perdas foram de 216 combatentes entre mortos e feridos, assim descriminados por navios:

Navios Mortos Feridos
Amazonas 13 13
Belmonte 9 23
Iguatemi 1 6
Jequitinhonha 8 33
Parnaíba 33 29
Beberibe 5 19
Araguari 2 5
Ipiranga 1 6
Mearim 2 8
Total 74 142

Total 216

O inimigo teve fora de combate, a bordo, entre mortos, feridos, afogados, comprimidos pelos costados dos navios e prisioneiros, 1.500 praças, aproximadamente; em terra, Bruguez perdeu 1.750, o tudo perfaz 3.250; mais elevada foi, entretanto, a estimativa de inteligentes oficiais prisioneiros. E a esquadra avança, avança sempre, em demanda de novas e estrondosas vitórias.

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Dr. Pires de Almeida

Fonte: Almanaque CNT

23 Comentários

  1. Essa data deveria deixar de ser uma efeméride. Não devíamos mais comemorá-la. Em respeito aos irmãos paraguaios e, sobretudo, por ter sido um grande erro estratégico. Acho que ter aumentado o valor do pagamento por ITAIPU foi uma forma correta de compensá-los por essa atitude equivocada do nosso país. É a minha opinião.

  2. Aos hérois brasileiros da Batalha do Riachuelo que com suaS vidas garantiram as fronteiras deste pais.
    Toda a Honra e Homenagem é pouca.

  3. Penso que toda vitória deveria ser lembrada e comemorada, sem muita euforia, aliás ainda mais está batalha muito importante para nós, já que não temos la tanta experiencia em guerras tristes, felizmente (ou não).

  4. Sim alguns dizem que Barroso foi surpreendido pelas forças paraguaias,mas acabou cumprindo o dever !
    Essa é sem dúvida uma das maiores batalhas das histórias das guerras um triste épico do qual só participaram heróis de ambos os lados!
    Independente das nacionalidades, que descansem em paz todos aqueles que em honra de suas pátrias tombaram heroicamente nesta batalha!

  5. Meus parabéns ao Brasil e à Marinha do Brasil, que Deus abençoe esses soldados do mar e terra, que vigiem para não perderem a doutrina e motivação mesmo sob forte pressão, seja qual for.
    Sabemos que estão trabalhando, estudando, adquirindo e planejando para o futuro. Enquanto digito , estou com o fone de ouvido , ouvindo a Rádio Marinha . E lógico parabéns ao Brasil.

  6. Falou Cesar, q descansem em paz, e vivas a n Marinha de Guerra, atualmente tão maltratada,e dizer q já foi a 3 > esquadra dos mares…parabéns a Marinha do BRASIL.

  7. Jába, o corpulento primeiro elogia Danolo e depois diz isso… Acho que estas a ficar louco rsrs…

    1° – Quem invadiu nosso territorio foi o Paraguai
    2°- Não sei por qual motivo damos energia a eles, pois apenas nos defendemos…
    3°- Esses paraguaios são folgados, pedem aumento… Isso é coisa de mimado, atacou, perdeu e agora diz que fomos brutos e covardes?
    4°- Se houvesse uma guerra por aqui, por exemplo: Venezuela e Bolivia vs Brasil, teno minhas duvidas se o paraguai não entraria a favor dos Venezuelanos se não houvesse a intervenção dos EUA… Mas infelizmente iamos massacrar eles novamente kkkkkkkkkkkkkkkk

  8. Jába, também penso que o meio termo entre sua colocação e a colocação do Nilo e do César seja exatamente o que expressou o Rafael.
    Nunca poderemos e principalmente, nunca poderão nos futar a história.
    Nela, inicialmente, alguém erra. E por este erro, durante muito tempo, muitos inocentes pagam.
    Para que isso não volte a acontecer, sempre é bom que os fatos históricos sejam relembrados.
    Aínda mais, se realmente evoluídos, derrotados e vencedores, usufruírão de seus ensinamentos.
    Abraços.

  9. Tenho o maior respeito pela nossa Marinha. Ontem, hoje, amanhã e sempre. Apenas acho que poderíamos ter resolvido esse conflito com o Paraguai de uma outra maneira. Salve a MARINHA do meu BRASIL!

  10. Primeiro vamos devolver as terras aos Paraguaios.
    Retiremos dos livros e museus as homenagens aos soldados brasileiros que participaram da guerra.
    Depois procuremos uma cama e va sozinho para debaixo dela.

  11. Este post é uma homenagem a homens que morrem irmanados por uma causa ” Brasil “.
    Nenhum salario paga uma vida a não ser a crença em sua Bandeira.

  12. Não vamos comemorar mais as batalhas da Guerra do Paraguai.
    Deixa para a história. Comemorem apenas as da II GM.
    Castelo Branco passa a ser o Patrono do Exército.

  13. Concordo com Dandolo.
    E Nelson Jobim passaria a ser o vice-Patrono. Não apenas do exército, mas de todas as Forças Armadas.

  14. Meu caro Wi, já disse que não sou o Dandolo.
    No entanto, ser comparado a um gênio é deveras reconfortante para o meu ego.
    Obrigado!

  15. Historia não se apaga, não se reescreve.
    O Paraguai, então potencia sul-americana, nos invadiu e foi derrotado.
    Aos vencedores, os louros da vitória.
    Tempos atuais são tempos atuais.
    Respeitemos aqueles que morreram defendendo nossa Pátria, rendamos-lhes nossas homenagens, hoje e sempre.
    Isso não significa tripudiar dos derrotados no passado.

  16. Acho que se deve comemorar sim.
    Essa conversa de ‘tadinhos’ dos paraguaios já tá meio desgastada.
    O Paraguai era uma potência sul americana e resolveu se expandir territorialmente atacando seus vizinhos, e foi sufocado.
    E foi dificílimo vencê-los, o que prova que estavam muitíssimo bem preparados e nada tinham de ‘coitadinhos’.
    Sem dúvida havia o dedo (mão, o braço, etc…) inglês por trás de tudo isso, já que o Paraguai havia ‘trombado’ com os interesses ingleses em sua trajetória de crescimento.
    Mas se por um lado houve o imperialismo britânico, por outro não havia nenhuma ‘inocência’ nem ‘boas intenções’ paraguaias.
    Talvez se tivessem ‘brigado’ com um dos países de cada vez, tivessem se dado melhor, o que quer dizer que provavelmente não teríamos hoje boa parte de nossos territórios do centro-oeste, e talvez sudeste-sul.

  17. O Paraguai não era uma potência militar, pois era um país pobre, pequeno e pouco populoso. O Brasil é que estava completamente despreparado e desarmado. Por outro lado, os militares brasileiros eram altamente aguerridos, devido a grande experiência nas revoluções internas. O Império do Brasil não queria ver as nossas Forças Armadas bem preparadas, com a finalidade de não ser derrubado. Como estamos atualmente … A história se repete, pessoal.
    Os paraguaios não eram loucos de ter invadido o Brasil sem ter garantias de potências militares externas. A História e Estória dessa guerra ainda está nebulosa. Que países incentivaram Solano Lopez a invadir o Brasil – França, EUA , Argentina(parte), Espanha, Alemanha ? Acho que foi os EUA, que recuaram devido a interferência dos ingleses e sua revolução interna (Guerra da Secessão, entre 1861 a 1865, com 1 milhão de mortos). Nessa época, Inglaterra e França X EUA (União) não eram amigos, devido ao apoio aos Confederados ou Sulistas, que lutavam contra a União.
    Vocês sabem que metade dos argentinos e uruguaios apoiavam os paraguaios antes da guerra. O Império Brasileiro e os ingleses, estrategicamente, apoiaram os seus aliados na Argentina e Uruguai, através de intervenções militares. Bem, os paraguaios passaram a ter a sua saida para o mar limitada pelos argentinos, que queriam anexar o Paraguai. Lopez deve ter recebido informações secretas e seguras, de que seria a bola da vez, e que receberiam o apoio de potências militares externas.
    Ainda bem que os ingleses apoiaram o Brasil, caso contrário os 3 países do Cone Sul teriam vindo contra nós.
    Não devemos ter orgulho dessa guerra, devido aos massacres. OK ?

  18. Como assim,”não devemos ter orgulho dessa guerra”? Devemos,sim! Devemos nos orgulhar de ter batido um inimigo que queria retalhar o território nacional. Devemos nos orgulhar de ter mantido a unidade do país. E devemos nos orgulhar por ter deixado o inimigo sem condições de tornar a repetir essa “falseta”. Não me venham com essa bobagem de “hermanos”,pois os vizinhos da América “Latrina” só esperam uma oportunidade para nos destruir ou,no mínimo,obstacularizar o progresso do nosso país. É só ler os jornais da atualidade,verão o que os “vizinhos” argentinos,bolivianos,paraguaios,equatorianos,etc. estão fazendo para atrapalhar o Brasil sempre que podem…

  19. Clóvis Henrique Arrué, vencemos a guerra e perdemos 30 mil brasileiros (alguns dizem que foi mais). Quase todos os homens do Paraguai acima de 15 anos de idade foram executados. A Tríplice Aliança só aceitava a paz com a saída de Solano Lopez, o que não ocorreu voluntariamente. O nosso país não errou em partir para a guerra, mas na dose. Devemos comemorar em memória dos brasileiros e paraguaios mortos, escolhendo uma data para isso, mas não as batalhas. Vamos deixar isso para os livros de história.
    Os Patronos do Exército e das Armas, não deveriam ser vinculados à Guerra do Paraguai. Exaltar tal guerra, não é uma boa política para o nosso país. Dois gigantes – Brasil e Argentina, mais um pequeno país – Uruguai, deram uma sova no Paraguai. Pega mal comemorarmos exageradamente essa guerra.

  20. Os homens que sacrificam a própria vida pela defesa da pátria! Precisa dizer mais? Obrigado aos heróis da nação, seus atos de bravura se refletem hoje na grandeza desta nação, e se refletirão no futuro enquanto houver bravos, a vossa altura, na defesa do Brasil.

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