Blackwater formou batalhão de mercenários nos Emirados

http://3.bp.blogspot.com/-rqb82gKPi-8/TWN57uPPawI/AAAAAAAAAE4/zTEWIj_r6uc/s1600/mercenary-lg.jpgNew York Times revela que príncipe herdeiro de Abu Dhabi contratou fundador da empresa de segurança privada americana para reprimir eventuais revoltas nos Emirados Árabes Unidos

O príncipe herdeiro de Abu Dhabi e vice-comandante supremo das Forças Armadas dos Emirados Árabes Unidos contratou um dos fundadores da empresa de segurança americana Blackwater para formar um batalhão de mercenários com o objetivo de proteger oleodutos de ataques terroristas e conter revoltas internas semelhantes às de outros países árabes, noticia hoje o New York Times.

Sheik Mohamed bin Zayed al-Nahyan contratou Erik Prince e este contratou por sua vez centenas de colombianos que chegaram a Abu Dhabi, capital dos Emirados, em Novembro. Oficialmente eram trabalhadores da construção civil. O batalhão de 800 homens inclui também sul-africanos e mercenários de outras nacionalidades que foram treinados por veteranos das forças especiais britânicas e alemãs e ainda ex-membros da Legião Estrangeira francesa.

O jornal americano cita fontes oficiais dos Estados Unidos e ex-funcionários da empresa Blackwater. A força de defesa contratada pelo príncipe dos Emirados Árabes Unidos, que vê as suas próprias tropas como pouco preparadas, poderá atuar tanto dentro como fora da federação e ser capaz de protegê-la de um eventual ataque do Irão.

Fonte: Diário de Notícias

10 Comentários

  1. Americanos, ingleses, alemães e franceses psicopatas estão espalhando o terror pelos países. Depois esse pessoal muda de lado e vai contra os próprios criadores. Essa notícia acima, mostra claramente essa realidade.
    O Brasil que se cuide, contra os bárbaros europeus e islâmicos radicais. Estamos cercados de inimigos por todos os lados. Como pode haver ainda no mundo reis e príncipes ? Essa moda vem da Europa, mais especificamente do Reino Unido. Eu sou do Brasil, mas acho que estou mais evoluido do que os europeus. Geneticamente, os europeus ainda são bárbaros, conquistadores e imperialistas.
    O ser humano evoluido, ainda não dominou o planeta Terra. Acho que os chineses e japoneses são mais racionais e menos trogloditas (macacos).
    Vamos produzir as nossas Armas Nucleares, antes que seja tarde demais.

  2. O PRINCÍPIO DAS DORES
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    Qual é a diferencia tênue entre um mercenário,deste tipo made USA,e um terrorista?
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    Bem,só o futuro responderá.

  3. Outro texto sobre o tema:
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    LICENÇA PARA MATAR
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    “Os exércitos de mercenários desempenham um papel crescente na estratégia do imperialismo. O que há de novo não é esta atividade, que tem tradição milenar. É a privatização das funções de repressão anteriormente detidas pelos Estados, as mãos livres para ações criminosas pelas quais deixa de ser assumida responsabilidade moral e política direta.”
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    Por Bruno Carvalho, no Diário.Info
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    A proliferação de multinacionais da morte verificada na última década representa um negócio de milhões à custa da repressão dos povos, da guerra e da violência armada.
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    São eles que sujam as mãos. Fazem o que as forças armadas nem sempre podem fazer. Têm carta branca para assassinar e torturar indiscriminadamente. A maioria é composta por ex-militares e polícias. Mas também há traficantes e fanáticos de extrema-direita. Ou as duas coisas ao mesmo tempo.
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    Quando rebentou a guerra na Líbia, os jornais inventaram todo o tipo de mentiras. Entre elas, havia uma que está no bolso de qualquer editor para qualquer eventualidade. Dizia-se que guerrilheiras das FARC estavam em Tripoli para defender Kadafi. Apesar de se terem ‘enganado’ na organização, acertaram no país.
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    Efectivamente, há colombianos na Líbia. Ao lado da al-Qaida, integrados nas empresas privadas de segurança, combatem muitas nacionalidades contra o regime de Kadafi. Assim como no Iraque e no Afeganistão, milhares recebem dinheiro para combater a soldo do imperialismo. Os Emirados Árabes Unidos, por exemplo, pagaram 419 milhões de euros ao fundador da Blackwater Worldwide para construir um exército mercenário.
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    Erik Prince, que havia vendido aquela empresa, em 2010, e fundado a Reflex Responses, ficou, desta forma, responsável, por “operações especiais dentro e fora do país, defender oleodutos petrolíferos e arranha-céus de ataques terroristas e travar revoltas internas – eventuais protestos da vasta população de trabalhadores imigrantes ou manifestações pró-democracia semelhantes às que estão a varrer vários países árabes”.
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    Por sua vez, no Panamá, o presidente Martinelli anunciou no início de 2010 a contratação de uma empresa israelense para garantir a sua segurança e para treinar o Serviço de Proteção Institucional. Naquela zona, são mais do que muitas as suspeitas de ligações do governo panamenho a organismos tenebrosos como a CIA e a Mossad.
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    E, no Iraque, entre as principais funções, estão a segurança pessoal de políticos nacionais e norte-americanos, homens de negócio, empresários e asseguram instalações petrolíferas e militares. Estas são as razões oficiais pelas quais estão ali. Contudo, também lhes estão reservados papéis como o da construção de bases, intendência, interrogatórios e o combate.
    Ao longo dos últimos anos têm sido acusados de participar em operações secretas dos serviços de inteligência norte-americanos e noutro tipo de trabalhos sujos que envolvem a promoção do terror, do medo, o conflito religioso e a organização de esquadrões da morte para espalhar o caos.
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    De onde vêm os mercenários?
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    Entre os principais filões de companhias como a Blackwater encontram-se países como a Colômbia, África do Sul e Inglaterra. Muitos são ex-paramilitares colombianos de organizações extintas de extrema-direita. Da África do Sul, chegam os derrotados do apartheid. E de Inglaterra todos os que que ganharam experiência na luta contra o IRA. Em geral, são experimentados no terror contra a resistência dos povos. É o que se pede no curriculum de um mercenário.
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    Por exemplo, dos mercenários chilenos que combatem a soldo no Iraque, muitos serviram às ordens de Pinochet. Foram recrutados através de um anúncio no jornal El Mercurio no qual se convidava ex-militares, de preferência com experiência na instrução de comandos e domínio do inglês, a prestar serviços de segurança no estrangeiro ao preço de 18 mil dólares por seis meses de trabalho.
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    À medida que se vão sabendo os nomes dos que morrem e são feridos também se descobre que tipo de gente predomina neste negócio. Em Janeiro de 2004, morria François Strydon, um antigo membro do grupo contra-guerrilha Koevoet que fez numerosos assassinatos na Namíbia nos anos 80. Um dos mercenários feridos foi Deon Gouws, antigo membro da polícia secreta sul-africana, que havia confessado atentados contra opositores ao apartheid. Outro que foi desmascarado pelo The Guardian havia estado preso quatro anos pelo trabalho sujo realizado na Irlanda do Norte. Um mês depois de sair da prisão, Derek William Adgey foi contratado pela Armor Group e partiu para o Iraque.
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    Em 2005, o Jornal de Notícias divulgava que a Blackwater estava a estabelecer contactos em Portugal para contratar uma centena de pessoas. O alvo preferencial seriam antigos militares e polícias, da PSP ou da GNR, que tivessem passado por unidades de elite e participado em ações internacionais ou que detivessem especialização em áreas mais técnicas. Seriam necessários operadores de rádio, condutores e tratadores de cães para patrulha ou detecção de explosivos.
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    No Iraque, os mercenários são mais de 100 mil. Muitos vêm de países pobres da América Latina. A perspectiva de puderem ganhar num dia aquilo que ganhariam num mês fa-los não pensar duas vezes. Peruanos, chilenos, hondurenhos, equatorianos. Mas também norte-americanos, russos, filipinos, turcos, nepaleses, indianos e ucranianos. Todos especializados na arte de espalhar o medo e de esmagar a revolta.
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    Quando a guerra e a violência é um negócio
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    Sempre houve gente disposta a matar por dinheiro. Os mercenários existem desde sempre e também não é de agora a externalização de certas funções inerentes à guerra, como a logística. O que há de novo é a atribuição pelos Estados de funções inerentes à garantia da soberania nacional a empresas privadas. Na última década, verificou-se a proliferação de multinacionais da morte. São fortalezas militares e de segurança privada que lucram com a guerra e a violência.
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    A contratação da empresa Reflex Responses por parte dos Emirados Árabes Unidos é um negócio vantajoso. A companhia norte-americana enche os cofres de dinheiro e o Estado árabe garante a manutenção do poder político e económico face à ameaça de uma revolta. Mas também é um bom negócio para os Estados Unidos e União Europeia que não só não têm condições políticas e militares para combater em mais frentes como lhes é vantajoso que não sejam os seus a sujar as mãos.
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    Desde que começou a ocupação do Iraque, as companhias de produção de armamento tiveram lucros extraordinários. Mas as empresas de segurança privada nunca receberam tanto dinheiro. Em 2005, o Washington Post revelava que 50 por cento do orçamento da CIA tinha sido para o pagamento a estas empresas. Este negócio gerava, na altura, cerca de 100.000 milhões de dólares de lucro. Um valor que se previa ir duplicar em 2010.

  4. Eu penso no Brasil que é a minha terra. É esse pessoal que poderemos enfrentar no futuro. Psicopatas assassinos que matam por dinheiro. Não existe ética e lei atualmente nesse planeta; só hipocrisia. Não podemos brincar com a segurança da nação.

  5. O que é pior, soldados e empresa “declaradamente mercenários”, ou líderes (presidentes) mercenários que comandam tropas oficiais e por isso obedientes ao representante do Estado?!

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