Exclusivo: Desenvolvimento do ASBM DF-21 D chinês: Lições para o Brasil

“Esconder a sua força, esperar seu tempo e fazer o que puder.”

(Deng Xiaoping, pai da modernização da China).

Autor: Vympel 1274

Plano Brasil

1. Situação atual

A China quer atingir a capacidade para poder impedir que um grupo de batalha centrado em porta-aviões (CSG) da marinha dos EUA, intervenha na região no caso de uma futura crise no Estreito de Taiwan. Os chineses podem estar mais perto do que nunca de atingir essa capacidade com o desenvolvimento de mísseis balísticos antinavio baseados em terra (ASBM). Esses fatores sugerem que a China pode estar perto de conseguir este tipo de armamento, o qual é uma arma que nenhum outro país possui (os soviéticos desenvolveram arma semelhante, mas a guerra fria e o medo de iniciar uma guerra nuclear impediram seu desenvolvimento).

Pequim desenvolveu um ASBM com base no MRBM CSS-5/DF-21. O DF-21 D tem um alcance que poderia manter os navios dos EUA em perigo dentro de uma grande área marítima, além de Taiwan e do teatro do Pacífico Ocidental. No entanto, subsistem incertezas consideráveis ​​sobre a capacidade operativa real do ASBM chinês atualmente, o qual poderia afetar profundamente a dissuasão dos EUA, suas operações militares e o equilíbrio do poder no Pacífico Ocidental.

Alcance máximo de vários sistemas de armas desenvolvidos pela República Popular da China, partindo de suas fronteiras. Em amarelo, a área que o DF-21 D impõe a exclusão de plataformas de superfície dos EUA.  Alcance máximo de vários sistemas de armas desenvolvidos pela República Popular da China, partindo de suas fronteiras. Em amarelo, a área que o DF-21 D impõe a exclusão de plataformas de superfície dos EUA.

2. Taiwan como razão do desenvolvimento

Nas últimas décadas, a Marinha dos EUA usou grupos de batalha centrados em porta-aviões para projetar poder em todo o mundo, incluindo no estreito de Taiwan. A implantação do USS Nimitz e seus grupos de combate em resposta aos testes de mísseis da China em 1995/1996 e exercícios militares chineses no estreito de Taiwan foram situações em que o Exército de Libertação Popular (ELP) foi incapaz de se opor. O ímpeto por trás dos esforços da China de desenvolver o ASBM DF-21 D pode ser para evitar a repetição de situações similares no futuro.

3. Estratégia de negação de uso do mar

O ASBM DF-21 D seria apenas uma das muitas plataformas e sistemas de armas que a China vem comprando e desenvolvendo desde a crise do estreito de Taiwan em 1995/1996. Estes sistemas, em conjunto, irão permitir que a China disponha de um controle sem precedentes sobre sua periferia marítima contestada e suas áreas de interesse, com a intenção de negar o acesso ás forças dos EUA a áreas críticas próximas ao seu território em tempos de crise ou conflito. Eles fazem isso desenvolvendo táticas de emprego das forças chinesas para explorarem as características vulneráveis da marinha dos EUA.

É esperado que a República Popular da China venha a produzir centenas de mísseis DF-21 D, e um número semelhante de plataformas móveis de lançamento (TEL – Transporter Erector Launcher), para que possua uma grande reserva para ser utilizada em ataques de saturação contra seus alvos.

Em primeiro lugar, o desenvolvimento de um ASBM viria de mais de meio século de experiência chinesa com mísseis balísticos. Em segundo lugar, seriam móveis e lançados de plataformas terrestres de alta mobilidade​​. Em terceiro lugar, teria o alcance para atingir alvos a centenas ou milhares de quilômetros de seu ponto de lançamento. Esses fatores sugerem que a China é capaz de conseguir alcançar uma capacidade importantíssima, podendo impor a negação de uso de certas áreas do mar aos EUA, em zonas marítimas estrategicamente vitais e para além de suas 200 milhas náuticas da Zona Económica Exclusiva (ZEE).

Leia também: Reflexões sobre a defesa nacional: Defesa do mar territorial e zona econômica exclusiva


Os TEL (Transporter Erector Launcher – Transportador eretor lançador) são veículos projetados por engenheiros da antiga União Soviética para fornecer mobilidade para os vários tipos de mísseis balísticos, aumentando assim sua capacidade de sobrevivência, pois nunca se sabe exatamente o local onde se localizam e irão disparar seus mísseis. Hoje, foram copiados por engenharia reversa por vários países, principalmente a China.

4. Desenvolvimento do ASBM DF-21 D

Diagramas esquemáticos chineses mostram uma trajetória de vôo do DF-21 D com trajetória de médio curso e orientação terminal. Aletas de controle seriam fundamentais na segunda fase para orientar o ASBM em sua fase terminal através de manobras para evitar contramedidas do alvo e para atingir um alvo móvel. Isso faz com que o ASBM seja diferente da maioria dos mísseis balísticos, os quais tem uma trajetória fixa. Estima-se que o míssil pode viajar a Mach 10 e atingir o alcance máximo de 2.000 km em menos de 12 minutos. No entanto, os especialistas chineses prevêem uma “sequência de destruição”, que seria uma sequência de eventos que devem ocorrer para que um míssil tenha sucesso em engajar e destruir/desativar o seu alvo (porta-aviões):

1) Detecção;

2) Rastreamento;

3) Penetração nas defesas do alvo;

4) Atingir o alvo em movimento;

5) Causar danos suficientes para destruir/desativar o porta-aviões.

Sequencia de fases do lançamento do DF-21 D. Diferentemente de um míssil balístico, a fase terminal é guiada, devido a existência de aletas de controle na ogiva, o que possibilita mudar seu curso, evitando defesas do alvo e guiar-se até o alvo móvel.


Um único link quebrado nesta sequência levaria o ataque ao fracasso completo. Qual seria a capacidade real chinesa de detecção e rastreamento com base no que é conhecido hoje e no futuro?

A China tem trabalhado em uma sofisticada rede de sensores de terra e espaciais, incluindo radares além do horizonte (OTH), satélites e equipamentos eletrônicos de detecção de sinais (ELINT, SIGINT e COMINT), radares de abertura sintética, vigilância oceânica e eletro-ópticos, que podem auxiliar a detecção do alvo e na orientação do ASBM. Localizar um porta-aviões tem sido comparado ao encontrar uma “agulha num palheiro”, devido á imensidão marítima. Entretanto, a “agulha” tem uma grande seção transversal de radar (grande reflexão de radar), emite ondas de rádio, e é cercado por navios de escolta. Um radar ativo é o sensor mais provável do ASBM DF-21 D, pois seus sinais podem penetrar através das camadas de nuvens. Basta olhar para a maior reflexão e poderá localizar o maior navio como alvo, e o maior navio será geralmente um porta-aviões. Além deste radar, seria necessário um sistema eletro-óptico para aumentar a precisão.

Em seus esforços para conseguir uma capacidade decisiva de detecção e rastreamento de alvos navais, a República Popular da China vem implantando radares além do horizonte (OTH) e radares de abertura sintética (SAR), eletroópticos e de vigilância oceânica baseados no espaço, do modelo Yaogan.

A China lançou recentemente uma série de satélites para apoiar os seus esforços ASBM

* Satélite eletroóptico Yaogan-VII, em 09 de dezembro de 2009;

* Satélite com radar de abertura sintética Yaogan-VIII, em 14 de dezembro de 2009;

* Satélite naval de vigilância oceânica Yaogan-IX (constelação de três satélites), em 05 de março de 2010.

Imagens de um radar de abertura sintética (SAR) baseado no espaço, de um grupo de navios de transporte de carga (acima á esquerda). No detalhe (acima á direita), a imagem aumentada do maior dos navios da formação, um porta-contêiner, demonstrando a possibilidade deste tipo de equipamento de diferenciar os vários tipos de navios através da análise de seu desenho e tamanho. Abaixo, o porta-contêiner em questão.

5. Necessidades especializadas

Questões críticas permanecem em relação aos sensores dos mísseis. A China possui meios de detecção que atualmente são capazes da detecção e orientação do ASBM? Mesmo se perdida a capacidade de detecção fornecida pelos radares baseados no espaço e nos radares terrestres, existem meios de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) para fornecer a detecção da frota inimiga e a orientação dos mísseis ASBM com precisão suficiente para que a força tarefa baseada em porta-aviões possa ser atingida? Como é que isso funciona? Como seria realizada a diferenciação dos alvos? Será que esta seria uma questão muito complexa? Será que a diferenciação dos alvos seria somente baseada em seu tamanho? Poderiam os navios de menor porte também serem atingidos?

A marinha dos Estados Unidos desenvolve atualmente o programa BAMS (Broad Area Maritime Surveillance – Ampla Área de Vigilância Marítima), no qual aeronaves RQ-4 Global Hawk e MQ-9 Reaper complementam as funções dos 737 MMA. Os chineses desenvolveram aeronaves não tripuladas com finalidades semelhantes para detectar a frota americana próximo de suas águas territoriais. Acima, a versão anterior do MQ-9, o MQ-1 Predator.

Raciocinando com um possível “backup” para os sistemas de detecção espacial/terrestre, os chineses estão diversificando seus esforços para detecção da força naval adversária em mar aberto. Desenvolveram meios de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) baseados em aeronaves não-tripuladas (UAV) com desempenho próximo aos Global Hawk e Predator/Reaper americanos, mas voltado para a vigilância marítima, o que já é um conceito existente á anos mas nunca implantado devido aos altos custos de desenvolvimento e o fim da ameaça da guerra fria.  O UAV Xianglong (Dragão Voador) tem um peso de decolagem de 7.500 kg e uma carga útil da missão de 650 kg. O UAV tem uma velocidade de cruzeiro de 750 km/h e  um alcance máximo de 7.000 km. Se equipados com sistemas de reconhecimento eletrônico (ELINT, SIGINT e COMINT), sistemas eletro-ópticos/IR ou radares de abertura sintética (SAR), seriam uma séria ameaça em nível regional para a marinha dos EUA, pois uma simples detecção de emissões eletromagnéticas associadas a certos tipos de navios de combate desta marinha, seriam suficientes para fornecer a posição da frota, deixando-a vulnerável ao ataque do DF-21 D.

O Xianglong UAV parece ser próprio para grande altitude e longa duração, para o reconhecimento estratégico, similar em tamanho e capacidade aos RQ-4 Global Hawk dos EUA. Mas ao contrário do Global Hawk, o Xianglong não possui capacidade de operação global . Destina-se apenas para operações regionais na Ásia e na região do Pacífico.

O que os especialistas chineses temem que possa dar errado, e talvez até mesmo deixar o ASBM inutilizável? A defesa contra mísseis das escoltas da força-tarefa? Outras coisas? A pesquisa chinesa na capacidade da ogiva do ASBM de manobrarem e evitar as defesas do alvo, juntamente com seus auxiliares de penetração (PENAIDS) para derrotar as defesas antimísseis, sugerem que esta é uma área de preocupação permanente.

Características semelhantes encontradas sugerem que o DF-21 D pode ter sido desenvolvido com alguma tecnologia proveniente do MRBM Pershing II, de fabricação americana (esquerda). O DF-15 SRBM chinês (centro) tem seu último estágio praticamente idêntico ao do Pershing II MRBM. Tal característica pode ter sido aproveitada pelo DF-21 D (direita), o qual necessita capacidade de manobra em seu veículo de reentrada, para poder atingir um alvo móvel (porta-aviões).

Segundo fontes americanas, o ASBM DF-21 D possivelmente seria baseado no MGM-31 Pershing II MRBM, o qual é semelhante ao DF-15 chinês. Na sequência do tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) de 1987, Washington e Moscou eliminaram todos os seus mísseis nucleares e convencionais com alcance entre 500 e 5500 km, incluindo os Pershing II. Pequim preencheu este vácuo, desenvolvendo seus próprios mísseis balísticos de alcance intermediário. Os Pershing II tem em seus veículos de reentrada, aletas de controle (para manobra em sua fase terminal). As fotografias do míssil CSS-5 fora de seu módulo de lançamento não são conhecidas, mas os mísseis DF-15 tem um veículo de reentrada (RV) praticamente idêntico ao Pershing II. Com base na forte semelhança visual, é possível que o DF-15 possa empregar tecnologia de manobra terminal semelhante à do Pershing II.

O que são auxiliares de penetração (PENAID)

Auxiliares de penetração são dispositivos ou táticas utilizadas para aumentar as chances de uma ogiva de um míssil balístico de penetrar as defesas um alvo. Estes podem consistir em dispositivos físicos dentro do ICBM, bem como táticas que acompanham o seu lançamento, e pode incluir uma ou mais das seguintes características:

  • Os veículos que transportam as ogivas: Podem ter alguma forma de tecnologia stealth, dificultando a detecção pelos radares do inimigo.
  • Fios metálicos “Chaff”: Podem ser implantados em uma grande área do espaço, criando uma grande área de reflexão de radar que vai obscurecer as ogivas atacantes no radar de defesa.
  • Chamarizes: “Decoys” produzidos com balões de mylar, que podem ser inflados no espaço e são projetados para ter as características das ogivas na tela do radar.
  • Fragmentos deliberados do foguete no estágio final podem obscurecer o radar do inimigo, projetando uma seção transversal do radar muito maior que as ogivas.
  • Interferidores de radar: Estes são os transmissores que podem ser implantados nos chamarizes e na ogiva, interferindo nas frequências utilizadas pelos radares de defesa.
  • EMP (Pulso eletromagnético): Um dispositivo EMP pode ser detonado, com seu raio de alcance suficiente para proporcionar um apagão no radar defensivo, que permitirá as ogivas passarem através das defesas do inimigo sem serem detectadas.
  • Veículos de reentrada manobráveis (MARV): Uma ogiva pode manobrar entre as defesas, tornando muito difícil sua interceptação, além de poder permitir atingir alvos em movimento.

Sequencia de lançamento de um ICBM dotado de sistemas auxiliares de penetração (PENAID). Os veículos de reentrada tem sua assinatura no radar de defesa obscurecida por refletores infláveis, chaff, interferidores ativos e outros chamarizes, específicos para cada fase da trajetória do ICBM. Tal tecnologia é também utilizada pelo DF-21 D, o que dificulta extremamente as defesas da força tarefa de interceptar e destruir a verdadeira ogiva do míssil.

7. Qual seria o serviço responsável pela operação do ASBM DF-21 D

O segundo corpo de artilharia, a força de foguetes estratégicos da China, já é responsável ​​pelos mísseis balísticos nucleares e convencionais baseados em terra da China (estes últimos desde 1993), provavelmente irá controlar qualquer ASBM que a China vier a possuir. Relativamente pequeno, com foco na tecnologia e extremamente secreto, o serviço é ideal para tal missão.

8. Orientação Doutrinária

Como é que o segundo corpo de artilharia utilizaria os ASBM em cenários operacionais? De acordo com a nova doutrina de emprego dos ASBM chineses, os grupos de ataque com mísseis convencionais ASBM devem ser utilizados em um ataque de saturação, como uma “bala de prata”, que é um termo chinês comumente usado para descrever as armas chinesas que são utilizadas contra os pontos fracos do inimigo, algo que é possivelmente extraído da doutrina de combate naval da União Soviética (batalha de única salva).

De acordo com seu manual, o segundo corpo de artilharia está pensando seriamente em pelo menos cinco maneiras de usar ASBM contra os grupos de combate baseados em porta-aviões da marinha dos EUA, pelo menos no nível conceitual:

Ataque direto (huoli Xirao) – Envolvem ataques diretos visando destruir/incapacitar navios pertencentes do grupo de ataque baseado em porta-aviões da marinha dos EUA, servindo como um aviso;

Fogo frontal de dissuasão (shezu huoli qianfang) – Envolvem salvas de intimidação disparadas á frente de um grupo de ataque baseado em porta-aviões, para servir como um aviso;

Expulsão por poder de fogo de flanco (yice huoli qugan) – Combina a intercepção de um grupo de ataque baseado em porta-aviões por forças navais chinesas, com salvas de intimidação projetadas para dirigi-los para longe das áreas onde a China se sente mais ameaçada;

Ataque de saturação (jihuo tuji) – Envolve uma impressionante concentração de mísseis diretamente contra o porta-aviões, como um “martelo de batalha”;

Ataque eletrônico (xinxi Gongji) – Implica atacar eletromagneticamente o sistema de comando e controle do grupo de ataque baseado em porta-aviões para desativá-lo, com possível utilização de ataques por guerra eletrônica ou ogivas contendo EMP (pulsos eletromagnéticos).

Muitos sistemas serão necessários

Tudo isso não significa necessariamente que a China já possua capacidade ASBM, mas sugere fortemente que eles buscam incessantemente o desenvolvimento desta capacidade, tendo alto nível de aprovação da liderança civil e militar da China. Se não possuem tal capacidade atualmente, com certeza a conseguirão no futuro.

9. Características da estratégia baseada em porta-aviões da marinha dos EUA

A doutrina de projeção de poder da marinha dos EUA depende totalmente de seus porta-aviões para a projeção de poder naval em todo mundo. Isso se deve a incapacidade dos navios de combate (destroieres, cruzadores e fragatas, além dos navios logísticos e de transporte de tropas) de se defenderem da aviação baseada em terra (principalmente contra ataques saturação com os atuais mísseis antinavio) e contra os submarinos nucleares e convencionais. Os porta-aviões fornecem proteção á longa distância as outras unidades constituintes da força tarefa, contra ameaças nas três dimensões (submarinas, de superfície e aéreas), ao mesmo tempo em que suas escoltas fornecem proteção ao porta-aviões a curta e média distância.

Ao destruir/neutralizar o porta-aviões de uma força tarefa, as demais forças de superfície constituintes ficam vulneráveis a ação inimiga, pois enfrentam forças baseadas em terra, de superfície e submarinas em superioridade numérica, pois estas lutam em seu próprio território ou próximo dele (que podem realizar ataques de saturação de mísseis antinavio, os quais dependendo de suas características podem sobrepujar até mesmo o sistema AEGIS AN/SPY-1 / SM-3 Standard que equipam os cruzadores e destóieres da marinha dos EUA). Isso acontece pela dramática redução na sua capacidade de alerta antecipado (fornecida pelos E-2C Hawkeye), ficando a detecção de um míssil antinavio do tipo sea-skimmer (de vôo rente á superfície do mar) restrita ao máximo de 150 km a partir do próprio navio, devido á curvatura da superfície terrestre.

A curvatura da Terra continua sendo um fator limitador do alcance dos radares dos navios, que possuem uma “zona cega” à baixa altura, a partir da linha do horizonte. Essa vulnerabilidade também está presente nos radares terrestres e é usada por pilotos de aviões do tráfico de drogas, por exemplo, para escapar à detecção.

Isto quer dizer que, se um míssil antinavio com uma velocidade de Mach 3, ou seja, 3.705 km/h (SS-N-22 “Sunburn”) o qual cobre a sua distância máxima de emprego em cerca de dois minutos e meio, deixaria para seu alvo um tempo de cerca de 25 a 30 segundos para reagir contra o referido míssil, usando meios eletrônicos e físicos antes do impacto. Imaginem agora reagir contra cerca de trinta dos mesmos mísseis ao mesmo tempo (transportados por trinta aeronaves do tipo SU-32 FN ou quatro TU-26, por exemplo), isso sem contar que existem mísseis antinavio mais rápidos ainda (Brahmos II, a nova versão do mesmo míssil com velocidade de Mach 5.26, ou seja, 6.500 km/h) ou mísseis mais potentes ainda (AS-4, AS-6 ou AS-16, estes transportados pelo TU-26 “Backfire”). E o que dizer ainda dos mísseis de igual capacidade e lançados de submarinos, vindos de direções diferentes e em ações coordenadas com os ataques aéreos?

O míssil antinavio Brahmos, baseado no míssil P-800 ”Oniks” de fabricação russa, foi desenvolvido em conjunto pela Rússia e a Índia. É atualmente, com certeza, o míssil antinavio mais poderoso do mundo, exceto quando comparado aos mísseis desenvolvidos especificamente para o uso no bombardeiro TU-26 “Backfire C”.

A Marinha dos Estados Unidos respondeu mudando seu foco de uma força de bloqueio baseada em águas rasas (Littoral Warfare), ao retrair seus porta-aviões e destróieres de defesa aérea para águas profundas. Os Estados Unidos também deslocaram a maior parte de seus navios de defesa aérea contra mísseis balísticos para o Pacífico, ampliou o programa de reequipamento de navios de defesa aérea com o sistema AEGIS BMD e aumentou a aquisição de mísseis RIM-161 Standard Missile-3 (SM-3). Os Estados Unidos também tem uma grande rede otimizada para acompanhar os lançamentos de mísseis balísticos que podem dar aos grupos de combate baseados em porta-aviões tempo de advertência para passarem longe da área alvo, enquanto o míssil está em vôo.

Se os chineses conseguirem a IOC do DF-21 D (IOC – Initial Operating Capability – Capacidade Operacional Inicial), certamente serão capazes de superar o sistema de defesa aérea americano AEGIS, simplesmente porque é mais simples e barato para eles aumentarem a quantidade de  ASBM lançados em um ataque de saturação (juntamente com seus auxiliares de penetração – PENAID) de dentro de seu próprio país do que para os Estados Unidos terem mais unidades do míssil SM-3 operando em seus destróieres da classe Arleigh Burke e Ticonderoga, e os mesmos estarem operacionais em quantidade suficiente no Pacífico Ocidental. Isto é uma grande verdade, principalmente levando-se em conta certos procedimentos operacionais, nos quais são necessários no mínimo dois mísseis interceptadores SM-3 para destruir  cada ASBM DF-21 D, como ocorreu com os SS-1 “Scud” iraquianos ao serem interceptados pelos MIM-104 “Patriot” durante a primeira guerra do golfo.

Sistema SM-3 “Standard” BMD (Balistic Missile Defense – Defesa contra mísseis balísticos). É a aposta da Marinha dos EUA para contrapor-se á ameaça representada pelo DF-21 D. Equipa os destroieres das classes Ticonderoga e Arleigh Burke. O objetivo da marinha dos EUA é ter 21 navios atualizados com o sistema até o final de 2010, 24 em 2012, 27 por volta de 2013 e 38 no final do ano fiscal de 2015.

10. Estratégia de dissuasão regional da República Popular da China

Ao decidir sua doutrina militar, a China entende como seu principal adversário os EUA, devido á sua capacidade de projeção de poder e do seu suporte militar e político á Taiwan. Esta ilha, de acordo com os recentes acontecimentos, com certeza será alvo de uma tentativa de reintegração pela China continental no futuro, por eles acreditarem que a ilha trata-se de uma “província rebelde” que faz parte de seu território. Tal anexação é fortemente combatida pelos EUA, que suportados pela sua economia e poder militar, vem frustrando essas pretensões chinesas á anos, através da dissuasão proporcionada por seus porta-aviões. Devido a impossibilidade de a China contrapor-se aos EUA, pelo menos fora de seu território, e de sua relativa inferioridade militar, os chineses desenvolveram sua doutrina regional baseada nos pontos fracos da marinha dos EUA, a qual tem nos porta-aviões toda sua capacidade de projeção de poder, o que vem sendo realidade desde o fim da segunda guerra mundial.

Esta doutrina americana, na verdade nunca foi posta a prova desde o fim da segunda guerra mundial, contra um país com um desenvolvimento militar e econômico proporcionalmente considerável (Ex. União Soviética/Rússia). Os desenvolvimentos de novos tipos sistemas antinavio associados á capacidade de detecção via satélite e de sistemas C4ISR (Comando, Controle, Comunicações, Computação, Inteligência em tempo real, Vigilância e Reconhecimento) em utilização por países com capacidade militar apreciável, associados a doutrinas baseadas nas fraquezas dessa força, podem muito bem anular em situações locais e regionais a superioridade da doutrina americana baseada em porta-aviões.

Interessante fotografia de um suposto sítio de testes de mísseis balísticos no interior do território da República Popular da China, mostrando o que poderia ser um convés de um porta-aviões como alvo. Observem a provável precisão do sistema empregado.

Tal direcionamento doutrinário relembra a doutrina naval soviética do período da guerra fria, onde a marinha soviética, tida como uma marinha em que seus navios de superfície serviam de proteção aos “santuários” de SSBN soviéticos, e seus SSN caçavam navios logísticos e de combate da OTAN em mar aberto (numa clara alusão a batalha do atlântico que ocorreu durante a 2ª GM), não sendo efetivamente uma “marinha de águas azuis”. Procurou impor a negação do uso do mar á marinha dos EUA, baseando-se em sua doutrina de “batalha de única salva”, onde uma força local, mesmo que inferiorizada militarmente, mas sendo treinada (em ações antinavio), equipada (com a dupla Tu-26 “Backfire”/AS-4 “Kitchen”) e direcionada para explorar as características vulneráveis da força naval adversária (dependência total dos porta-aviões) utilizando-se também de métodos assimétricos, conseguiria uma vitória, lutando nas proximidades de seu território e dentro de sua área de influência/interesse.

Prova disso é o exercício Millenium Challenge 2002, promovido pela marinha americana, no qual a utilização de métodos assimétricos e alternativos de combate, baseados nas fraquezas da força tarefa centrada em porta-aviões, resultaram no “afundamento” de dezesseis navios da força azul pela força vermelha (um porta-aviões, cinco cruzadores e dez navios anfíbios), causando a morte de cerca de 20.000 marinheiros americanos. Logo após a ofensiva de mísseis de cruzeiro, outra parcela significativa da força Azul  foi “afundada” por uma armada de pequenos barcos da força vermelha, que realizaram ataques convencionais e suicidas, o que demonstrou a incapacidade da força azul para detectá-los como já era esperado, provocando a suspensão do exercício, pois a força azul encontrava-se incapacitada no primeiro dia do exercício.

Em outras situações, um submarino convencional sueco da Classe Gotland participou de um exercício da OTAN chamado “águas azuis” no Oceano Atlântico. Lá, ele teria obtido uma vitória em um duelo com unidades navais espanholas e, em seguida,  teve um duelo semelhante contra um SSN francês, também vencendo-o. O mesmo submarino sueco também derrotou um SSN americano, o USS Houston . Tirou várias fotografias do USS CVN Ronald Reagan sem ser notado (o que corresponde ao afundamento do porta-aviões americano pelo submarino sueco durante o exercício).

11. Conclusão

República Popular da China:

Ao analisar as características do sistema ASBM DF-21 D, pode-se inferir que os líderes chineses não buscam atacar os Estados Unidos diretamente, mas sim impedi-los de que venham a intervir em suas águas territoriais e em suas operações militares em suas áreas de interesse, através de sua marinha, ou seja, o DF-21 D pode ser considerado uma arma defensiva, pois a mesma é utilizada somente para interditar certas áreas do oceano, as quais pertencem á República Popular da China ou ficam em suas áreas de interesse. Eles querem defender a futura anexação do que consideram ser parte não reintegrada de seu território (Taiwan) e de garantir um ambiente estável em suas áreas de interesse. Se eles desenvolveram um ASBM, obviamente desejam neutralizar a capacidade de projeção de poder militar dos EUA em suas águas territoriais e áreas de influência. O ASBM seria uma arma “assimétrica”, onde um grupo de batalha centrado em porta-aviões (CSG) não disporia de defesa eficaz contra ela, especialmente se confrontada com vários mísseis em um ataque de saturação, ao contrário dos tradicionais submarinos ou bombardeiros em que esse grupo ainda teria uma chance de sucesso, fazendo com que os EUA pensassem duas vezes antes de desdobrar um CSG contra a República Popular da China.

O DF-21 D é o primeiro ASBM prestes a entrar em capacidade operacional inicial no mundo. É o maior exemplo de superação tecnológica da República Popular da China

Lições para o Brasil:

O Brasil com suas riquezas encontradas nas duas Amazônias, na “Amazônia verde” e principalmente na “Amazônia azul” descobertas a poucos anos (pré-sal), pode vir a sofrer pressões internacionais para ceder seus recursos naturais aos países dominantes do cenário internacional. A escassez de recursos minerais explorados por estes países farão acontecer o que Henry Kissinger previu em 1994:

“Os países industrializados não poderão viver da maneira como existiram até hoje se não tiverem à sua disposição os recursos naturais não renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos garantidores da consecução de seus intentos.”

(Henry Kissinger, 1994, ex-secretário de estado americano).

Vivemos em um período em que as grandes nações impõem seus interesses cada vez mais sem se preocupar com a interpretação dos outros países de suas verdadeiras intenções. Exemplo disso são as justificativas para intervenções no Iraque pelos EUA (supostas armas de destruição em massa) e a intervenção da OTAN na Líbia (no que veio a se conhecer como Doutrina de Intervenção Humanitária). Tal doutrina poderia ser aplicada no Brasil em relação á terras indígenas ou questões ecológicas, justificando uma intervenção no país? No entanto, pergunta-se porque tal doutrina nunca foi implementada durante os massacres de Ruanda, da Chechênia ou do Tibet, sem falar atualmente na grande aliada americana, a Arábia Saudita (seria a falta de interesse econômico e político?).

A total supremacia dos EUA e seus aliados garantem respaldo político e militar em suas aventuras, como o que ocorre no Iraque, onde até hoje não foram encontradas as ADM tão alardeadas. E por acaso, qual a razão da cúpula da Casa Branca do período não ter sido julgada pelo tribunal internacional da ONU por crimes de guerra, quando milhares de civis iraquianos morreram em decorrência da invasão americana, a qual foi iniciada sem um motivo comprovado e independentemente da resolução negativa da ONU?

Alcance mínimo e máximo de um radar OTH francês Nostradamus se instalado no planalto central. O OTH não serve para controle de trafego aéreo por ser muito impreciso, mas é muito bom para alerta antecipado. Dependendo do local de instalação um OTH pode dar cobertura na maior parte do Atlântico Sul apoiando também a Marinha do Brasil.

A Convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar não foi ratificada pelos EUA, os quais consideram o fundo do mar um patrimônio comum da humanidade e, sendo assim, a área não se submeteria à jurisdição de Estado algum, o que é um exemplo de suas futuras pretensões. A “Amazônia azul” é uma área de 3 660 955 km² que inclui as áreas contíguas aos arquipélagos brasileiros no Atlântico Sul. Esta área poderá ser ampliada para até 4,4 milhões de km² em face da reivindicação brasileira perante a Comissão de Limites das Nações Unidas, que propõe prolongar a plataforma continental do Brasil em 900 mil km² de solo e subsolo marinhos que o país poderá explorar exclusivamente. Estamos em condições de assegurar nossos direitos legalmente adquiridos em uma área tão grande?

A utilização de “ferramentas de controle” por parte principalmente dos EUA (TNP e MCTR) reduzem a capacidade de ataques á longa distância dos países por elas regulados, e certamente, a proliferação nuclear e suas tecnologias anexas, quando conseguidas através de outros países (por isso a limitação de 300 km e carga de 500 kg). Isso nos possibilitaria apenas a aquisição de sistemas de armas de curto alcance no exterior (300 km), os quais pouco poderiam fazer contra um grupo batalha centrado em porta-aviões (CSG) da marinha dos EUA, os quais podem realizar ataques a cerca de 2.000 km a partir da posição da força-tarefa. O MCTR inclui também a proibição da exportação da tecnologia necessária para a construção e o desenvolvimento de tais sistemas de armas.

Representação gráfica das baías de Santos e de Campos, onde se localizam as reservas do pré-sal brasileiro, seus blocos de exploração e pontos de prospecção. Imaginem nossa capacidade de dissuasão se dispuséssemos dos sistemas de armas apresentados na presente matéria.

Mesmo que o Brasil nunca desenvolva armas nucleares em virtude do TNP, ainda ficaríamos “amarrados” ao MCTR, o que limita severamente nossa capacidade de resposta á um possível invasor marítimo, impedindo o desenvolvimento de mísseis de longo alcance (balísticos ou não) e de veículos aéreos não tripulados (que poderiam ser utilizados para vigilância marítima), desenvolvidos com tecnologia importada de outros países. Observem que tais equipamentos são justamente os mesmos que nações como China e Rússia desenvolvem para contrabalancear o poder naval dos EUA em suas áreas de interesse, em suas áreas de influência e em seus mares territoriais. A assinatura pelo Brasil principalmente do MCTR, foi uma brutal falta de visão estratégica, a qual não foi pensada em suas consequências em momento algum pelo governo brasileiro.

‘‘Quando necessário, quando não houver concordância da ONU com os EUA, faremos a intervenção, onde quer que seja, mesmo sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU’’.

(Bill Clinton, 1998, Presidente dos Estados Unidos da América).

Tal afirmação nunca esteve tão atual. A ONU como instituição já foi ignorada pelos EUA (Iraque) e atualmente pela OTAN (Líbia), quando o que era somente uma “zona de exclusão aérea” criada pela ONU, passou a ser uma missão de ataque direto contra um dos lados do conflito, contrariando a resolução da mesma ONU. A instituição mundial que em tese deveria mediar e ditar as regras dos conflitos armados entre países (ONU) mostrou-se inepta em defender suas próprias resoluções.

Em um mundo em que certos países se sobrepõem a esta instituição, a qual deveria estar acima de qualquer interesse de qualquer estado, quem garantirá nossos direitos legalmente adquiridos? Se o Brasil como nação não definir seus prováveis agressores, os quais são mais do que óbvios e tomar medidas concretas para dissuadi-los de uma futura aventura em nosso território, seremos sobrepujados por estes países e ainda passaremos para a história como criminosos, pois são os vencedores quem sempre escreveram a história.

Fontes:

www.chinamil.com.cn

Wikipédia.eng

www.jamestown.org

www.fas.org

www.ausairpower.net

www.globalsecurity.org

50 Comentários

  1. VALE A PENA LER, PENSAR E PREPARAR: CHINA: O novo bin Laden – ORWELL escreveu o roteiro – de Dr. Paul Craig Roberts:

    http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.globalresearch.ca/index.php%3Fcontext%3Dva%26aid%3D24715&ei=XqbRTaDJOJCDtgesldmTDg&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CB4Q7gEwAA&prev=/search%3Fq%3Dhttp://www.globalresearch.ca/index.php%253Fcontext%253Dva%2526aid%253D24715%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG%26biw%3D1280%26bih%3D630%26prmd%3Divns

  2. SR° José Bosco,O seu direito de comentar aqui é igual ao meu, não lhe citei, nem lhe ofendi, se vc se ofendeu é problema seu e somente seu, aliás, não sei de onde vc tirou essa do rabo preso, possivelmente foi ato falho, já está no seu subconsciente. Com relação a receber dinheiro de uma outra nação ou a América em especial, concordo com vc, certamente os yanques não iriam pagar para um Zé qualquer, eles preferem intelectuais, formadores de opinião e empresários da mídia, de qualquer forma eles já teêm o Zé Carioca e o Zé Serra para puxar o saco deles, não precisam de mais um. Enfim sou uma pessoa pragmática, gosto do conhecimento factível, palpável e não deslumbres de leitores de Wikipédia, aqui existe muito disso, pseudo Doutores em tecnologia militar, e é a todos esses “doutores” que eu me referi no post anterior, não especificamente a vc. Minha visão estratégica e conhecimento geopolítico tb não é ingenuo e é bem mais diversificado que ler o gibi do capitão América ou assistir Top Gun. Baixe sua bola e tenha mais respeito pelas pessoas, evite ofensas, e quando ver uma matéria excelente como esta do Vimpel, leia e comente sem querer aparecer pois é deselegante com o autor da mesma.

  3. Obrigado David Queiroz, vc é um cara sensato, e parabéns Vimpel, excelente matéria, quando houve a divulgação deste tema algum tempo atrás, muitos questionaram a capacidade chinesa de realiza-lo, vc mostrou de forma clara as tecnologias empregadas iluminando o debate, continue assim. Quero tb dizer que sou favorável a um mundo multipolar, sem imperialismos de nenhuma parte. A derrocada americana já era esperada e vai se aprofundar, aqueles que olham o passado e não sabem interpreta-lo estão fadados a não ter futuro. Realmente, todos os impérios ruíram e hoje são nações coadjuvantes, não somos ingenuos de achar que a América vai sumir, mas vejo com grande satisfação sua derrocada. A América, desde o pós 2° guerra foi e é a nação mais imperialista do mundo, olhem suas bases militares, suas frotas navais e suas interferências em todo o globo em menos de 60 anos. Será que a China que é uma cultura MILENAR ousou tanto? E a Russia? O fato é que hoje qualquer brasileiro por mais ignorante que seja teme mais uma invasão Americana que a de qualquer outra nação. E eles realmente já a fazem impondo o que podemos e o que não podemos ter, construir, desenvolver, até mesmo sua cultura nos é imposta garganta abaixo, e uns ficam realmente alienados neste processo. Defendo que o Brasil faça parcerias com os EUA, rússia, China, Irã, França e qualquer outro sempre respeitando estas nações e suas tradições e culturas, e sempre pensando no que é mais importante, o nosso país e nossa capacidade de defendê-lo.

  4. Que se denuncie este maldito tratado MCTR que foi assinado e ratificado no governo vendilhão FHC.
    Procedamos ao imediato desenvolvimento de mísseis com alcance igual ou superior a 2.000 Km e que possam transportar ogivas convencionais ou nucleares.

  5. É a velha e covarde política de adorar bife, comer bife até se empanturrar, arrotar bife, mas ter dó da vaca, não ter coragem de matar a vaca e ficar com ódio do açougueiro.
    Achamos hipocritamente que temos um modo de vida diferente do modo de vida americano. Ledo engano!
    Em nada somos diferentes do “american way of life” e para mantermos nosso invejável modo de vida, imitando os yanques, cabeças precisam ser quebradas em algum lugar do mundo.
    Por isso é que existem bases americanas mundo afora.

  6. 2Hard40,
    O PT já está há 8 anos no poder e tem o respaldo popular para desfazer o que o FHC fez. Mas não vejo nenhum movimento nesse sentido por parte do antigo e do atual governo do PT. Pelo jeito, pelo menos nisso eles pensam igual ao FHC.
    Eu de minha parte acho que tomamos a atitude correta em relação aos compromissos assumidos com referência ao controle de mísseis e ao desenvolvimento de armas nucleares, mas nunca é tarde para chamarmos a atenção do mundo contra nós e nos tornarmos um país pária frente à Comunidade Internacional.
    O pior é que aí teremos que enfrentá-los com algo mais que bravatas e ufanismos, e é aí que a porca torce o rabo.

  7. Senhores:
    Entendam que o chamado “american way of life”, como nosso amigo disse, é derivado de uma dominância natural que os EUA impõem ao mundo por seu avanço cultural e econômico, da mesma forma que o império chinês, romano e britânico (além de outros em seu auge) impuseram ao resto do mundo em seu devido tempo. Nada mais natural que assimilemos suas características (que podem ser muito positivas ou não), mas o que não podemos nos esquecer é que nem tudo que estes países nos impõem devem ser assimilados da maneira que eles desejam, pois isto também faz parte do jogo entre nações, e cabe a nós, como povo civilizado e instruído, saber diferenciar o que é válido ou não.
    A velha frase “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil” (dita por um general do exército brasileiro chamado Juracy Magalhães, em 1964 quando o mesmo assumia o comando da embaixada brasileira em Washington) é um exemplo disso, onde nos são impostos os desígnios de uma nação dominante através de um suposto “assistencialismo” que existe simplesmente por que nós permitimos que o mesmo exista, devido a nossa fraqueza e incompetência (para não falar de outras razões) como nação supostamente desenvolvida e soberana. Lembrem-se que o tão proclamado “imperialismo americano”, apesar de ser real, só existe pelo fato de nós como nação permitirmos que ele ocorra, devido á nossa própria vulnerabilidade.
    Muito me preocupa a proliferação de brasileiros com esse tipo de mentalidade, onde os descontentamentos e decepções do dia-dia terminam por fazer acreditar que a situação não vai e nem pode melhorar, e assim escolhendo outros países como objeto de admiração. Esse é o primeiro passo para a derrocada total do nosso país rumo ao subdesenvolvimento e a servidão.
    Da mesma forma que simplesmente “abandonar” nosso país a outros que o cobiçam, o discurso ufanista e pseudo patriota é também extremamente danoso quando não feito sobre bases sólidas e firmadas na realidade, através de exemplos realistas e autocríticos.
    Devemos, dentro dos meios possíveis, formarmos opiniões, e este blog é uma ferramenta valiosa para isto, por isso posto estas matérias que levam aos interessados lerem as notícias nas “entrelinhas”, e que o assunto defesa é somente mais uma de muitas vertentes a serem discutidas no nosso país. Devemos desenvolver mentalidades em condições de entender o que se passa no mundo atual, e evitar assim, que sejamos subjugados por países dominantes, os quais somente aproveitam de nossa própria incompetência e incapacidade de autodeterminação, pois isso sempre aconteceu desde que o primeiro homem andou sobre a terra, ou seja, nada de novo na história da humanidade!
    Agradeço aos companheiros que comentaram o post e aproveitemos o diálogo para refletir sobre nossas atitudes e ações para com nosso Brasil.

  8. .
    .
    Eu li todos os posts até aqui, e o que eu vi foi somente mais do mesmo…
    .
    Tenho uma posição muito clara em relação ao imperialismo Yankee: Mentira pura o que dizem como qualquer tipo de “Justificativa” da propaganda e sou também absolutamente intolerante quanto a ingerência deles nos nossos interesses.
    .
    Mas creio que o mais importante dito até agora sobre esse tema em todas essas postagens foi o que o Vympel disse pouco acima:
    -.
    — Muito me preocupa a proliferação de brasileiros com esse tipo de mentalidade, onde os descontentamentos e decepções do dia-dia terminam por fazer acreditar que a situação não vai e nem pode melhorar, e assim escolhendo outros países como objeto de admiração. Esse é o primeiro passo para a derrocada total do nosso país rumo ao subdesenvolvimento e a servidão.—
    .
    Concordo 100%!!
    .
    E para o Bosco:
    .
    A Índia tem armas nucleares, não assinou o TNP, é uma democracia como o Brasil e ninguém enche o saco, por que??
    .
    Porque ja tem armas nucleares!!
    .
    O Brasil não é o Irã, ou a Coréia do Norte, podemos sim seguir em frente nesta estrada com a cabeça erguida, que mesmo que falem mal não teremos retaliação, no máximo depois de armados democraticamente como a Índia, eles poderiam até fazer acordos na area nuclear, assim como fizeram com eles!
    .
    E Pra mim o que o Brasil tem que fazer também e pegar o controle da zona na América Latina e Africa Sub-Saariana como uma sua zona de influencia onde os USA tem que ficar de fora e ainda pedir permissão pra poder entrar…hehe, um novo imperialismo Tupiniquim!!
    .
    Prefiro isso ao ter que ficar ai babando ovos, eles que tenham o merecem, se levaram guerras violentas e injustas pelo mundo que recebam o mesmo… ou seja como diziam os profetas, se levas ódio receberás ódio, se levas amor receberás amor… por mim é indiferente, basta que fiquem longe da nossa Área de influencia natural, estou me lixando pra eles e o que fazem no resto do mundo… mas na nossa casa e no nosso quintal não!!
    .
    Valeu negada!!

  9. carlos argus disse:
    16/05/2011 às 12:41

    Do exposto acima, eu só posso dizer: Acorda BRASIL.(N situação está mal a pior

    ta certooooooooooooooooo

  10. As relações entre os países dominantes e os dominados nos dias atuais têm certas peculiaridades provenientes da capacidade do cidadão atual de ter informação concentrada através dos veículos de comunicação de massa (principalmente a televisão). Esta “informação” é somente mais uma das maneiras que os países dominantes tem de afirmar sua dominância. Isso se explica pelo fato de a maioria das pessoas não se interessarem por história real obtida através dos livros, preferindo a informação manipulada obtida através da muito mais agradável televisão. Realizam o “trabalho de convencimento” de sua própria população através de noticiários politicamente direcionados para justificarem intervenções (no Iraque de Saddam Hussein) e quedas de regimes contrários aos seus interesses (Venezuela de Hugo Chavez). Basta observar a evolução que ocorre nos noticiários toda vez que uma crise política com outro país, quando a mídia televisiva bombardeia o cidadão americano comum com informações sensacionalistas. Lembro-me certa vez que uma repórter americana veiculou que Chávez dissera que adorava “cocoa”, acreditando que o mesmo fazia referência á cocaína, e não ao chocolate!
    Os próprios filmes de Holywood mostram os EUA como os “paladinos da justiça e da democracia”, demonizando seus adversários como sub-humanos (quem se lembra de Rambo e Braddock?). É claro que eram e ainda são divertidos e fazem parte de nossa cultura, mas cabe ao brasileiro se informar da realidade e de que aqueles personagens são um produto de um período político e que servem de “boas-vindas” para todos os inimigos dos EUA. Visam demonstrar ao mundo que eles estão preparados e que é melhor fazer o que eles mandam!
    A superioridade militar não necessariamente decide as guerras, pois com a tecnologia, o uso eficiente do terreno e a exploração das caracteristicas do combatente, o combate assimétrico permite que uma força inferior vença um inimigo muito mais forte militarmente. Esta situação ocorre desde o surgimento da sociedade, ao contrário que alguns pensam.
    Como já disse, não devemos “endeusar” certos países, principalmente aqueles que podem ser considerados nossos adversários no futuro, sendo mais correto procurarmos meios de resistir aos seus soldados e suas máquinas de guerra com o melhor que pudermos desenvolver ou adquirir no exterior. “Endeusar” esses países, só leva á um sentimento de inferioridade que pode ser fatal no combate moderno.

  11. Amigos Vimpel e Francoorp, como é bom debater ao lado de vcs, pessoas que não somente teêm conhecimento de equipamentos militares, mas tb de uma mentalidade bem desenvolvida e sem alienamentos, seus últimos comentários simplesmente encerram o debate, recentemente o Brasil deu demonstrações que sua diplomacia quer ser reconhecida naturalmente na américa latina em função da pujança do Brasil, mas não com atitudes imperialistas (american way of life), cito o caso da Bolivia (refinaria) e agora do Paraguai (Itaipu). No caso boliviano, eles já vieram ao Brasil com o rabo entre as pernas depois da descoberta das reservas de gás do pré sal, pois o Brasil especulou diminuir a importação do gás Boliviano. Estes são exemplos de influência benigna praticado pelo Brasil e que dá aos parceiros menores a capacidade de sobreviverem e tb crescerem, admirando e respeitando o Brasil. No caso da Argentina demos um freio neles bloqueando suas exportações para cá, fazendo valer o principio da reciprocidade, já que eles fizeram o mesmo, eles tb já estão falando fino. Portanto, podemos até debater se estas atitudes do Brasil foram fracas ou fortes para com seus parceiros, mas nunca podemos dizer que estamos fazendo igual aos Yanques.Abcs , Alexandre.

  12. Deve ser culpa dos americanos que o nosso país não investe em educação, ciência e tecnologia e não deixa de ser um exportador de matérias primas e produtos primários, certo?!Que o nosso povo vota em políticos corruptos e não sai na rua para protestar!

    Não vejo qual dos nossos problemas graves seria resolvido ou amenizado se tivéssemos armas nucleares e mísseis balísticos. O poder da índia está no dinheiro e na mão de obra, não nas armas, os míssies são para outras finalidades. Se os americanos tentam consquistar os indianos é pq estão de olho no dinheiro que eles vão gastar com russos e franceses, é só interesse econômico, nada a ver com bombas atômicas.

    Pelo menos a democracia deles é o que permite às pessoas afirmarem coisas incorretas à vontade.

  13. João Paulo Caruso, culpar os EUA por todas as nossas mazelas é coisa de ditadores latino-americanos incompetentes. Se é que existem mazelas devido á eles, são por que nós permitimos que isso aconteça.
    Se você relacionar assuntos de defesa com assuntos sociais, nós nunca investiríamos nas forças armadas, devido aos nosso problemas internos! São assuntos diferentes que devem ser tratados independentemente.
    Armas nucleares são uma alternativa extrema, que pode ser para bem ou para mal, na minha opinião não vejo necessidade delas atualmente no Brasil. Deve ser algo a ser discutido por toda a sociedade, pois as consequências seriam suportadas por todos nós. Em momento algum eu disse que os EUA eram culpados por nossas mazelas, pois acredito que quem crê nisso está equivocado. Lendo o que você escreveu, não vejo pertinência nenhuma em relação ao que foi postado por mim, dentro de tudo explicado. Você deve ter se equivocado em algum momento ou confundido algo….

  14. Vympel1274 disse:
    21/05/2011 às 20:15

    Não me referia a você Vympel1274, em nehum monento percebi intolerância com a opinião dos outros em seus comentários.
    E eu gostaria de agradecer pelas matérias bastante completas e detalhadas. Eu sei bem como é difícil juntar essas informações sem livros disponíveis sobre o assunto no brasil.

    Também não quis ofender outros colegas, mas discordo de certos radicalismo, principalmente quando baseados em ínformações discordáveis.

  15. Vympel1274, meus parabéns, muito obrigado pela matéria, aqui no blog sempre a gente esta aprendendo algo.
    Fico com a dúvida se não estarão os chineses tentando usar esses mísseis para ameaçar, ou usar contra um outro país daquela região.
    —————–
    Parece caro Caruso que você está muito mal informado.

    A indústria brasuca passou ser a SEXTA, escutou bem? A SEXTA INDÚSTRIA DO MUNDO.

    O ano passado a Ind.Brasuca ultrapassou às da Inglaterra e França
    .
    Mas poderia-se pensar que a produção estivesse crescendo mas a exportação industrial estivesse caindo.
    .
    PELO CONTRÁRIO caríssimo Carusso.
    Aqui vão os números:

    Básicos…..62…..90…..+45,27
    SemiManufaturados…..20…..28…..+37,60
    Manufaturados…..67…..79…..+18,13

    Vamos tentar entendé-los: a primeira coluna é a EXPORT 2009 em bilhões, a segunda 2010 e a última, o incremento%, ou seja, TODO CRESCEU.
    .
    SEMIMANUFACTURADOS cresceram em 2010 37,6%
    MANUFACTURADOS cresceram em 2010 18,13%
    .
    É claro a prod de básicos, é a que mais cresce reduzindo ano após ano a participação porcentual dos outros no total exportado.
    .
    Brasil não está “deixando” de ser um exportador de commodities, porque na verdade já era em parte um exportador industrial, e continua sendo e crescendo, por isso somos a SEXTA INDÚSTRIA e SÃO PAULO a TERCEIRA cidade industrial do mundo.
    .
    O Brasil pode sim estar virando um exportador de commodities, mas não seria porque esteja reduzindo sua EXPORTAÇÃO INDUSTRIAL, mas porque a soja ferro milho etc está crescendo a maior ritmo que a produção industrial.
    .
    Carusso, meu caro Caruso, eu não sou nem do Lula nem do PT nem da Dilma, mas eu gosto é, de ser OBJETIVO, só isso.
    Eu reclamo do governo, como muitos outros, mas para que tenha sentido a reclamação tem que ser baseada em fatos.
    .
    Acho o problema político do Brasil, além da corrupção de muitos políticos, é o fato de não ter oposição inteligente, que tenha um discurso lógico. Deveremos aguardar a que apareça, porque uma boa democracia funciona com uma boa oposição.

  16. vou colar aqui o significado das 3 grandes classes de produtos de exportação:

    a) Produtos básicos:
    produtos de baixo valor, normalmente intensivo em mão-de-obra,cuja cadeia produtiva é simples e que sofrem poucas transformações. Por exemplo, minério de ferro, grãos, agricultura, etc.

    b) Produtos industrializados:
    Dividem-se em semi-manufaturados e manufaturados, uma vez mais considerando o grau de transformação

    b.1) semimanufaturados
    produto que passou por alguma transformação. Ex: suco de laranja congelado; couro.

    b.2) manufaturado
    produto normalmente de maior tecnologia, com alto valor agregado, Ex: televisor, chip de computador, automóvel, CD com programa de computador, etc.

  17. Milton Brás Cabral disse:
    21/05/2011 às 20:44

    A indústria brasuca passou ser a SEXTA, escutou bem? A SEXTA INDÚSTRIA DO MUNDO.

    Achei desnecessária essa sua observação.

    Amigo, você não me entendeu. Eu não critiquei o governo atual nem entrei no mérito do desenvolvimento econômico do Brasil. O que eu estou dizendo é que ao longo da história nossos problemas foram criados em grande parte por nós mesmos e que o respeito internacional se dará pelo capital e não por armas nucleares. Não disse de maneira nehuma que a economia do Brasil estava no caminho errado, ou qualquer coisa parecida pois seria uma discussão desagradável. Eu Disse que um dos motivos para não sermos desenvolvidos e não termos maior influência na geopolítica mundial é o fato de não investirmos em educação, ciência e tecnologia e dependermos muito do capital estrangeiro.

    “Mas poderia-se pensar que a produção estivesse crescendo mas a exportação industrial estivesse caindo.””PELO CONTRÁRIO caríssimo Carusso”

    Não pensei nem afirmei absolutamente nada disso!

    Estava falando da necessidade de armas nucleares como fator importante aos interesses do Brasil. Se a econômia continuar em boa fase por muito tempo então já estamos no caminho certo, não precisamos de míssieis para arrumar inimigos e sanções.

  18. O problema senhores, é a maneira de se expressar durante um diálogo sobre um assunto que, na verdade, ninguém pode ter certeza do que realmente acontece, como é o caso do desenvolvimento de sistemas de armas modernos. Muitos comentaristas expões certos tipos de opiniões as quais carecem de base lógica e de pesquisa sobre a mesma, e acabam dizendo “heresias”, pois se baseiam muitas vezes em sites tendenciosos ou fontes de pesquisas populares, as quais não tem nenhuma garantia de idoniedade (isso quando não saem completamente do assunto!). Quando não se sabe algo, pergunta-se, e quando não se tem certeza, sugere-se! Nnguém aqui tem a obrigação de ser “doutor” na área de defesa, mas devemos ser comedidos no que falamos, da maneira que falamos e sobre o que falamos!!! Assim evitam-se atritos desenecessários. Ao meu ver, qualquer alinhamento político que devemos ter deve ser com nosso próprio país e com outros países que possuam características de nosso interesse. Depreciar o Brasil em detrimento de outros países não leva a nada, embora as vezes sirva pessoalmente como desabafo, o que entende-se perfeitamente. Vamos valorizar o que é nosso, apesar dos pesares…

  19. Já que fui censurado em dar continuidade ao tema técnico, abordando possíveis reações americanas ao míssil ASBM, passando inclusive por “querer aparecer mais que o autor do artigo” e como parece que o “mais correto” é mudar o contexto do post e envaredar para o campo da ideologia e da política, vamos lá.
    Eu faço coro com os colegas acerca da lucidez da frase do Vympel: “Muito me preocupa a proliferação de brasileiros com esse tipo de mentalidade, onde os descontentamentos e decepções do dia-dia terminam por fazer acreditar que a situação não vai e nem pode melhorar, e assim escolhendo outros países como objeto de admiração. Esse é o primeiro passo para a derrocada total do nosso país rumo ao subdesenvolvimento e a servidão”
    Pra mim ela é emblemática, e diz com clareza o que ocorre em blogs de defesa Brasil afora. Há uma admiração exarcebada por países estrangeiros em detrimento do nosso próprio.
    Os campeões dos países mais apreciados são sem dúvida nenhuma a China, a Rússia, e pasmem, até mesmo a Venezuela, o Irã e a Coréia do Norte e até mesmo os “aiatolás do Afeganistão”.
    Na ansiedade em culpar outros pela nossa própria incompetência e desonestidade, houve um acordo tácito entre a maioria de participantes de blog de defesa em escolher os EUA como nosso principal e único algoz e qualquer paiseco que represente a luta contra o imperialismo é bem vindo e saudado como o baluarte da liberdade e justiça.
    Por exemplo, se você for um admirador incondicional da China é logo visto como um patriota exemplar nesses tempos de PT no poder.
    Já se ousar em falar algo que seja interpretado como alguma admiração aos símbolos do imperialismo (EUA, RU, Israel, etc) é logo taxado de traidor e há quem peça até o pelotão de fuzilamento para o atrevido.

  20. Só há uma pessoa capaz de desenvolver um sistema de defesa efetivo para o Brasil: Eu mesmo. O motivo, é que sempre pensei 1000 anos a frente em matéria de ciência.
    O problema é que os brasileiros não foram treinados para pensar criativamente e intuitivamente. Eu procuro me concentrar e entrar em contato telepático com planos superiores, também. Eu gostaria de desenvolver a Nave 1/3 C para a humanidade, mas não me dão espaço. Cheguei a conclusão de que a mentalidade do brasileiro é muito curta em se tratando de ciência e tecnologia. Nós só copiamos o que já existe, pois o sistema de ensino brasileiro bloqueou e engessou a criatividade dos nossos jovens. Quem detém o poder de mando na área científica, não faz nada e também não deixa ninguém fazer. Com essa mentalidade curta, não chegaremos a lugar algum. Seremos eternos vassalos, pois a administração nacional é deficiente.
    Roubam, roubam e roubam dos cofres públicos, mas não vejo nenhum político efetivamente na cadeia e devolvendo o que furtou. Veja o Caso Palocci 2 … Não vai acontecer nada x nada.

  21. Os foguetes ainda são muito lentos, por isso dá para destruí-los durante a sua aproximação. Daria para um foguete se deslocar a 25 x som ? Sim. Como ? Sistema anti-atrito e novo sistema de propulsão.
    Há algum país interessado nesse meu projeto ? O Brasil eu sei que não está.

  22. Por isso eu disse no post acima: (isso quando não saem completamente do assunto!)
    Mantenham o foco, senhores…Tecnologia é diferente de política…já tá virando bagunça, por favor…

  23. Francoorp,
    Se a Índia conseguiu fazer a bomba sem despertar nenhuma reação da Comunidade Internacional, parabéns.
    Se alguém tiver a fórmula para que o Brasil também o faça, todos ficaríamos gratos.
    Mesmo existindo a fórmula, ficaria ainda a questão: precisamos?
    Se chegarmos a conclusão que a bomba nuclear e meios de entrega eficientes são essenciais para nossa defesa então que a façamos.
    A Índia com certeza está inserida dentro de um quadro geopolítico que a levou a ter a bomba, para nós não vejo, à princípio, utilidade dentro de uma série de cenários previsíveis.
    Se nossas riquesas forem cobiçadas e ameaçadas no futuro será de forma bem mais sutil que uma invasão militar pura e simples.
    É ingenuidade pensar que a bomba nuclear irá nos salvar dos meandros da política internacional e do jogo de poder, sem falar de nossa própria classe dirigente.
    A bomba nuclear tem-se provado tudo, menos uma arma eficaz do ponto de vista tático e de utilidade duvidosa em coibir qualquer outra coisa que não uma guerra generalizada.
    Sem falar que o fato de desenvolvermos a bomba irá levar a uma corrida armamentista dentro de nosso continente de consequências imprevistas a longo prazo.
    Antes de conseguirmos ter mísseis ICBM teremos que passar pelas fases intermediárias. Essas fases obrigam de certa maneira a termos mísseis de alcance médio, intermediário, etc. O que diriam países amigos fronteiriços sabendo que temos armas de destruição em massa com alcance para atacá-los?
    O que acharíamos se a Argentina desenvolvesse a bomba atômica e mísseis com 2000 ou 3000 km?
    Bem! Fato é que não adianta culpar o FHC ou quem quer que seja. Quem governa o Brasil agora é a Pres. Dilma.
    Ela possui mandato popular para fazer o que achar necessário para nos defender de possíveis ameaças externas.
    Se não o faz, a culpa não é minha.
    Quanto às ameaças internas, bem mais sutis embora tão ou mais destrutivas que as invasões imperialistas, essas, infelizmente, continuarão a nós atormentar por tempo indeterminado.

  24. Quando me refiro a “nossa classe dirigente” não me refiro especificamente ao nosso atual governo e nem ao anterior.
    Falo de modo geral, já que desde as capitanias hereditárias somos avacalhados pelos que insistentemente mamam nas tetas do Estado Brasileiro em detrimento de uma melhor qualidade de vida para nosso povo.

  25. Agora Bosco em relação a sua lista de países admirados vc esqueceu os EUA e acho que não podemos prever o futuro, então uma arma atômica nos cairia muito bem, claro que tambem temos de desenvolver meios de lançalas.
    .
    Veja a Líbia, era aliada dos EUA.

  26. Godoy,
    Se conseguirmos desenvolver e produzir armas nucleares e meios eficazes de lançá-las sem chamar a atenção da Comunidade Internacional, se tivermos uma política de uso de armas nucleares clara e que não represente ameaça aos nossos pacíficos vizinhos e se administrarmos nossas armas nucleares melhor do que administramos nossas escolas, hospitais, estradas, segurança pública, etc, eu também serei a favor de construirmos um arsenal que possa destruir o mundo umas 10 vezes pelo menos.

  27. .
    .
    Bosco:
    .
    Te vejo meio confuso… tem nada a ver possuir armas nucleares e ter que melhorar as escolas, hospitais, etc… Todos os países que possuem armas nucleares tem problemas nas esferas sociais, os Yankees por exemplo não possuem rede de atendimento médico gratuito, tem o Medicare, mas mesmo assim 50 milhões de Yankees não tem acesso ao serviço de atendimento médico, e as universidades então são todas pagas, quem não paga não tem carreira… Assistam o Filme/DOC “Sicko”pra ter uma visão menos propagandista, e é feito por um Yankee!!!
    .
    A Índia tem enormes problemas sociais, assim como o Paquistão, China, Russia… de estradas então nem vou falar como são as estradas russas, indianas… e todos tem Nukes!!
    .
    Tem nada a ver uma coisa com a outra!! Estamos falando de dissuasão militar, e nada tem esse poder do que as armas NUCLEARES!!
    .
    O contexto Geo-Politico nosso é muito claro, DISUASAO custe o que custar, e pra país grande, industrializado, agressor,intervencionista e pior de tudo invasor, e como ja vimos que existem muitos por ai, mas o maior deles na atualidade está ao norte deste mesmo continente… serve até pra eles essa capacidade dissuasiva!
    .
    Não digo vencer em guerra, mas possuir esta armas nós da o passaporte para a liberdade geo-estratégica, o que queremos não devemos pedir nem ficar com o pires na mão, eles que reclamem o quanto quiserem, mas nós seguiremos as nossas decisões de forma livre e sem abaixar a cabeça pra ninguém, nem pra eles!
    .
    Vai perguntar pra eles porque não invadiram a Coréia do Norte e nem mesmo ameaçaram fazer como fazem com o Irã… além da China obviamente, que tem muito menos armas que eles, mas que diz não e eles tem que aceitar, pois não tem mais nada a fazer!!
    .
    E se tiver corrida armamentista em nossas fronteiras, coisa que duvido muito pois todos aqui no Sul sabem que não temos tradição ou perspectivas expansionistas… e no mais estão todos muito submergidos de problemas para correr atras, alias seria até uma boa fazer acordos com estes países pra abrir bases no território deles, como os USA fazem na Europa, com bombas atômicas Yankees estacionadas nas suas bases européias em território estrangeiro, poderíamos até mesmo entrar com esse acordo na Unasul.
    .
    Quanto ao lado político interno, bem foi o FHC que assinou o TNP na traição, melhor dar nomes aos bois mesmo… e não assim fácil desfazer essa meleca, serve muito jogo de cintura e vontade política para retornar na estrada nacionalista, e creio que a Dilma também não quer saber disso, quem sabe daqui uns dois governos, quando estes tal de 16 milhões de miseráveis que dizem tiverem subido de classe…
    .
    Pra mim o Brasil deve desenvolver tudo o que for necessário para a sua segurança, mesmo que irrite ou perturbe outros países, eles que mordam a testa!!
    .
    Temos é comprar parcerias com outros povos, nada de Yankee pois boicotam demais na área militar, e depois desenvolver a nossa… 100% Nacional!
    .
    Dizer que não confia nos USA ou que deseja a sua derrota nas invasões pelo mundo não é ser a favor do terrorismo ou de estados canalhas, somente querer que o mundo pare de aceitar invasões unilaterais, torturas e crimes de guerra como se fossem normais, pois amanhã tudo isso pode muito bem ser contra de nós!! A Realidade é diferente da propaganda reacionária!!
    .
    E todas as mazelas que temos aqui dentro do nosso país são culpa nossa, principalmente aceitar a propaganda estrangeira nas nossas TV’s, radios, revistas e jornais, como um veneno da 5° coluna que tenta “amaciar a carne” da resistência interna caso um dia decidam fazer uma campanha por aqui… isso sim é tudo culpa nossa, e pra mim é um dos mais graves problemas que temos no Brasil, eles fazem a parte deles que é tentar difundir essas mentiras pré-fabricadas, mas nós aceitarmos é que é intolerável!!
    .
    Valeu!!

  28. Realmente não é pertinente misturar orçamento militar com causas sociais, pois como já disse, se isso fosse feito, nunca investiríamos nas FFAA brasileiras. Deve-se ter um equilíbrio de entre ambos, ainda mais em um país com um PIB de mais de 2 trilhões de dólares, pois recursos é o que não faltam. O que acontece é que tais recursos são extremamente mal geridos, isso sem falar da corrupção reinante.
    Armas nucleares, como volto a dizer, são uma alternativa extrema e que a posse das mesmas resultarão em medidas da comunidade internacional e principalmente dos EUA/OTAN que iremos ter que arcar como país. A posse ou não das mesmas gera sempre um debate acalorado, pois são várias as condicionantes que justifiquem ou não sua posse. Lembro-me de um comentário do coronel Paulo Ricardo da Rocha Paiva, o qual é defensor da posse de tais artefatos por nosso país. Sua razão era que a reunião e desenvolvimento de meios convencionais em quantidade suficiente que garantissem nossa soberania demorariam anos, consumindo muitos bilhões de dólares, sendo que necessitamos de capacidade dissuasiva imediata. Eu considero tal ponto de vista considero correto, mesmo acreditando que não necessitamos operacionalmente de tais artefatos, pois as consequências para o Brasil seriam grandes e variadas demais e que podemos achar alternativas diferentes destas.
    Em relação ao contexto geopolítico, sempre devemos considerar que estamos na área de influência/interesse dos EUA, o qual sempre representará uma ameaça (declarada ou não) as nossas pretensões regionais, como sempre ocorreu no passado (basta ver as intervenções e golpes de estado na AL pelos EUA através da CIA, em defesa de seus interesses econômicos e políticos, o que será motivo de outro post). Não são ameaças de mesmo porte a China e a Rússia (embora não devam ser ignoradas), pois sendo costumazes antagonistas da OTAN/EUA e estando geograficamente distantes da nossa zona de influência, além de não disporem de forças de intervenção extra-continentais, podem servir como “aliados naturais”, no desenvolvimento de sistemas de armas e transações econômicas. Necessitamos de aliados no plano político, econômico e militar os quais tenham interesse legítimo em estabelecer parcerias, e não em degradar seus equipamentos vendidos para possíveis “alvos” no futuro.

  29. O que mais me incomoda, é a total falta de direcionamento de nossa politica de defesa nacional, a qual se desenvolve em ações desconexas e sem um direcionamento lógico. Digo isto devido a não definição de quem pode ser ameaça (EUA/OTAN, além de outros adversários não estatais). Cito como exemplo: Se os militares desenvolvem a “doutrina de lassidão” (a qual preconiza o enfrentamento assimétrico entre o Brasil e uma superpotência (EUA) em combate na selva), por que razão foram aceitos os radares da americana Raytheon para o SIVAM? Se eles fabricam o equipamento, eles sabem como interferir, desativar ou iludir suas emissões eletromagnéticas. O mesmo se dá com a possível escolha do F-18 (simplesmente considera-lo finalista é errado, apesar das excelentes qualidades do mesmo) no programa FX-2. E para finalizar, para que o Brasil quer um super navio de assalto anfíbio? (se projeção de poder nem de longe é uma de nossas capacidades, pois faltam navios e porta aviões para tanto, a não ser se fizermos parte de uma grande força de desembarque que nos forneçam tais capacidades). Será que estamos implorando para a união europeia ou a OTAN/EUA para nos meterem nas suas enrascadas, valendo o velho ditado “se não pode vencê-los, junte-se a eles”? O problema é que, se enveredarmos por esse raciocínio, vamos ser incluídos no rol dos países intervencionistas sem ter nem ao menos as prerrogativas e os ganhos dos mesmos, e isso gera consequências desastrosas. (veja os ataques á bomba na Espanha e Inglaterra) Será que vale a pena expormos nossos soldados e cidadãos desta maneira, devido á interesse de outros países como ocorre atualmente na Líbia?
    Quanto á presença americana em vários países, o que podemos fazer? Interesses globais requerem capacidades globais, mas com certeza não quero bases americanas no território do meu país ou próximo dele, pois “quebrar cabeças” para fazer valer o “ponto de vista deles” e manter seu “modo de vida” como sempre fizeram em toda sua história, não é algo saudável (para eles e para o mundo), como se pôde comprovar devido aos últimos atentados terroristas sofridos por eles e seus aliados. Como diz o velho ditado “Se com ferro feres, com ferro será ferido”. Isto não significa ter uma postura agressiva em relação aos EUA, pois somos naturalmente influenciados pela sua cultura, economia e modo de vida de uma maneira positiva, e os fatores negativos dessa dominância temos que saber bloquear, através de um povo brasileiro instruído e ciente do que realmente acontece no mundo atual.
    O que falta, na minha humilde opinião, é a definição das ameaças e decidir como vamos enfrentá-las, com base em tudo que foi escrito acima. Mas para isto, devemos ter coragem em dar nome aos bois, independente se vão gostar ou não, pois se são considerados ameaças, é unicamente devido ás suas ações e intenções para com nosso país, no passado, no atual presente e no futuro. Lembremo-nos senhores, somos brasileiros e devemos amar nosso país, apesar dos pesares….Muito obrigado a todos pelo interesse em comentar.

  30. Só uma opinião.

    Não acho confuso, pois tudo tem a ver com recursos que não existem. Uma coisa é investir em forças armadas modernas capazes de defender o país, outra é gastar bilhões em progeção de força tendo tantos problemas e necessidades muito mais sérios para resolver. Não é pq a India faz, lá é outro contexto.

    Também é discutível se os países que tem armas nucleares hoje sejam mais seguros ou estejam mais protegidos que o Brasil.
    Não invadem o Irã e a Coréia?! É, só que mais cedo ou mais tarde ou eles baixam a bola ou vão simplesmente sumir. E como o Bosco já falou tem problema sim irritar os vizinhos, pq eles podem se achar no direito de fazer as bombas nucleares deles. E não temos garantia de que vão usa-las com responsabilidade.

  31. Boa discussão gerada pela matéria do Vympel. 🙂

    Ter ou não ter armas nucleares? Eis a questão.

    Pessoalmente, sou a favor de forças convencionais, modernas e capazes de dissuadir por si só, eventuais ataques. Imagine armas nucleares na AL, distribuídas entra Brasil, Argentina e Venezuela…. Basta um ditador e pronto tamo “fu”.

    []’s

  32. Francoorp,
    Em nenhum momento eu disse que para termos armas nucleares ou forças armadas convencionais competentes teríamos que antes resolver nossos vastos problemas sociais.
    Eu disse que torço para que o dia que tivermos armas nucleares, caso isso venha a ocorrer no futuro, não as admnistremos como fazemos com outras atividades do setor público, e citei como exemplo nossas escolas, hospitais, estradas, segurança, etc.
    Não vejo nosso Estado e nem nosso povo com força moral para administrar armas de destruição em massa. Um Estado essencialmente corrupto, desonesto e clientelista. Infelizmente por culpa nossa mesmo, ou seja, da população, que não é em nada diferente de seus dirigentes e de seus servidores públicos, haja vista que nos matamos a base de 50.000 por ano.
    Mas já que você tocou no assunto, sabe que é mesmo um absurdo um país ter armas nucleares com a intenção de inibir uma evasão de nossos recursos naturais, ambicionados por potências estrangeiras, enquanto ainda há compatriotas na miséria e à margem da cidadania que mesmo antes dessa hipotética tomada de nossas riquezas por invasores estrangeiros já se encontram na miséria?
    Não seria o caso de um pai de uma criança com desnutrição grave interpelar o governo que colocar em curso o desenvolvimento de um arsenal nuclear, no sentido de saber por que gastam recursos com a prevenção de um hipotético conflito com países que ambicionam nossas riquezas, enquanto seu filho está a beira da morte já agora?

  33. .
    .
    Vympel
    .
    Seu temor de embargos (Conseqüências da posse) é justificado, depois dos testes nos 90, a Índia e o Paquistão sofreram embargos de componentes industriais de médio-Alto contudo tecnológico, os USA/ONU temiam que continuando o livre comércio destes componentes os dois lados pudessem desenvolver armas e sistemas ainda mais letais nesta “Guerra Nuclear” que seguiam…
    .
    O resultado foi que a os dois passaram a investir em P&D na criação de seus próprios sistemas, o mesmo que o Irã está fazendo hoje… e no caso da Índia vemos os resultados depois de uma década, Helicópteros, Aviões(Parte), Mísseis, Navios, Submarinos, Etc… bom um embargo industrial né??? EU acho que sim, se fizermos a nossa parte!!
    .
    O Brasil teria a mesma ou ainda mais capacidade de superar um embargo deste sendo que temos um parque industrial mais moderno que o indiano.
    .
    Outro lado foi o chamado “Embargue Covarde”, que a ONU devido aos seus programas de alimentação e nutrição na Índia recusou, seria muito inconveniente impor um embargue agrícola e de remédios na Índia, e sem duvida depois que este país conseguisse superar esta fase com os próprios meios eles não esqueceriam isso, e não aceitariam ou colaborariam com a ONU em grande escala, e estamos falando do 2° país mais populoso do Mundo.
    .
    Mas a Índia não ficou parada, descobriu que existe esse “Risco” e decidiu correr para recuperar… infelizmente as terras que possuem são aquelas ali, e não são muito cultiváveis, então faz-se-a a agricultura em Edifícios, e também as hortas e granjas… não sei mais nada dessa idéia, mas conhecendo os indianos é uma questão de tempo.
    .
    O que sei que na questão de medicamentos eles se transformaram em um dos líderes dos Genéricos, e exportam formulas básicas para o mundo inteiro, Brasil incluso!
    .
    Neste quesito o Brasil também superaria com muita facilidade até, vendo que temos terras cultiváveis em abundância, qualidade na Bio-Diversidade que se bem utilizada teremos plantas e animais de corte de alta qualidade, e mandamos assim os riscos de embargue agrícola, ou como fizeram com o Iraque o tal do “Food For Oil”!
    .
    No caso dos embargues medicinais temos grandes laboratórios nacionais e mesmo multi-nacionais que em caso extremo e em retaliação seriam nacionalizados, e pegaríamos suas instalações com tudo dentro, formulas, maquinário, sem contar a mão de obra especializada nossa que é de qualidade, etc… aqui também sairíamos e agirariamos o embargue, coisa que paizinhos por ai como a Coréia do Norte não conseguiria fazer!!
    .
    Que retalhem como quiserem, mas vendo isso tudo, e sabendo que todos sabem disso, duvido que queiram assistir esse filme, pois seria um fracasso absoluto para eles, alias, seriam mais fácil o Brasil embargar o mundo e fazer o preço das commodity chegar a níveis estrelares e insustentáveis, forçando à fome a classe mais pobre nos países embargadores… não querem ver esse filme!
    .
    Somos um país somente comparavel com a Índia nestes casos, e até mesmo a superamos, e veja que hoje os USA/ONU cortejam a Índia muito e muito bem, com acordos até mesmo na Área nuclear, pois tudo o que fizeram para tentar impedir o avanço nuclear militar fracassou, mas os jornais não gostam de publicar esses fatos do passado!
    .
    Concordo quando dizes que o Coronel definiu muito bem a situação, e sou de acordo em tudo, desde que se invista nas duas frentes ao mesmo tempo, convencional para uma capacidade real de combate para uns 700 mil ou até um milhão de soldados, e com um “Guarda-Chuva” nuclear de algumas dezenas ou centenas de Ogivas em Mísseis de Curto, Médio e Longo alcance, e até uma dezena de ICBM’s… nada de gigantismo não, apenas pra ter uma capacidade real de média-dissuasão.
    .
    E creio que o nosso pragmatismo em “Definir” o inimigo esteja correto, assim ficamos sem destilar o ódio no nosso povo contra um “Risco em potencial”, e muito menos damos aos estrangeiros a possibilidade de nós contra-atacar com guerras não convencionais, como a propaganda por exemplo, veja o Falastrão do Chaves que insistiu em definir um “Antagonista” claro e direto, somente se prejudica e aumenta os riscos!
    .
    Melhor mesmo fazer como fazemos, se tem que importar mesmo, então compra um pouco aqui e um pouco ali, assim não deixa muitos rastros de inimizade no caminho e não se entrega a própria estratégia!
    .
    E a nossa linha é sempre a não intervenção, então não creio que entraremos em aventuras junto com os USA/OTAN para fazer inimigos violentos por ai, querendo matar nossos civis para vingar os deles que morreram, não, acho que esse alinhamento ai não vai existir!
    .
    .
    João Paulo Caruso:
    .
    Justamente porque a Índia pode nós podemos, é uma questão que não existem deuses na terra, e o que você faz me da automaticamente o direito de fazer o mesmo, pois ninguém é mais que ninguém aqui entre os pobres mortais!!
    .
    E o peso internacional da Coréia do Norte e Irã nem se compara ao nosso, temos maior peso em todos os sentidos, principalmente no quesito relações-diplomáticas e acordos válidos em andamento, em que os outros países é que perderiam mais do que o nosso em caso de rescisão.
    .
    No fim todos os países que temos relações verão somente seus próprios interesses, e se fazer conversa de embargo conosco gerará muitos problemas internos para eles então nada feito!
    .
    Essas relações são muito importantes para aumentar também o nosso peso Geo-Político no mundo, coisa que estes dois países ai que citou não tem, e sem falar que estes dois países também não tem a miríade de recursos naturais e estratégicos que temos, o que aumenta o nosso peso na Geo-Estratégia Global, e para isso basta pensar no Nióbio onde temos o 98% das reservas segundo alguns. E sem essa terra rara nada de Turbinas a Jato e outros produtos Hi-Tech.
    .
    Comparar o Brasil com o Irã e Coréia do Norte é coisa pra jornalzinho meia boca e propagandista por ai, na realidade dos fatos a coisa é muito diferente!
    .
    .
    NICK:
    .
    O Paquistão foi governado por ditadores, assim como a URSS e China, e quem usou essas armas foi somente a “Democracia” Estadunidense!!
    .
    Até parece que existe ditador burro, basta atacar com essas armas que verá elas sendo usadas contra ele, alias todos os que atacarem um vizinho ou outro país armado de Nukes vai recebe-as em casa por via expressa!! Chama-se equilíbrio do terror, e é isso que gera a dissuasão, nada mais atualmente!!
    .
    Se os vizinhos tem armas nucleares todos viverão em paz forçada, pois iniciar um conflito mesmo que por uma besteira e com armas convencionais pode levar ao escalar das situações e as Nukes podem cantar… por isso são tão importantes para manter a paz as armas nucleares!
    .
    .
    Bosco:
    .
    Vendo que somente a GB e a França realmente resolveram seus problemas sociais, mas fizeram isso junto com a indústria nuclear militar e não depois dessa, creio que poderíamos sim resolver os problemas sociais junto com a capacidade nuclear.
    .
    Os demais possuidores de Nukes tem problemas sociais desde sempre, e não pensaram em resolve-los “antes” das Nukes, mas creio que o nosso possa sim se dar a esse luxo… então teríamos duas estradas a seguir, fazer os dois ao mesmo tempo como ja fizeram por ai, ou escolher as prioridades, pra mim tanto faz, BASTA QUE VENHAM!!
    .
    Quanto ao que você chama de “Força Moral”, qual dos países possuidores de armas de destruição em massa tem?? Todos eles ja cometeram crimes e barbaries pelo mundo, e alguns até hoje cometem essas imoralidades, nós pelo menos fazemos mal somente a nós mesmo, e isso faz parte do crescimento do nosso povo, mas eles fizeram isso a outros povos e continuam fazendo!!
    .
    Acho que estás sendo muito “duro” com o nosso povo em seus juízos pessoais, pecado, pois se for viver la fora, eles serão muito duros em julgar você e não os compatriotas deles, sei disso pessoalmente!
    .
    Então pegue este lado positivista da coisa e passe a ver o nosso país como um novo mundo que você também pode ajudar a construir, e não a destruir com o negativismo! Reflita sobre isso se quiser…
    .
    Valeu pessoal, espero ter respondido a todos, e abraço a geral, volto pra toca a recortar documentários para postar grátis na internet pra quem não pode pagar, e tentar ajudar assim a cultura do nosso país!! Foi uma forma que achei pra ajudar o meu povo, distribuindo Ciência e educação… tomara que ajude pelo menos um brasileiro por ai!!
    .
    FUI!!

  34. O assunto não era o míssil chines? rss. como podem ver, qualquer tópico relacionado a forças armadas gera um debate mais amplo.
    Francoorp, cara, como vc é antenado, respostas perfeitas, não deixa nada para a gente complementar, o mais lúcido daqui.

  35. “Comparar o Brasil com o Irã e Coréia do Norte é coisa pra jornalzinho”

    Mas era o que estava escrito no seu post!?

    “Vai perguntar pra eles porque não invadiram a Coréia do Norte e nem mesmo ameaçaram fazer como fazem com o Irã… além da China ”

    ??

    É claro que temos o direito, o problema é que os Chaves, os Kadafis, os Mugabis e os Morales também vão achar que tem, mesmo não sendo democracias. No fim, eles é que vão poder nos dissuadir!!! Como não poderão se comparar conosco em forças convencionais bastaria nos ameaçar com armas nucleares.

    A Índia não tinha o direito, tinha a necessidade.

  36. “e no caso da Índia vemos os resultados depois de uma década, Helicópteros, Aviões(Parte), Mísseis, Navios, Submarinos, Etc… bom um embargo industrial né???”

    Mas isso se deve ao desenvolvimento econômico, agora eles tem dinheiro para essas coisas(e as necessdades continuam lá), se não estivessem vivendo um momento de grande expansão econômica seriam muito mais parecidos com o paquistão.

  37. A defesa efetiva só será conseguida com armas nucleares.
    Não podemos abrir mão disso. Irão ter que engulir o Brasil nesse aspecto.

  38. .
    .
    J.P.Caruso:
    .
    Era uma chamada para dizer que essa comparação é completamente irreal, mas isso estava claro no post, não é que “fiz a comparação” em si, mesmo que esteja escrita no meu post!
    .
    Tomara mesmo que os “Bolivarianos” achem esse direito e construam mesmo suas armas, pouco importa, pois não as usarão se as tivermos também, como disse antes não existem lideres estúpidos, são todos políticos e muito astutos na arte da sobrevivência!!
    .
    E se eles correrem atras das armas nucleares nós também faremos isso, e de nada adianta virem nós ameaçar com essas armas se nós também tivermos, a coisa fica equilibrada, e ninguém as usará, pois como ja disse antes também serão alvos!
    .
    Com essas armas em mãos ninguém é mais que o outro, e as ameaças dão espaço ao dialogo, e as agressões à morte!
    .
    Que ameacem mesmo se tivermos essas armas também, mais uma desculpa para investirmos cada vez mais e mais em defesa e P&D militar!!
    .
    .
    Alexandre:
    .
    Valeu!!
    .
    .

  39. .
    .
    O Direito que digo é uma questão de reciprocidade, ou seja se você tem eu também posso ter… o seu possesso gera um direito em que eu posso também possuir, pois não existem deuses na terra!
    .
    Não é uma questão de “Ter que fazer por necessidade”, mas ter que fazer porque outros ja fizeram e possuem… ficou claro não?
    .
    O Principio da Isonomia vai sempre aplicado… certamente existem aqueles que preferem servir aos senhores feudais por ai, mas eu prefiro a liberdade de ação do meu país em todos os sentidos!
    .
    Valeu

  40. “Com essas armas em mãos ninguém é mais que o outro, e as ameaças dão espaço ao diálogo, e as agressões à morte!”

    Deu para ver isso durante a guerra fria!

    Exatamente, seremos dissuadidos por qualquer um! Não adiantará em nada o nosso pais ser mais desenvolvido, rico ou preparado. A mesma coisa que você pretende fazer com os americanos os bolivianos, loucos ou não, poderão fazer com agente e com muito mais eficiência pq estão mais perto.
    Na verdade até perderíamos nossas possíveis vantagens em
    conflitos sobre os outros países sulamericanos, pois essa é a única maneira deles exercerem poder sobre nós.

    “Não é uma questão de “Ter que fazer por necessidade”, mas ter que fazer porque outros ja fizeram e possuem… ficou claro não?”

    Fica claro na medida em que se limita à uma opinião pessoal, fazer pq podemos e fazer pq eu quero não tem muita diferença desse jeito.
    E mesmo assim não justifica todo o esforço, investimento, problemas e consequências envolvidos só pq os outros possuem por motivos reais que não temos. Então vamos militarizar a AL só para mostrar que podemos ou para estar protegidos de um inimigo que nem existe?
    Isso seria comprar briga e queimar dinheiro na opinião de muitos.

  41. Francoorp,
    Eu sou contra armas de destruição em massa, notadamente armas químicas, biológicas e nucleares, nas mãos de qualquer nação.
    Nenhuma nação possui força moral e deveria ter o direito de deter em seu poder a capacidade de exterminar outras nações.
    Quando digo que nosso país não possui “força moral” não digo que outros tenha, e nem reconheço o direito a outros de tê-la, mas não posso mudar o fato que pelo menos 9 nações no mundo já as possui.
    O nosso país está inserido em um contexto diferente de outros países que buscaram ou buscam armas nucleares.
    O único contexto em que podem ser usadas ou pelo menos, explicadas, seria dentro de um contexto em que há ódio, com forte contexto cultural, étnico, religioso, ideológico, etc.
    Não estamos inserido nesse contexto que “justifica” ou pelo menos explica a necessidade de ter armas nucleares e a possibilidade de serem efetivamente usadas.
    Na verdade não há “clima” na América Latina para armas nucleares, salvo se algum país governado por um lunático vier a mudar artificialmente o contexto do continente.
    Aí, tudo é possível.

  42. Ah! Só pra constar!
    Repito que no meu comentário anterior não condicionei o fato de termos armas nucleares com resolver nossos problemas sociais.

  43. Caro Francoorp acho errado não falar em inimigos potenciais
    uma coisa é “não ‘Definir’ o inimigo” (definir?)
    e outra deixar numa nebulosa em que parece que o Brasil não tem inimigos
    que dá justamente para os inimigos REAIS infiltrados na mídia e blogs
    questionem qualquer desenvolvimento militar do país.

    O mesmo acontece nas Forças Armadas,
    alguns acham que não temos hipótese alguma de conflito futuro
    então a FAB e cia, escolhem ou F18 ou Gripen.
    .
    Acho é preciso construir, projetar no tempo, cenários
    para ver o comportamento dos EUA e da China no futuro.

    Que estrategistas e geopolíticos analisem esses cenários possíveis
    não tem nada a ver com semear ódio na população.

    Francoorp: Caruso e muitos na mídia, aproveitam essa lacuna do seu argumento.
    .
    Enquanto a desenvolver nukes,
    um cenário com vários países latinos com nukes não seria bom
    é preferível, se só fosse pelos vizinhos, pospor as nukes
    porque nuke gera gastos enormes em escudos de defesa.
    ————————————-
    Caruso: as nukes não são por causa dos vizinhos latinos,
    num futuro próximo o Brasil vai ter que ter nukes
    não pelo fato de “fazer o que outros fazem”
    mas por necessidade,
    porque temos um cenário de duas potências China e EUA,
    sedentas de recursos naturais.
    Ficar indefesos perante os EUA e a China procurando recursos naturais não é bom.
    .
    [decidi adicionar China entre as possíveis ameaças a nossa soberania]

  44. .
    .
    Caruso:
    .
    Agora entendi a dissuasão que dizia antes contra de nós… verdade, mas mesmo assim não é um problema, a nossa diplomacia sempre foi eficiente e melhor se habituar com essa linha se possui armas nucleares!
    .
    Pelo menos os ganhos em usar esse mesmo poder dissuasivo contra os interesses unilaterais dos USA/+EU/+Ru/+Chi/+Ind/+Isr/+Paqst/ superam as perdas decorentes com os “Latinos”… o negocio vale a pena mesmo assim!!
    .
    Como eu disse antes, todas as razões são boas para se ter as Nukes no Brasil, seja qual for, era essa a mensagem de fundo das minhas palavras!!
    .
    Quanto a Índia estar em expansão econômica não é fator único para ter conseguido fracassar os embargos contra ela, servem também possuir já algumas tecnologias e mão de obra especializada(educação), e o Paquistào nào tem nem um nem o outro nos mesmos nìveis da India, o que pode complicar bastante. E voltando ao tema que era o Brasil resistir aos embargos, onde para isso usei a Índia como exemplo, nós temos todos estes fatores que servem para fazer colapsar por terra todas as conseqüências de embargues que possam nos impor, principalmente nos fatores de tecnologias existentes como base para desenvolver novas e profissionais de nível para realizar tais tecnologias.
    .
    E temos além do que todos os emergente citados o fator mais importante, recursos naturais estratégicos em abundância… sem eles você não pode realizar alguma transformação de materiais para a indústria Hi-Tech militar ou civil, e o Paquistão e a Índia são pobres nesta área, mas nós não, e assim dentro do tema proposto antes, faríamos com mais este fator a nosso favor, cair absolutamente no chão qualquer embargue contra as nossas ações nucleares, abrindo a estrada para a nossa independência nacional no cenário internacional!
    .
    E mais uma vez digo que o sentido das minhas palavras colocadas em texto completo e não em “recortes”, demonstra que faremos não somente para “mostrar”, mas para igualar o poder dos outros países, essa foi sempre a minha posição em todos estes comentários aqui.
    .
    Igualar o poder de auto-destruição é a Dissuasão, e desde o inicio estou dizendo isso aqui, o que esta claro se alguém for ler o que escrevi por completo… leiam todos os comentários e não se façam enganar, peço a todos os que lêem estes comentários aqui mas não postam!
    .
    Quanto a “Queimar” dinheiro creio que o Brasil perde muito mais se for vitima direta de uma naçào com Nukes ou ter sempre que se deixar superar em tratados internacionais por causa do uso do poder militar nas mesas diplomáticas, fator este muito freqüente na diplomacia, e possuir armas nucleares neutraliza esse poder de negociação verso os grandes, e evita perdas econômicas para o nosso país no exterior!!
    .
    Mais uma razão pra investir em Nukes, parar de perder dinheiro nos acordos diplomáticos e ainda de perder muito mais caso tenhamos um ataque direto de potência por ai!!
    .
    .
    Bosco:
    .
    Concordo com que ninguém possui moral o bastante para julgar o outro em aspectos de armas, e também sempre fui contra as armas de destruição de massa, mas sou realista demais em constatar que elas existem, tem o seu papel no mundo e NENHUM dos países que a possuem as abolirão definitivamente!
    .
    Caso clássico disso é o não cumprimento do TNP pelas grandes potências que o assinaram, onde tem expresso que os países já detentores destas armas deverão publicar em anexo do tratado a data final para os seus arsenais nucleares, e isso ninguém fez e duvido muito que o façam um dia, nenhum deles vai abandonar estas armas e seu valor estratégico e político!
    .
    Então deixo o “bonismo” de lado e vou direto para o realismo absoluto, se eles tem esta vantagem temos que neutraliza-la, custe o que custar, pois ir empurrando com a barriga ou deixar para falar nisso em um futuro, pode ser fatal!!
    .
    Se els têm, nós também!!
    .
    .
    Milton Bras Cabral:
    .
    O detalhe em “dar nome aos bois” em caso de definição de um inimigo potencial claro e direto, é que no inicio gera desconfiança entre as partes e suas populações, depois gera ações de retenção como a espionagem, e indo avante leva à corrida armamentista e de sabotagens preventivas, e mais pra frente à difamação e pregação de ódio pela propaganda afim de preparar o fronte interno, e depois dessa estamos chegando à paranóia de idealizar ataques preventivos para conter o avanço da acumulação de forças do “Inimigo Declarado”, e daqui pra frente temos a guerra de fato… ou a diplomacia, mas a desconfiança e sentimento de antagonismo vão demorar para passar nas duas populações.
    .
    Quanto à A.L., duvido muito que tenhamos uma “Corrida Armamentista” se o Brasil decide dotar-se de armas nucleares, poderia acontecer destinos muito diferentes tal como se unirem a nós contra o opressor Yankee, aceitando a instalação de nossas unidades ofensivas em seus territórios e o nosso aval para problemas locais, pois todos eles sabem que não podem competir com o nosso país que supera todos na economia, na população, nos recursos naturais, nas tecnologias disponíveis, na capacidade industrial, educação em números quantitativos de mão de obra, capacidade de resistência em guerra ativa, agricultura e produção de alimentos, força Geo-Política, Geo-estratégica, organização do estado, que mesmo sendo ineficiente por causa das falhas é uma espécie de sonho para a inteira A.L. pois pelo menos alguma coisa funciona, pois nem isso eles tem, basta ver o Chaves e seus desmandos no funcionalismo, nas licitações, etc… aqui não é mais assim desde a lei 8112/90, e na administração publica através da Lei de Responsabilidade Fiscal(LRF-101/00) mesmo com falhas ainda é eficiente demais pra eles que nem isso tem, nas licitações com a 8.666, e ainda o processo administrativo do estado na lei 9784/99 e sua amiga a lei de improbidade administrativa, que deve ser melhorada para punir e não somente advertir, mas nem isso a maioria das nações da A.L. possui, o que gera caos no estado impossibilidade de competir com o nosso país em vários níveis… e mesmo que consertem isso tudo, será necessário ter economias industrializadas, capitalizadoras de $$, especialistas de nível, e muito mais ainda para poder chegar onde estamos e competir de igual pra igual… pode acontecer, mas espero que ja teremos as nossas Nukes prontas até la!!
    .
    Valeu!!

  45. Caro Francoorp,

    Até entendo sua visão, de “se eles tem, nós também temos que ter”. Afinal, enquanto existir um só país com armas nucleares, os demais se sentirão ameaçados. Mas convenhamos, armas de destruição em massa, como as nucleares, que em teoria jamis deverão ser usados, uma vez que SE usados, quem sofrerão mais as consequências será a população civil, PODEM VIR A SER USADOS. É uma hipótese que não deve ser excluída e que quase aconteceu na crise cubana. Agora essas armas nas mãos de um ditador de *erda, por exemplo como no caso da Coréia do Norte, um pais miserável, mas eles tem o nuke deles. O ditador vai continuar e seu filho e depois o filho deste, uma dinastia baseada no nuke. Sinceramente não quero isso aqui não, e nem em nossos vizinhos.

    []’s

Comentários não permitidos.