Texto- Plano Brasil
E.M.Pinto
De acordo com Manfred Klein, vice-presidente sênior para desenvolvimento de projetos e pesquisas na Howaldtswerke-Deutsche Werft (HDW). A próxima geração de submarinos será obrigada a possuir equipamento C4ISR adicionais a fim de satisfazer as necessidades operacionais futuras.
Para o Plano Brasil, em sua palestra, Klein claramente destaca a crescente importância dos submarinos litorâneos em missões anti pirataria e de inteligência, um campo que consideramos muito importante e que estes submarinos podem atuar com mais vantagens do que o que chamos os submarinos “oceânicos”.
Os submarinos litorâneaos, são menores, mais silenciosos e adpatados para este tipo de funções. Destacamos aqui dois modelos de navios que represntam esta classe, o HDW – U 212 que já está em operação nas marinhas Alemã e Italiana e o Suéco Kockums shipyard Gotland, porém uma nova classe de navios também está sendo desenvolvida pela DCNS, a Andrasta, que por hora ainda é um conceito.
Na sequência de imagens o U 212, Gotland e Andrasta.
Dirigindo-se aos delegados de Defesa e Tecnologia Submarina (UDT-Undersea Defence Technology) em uma conferência em Londres, Klein descreveu a necessidade de equipamentos adicionais tais como link de dados e tecnologia de comunicações, bem como de guerra eletrônica e capacidade de cooperar com as forças especiais (SF) para “reforçar” e apliar o espectro de operações dos submarinos.
Este último, segundo ele, implicaria em transformar os submarinos, em
“invisíveis transportadores de grupos de mergulhador de combate”,
proporcionando espaço para o pessoal das forças especiais e seus equipamentos. Klein acrescentou que os submarinos de última geração serão necessários para realizar operações em conflitos assimétricos.
“novas armas e sensores para participar em situações assimétricas ‘
Forças especiais operando num submarino da classe Los angeles da US Navy, Klein destaca a operaçao de comandos também apartir de pequenos submarinos.
com submarinos sendo usado para operar como unidades de reconhecimento invisível ocultados pela profundidade nas águas inimigas.
“Lá, eles vão precisar de comunicações seguras e novos equipamentos, ESM interior e em mastros com espaço de trabalho e de alojamento para as equipes de inteligência; [capacidade de] transferência de dados de alta velocidade; reforço nos sistemas optrônicos e capacidade de operar aeronaves não tripuladas subaquáticas ou aéreas, lançadas do fundo das águas. A resistência dos sistemas AIP (Air-independent propulsion) deverá ser extensivamente ampliado devido a necessidade de permanecer mais tempo em uma área próxima aos postos de inimigo “
, ele insistiu.
Sistema de propulsão AIP sueco
Além disso, Klein descreveu o desenvolvimento de baterias de lítio como sendo de
“grande importância para a concepção de submarinos”,
aumentando a resistência entre 50 e 400 % bem como reduzindo os custos de manutenção e ciclos.
No entanto, Klein advertiu que as marinhas e a indústria não podem esquecer o papel principal da capacidade do submarino, e que o aumento nas suas capacidades operacionais traria uma significante escalada de aumento nos custos dos navios
“Estamos vendo um número crescente de missões diferentes, mas não podemos esquecer esse recurso antigo, que é uma parte importante do submarino”,
concluiu.
Na minha visão pessoal, há espaço para ambos navios, o “oceânico”: um navio maior com maiores autonomias e capacidades de operação em águas profundas e os pequenos “litorâneaos”: menores mais silenciosos e indicados para operações em águas litorâneas onde as ações de anti pirataria, anti contrabando e operações de forças especiais ( operações em campos petrolíferos e de inteligência) seriam mais indicadas. As considerações de Manfred Klein, são bastante realistas e certamente delimitarão a evolução dos futuros submarinos e dos seus subsistemas.
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