Manfred Klein e o submarino do futuro

http://www.naval-technology.com/projects/type_212/images/U212_10.jpg

Texto- Plano Brasil

E.M.Pinto

De acordo com Manfred Klein, vice-presidente sênior para desenvolvimento de projetos e pesquisas na Howaldtswerke-Deutsche Werft (HDW). A próxima geração de submarinos será obrigada a possuir equipamento C4ISR adicionais a fim de satisfazer as necessidades operacionais futuras.

Para o Plano  Brasil, em sua palestra, Klein claramente destaca a crescente importância dos submarinos litorâneos em missões anti pirataria e de inteligência, um campo que consideramos muito importante e que estes submarinos podem atuar com mais vantagens do que o que chamos os submarinos “oceânicos”.

Os submarinos litorâneaos, são menores, mais silenciosos e adpatados para este tipo de funções. Destacamos aqui dois modelos de navios que represntam esta classe, o HDW – U 212 que já está em operação nas marinhas Alemã e Italiana  e o Suéco Kockums shipyard Gotland, porém uma nova classe de navios também está sendo desenvolvida pela DCNS, a  Andrasta, que por hora ainda é um conceito.

http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2008/12/u212-2a.jpg

http://www.newaustralia.net/images/gotland.jpg

http://www.naval-technology.com/projects/andrasta-submarine/images/4-andrasta.jpg

Na sequência de imagens o U 212, Gotland e Andrasta.

Dirigindo-se aos delegados de Defesa e Tecnologia Submarina (UDT-Undersea Defence Technology) em uma conferência em Londres, Klein descreveu a necessidade de equipamentos adicionais tais como link de dados e tecnologia de comunicações, bem como de guerra eletrônica e capacidade de cooperar com as forças especiais (SF) para “reforçar” e apliar o espectro de operações dos submarinos.

Este último, segundo ele, implicaria em transformar os submarinos, em

“invisíveis transportadores de grupos de mergulhador de combate”,

proporcionando espaço para o pessoal das forças especiais e seus equipamentos.  Klein acrescentou que os submarinos de última geração serão necessários para realizar operações em conflitos assimétricos.

“novas armas e sensores para participar em situações assimétricas ‘

http://www.americanspecialops.com/images/photos/night-stalkers/mh-60-submarine.jpg

Forças especiais operando num submarino da classe Los angeles da US Navy, Klein destaca a operaçao de comandos também apartir de pequenos submarinos.

com submarinos sendo usado para operar como unidades de reconhecimento invisível ocultados pela profundidade nas águas inimigas.

“Lá, eles vão precisar de comunicações seguras e novos equipamentos, ESM interior e em mastros com espaço de trabalho e de alojamento para as equipes de inteligência; [capacidade de] transferência de dados de alta velocidade; reforço nos  sistemas optrônicos e capacidade de operar aeronaves não tripuladas subaquáticas ou  aéreas, lançadas do fundo das águas. A resistência dos sistemas AIP (Air-independent propulsion) deverá ser extensivamente ampliado  devido a necessidade de permanecer mais tempo em uma área próxima aos postos de inimigo “

, ele insistiu.

http://www.kockums.se/ImageVault/Images/width_650/id_457/scope_0/ImageVaultHandler.aspx

Sistema de propulsão AIP sueco

Além disso, Klein descreveu o desenvolvimento de baterias de lítio como sendo de

“grande importância para a concepção de submarinos”,

aumentando a resistência entre 50 e 400 % bem como reduzindo os custos de manutenção e ciclos.

No entanto, Klein advertiu que as marinhas e a indústria não podem esquecer o papel principal da capacidade do submarino, e que o aumento nas suas capacidades operacionais traria uma significante escalada de aumento nos custos dos navios

“Estamos vendo um número crescente de missões diferentes, mas não podemos esquecer esse recurso antigo, que é uma parte importante do submarino”,

concluiu.

Na minha visão pessoal, há espaço para ambos navios, o “oceânico”: um navio maior com maiores autonomias e capacidades de operação em águas profundas e os pequenos “litorâneaos”: menores mais silenciosos e indicados para operações em águas litorâneas onde as ações de anti pirataria, anti contrabando e operações de forças especiais ( operações em campos petrolíferos e de inteligência) seriam mais indicadas. As considerações de Manfred Klein, são bastante realistas e certamente delimitarão a evolução dos futuros submarinos e dos seus subsistemas.

19 Comentários

  1. “capacidade de operar aeronaves não tripuladas subaquáticas ou aéreas, lançadas do fundo das águas.”
    ………………………
    O Brasil já muito tarde , começou a investir no desenvolvimento de VANTs, não devemos repetir o erro, há algum programa nacional de
    “VSNT”?
    .
    VSNT -> veiculo submarino não tripulado.

  2. não tripulado ou nao, esses minisubmaridos seriam ideais para defender nao só o litoral Brasileiro mas também a nossa bacia amazonica.
    ou estou viajando? imagino que nao…
    Pensem, com uma frota de submarinos invisiveis patrulhando o nosso grandioso rio, naquela densa floresta, onde ataque pode vir de todos os lados. Os gringos ficariam aterrorizados!

  3. Isso quer dizer que os Scorpenes ja chegam obsoletos.Seria mais “negocio” o Brasil arrendar os quatro U-214 da Grécia(que eles não querem)que ja estão prontos e partir direto pra um nuclear.

  4. Klein não fala qual navio é melhor ou pior, ele aponta tendências, tendências que já existem em todos os submarinos hoje em construção.
    O que ele diz é que estas tecnologias terão que ser ampliadas. Isto não faz, nem o U 214, nem o Scorpene, nem o gotland navios obsoletos, são tecnologias que estarão entrando em operação daqui a pelo menos 10 ou 15 anos.
    Nesta altura os sensores e sistemas dos navios seja qual, for o fornecedor estão em prática.
    Como disse e repito, é besteira comparar um U 212 com um Los Angeles, cada um é mais eficáz nas suas peculiridades e funções, colocar isso de uma maneira Turva e Míope, para mim é mediocridade. Para mim um não ode cumprir eficientemente a função do outro, para mim são complementares e não superpostos,são navios diferentes para funções diferentes.
    No mais, “o barco segue a remo, enquanto os tubarões ladram…”
    Sds

    E.M.Pinto

  5. Os grandes subs oceânicos e esses não seriam complementares numa força naval?
    É o que achei da leitura…

  6. por horas a coreia esta na dianteira,pois faz tempo que opera pequenos submarinos,e eu pessoalmente sempre tive a opinião de que pequenos submarinos são uma grande arma de defesa principalmente,silencioso,sutil,e perigoso,pois em quanto muitos batem cabeça para tornar uma fragata estelt o submarino ja o é por natureza,se eu mandace alguma coisa neste querido brasil,enves de contruir inumeras fragatas e corvetas eu apostaria em inumeros pequenos submarinos,inclusive armados com canhões e metralhadoras,como nos antigos,e os usaria até para faser policiamento litoranio,abaroamentos,vigiar plataformas de petroleo,que arma de proteção em,um pequeno submarino pode enfrentar um inimigo de superficie bem superior,em quanto que uma corveta teria poucas chances ao infrentar uma fragata por exemplo,e não precisa ser aqueles submarinos monstros,mas pequenos pouca tripulação silenciosos e bem armados,para enfrentar poucos inimigos e para poucos dias no mar pois o objetivo é litoraneo,e para o mar aberto varios nucleares como o encomendado só que é pouco uns dez ja tava mais aumenos.

  7. Pinto pagar cerca de R$ 25 bi em quatro submarinos convencionais é que é visão míope sendo que se pode pagar menos de 1 décimo desse valor em quatro U-214 e investir os cerca de RS 23 bi restantes em um projeto nuclear de raiz.

  8. Não discuto a sua matemática de padaria, pois isto já foi mais de mil vezes demonstrado aqui, e sei que você não é capaz de entender por isso, não perco meu tempo.
    Não discuto qual é o melhor nem qual é o pior.
    Mas assinalo que:
    Um estaleiro para os SSN
    o SSN
    4 primeiros submarinos SSK
    Treinamento de pessoal e capacitação de empresas.
    Nunca em nenhum lugar desta galáxia poderiam custar 1 décimo do valor mesmo que fossem os U 214 (excelentes navios) dos quais portugal pagou mais deR $ 1,2 bilhões por cada um, apenas comprando direto da fonte.
    sem estaleiro nem nuclear.
    agora da próxima vez, procure manter seu ponto de vista sem desviar para outras pontos pois você sempre se dá mal quando faz isto, pois expõe aos demais leitores o seu despreparo sobre o assunto. E não é só aqui não, em todos os demais foruns que você participa é assim. Concelho de amigo…
    Abraço
    E.M.Pinto

  9. Uma função que Klein não abordou é a de sentinela de ancouradouros. Bases navais protegidas de inteperies como a baia de Guanabara ou os portos de Belém ou Manaus são ótimos abrigos para reparos, mas, em época de guerra, verdadeiras armadilhas para as esquadras. É fácil bloquear sua saída ou entrada com um ou dois submarinos… Isso se não houver dois ou três sentinelas em sua entrada. Os Diesel-Elétricos são ótimos para manter estas entradas seguras e os submarinos nucleares afastados. São as águas deles. 🙂

  10. Pinto eu não disse COMPRAR E SIM ARRENDAR!Existe uma enorme diferença.
    Como comparação sobre preços:
    4 Scorpenes = €1, 4 bi
    1 *casco nuclear = € 1,4 bi
    1 estaleiro = €1,8 bi
    O pacote soma € 4,6 bi xR$2,31=R$10,626 bi
    Se comenta entre bastidores que o pacote já chegou a R$ 25 bi.Para onde esta indo os cerca de R$ 14,5 bi que falta?Talvez pra se “pagar” um cafezinho em paris.
    *Aqui estou usando como referencia o preço do submarino nuclear barracuda completo.
    Realmente minhas contas de padaria e meu despreparo!!!!!!!!!

  11. Ô Jakson almeida, tu pensa que fazer um subnuclear do zero é fazer bom negócio!?

    Talvez nem um dos subs da DCNS sejam de fato convencionais…

    Pois a marinha quer partir do mesmo casco para produzir um reator pequeno no lugar do AIP que está programado, também, para esse tipo de plataforma…

  12. Não concordo com essas idéias revolucionárias de Manfred, e não é dificil entender o porquê.
    Inicialmente ja podemos observar que o representante da indústria naval alemã está simplismente provendo os submarinos diesel, por não produzirem submarinos nucleares. Ou seja, ele está tentando dar mais utilidade para o submarino convencional a fim de conseguir mais clientes. Será que ninguém reparou isso? Talvez seja alguma resposta á DCNS

    Ele avalia que essa nova geração de submarinos podem atuar com mais vantagens que os nucleares, mas esqueceu que a autonomia de um gigante nuclear é indefinida. Além disso a atuação de piratas pode ocorrer em alto mar também (sequestro de navios). De que adianta investirem tanto em destróieres/fragatas de última geração se seus recursos não são úteis em caso de crimes transnacionais, a ponto de usar submarinos para esse fim? Isso sem falar na adição de tecnologias das quais o submarino obrigatóriamente ja deve ter encorporado á suas funções para não ficar tecnológicamente obsoleto. Repararam o aumento de custo, que se converte na venda de um submarino desnecessáriamente mais caro?

    A função básica de um submarino é negar o uso do mar a inimigos. Ou seja, sua função natural é atacar sem ser visto, impedindo a atuação de inimigos em uma área de interesse.
    Aeronave subaquática para submarino? Quer dizer que avião tem que existir até de baixo d’água? Isso descaracterizaria a excência do submarino que é ser oculto até que atirem no alvo. Submarino não é navio de superficíe que envia helicóperos (destóier/fragata) ou aviões de asa fixa (porta-aviões) para operações de espionagem.

    O próprio excutivo da empresa alemã adverte para o aumento do custo e do principal papel do submarino, caindo em contradição para o que havia dito até então.
    Pura propaganda!!

Comentários não permitidos.