EUA vetarão pedido de reconhecimento de Estado palestino na ONU, diz enviado

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Representantes de Abbas vão a Washington tentar convencer governo Obama a não se opor a resolução que deve ser apresentada em setembro.

epois de se reunir em Washington com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, o principal negociador palestino, Saeb Erekat, anunciou nesta quinta-feira que o governo americano decidiu vetar qualquer pedido que o presidente Mahmud Abbas faça à ONU pelo reconhecimento do Estado palestino.

Foto: Reuters Ampliar

Presidente palestino, Mahmoud Abbas, em entrevista em 24/01 com o embaixador palestino no Egito, Barakat Al-Farra (dir.), e o negociador-chefe palestino, Saeb Erekat

Erekat e Nabil Abu Rudeina, outro representante de Abbas, foram a Washington para tentar convencer o governo americano a não utilizar seu direito ao veto no Conselho de Segurança da ONU contra o pedido – que deverá ser feito pela Autoridade Palestina em setembro. Não ficou claro se os palestinos continuarão com seus planos apesar da ameaça de veto americana.

De acordo com Abbas, o fracasso do processo de paz torna o pedido de reconhecimento de um Estado a única alternativa palestina.

No entanto, o presidente palestino reiterou que estaria disposto a retomar as negociações de paz se Israel concordasse com a posição do presidente americano, Barack Obama, de que as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967, sejam base para o estabelecimento de um Estado palestino. No conflito, Israel ocupou Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental – territórios reivindicados pelos palestinos para neles fundar seu Estado.

Outra condição de Abbas para retomar as negociações é o congelamento da construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Em sua última visita a Washington, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, rejeitou ambas as condições.

Netanyahu declarou que o plano com base nas fronteiras de 1967 é “indefensável” e rejeitou o plano do presidente Obama para a retomada do processo de paz. O premiê israelense também afirmou que Jerusalém é a “capital indivisível de Israel”.

Divergências

De acordo com a imprensa israelense e palestina, existem divergências dentro da liderança palestina sobre o plano de pedir o reconhecimento da ONU. O primeiro-ministro palestino, Salam Fayad, é contra a iniciativa porque acha que os palestinos não terão ganhos concretos, uma vez que continuará a ocupação israelense.

De acordo com o jornal Haaretz, o embaixador palestino na ONU, Nasser El Kidwa, também se opõe à iniciativa. El Kidwa é parente do líder palestino Yasser Arafat, morto em 2004, e é considerado um dos candidatos possíveis à presidência palestina nas próximas eleições.

Já Abbas e Nabil Shaat, um dos lideres mais importantes do Fatah, defendem a posição de que os palestinos sairão fortalecidos se receberem o reconhecimento da ONU e poderão, então, negociar com Israel tendo uma posição diplomática mais sólida.

O grupo dos Países Não-Alinhados – com 120 nações principalmente de África, Ásia e Europa Oriental – anunciou que apoiará a iniciativa palestina na ONU.

Em dezembro de 2010, o governo brasileiro anunciou seu reconhecimento do Estado Palestino com base nas fronteiras anteriores à guerra de 1967. O anúncio, feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos dias de sua gestão, recebeu apoio de quase todos os países da América Latina.

De acordo com cálculos de analistas locais, mais de 140 países já declararam que apoiarão o reconhecimento do Estado Palestino, e já está garantida uma vasta maioria em favor da iniciativa entre os 192 Estados-membros da ONU.

Nessas circunstâncias, um Estado palestino certamente receberia o reconhecimento da Assembleia Geral da ONU. No entanto, para se transformar em um Estado reconhecido pela organização, a proposta teria de obter a recomendação do Conselho de Segurança, que seria vetada pelos Estados Unidos.

Fonte: Último Segundo


16 Comentários

  1. O estado palestino só não foi criado até hoje porque os USA não querem…Além é claro dos NEFASTOS JUDEUS…Más o império YANK pelo menos começou sua tragetória de queda…Vai demorar um pouco, más os palestinos um dia vão ter o seu tão almejado ESTADO.SDS

  2. É o mais lógico a fazer afinal é muito complicado negociar ali. Mas a vaidade e o messianismo cegaram a tal ponto nosso ex-presidente que o mesmo achou que iria resolver em um passe de mágica todos os problemas nas negociações. Resultado: foi rejeitado tanto por israelenses como pela ANP. Somente encontrou apoio entre o Hamas, uma organização terrorista, e os seus finaciadores, o Estado terrorista sírio e o estado fascista iraniano.

  3. Estou torcendo p q os iangleses façam isso, q vetem a resolução q reconhece o Estado Palestino, assim cai a mascara dos nazis iangleses e dos judeSS..o mundo árabe vai conhecer o verdadeiro inimigo deles…Quem viver verá.

  4. Já existe o ESTADO PALESTINO,muitos países entre eles o BRASIL já o reconhecem, o reconhecimento na ONU é mera formalidade! Se Israel não aceitar as fronteiras anteriores a Guerra dos Seis Dias, em 1967 e a volta dos refugiados essa guerra jamais acabará!

  5. O Brasil, depois do governo dos petralhas, passou a ter tendências megalomaniacas. Quer se meter em todos os assuntos mundiais, sem sequer ter Forças Armadas para a defesa de seu povo e de seu território. A diplomacia petralha é caótica e simplista, não entende que a problemática do Oriente Médio é de cunho teológico, e não será resolvida por meios diplomáticos convencionais. Aquilo alí não é América do Sul, não é Europa. Os EUA entendem isso muito bem e por isso se sobressaem. Vejam que o lobby é tão grande, que a posição dos EUA foi mudada em pouquíssimo tempo, contrastando com o recente discurso de Obama, que dizia que era a favor de um Estado Palestino com a configuração territorial pré-1967. O melhor que o Brasil tem a fazer é se manter neutro, mas inclinado a sempre apoiar Israel.

  6. sultan v. naba, acho dificil o imperio dos yanks cair pois toda vez em que ele parecia cair eles davam um geito, sabe qual é esse geito? Guerra, foi assim na WWI e na WWII, se reegueu vendendo armas, e nao duvido muito eles criarem uma WWIII para se reerguer novamente!

  7. Não se preocupem os tumores do tio sam são eles o quarteto Rússia, China, Coreia do norte e Irã em menos de 20 anos eles vão ver como é bom tomar por traz rsrs

  8. Ai, ai então é a nossa diplomacia que é incompetente e a dos EUA super eficiente?
    Caramba depois de tanto tempo tem gente que não se tocou que basta os EUA baterem o pé e Israel não tem como negar um estado palestino, imagem Israel sozinho contra todos os países árabes sem tecnologia, sem armas, sem dinheiro, sem soldados estrangeiros e nos dias de hoje não pensariam duas vezes fariam o estado imediatamente com uma mera ameaça, mas como somos vira-latas (segundo alguns) não temos direito nem de opinar e tentar encontrar um a solução diplomática e povinho preso ao passado…

  9. Carl94, foi isso que tentei dizer em meu comentário à respeito dos USA nessa questão…Concordo contigo.SDS

  10. RICARDO, realmente acho o único meio deles se reerguerem é a guerra, o quê eles já começaram a algum tempo…Más com certeza a SUPER-POTÊNCIA isolada eles não serão mais…Menos é claro uma World War III, porquê aí não sobraria nada rsrs.Abração colega.SDS

  11. Carl:

    O problema não é nosso país opinar mas sim o fato de nossa diplomacia ser altamente ideologizada, de ter se autointitulado defensora dos povos oprimidos, de estar enxergando mundo de uma maneira excessivamente maniqueísta.

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