Exclusivo: Desenvolvimento do ASBM DF-21 D chinês: Lições para o Brasil

“Esconder a sua força, esperar seu tempo e fazer o que puder.”

(Deng Xiaoping, pai da modernização da China).

Autor: Vympel 1274

Plano Brasil

1. Situação atual

A China quer atingir a capacidade para poder impedir que um grupo de batalha centrado em porta-aviões (CSG) da marinha dos EUA, intervenha na região no caso de uma futura crise no Estreito de Taiwan. Os chineses podem estar mais perto do que nunca de atingir essa capacidade com o desenvolvimento de mísseis balísticos antinavio baseados em terra (ASBM). Esses fatores sugerem que a China pode estar perto de conseguir este tipo de armamento, o qual é uma arma que nenhum outro país possui (os soviéticos desenvolveram arma semelhante, mas a guerra fria e o medo de iniciar uma guerra nuclear impediram seu desenvolvimento).

Pequim desenvolveu um ASBM com base no MRBM CSS-5/DF-21. O DF-21 D tem um alcance que poderia manter os navios dos EUA em perigo dentro de uma grande área marítima, além de Taiwan e do teatro do Pacífico Ocidental. No entanto, subsistem incertezas consideráveis ​​sobre a capacidade operativa real do ASBM chinês atualmente, o qual poderia afetar profundamente a dissuasão dos EUA, suas operações militares e o equilíbrio do poder no Pacífico Ocidental.

Alcance máximo de vários sistemas de armas desenvolvidos pela República Popular da China, partindo de suas fronteiras. Em amarelo, a área que o DF-21 D impõe a exclusão de plataformas de superfície dos EUA.  Alcance máximo de vários sistemas de armas desenvolvidos pela República Popular da China, partindo de suas fronteiras. Em amarelo, a área que o DF-21 D impõe a exclusão de plataformas de superfície dos EUA.

2. Taiwan como razão do desenvolvimento

Nas últimas décadas, a Marinha dos EUA usou grupos de batalha centrados em porta-aviões para projetar poder em todo o mundo, incluindo no estreito de Taiwan. A implantação do USS Nimitz e seus grupos de combate em resposta aos testes de mísseis da China em 1995/1996 e exercícios militares chineses no estreito de Taiwan foram situações em que o Exército de Libertação Popular (ELP) foi incapaz de se opor. O ímpeto por trás dos esforços da China de desenvolver o ASBM DF-21 D pode ser para evitar a repetição de situações similares no futuro.

3. Estratégia de negação de uso do mar

O ASBM DF-21 D seria apenas uma das muitas plataformas e sistemas de armas que a China vem comprando e desenvolvendo desde a crise do estreito de Taiwan em 1995/1996. Estes sistemas, em conjunto, irão permitir que a China disponha de um controle sem precedentes sobre sua periferia marítima contestada e suas áreas de interesse, com a intenção de negar o acesso ás forças dos EUA a áreas críticas próximas ao seu território em tempos de crise ou conflito. Eles fazem isso desenvolvendo táticas de emprego das forças chinesas para explorarem as características vulneráveis da marinha dos EUA.

É esperado que a República Popular da China venha a produzir centenas de mísseis DF-21 D, e um número semelhante de plataformas móveis de lançamento (TEL – Transporter Erector Launcher), para que possua uma grande reserva para ser utilizada em ataques de saturação contra seus alvos.

Em primeiro lugar, o desenvolvimento de um ASBM viria de mais de meio século de experiência chinesa com mísseis balísticos. Em segundo lugar, seriam móveis e lançados de plataformas terrestres de alta mobilidade​​. Em terceiro lugar, teria o alcance para atingir alvos a centenas ou milhares de quilômetros de seu ponto de lançamento. Esses fatores sugerem que a China é capaz de conseguir alcançar uma capacidade importantíssima, podendo impor a negação de uso de certas áreas do mar aos EUA, em zonas marítimas estrategicamente vitais e para além de suas 200 milhas náuticas da Zona Económica Exclusiva (ZEE).

Leia também: Reflexões sobre a defesa nacional: Defesa do mar territorial e zona econômica exclusiva


Os TEL (Transporter Erector Launcher – Transportador eretor lançador) são veículos projetados por engenheiros da antiga União Soviética para fornecer mobilidade para os vários tipos de mísseis balísticos, aumentando assim sua capacidade de sobrevivência, pois nunca se sabe exatamente o local onde se localizam e irão disparar seus mísseis. Hoje, foram copiados por engenharia reversa por vários países, principalmente a China.

4. Desenvolvimento do ASBM DF-21 D

Diagramas esquemáticos chineses mostram uma trajetória de vôo do DF-21 D com trajetória de médio curso e orientação terminal. Aletas de controle seriam fundamentais na segunda fase para orientar o ASBM em sua fase terminal através de manobras para evitar contramedidas do alvo e para atingir um alvo móvel. Isso faz com que o ASBM seja diferente da maioria dos mísseis balísticos, os quais tem uma trajetória fixa. Estima-se que o míssil pode viajar a Mach 10 e atingir o alcance máximo de 2.000 km em menos de 12 minutos. No entanto, os especialistas chineses prevêem uma “sequência de destruição”, que seria uma sequência de eventos que devem ocorrer para que um míssil tenha sucesso em engajar e destruir/desativar o seu alvo (porta-aviões):

1) Detecção;

2) Rastreamento;

3) Penetração nas defesas do alvo;

4) Atingir o alvo em movimento;

5) Causar danos suficientes para destruir/desativar o porta-aviões.

Sequencia de fases do lançamento do DF-21 D. Diferentemente de um míssil balístico, a fase terminal é guiada, devido a existência de aletas de controle na ogiva, o que possibilita mudar seu curso, evitando defesas do alvo e guiar-se até o alvo móvel.


Um único link quebrado nesta sequência levaria o ataque ao fracasso completo. Qual seria a capacidade real chinesa de detecção e rastreamento com base no que é conhecido hoje e no futuro?

A China tem trabalhado em uma sofisticada rede de sensores de terra e espaciais, incluindo radares além do horizonte (OTH), satélites e equipamentos eletrônicos de detecção de sinais (ELINT, SIGINT e COMINT), radares de abertura sintética, vigilância oceânica e eletro-ópticos, que podem auxiliar a detecção do alvo e na orientação do ASBM. Localizar um porta-aviões tem sido comparado ao encontrar uma “agulha num palheiro”, devido á imensidão marítima. Entretanto, a “agulha” tem uma grande seção transversal de radar (grande reflexão de radar), emite ondas de rádio, e é cercado por navios de escolta. Um radar ativo é o sensor mais provável do ASBM DF-21 D, pois seus sinais podem penetrar através das camadas de nuvens. Basta olhar para a maior reflexão e poderá localizar o maior navio como alvo, e o maior navio será geralmente um porta-aviões. Além deste radar, seria necessário um sistema eletro-óptico para aumentar a precisão.

Em seus esforços para conseguir uma capacidade decisiva de detecção e rastreamento de alvos navais, a República Popular da China vem implantando radares além do horizonte (OTH) e radares de abertura sintética (SAR), eletroópticos e de vigilância oceânica baseados no espaço, do modelo Yaogan.

A China lançou recentemente uma série de satélites para apoiar os seus esforços ASBM

* Satélite eletroóptico Yaogan-VII, em 09 de dezembro de 2009;

* Satélite com radar de abertura sintética Yaogan-VIII, em 14 de dezembro de 2009;

* Satélite naval de vigilância oceânica Yaogan-IX (constelação de três satélites), em 05 de março de 2010.

Imagens de um radar de abertura sintética (SAR) baseado no espaço, de um grupo de navios de transporte de carga (acima á esquerda). No detalhe (acima á direita), a imagem aumentada do maior dos navios da formação, um porta-contêiner, demonstrando a possibilidade deste tipo de equipamento de diferenciar os vários tipos de navios através da análise de seu desenho e tamanho. Abaixo, o porta-contêiner em questão.

5. Necessidades especializadas

Questões críticas permanecem em relação aos sensores dos mísseis. A China possui meios de detecção que atualmente são capazes da detecção e orientação do ASBM? Mesmo se perdida a capacidade de detecção fornecida pelos radares baseados no espaço e nos radares terrestres, existem meios de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) para fornecer a detecção da frota inimiga e a orientação dos mísseis ASBM com precisão suficiente para que a força tarefa baseada em porta-aviões possa ser atingida? Como é que isso funciona? Como seria realizada a diferenciação dos alvos? Será que esta seria uma questão muito complexa? Será que a diferenciação dos alvos seria somente baseada em seu tamanho? Poderiam os navios de menor porte também serem atingidos?

A marinha dos Estados Unidos desenvolve atualmente o programa BAMS (Broad Area Maritime Surveillance – Ampla Área de Vigilância Marítima), no qual aeronaves RQ-4 Global Hawk e MQ-9 Reaper complementam as funções dos 737 MMA. Os chineses desenvolveram aeronaves não tripuladas com finalidades semelhantes para detectar a frota americana próximo de suas águas territoriais. Acima, a versão anterior do MQ-9, o MQ-1 Predator.

Raciocinando com um possível “backup” para os sistemas de detecção espacial/terrestre, os chineses estão diversificando seus esforços para detecção da força naval adversária em mar aberto. Desenvolveram meios de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) baseados em aeronaves não-tripuladas (UAV) com desempenho próximo aos Global Hawk e Predator/Reaper americanos, mas voltado para a vigilância marítima, o que já é um conceito existente á anos mas nunca implantado devido aos altos custos de desenvolvimento e o fim da ameaça da guerra fria.  O UAV Xianglong (Dragão Voador) tem um peso de decolagem de 7.500 kg e uma carga útil da missão de 650 kg. O UAV tem uma velocidade de cruzeiro de 750 km/h e  um alcance máximo de 7.000 km. Se equipados com sistemas de reconhecimento eletrônico (ELINT, SIGINT e COMINT), sistemas eletro-ópticos/IR ou radares de abertura sintética (SAR), seriam uma séria ameaça em nível regional para a marinha dos EUA, pois uma simples detecção de emissões eletromagnéticas associadas a certos tipos de navios de combate desta marinha, seriam suficientes para fornecer a posição da frota, deixando-a vulnerável ao ataque do DF-21 D.

O Xianglong UAV parece ser próprio para grande altitude e longa duração, para o reconhecimento estratégico, similar em tamanho e capacidade aos RQ-4 Global Hawk dos EUA. Mas ao contrário do Global Hawk, o Xianglong não possui capacidade de operação global . Destina-se apenas para operações regionais na Ásia e na região do Pacífico.

O que os especialistas chineses temem que possa dar errado, e talvez até mesmo deixar o ASBM inutilizável? A defesa contra mísseis das escoltas da força-tarefa? Outras coisas? A pesquisa chinesa na capacidade da ogiva do ASBM de manobrarem e evitar as defesas do alvo, juntamente com seus auxiliares de penetração (PENAIDS) para derrotar as defesas antimísseis, sugerem que esta é uma área de preocupação permanente.

Características semelhantes encontradas sugerem que o DF-21 D pode ter sido desenvolvido com alguma tecnologia proveniente do MRBM Pershing II, de fabricação americana (esquerda). O DF-15 SRBM chinês (centro) tem seu último estágio praticamente idêntico ao do Pershing II MRBM. Tal característica pode ter sido aproveitada pelo DF-21 D (direita), o qual necessita capacidade de manobra em seu veículo de reentrada, para poder atingir um alvo móvel (porta-aviões).

Segundo fontes americanas, o ASBM DF-21 D possivelmente seria baseado no MGM-31 Pershing II MRBM, o qual é semelhante ao DF-15 chinês. Na sequência do tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) de 1987, Washington e Moscou eliminaram todos os seus mísseis nucleares e convencionais com alcance entre 500 e 5500 km, incluindo os Pershing II. Pequim preencheu este vácuo, desenvolvendo seus próprios mísseis balísticos de alcance intermediário. Os Pershing II tem em seus veículos de reentrada, aletas de controle (para manobra em sua fase terminal). As fotografias do míssil CSS-5 fora de seu módulo de lançamento não são conhecidas, mas os mísseis DF-15 tem um veículo de reentrada (RV) praticamente idêntico ao Pershing II. Com base na forte semelhança visual, é possível que o DF-15 possa empregar tecnologia de manobra terminal semelhante à do Pershing II.

O que são auxiliares de penetração (PENAID)

Auxiliares de penetração são dispositivos ou táticas utilizadas para aumentar as chances de uma ogiva de um míssil balístico de penetrar as defesas um alvo. Estes podem consistir em dispositivos físicos dentro do ICBM, bem como táticas que acompanham o seu lançamento, e pode incluir uma ou mais das seguintes características:

  • Os veículos que transportam as ogivas: Podem ter alguma forma de tecnologia stealth, dificultando a detecção pelos radares do inimigo.
  • Fios metálicos “Chaff”: Podem ser implantados em uma grande área do espaço, criando uma grande área de reflexão de radar que vai obscurecer as ogivas atacantes no radar de defesa.
  • Chamarizes: “Decoys” produzidos com balões de mylar, que podem ser inflados no espaço e são projetados para ter as características das ogivas na tela do radar.
  • Fragmentos deliberados do foguete no estágio final podem obscurecer o radar do inimigo, projetando uma seção transversal do radar muito maior que as ogivas.
  • Interferidores de radar: Estes são os transmissores que podem ser implantados nos chamarizes e na ogiva, interferindo nas frequências utilizadas pelos radares de defesa.
  • EMP (Pulso eletromagnético): Um dispositivo EMP pode ser detonado, com seu raio de alcance suficiente para proporcionar um apagão no radar defensivo, que permitirá as ogivas passarem através das defesas do inimigo sem serem detectadas.
  • Veículos de reentrada manobráveis (MARV): Uma ogiva pode manobrar entre as defesas, tornando muito difícil sua interceptação, além de poder permitir atingir alvos em movimento.

Sequencia de lançamento de um ICBM dotado de sistemas auxiliares de penetração (PENAID). Os veículos de reentrada tem sua assinatura no radar de defesa obscurecida por refletores infláveis, chaff, interferidores ativos e outros chamarizes, específicos para cada fase da trajetória do ICBM. Tal tecnologia é também utilizada pelo DF-21 D, o que dificulta extremamente as defesas da força tarefa de interceptar e destruir a verdadeira ogiva do míssil.

7. Qual seria o serviço responsável pela operação do ASBM DF-21 D

O segundo corpo de artilharia, a força de foguetes estratégicos da China, já é responsável ​​pelos mísseis balísticos nucleares e convencionais baseados em terra da China (estes últimos desde 1993), provavelmente irá controlar qualquer ASBM que a China vier a possuir. Relativamente pequeno, com foco na tecnologia e extremamente secreto, o serviço é ideal para tal missão.

8. Orientação Doutrinária

Como é que o segundo corpo de artilharia utilizaria os ASBM em cenários operacionais? De acordo com a nova doutrina de emprego dos ASBM chineses, os grupos de ataque com mísseis convencionais ASBM devem ser utilizados em um ataque de saturação, como uma “bala de prata”, que é um termo chinês comumente usado para descrever as armas chinesas que são utilizadas contra os pontos fracos do inimigo, algo que é possivelmente extraído da doutrina de combate naval da União Soviética (batalha de única salva).

De acordo com seu manual, o segundo corpo de artilharia está pensando seriamente em pelo menos cinco maneiras de usar ASBM contra os grupos de combate baseados em porta-aviões da marinha dos EUA, pelo menos no nível conceitual:

Ataque direto (huoli Xirao) – Envolvem ataques diretos visando destruir/incapacitar navios pertencentes do grupo de ataque baseado em porta-aviões da marinha dos EUA, servindo como um aviso;

Fogo frontal de dissuasão (shezu huoli qianfang) – Envolvem salvas de intimidação disparadas á frente de um grupo de ataque baseado em porta-aviões, para servir como um aviso;

Expulsão por poder de fogo de flanco (yice huoli qugan) – Combina a intercepção de um grupo de ataque baseado em porta-aviões por forças navais chinesas, com salvas de intimidação projetadas para dirigi-los para longe das áreas onde a China se sente mais ameaçada;

Ataque de saturação (jihuo tuji) – Envolve uma impressionante concentração de mísseis diretamente contra o porta-aviões, como um “martelo de batalha”;

Ataque eletrônico (xinxi Gongji) – Implica atacar eletromagneticamente o sistema de comando e controle do grupo de ataque baseado em porta-aviões para desativá-lo, com possível utilização de ataques por guerra eletrônica ou ogivas contendo EMP (pulsos eletromagnéticos).

Muitos sistemas serão necessários

Tudo isso não significa necessariamente que a China já possua capacidade ASBM, mas sugere fortemente que eles buscam incessantemente o desenvolvimento desta capacidade, tendo alto nível de aprovação da liderança civil e militar da China. Se não possuem tal capacidade atualmente, com certeza a conseguirão no futuro.

9. Características da estratégia baseada em porta-aviões da marinha dos EUA

A doutrina de projeção de poder da marinha dos EUA depende totalmente de seus porta-aviões para a projeção de poder naval em todo mundo. Isso se deve a incapacidade dos navios de combate (destroieres, cruzadores e fragatas, além dos navios logísticos e de transporte de tropas) de se defenderem da aviação baseada em terra (principalmente contra ataques saturação com os atuais mísseis antinavio) e contra os submarinos nucleares e convencionais. Os porta-aviões fornecem proteção á longa distância as outras unidades constituintes da força tarefa, contra ameaças nas três dimensões (submarinas, de superfície e aéreas), ao mesmo tempo em que suas escoltas fornecem proteção ao porta-aviões a curta e média distância.

Ao destruir/neutralizar o porta-aviões de uma força tarefa, as demais forças de superfície constituintes ficam vulneráveis a ação inimiga, pois enfrentam forças baseadas em terra, de superfície e submarinas em superioridade numérica, pois estas lutam em seu próprio território ou próximo dele (que podem realizar ataques de saturação de mísseis antinavio, os quais dependendo de suas características podem sobrepujar até mesmo o sistema AEGIS AN/SPY-1 / SM-3 Standard que equipam os cruzadores e destóieres da marinha dos EUA). Isso acontece pela dramática redução na sua capacidade de alerta antecipado (fornecida pelos E-2C Hawkeye), ficando a detecção de um míssil antinavio do tipo sea-skimmer (de vôo rente á superfície do mar) restrita ao máximo de 150 km a partir do próprio navio, devido á curvatura da superfície terrestre.

A curvatura da Terra continua sendo um fator limitador do alcance dos radares dos navios, que possuem uma “zona cega” à baixa altura, a partir da linha do horizonte. Essa vulnerabilidade também está presente nos radares terrestres e é usada por pilotos de aviões do tráfico de drogas, por exemplo, para escapar à detecção.

Isto quer dizer que, se um míssil antinavio com uma velocidade de Mach 3, ou seja, 3.705 km/h (SS-N-22 “Sunburn”) o qual cobre a sua distância máxima de emprego em cerca de dois minutos e meio, deixaria para seu alvo um tempo de cerca de 25 a 30 segundos para reagir contra o referido míssil, usando meios eletrônicos e físicos antes do impacto. Imaginem agora reagir contra cerca de trinta dos mesmos mísseis ao mesmo tempo (transportados por trinta aeronaves do tipo SU-32 FN ou quatro TU-26, por exemplo), isso sem contar que existem mísseis antinavio mais rápidos ainda (Brahmos II, a nova versão do mesmo míssil com velocidade de Mach 5.26, ou seja, 6.500 km/h) ou mísseis mais potentes ainda (AS-4, AS-6 ou AS-16, estes transportados pelo TU-26 “Backfire”). E o que dizer ainda dos mísseis de igual capacidade e lançados de submarinos, vindos de direções diferentes e em ações coordenadas com os ataques aéreos?

O míssil antinavio Brahmos, baseado no míssil P-800 ”Oniks” de fabricação russa, foi desenvolvido em conjunto pela Rússia e a Índia. É atualmente, com certeza, o míssil antinavio mais poderoso do mundo, exceto quando comparado aos mísseis desenvolvidos especificamente para o uso no bombardeiro TU-26 “Backfire C”.

A Marinha dos Estados Unidos respondeu mudando seu foco de uma força de bloqueio baseada em águas rasas (Littoral Warfare), ao retrair seus porta-aviões e destróieres de defesa aérea para águas profundas. Os Estados Unidos também deslocaram a maior parte de seus navios de defesa aérea contra mísseis balísticos para o Pacífico, ampliou o programa de reequipamento de navios de defesa aérea com o sistema AEGIS BMD e aumentou a aquisição de mísseis RIM-161 Standard Missile-3 (SM-3). Os Estados Unidos também tem uma grande rede otimizada para acompanhar os lançamentos de mísseis balísticos que podem dar aos grupos de combate baseados em porta-aviões tempo de advertência para passarem longe da área alvo, enquanto o míssil está em vôo.

Se os chineses conseguirem a IOC do DF-21 D (IOC – Initial Operating Capability – Capacidade Operacional Inicial), certamente serão capazes de superar o sistema de defesa aérea americano AEGIS, simplesmente porque é mais simples e barato para eles aumentarem a quantidade de  ASBM lançados em um ataque de saturação (juntamente com seus auxiliares de penetração – PENAID) de dentro de seu próprio país do que para os Estados Unidos terem mais unidades do míssil SM-3 operando em seus destróieres da classe Arleigh Burke e Ticonderoga, e os mesmos estarem operacionais em quantidade suficiente no Pacífico Ocidental. Isto é uma grande verdade, principalmente levando-se em conta certos procedimentos operacionais, nos quais são necessários no mínimo dois mísseis interceptadores SM-3 para destruir  cada ASBM DF-21 D, como ocorreu com os SS-1 “Scud” iraquianos ao serem interceptados pelos MIM-104 “Patriot” durante a primeira guerra do golfo.

Sistema SM-3 “Standard” BMD (Balistic Missile Defense – Defesa contra mísseis balísticos). É a aposta da Marinha dos EUA para contrapor-se á ameaça representada pelo DF-21 D. Equipa os destroieres das classes Ticonderoga e Arleigh Burke. O objetivo da marinha dos EUA é ter 21 navios atualizados com o sistema até o final de 2010, 24 em 2012, 27 por volta de 2013 e 38 no final do ano fiscal de 2015.

10. Estratégia de dissuasão regional da República Popular da China

Ao decidir sua doutrina militar, a China entende como seu principal adversário os EUA, devido á sua capacidade de projeção de poder e do seu suporte militar e político á Taiwan. Esta ilha, de acordo com os recentes acontecimentos, com certeza será alvo de uma tentativa de reintegração pela China continental no futuro, por eles acreditarem que a ilha trata-se de uma “província rebelde” que faz parte de seu território. Tal anexação é fortemente combatida pelos EUA, que suportados pela sua economia e poder militar, vem frustrando essas pretensões chinesas á anos, através da dissuasão proporcionada por seus porta-aviões. Devido a impossibilidade de a China contrapor-se aos EUA, pelo menos fora de seu território, e de sua relativa inferioridade militar, os chineses desenvolveram sua doutrina regional baseada nos pontos fracos da marinha dos EUA, a qual tem nos porta-aviões toda sua capacidade de projeção de poder, o que vem sendo realidade desde o fim da segunda guerra mundial.

Esta doutrina americana, na verdade nunca foi posta a prova desde o fim da segunda guerra mundial, contra um país com um desenvolvimento militar e econômico proporcionalmente considerável (Ex. União Soviética/Rússia). Os desenvolvimentos de novos tipos sistemas antinavio associados á capacidade de detecção via satélite e de sistemas C4ISR (Comando, Controle, Comunicações, Computação, Inteligência em tempo real, Vigilância e Reconhecimento) em utilização por países com capacidade militar apreciável, associados a doutrinas baseadas nas fraquezas dessa força, podem muito bem anular em situações locais e regionais a superioridade da doutrina americana baseada em porta-aviões.

Interessante fotografia de um suposto sítio de testes de mísseis balísticos no interior do território da República Popular da China, mostrando o que poderia ser um convés de um porta-aviões como alvo. Observem a provável precisão do sistema empregado.

Tal direcionamento doutrinário relembra a doutrina naval soviética do período da guerra fria, onde a marinha soviética, tida como uma marinha em que seus navios de superfície serviam de proteção aos “santuários” de SSBN soviéticos, e seus SSN caçavam navios logísticos e de combate da OTAN em mar aberto (numa clara alusão a batalha do atlântico que ocorreu durante a 2ª GM), não sendo efetivamente uma “marinha de águas azuis”. Procurou impor a negação do uso do mar á marinha dos EUA, baseando-se em sua doutrina de “batalha de única salva”, onde uma força local, mesmo que inferiorizada militarmente, mas sendo treinada (em ações antinavio), equipada (com a dupla Tu-26 “Backfire”/AS-4 “Kitchen”) e direcionada para explorar as características vulneráveis da força naval adversária (dependência total dos porta-aviões) utilizando-se também de métodos assimétricos, conseguiria uma vitória, lutando nas proximidades de seu território e dentro de sua área de influência/interesse.

Prova disso é o exercício Millenium Challenge 2002, promovido pela marinha americana, no qual a utilização de métodos assimétricos e alternativos de combate, baseados nas fraquezas da força tarefa centrada em porta-aviões, resultaram no “afundamento” de dezesseis navios da força azul pela força vermelha (um porta-aviões, cinco cruzadores e dez navios anfíbios), causando a morte de cerca de 20.000 marinheiros americanos. Logo após a ofensiva de mísseis de cruzeiro, outra parcela significativa da força Azul  foi “afundada” por uma armada de pequenos barcos da força vermelha, que realizaram ataques convencionais e suicidas, o que demonstrou a incapacidade da força azul para detectá-los como já era esperado, provocando a suspensão do exercício, pois a força azul encontrava-se incapacitada no primeiro dia do exercício.

Em outras situações, um submarino convencional sueco da Classe Gotland participou de um exercício da OTAN chamado “águas azuis” no Oceano Atlântico. Lá, ele teria obtido uma vitória em um duelo com unidades navais espanholas e, em seguida,  teve um duelo semelhante contra um SSN francês, também vencendo-o. O mesmo submarino sueco também derrotou um SSN americano, o USS Houston . Tirou várias fotografias do USS CVN Ronald Reagan sem ser notado (o que corresponde ao afundamento do porta-aviões americano pelo submarino sueco durante o exercício).

11. Conclusão

República Popular da China:

Ao analisar as características do sistema ASBM DF-21 D, pode-se inferir que os líderes chineses não buscam atacar os Estados Unidos diretamente, mas sim impedi-los de que venham a intervir em suas águas territoriais e em suas operações militares em suas áreas de interesse, através de sua marinha, ou seja, o DF-21 D pode ser considerado uma arma defensiva, pois a mesma é utilizada somente para interditar certas áreas do oceano, as quais pertencem á República Popular da China ou ficam em suas áreas de interesse. Eles querem defender a futura anexação do que consideram ser parte não reintegrada de seu território (Taiwan) e de garantir um ambiente estável em suas áreas de interesse. Se eles desenvolveram um ASBM, obviamente desejam neutralizar a capacidade de projeção de poder militar dos EUA em suas águas territoriais e áreas de influência. O ASBM seria uma arma “assimétrica”, onde um grupo de batalha centrado em porta-aviões (CSG) não disporia de defesa eficaz contra ela, especialmente se confrontada com vários mísseis em um ataque de saturação, ao contrário dos tradicionais submarinos ou bombardeiros em que esse grupo ainda teria uma chance de sucesso, fazendo com que os EUA pensassem duas vezes antes de desdobrar um CSG contra a República Popular da China.

O DF-21 D é o primeiro ASBM prestes a entrar em capacidade operacional inicial no mundo. É o maior exemplo de superação tecnológica da República Popular da China

Lições para o Brasil:

O Brasil com suas riquezas encontradas nas duas Amazônias, na “Amazônia verde” e principalmente na “Amazônia azul” descobertas a poucos anos (pré-sal), pode vir a sofrer pressões internacionais para ceder seus recursos naturais aos países dominantes do cenário internacional. A escassez de recursos minerais explorados por estes países farão acontecer o que Henry Kissinger previu em 1994:

“Os países industrializados não poderão viver da maneira como existiram até hoje se não tiverem à sua disposição os recursos naturais não renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos garantidores da consecução de seus intentos.”

(Henry Kissinger, 1994, ex-secretário de estado americano).

Vivemos em um período em que as grandes nações impõem seus interesses cada vez mais sem se preocupar com a interpretação dos outros países de suas verdadeiras intenções. Exemplo disso são as justificativas para intervenções no Iraque pelos EUA (supostas armas de destruição em massa) e a intervenção da OTAN na Líbia (no que veio a se conhecer como Doutrina de Intervenção Humanitária). Tal doutrina poderia ser aplicada no Brasil em relação á terras indígenas ou questões ecológicas, justificando uma intervenção no país? No entanto, pergunta-se porque tal doutrina nunca foi implementada durante os massacres de Ruanda, da Chechênia ou do Tibet, sem falar atualmente na grande aliada americana, a Arábia Saudita (seria a falta de interesse econômico e político?).

A total supremacia dos EUA e seus aliados garantem respaldo político e militar em suas aventuras, como o que ocorre no Iraque, onde até hoje não foram encontradas as ADM tão alardeadas. E por acaso, qual a razão da cúpula da Casa Branca do período não ter sido julgada pelo tribunal internacional da ONU por crimes de guerra, quando milhares de civis iraquianos morreram em decorrência da invasão americana, a qual foi iniciada sem um motivo comprovado e independentemente da resolução negativa da ONU?

Alcance mínimo e máximo de um radar OTH francês Nostradamus se instalado no planalto central. O OTH não serve para controle de trafego aéreo por ser muito impreciso, mas é muito bom para alerta antecipado. Dependendo do local de instalação um OTH pode dar cobertura na maior parte do Atlântico Sul apoiando também a Marinha do Brasil.

A Convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar não foi ratificada pelos EUA, os quais consideram o fundo do mar um patrimônio comum da humanidade e, sendo assim, a área não se submeteria à jurisdição de Estado algum, o que é um exemplo de suas futuras pretensões. A “Amazônia azul” é uma área de 3 660 955 km² que inclui as áreas contíguas aos arquipélagos brasileiros no Atlântico Sul. Esta área poderá ser ampliada para até 4,4 milhões de km² em face da reivindicação brasileira perante a Comissão de Limites das Nações Unidas, que propõe prolongar a plataforma continental do Brasil em 900 mil km² de solo e subsolo marinhos que o país poderá explorar exclusivamente. Estamos em condições de assegurar nossos direitos legalmente adquiridos em uma área tão grande?

A utilização de “ferramentas de controle” por parte principalmente dos EUA (TNP e MCTR) reduzem a capacidade de ataques á longa distância dos países por elas regulados, e certamente, a proliferação nuclear e suas tecnologias anexas, quando conseguidas através de outros países (por isso a limitação de 300 km e carga de 500 kg). Isso nos possibilitaria apenas a aquisição de sistemas de armas de curto alcance no exterior (300 km), os quais pouco poderiam fazer contra um grupo batalha centrado em porta-aviões (CSG) da marinha dos EUA, os quais podem realizar ataques a cerca de 2.000 km a partir da posição da força-tarefa. O MCTR inclui também a proibição da exportação da tecnologia necessária para a construção e o desenvolvimento de tais sistemas de armas.

Representação gráfica das baías de Santos e de Campos, onde se localizam as reservas do pré-sal brasileiro, seus blocos de exploração e pontos de prospecção. Imaginem nossa capacidade de dissuasão se dispuséssemos dos sistemas de armas apresentados na presente matéria.

Mesmo que o Brasil nunca desenvolva armas nucleares em virtude do TNP, ainda ficaríamos “amarrados” ao MCTR, o que limita severamente nossa capacidade de resposta á um possível invasor marítimo, impedindo o desenvolvimento de mísseis de longo alcance (balísticos ou não) e de veículos aéreos não tripulados (que poderiam ser utilizados para vigilância marítima), desenvolvidos com tecnologia importada de outros países. Observem que tais equipamentos são justamente os mesmos que nações como China e Rússia desenvolvem para contrabalancear o poder naval dos EUA em suas áreas de interesse, em suas áreas de influência e em seus mares territoriais. A assinatura pelo Brasil principalmente do MCTR, foi uma brutal falta de visão estratégica, a qual não foi pensada em suas consequências em momento algum pelo governo brasileiro.

‘‘Quando necessário, quando não houver concordância da ONU com os EUA, faremos a intervenção, onde quer que seja, mesmo sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU’’.

(Bill Clinton, 1998, Presidente dos Estados Unidos da América).

Tal afirmação nunca esteve tão atual. A ONU como instituição já foi ignorada pelos EUA (Iraque) e atualmente pela OTAN (Líbia), quando o que era somente uma “zona de exclusão aérea” criada pela ONU, passou a ser uma missão de ataque direto contra um dos lados do conflito, contrariando a resolução da mesma ONU. A instituição mundial que em tese deveria mediar e ditar as regras dos conflitos armados entre países (ONU) mostrou-se inepta em defender suas próprias resoluções.

Em um mundo em que certos países se sobrepõem a esta instituição, a qual deveria estar acima de qualquer interesse de qualquer estado, quem garantirá nossos direitos legalmente adquiridos? Se o Brasil como nação não definir seus prováveis agressores, os quais são mais do que óbvios e tomar medidas concretas para dissuadi-los de uma futura aventura em nosso território, seremos sobrepujados por estes países e ainda passaremos para a história como criminosos, pois são os vencedores quem sempre escreveram a história.

Fontes:

www.chinamil.com.cn

Wikipédia.eng

www.jamestown.org

www.fas.org

www.ausairpower.net

www.globalsecurity.org

50 Comentários

  1. Percebam que países como China, Irã, Brasil, Argentina, Rússia,Venezuela e outros tem uma coisa em comum : INVESTIR NA AUTO DEFESA.
    E por que? Porque há possíveis agressores gananciosos pensando e investindo em AGREDIR para tomar.
    Senhores, abrindo bem os olhos vejo que essa reportagem superou o lado tecnológico, vejo que o problema maior é além disso , é humano e político também.
    A China e Rússia estão anos luz à frente do Brasil, por que investiram e não param de fazer isso, aí voltamos ao problema do dinheiro. Sinceramente não quero ver o Brasil uma Índia Sul americana, arma excelentes e miséria total.
    A tecnologia interessa mas como chegar nesse ponto é a questão, é como tentar se cobrir com cobertor curto.

  2. O DF-21 tem um calcanhar de Aquiles,depende de satélites e esses seriam os primeiros alvos antes de um ataque gringo.

  3. AOS TODOS PODEROSOS
    .
    .
    Toda questão ai, em relação entre a China e os EUA é o poder do “dinheiro” ;como se pode verificar, quem tem mais poder econômico tem mais poder militar de ação.
    .
    A China vai implantar seu poder mundial gradualmente, hoje é basicamente regional; a geopolítica de ambos, respectivamente;vai ampliando de um e a do outro diminuindo,é muito cômica esse final da era dos EUA!

  4. Do que adianta entãovocê progredir um país, sem nem ter com o que de fender. Isso o que o Brasil esta fazendo, se metendo em tudo que e buraco. Se um dia o coisa ficar feia pra nosso lado os politicos fogem e nós nos fudemos!

  5. Volto a repetir, tem que investir em pesquisas, ou se investe ou poderá perder toda essa riqueza que nos temos, os urubus estão rodando sobre as nossas cabeças. Onde está o dinheiro do Brasil, nunca tem dinheiro, seja na saúde, segurança, educação e infraestrutura e vai. Porque tem dinheiro para deputados e senadores, uma corja de vagabundos e ladrões sanguessungas oficial do Brasil ? Voces sabem quanto um deputado e um senador ganham ( usurpam ) por ano? Chutando 500,000, com todos os beneficios, falcatruas, os ” por foras” agora pegue esse valor e multiplique por 600 e verás o quanto tu é otário colocando um fdp lá atraves do voto. É um verdadeiro ralo. Dinheiro temos, o que não temos é vergonha, patriotismo, honestidade, abnegação e vontade de trabalhar.

  6. Pode ser que esse sistema seja viável, mas acredito em algo bem mais simples e eficaz contra CSGs. Os submarinos.

    Modelos pequenos que operem próximos à costa, em tocaia, são praticamente indetectáveis e negam o uso do mar.

    Modelos maiores nuclear powered, podem ficar meses em patrulha aguardando a passagem de um CSG.

    []’s

  7. Com os políticos que nós temos, que esperança podemos ter ? Nenhuma. O erro começa na origem. Os chineses possuem atualmente os melhores políticos desse planeta, por isso estão se dando bem.
    Sobre esse míssil chinês, é uma piada. Os americanos irão queimar os satélites chineses logo de início. Os chineses vão ter que queimar os satélites americanos, também. A guerra irá para o espaço e para as profundezas do oceano.
    A solução estará nos aviões e balões-radares, enquanto não cairem. Os Porta-aviões são armas obsoletas, pois como se defender de 10 mísseis vindo ao mesmo tempo de várias direções ? É possível apenas com armas de atuação 3D.
    Sugiro que o míssil chinês se divida em 10, momentos antes do ataque, mas terão que ser bem mais rápidos, na faixa de 15 x som.
    Posso trabalhar para os americanos ou chineses. Quem vai me contratar primeiro ?
    O Brasil não me quer, e nem vai me ceder espaço para pesquisa. Então, vamos ajudar os americanos ou chineses.
    Gosto muito do governo da China, por ser sério.
    Na China, político ladrão morre com tiro na nuca. No Brasil, não acontece nada x nada.

  8. .
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    Mais um belo texto Vympel, e parabéns pelo trabalho e pesquisa e também ao PB por publicá-lo.
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    Achei alguns pontos muito bem colocados, e concordo quando dizes varias coisas sobre a deficiência da USNavy, mas tem também mais um ponto fraco que é a dependência dos Yankees aos satélites, e os chineses já demonstram que possuem a capacidade de abatê-los!!
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    Os russos ja possuem sistemas de mísseis com capacidade de mudança na trajetória a muito tempo, e agora vemos que os Chineses estão fazendo isso nesse sistema anti-PA.
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    Interessante que o sistema esteja sendo estudado para possuir um radar de bordo, e assim ser guiado até o “Maior Objetivo” durante o voo… isso reduz muito a dependência de satélites.
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    Rapaz se os chineses ou qualquer outra nação colocar esses PENAID em todo o seu sistema de Misseis estratégicos o bicho pega pra todos!!! Muito interessante, valeu mesmo essa explicação Vympel, Parabéns!
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    Realmente o uso de mísseis anti-navio “Convencionais” são importantes, mas se este sistema DF-21-D funcionar mesmo como se diz, seria a carta na manga contra a USNavy no Pacifico… os USA pagam até 10 milhões de US$ por cada SM3, e para abater os DF-21-D servem 2 unidades, bem, os USA vão ter que tirar de outro lugar pois a capacidade de Autofinanciamento esta acabando, e gastar assim pode afetar realmente as contas da USNavy!
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    Acho muito difícil que consigam manter o seu atual poder naval, e a China realmente chegou para “Pagar pra ver”, pelo menos no Pacifico.
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    Verdade, a doutrina Yankee dos P.A. nunca foi realmente colocada à prova, e quando isso ocorrer veremos se é todo esse “Glamour” que os Americano Filo dizem, pra mim so existe glória se foi realmente efetivo no campo de batalha contra inimigos de verdade, capazes de causar os maiores danos possíveis… isso ainda não aconteceu, os USA so combateram “Vira-Latas” desde de a 2°GM, os de Pedigree foram evitados, pois o medo é muito grande, por isso estão sempre inventando Drones e sistema para combater a distancia ou nem combater realmente, pois assim não devem sujar as mãos e correr os riscos, mas isso está mudando, novos jogadores de peso estão chegando, e espero que o nosso Brasil seja um deles, temos realmente muito o que aprender com os países BRICS, principalmente com a Índia e com a China!!
    .
    Esse exercício militar ai, o Millenium Challenger 2000, demonstra claramente que nós devemos seguir a mesmo linha de negação do mar que os chineses estão procurando, seria muito importante para o Brasil possuir meios para neutralizar um Porta-aviões Yankee em pouco tempo… sonhar não custa nada!
    .
    Temos que ter uma força para gera dissuasão e não para atacar um país estrangeiro, o que nós importa é o nosso território, não as terras alheias, por isso que realmente precisamos de sistemas como este, e vários outros, mas o Brasil não pode ficar a mercê de nações grandes e potentes que podem virar inimigos do dia-pra-noite para meter a mão em nossos recursos estratégicos e matar o nosso em bombardeios ou até mesmo “Efeitos Colaterais”… ACORDA BRASIL!!
    .
    .
    Valeu!!

  9. Amigo Jakson, a China tb tem capacidade de destruir satelites, já foi demonstrado e causou grande reclamação americana, esse calcanhar de aquiles tb é americano que ficaria sem gps e outras possibilidades dadas pelos satelites geoestacionarios presentes no pacifico. Na verdade a retomada de Taiwan é só uma questão de tempo, com ou sem esses míssies chineses, os americanos não vão comprar essa briga praticamente no litoral chines pois seriam derrotados ou então teriamos a 3 guerra mundial.

  10. O respeito a tratados e convenções tem que ser firmado em “via de mão-dupla”… Se os países que querem ditar regras não respeitam os seus próprios tratados… Não se submetem aos tratados dos organismos internacionais que eles integram… E não dão o bom exemplo… O que o Brasil está esperando para rasgar esses tratados firmados com esses mesmos países?!?… É só trabalhar para desenvolver as tecnologias necessárias para uma auto-defesa eficiente, e quando estas estiverem prontas pra se tornarem operacionais, mandar toda essa “papelada inútil” pro lixo… Agooora, se aqueles que governam o país são desprovidos de moral e coragem para se fazerem respeitar… Aí fica difícil!
    🙁

  11. me lembro de uma reportagem antiga q passou na Tv
    ” China faz teste com míssil que destrói satélites e desagrada EUA”
    eu to pra ver uma terceira guerra mundial

  12. Agora a verdade é, se a China afundar um único Porta-Aviões americano, com certeza sofrerá um ataque nuclear eminente, embora a China possua mísseis nucleares, o poderio militar nuclear americano é superior. Com certeza haverá algum submarino nuclear americano por perto no pacífico,podendo lançar um ataque nuclear contra o território chinês num apertar de botão.

  13. Caso esse míssil entre efetivamente em operação, provavelmente a US Navy irá instalar mísseis antimísseis endoatmosféricos em seus navios, mais eficientes que o Standard SM2 ER Block IV, que embora tenha certa capacidade antimíssil, não é específico para a função.
    A versão SM2 ER Block IV “A”, especificamente antibalístico, foi cancelada há algum tempo.
    Candidatos naturais seriam os mísseis Patriot PAC-3 (que inclusive já foi testado a partir dos lançadores verticais Mk-41) e o THAAD.
    Outra opção seria retomar o desenvolvimento do SM2ER Block IV A, especificamente antibalístico endoatmosférico, ou partir para um míssil antimíssil completamente novo.
    A integração desses mísseis,que poderiam ser levados mais de um por célula dos lançadores verticais navais da US Navy (Mk-41 e Mk-57), poderia quebrar a tática de “saturação”, já que um MRBM não sai nada barato.
    Outra reação americana ao DF-21 é o desenvolvimento de um míssil de cruzeiro hipersônico não maior que um Tomahawk, com cerca de 5000 km de alcance, lançável dos lançadores Mk-41/Mk-57. O programa é conhecido como ArcLight.
    Os 5000 km seriam cobertos em cerca de 30 minutos
    Teoricamente poderia ser usado preeptivamente contra os sítios de lançamento dos ASBM DF-21.

    Mudando de pato pra ganso:
    Parabéns Vympel.
    Excelente artigo.

  14. Se tivessemos politicos com vergonha na cara, esses tratados que atentam contra a soberania nacional, já teriam sido abandonados a muito.Infelizmente, vivemos no país da marmelada, e pra fazer justiça, tambem do futebol, do carnaval, da balada,……..o paízinho mediocre.

  15. primeiro, otima materia do plano brasil. parabens!
    segundo, o brasil continua com seus problemas terriveis.
    incrivel como o pais q mais legisla — e q menos tem leis efetivas — continua com leis d 2 seculos passados!
    por mais q nao venhamos a construir bombas nucleares — sou contra sua construção — temos sim de ter um sistema de misseis de longo alcance, para ontem! nao entendo pq nao.
    nos temos um congresso enorme, inchado, q ganha mais do q qualquer parlamento da america latina, e em vez d ficarem atentos ao interesse da nação, s preocupam com interesses seus mesmos, como o caso da divisao do pará! profunda perda d tempo e principalmente, dinheiro!
    como construir um sistema como este, de misses d longo alcance?! oras, unindo setor espacial e d defesa! o basico d qualquer nação! olha o longa marcha chines ai!
    olha so este missel q alcança machs q nem sabia ser possivel! imagina um missel caindo em altissima velocidade, vindo da area sub-orbital, ou orbital, sem ogiva nuclear! seria como uma pedra vinda do espaço sem s fragmentar…vou repetir minha ideia absurda:
    finda AEB, cria-se CAEB, q comandaria toda o setor aero-espacial do país, desde defesa ate o espacial, e msm o civil… vou m embora, esses lapsos deste pais m revoltam por ademais. abraços, parabens ao vympel.

  16. ps:fiquei pensando no conceito de guerra fria…será q nós nao estamos numa guerra fria, e sera msm q os grandes paises — ricos — nao estao s preparando para atacar os pobres em busca de recursos, como numa neo-colonização?!
    eai, quem seriam os herois?!
    tomara Deus q eu esteja errado.

  17. Algumas pessoas teimam em colocar os Americanos numa supremacia além de qualquer outra nação, “se tal míssil for desenvolvido os yanques tem a solução com míssieis assim e assado”, ora, a propaganda americana só não é mais otimista e oportunista que a do Irã (sem querer comparar Irã e EUA), mas o fato é que muito do que se fala é conversa fiada para nações sub desenvolvidas se intimidar, já citei aqui a deficiência dos míssieis BVR ao longo de sua estória com quase nenhum abate além do alcance visual, os míssieis Typoon navais outro fiasco, F22 mostrando suas falhas, F35 mal saiu do papel e já tem defeitos sérios. Acho que somente os tomahawk são exemplo de arma bem sucedida, e este nós brasileiros já dominamos a um custo bem menor. estas manobras de treinamento assimétricas citadas na matéria mostram o tanto da fragilidade da OTAN, durante um treinamento deste feito há algum tempo atrás uma fragata brasileira fez um estrago tb, hoje até o alto comando americano já reconheçeu que numa guerra com a China não teriam condições de ter superioridade aérea em função da quantidade de vetores chineses, satélites americanos seriam destruídos e ai acabaria 90% da capacidade tecnológica americana, ou seja, eles já sabem que perderiam, e por isso o desespero dos generais yanques. A política americana hoje é se não podes , te juntas a ele.

  18. Parabéns ao vympel por mais uma exelente matéria.
    Caso esse novo míssil se torne operacional será um feito para indústria chinesa e ganharão o meu respeito.Eu ainda detesto as quinquihlarias chinesas de 1,99,mas esse bichinho aí e bem perigoso.
    Se eles forem construidos em escala das quinquilharias de 1,99 não há defesa anti-mísseis que dêem jeito,haja vista as defesas do segundo maior exército da áfrica que em poucos dias foi varrida do mapa,se forem usados ainda outros meios a coisa fica ainda mais feia.
    Tenho pra mim que este tipo de arma é para não ser usada,ou seja ela é uma arma mais de efeito psicológico,ela serviria para manter uma força naval à distancia(serviria como elemento dissuasor).
    Quanto a nós este ano pramim foi de gratas surpresas,tenho visto aqui no Plano Brasil,bos matéria sobre a LAAD e os equipamentos e tenho gostado muito de nossa modesta evolução,na verdade estamos recuperando aquilo que fomos um dia em matéria de indústria bélica,claro que precisamos melhorar,mas pequenos paços são melhores do que a inércia de outrora.
    Voltando aquestão chinesa muitos podem falar “com dinheiro é fácil.Quero ver sem!!”.
    É um boa frase sem dúvida,mas como eu tenho uma veia criatitiva vou modifica-la para “Com vontade é fácil.Quero ver sem!” acho que todos sabemos quem tem e quem não tem vontade nessa história.
    Já passou da hora de termos bem claro quais são os reais perigos que nos cercam e formamos uma massa crítica de que o eixo OTAN EUA representam SIM uma ameaça para nossa nação,todos nós aqui temos nossas opiniões contra e a favor desta teoria,mas uma coisa é certa eles não hesitarão em lançar todas as armas e artimanhas para tomar o que é nosso(veja o caso Iraque,Afeganistão e Líbia) a guerra por recursos naturais JÀ COMEÇOU!!!!!Somos alvo em potencial preparem-se.

  19. Concordo contigo Alexandre, e tbm me lembro do exercício militar quando a fragata Independência praticamente estacionou ao lado de um PA estadunidense se aprovetando da intensa neblina e sem ser detectada deixou fora de operação o NAe americano.

  20. Eu sei que investimento em alta tecnologia não é o forte do governo, no entanto, no site da AEB, na parte de foguetes, exstem diversos modelos com alcance de 100km a 1000km.. não garante defesa excepcional, mas Fernando de Noronha esta dentro do alcace, assim como parte da camada de pré-sal… — Sabemos que os foguetes têm uma forma aerodinâmica e trajetória balística, já os mísseis podem ser guiados e possuem componentes eletrônicos. Acredito que em pouco tempo (8 ou 9 anos), podemos ter um SRBM ou um MRBM. (ao menos eu acho)…

  21. todos sabem disso,o poblema é ter um governo que saiba administrar a situação,e encarando o poblema que é um poblema realmente a resolver porque o hora esta chegando,os recursos naturais estão se esgotando.

  22. Como o Jobim já disse: a partir de 2030 é que o bicho vai pegar mesmo! Até lá muitos recursos naturais estarão escassos, aí sim as armas se voltaram em direção ao Brasil.

  23. Esta foi a melhor materia que ja li neste blog,parabens!A corrida armamentista lembra muito as leis naturais da evoluçao aonde se rege que,, para cada modificaçao sofrida pela presa para superar o predador,este tambem sofre modificaçoes para subjugar a presa.No caso dos humanos esta disputa pode ser decidida pelo poder economico.E nois vamo assistir tudo com o c…na mao,porque se o bicho pegar,vai respingar em nosso berço esplendido e,com certeza nao vai ser um respinguinho!

  24. AOS MEUS AMIGOS , RtadeuR, Jonnas,dhou ,Tiago Santos,David Queiroz ,NovoBrasuk ,katholiko ,Alexandre ,ademar ,Nelson de Azevedo Neto ,Seal,Nick ,Francoorp, (( NOS QUE SAMOS BURROS E OS POLITICOS DO BRASIL ))POR FAVOR ME RPD

  25. PARABENS A CHINA (( E O BRASIL ????? NADA PRA ELE EU TENHO VERGONHA DESTE POLITICOS LATRÃOES DO BRASIL

  26. Alexandre,
    Não sei quanto a você se tem o rabo preso com um ou outro país estrangeiro. Eu não tenho.
    Não recebo nada de Estado estrangeiro nenhum e também não faço parte do aparelho do governo brasileiro e estou pouco me lixando para as torcidas energúmenas típicas de blogs de defesa.
    Eu comento sobre equipamentos bélicos ocidentais em geral e americanos em especial porque me dedico a me informar sobre esse tipo de equipamento. Outros,como o Vympel, se interessam por equipamentos russos e chineses.
    Eu sou um entusiasta e gosto do que quiser. Se acho que equipamentos americanos são mais interessantes, problema meu. Hobby meu. Arrume um que goste e se interesse que eu não irei dar pitaco.
    Meu comentário foi apenas no sentido de prever qual será a reação da marinha americana frente a essa possível ameaça. Em nenhum momento disse que irá ser eficaz ou não,mesmo porque não sou tão inocente em achar que tudo irá funcionar conforme os planejadores sentados em poltronas de couro, em escritórios com ar condicionado e fumando charutos cubanos acham.
    Isso serve tanto para os americanos quanto para os chineses e russos,você querendo ou não.
    Por incrível que pareça os chineses também podem dar com os burros n’água com seus mísseis antiportaaviões do mesmo modo que os americanos com seus mísseis de defesa.
    Você torce para os chineses.Parabéns!
    Não vou pensar como você só porque se acha o dono da verdade, mesmo porque, estou me lixando em lhe agradar.
    Se você achou meu comentário parcial, só lamento.
    Só posso dizer que a toda ação existe uma reação. Se você vive no mundo da fantasia e acha que não haverá reação alguma por parte dos americanos em relação a esse mísseis, não me culpe por sua falta de visão estratégica.
    Não me culpe se não considero os mísseis chineses imbatíveis e o supra sumo das armas antiimperialistas que irão colocar os “yanques” de joelhos. Não acho!
    De minha parte acho que haverá uma reação, do mesmo modo que o DF021 foi uma reação aos superporta aviões americanos.

  27. O Brasil domina as tecnologia dos tomahawks?
    Com preço mais econômico?

    Pq voçês acreditam que o Brasil, com muito menos investimentos e pessoal capacitado, faz os melhores equipamentos do mundo em áreas onde não tem a menor experiência ou knowhow?

    Parece propaganda russa, sem ofensa mas acho isso uma grande ingenuidade.

  28. Tem um documentário no youtube que é muito bom feito por 20 cineastas que passa por vários tópicos,desde o colonialismo,religião e até a luta por recursos naturais.
    Mas peço perdão aos amigos do forum que não entendem inglês,na verdade havia um versão com legenda mas foi deletada,portanto baixem.
    http://www.youtube.com/watch?v=yLhBIW5M4NI
    http://www.youtube.com/watch?v=GSx4Twph6c4&feature=related
    http://www.youtube.com/watch?v=fm55WGVaV1k&feature=related

  29. Muitos idealizam um mundo em que não há mais a hegemonia americana, onde não há imperialistas e onde não há exploração de nações por outras nações mais poderosas.
    Como fator preponderante dessa mudança, ingênuos acreditam que basta remover os americanos da equação, e torcem para a queda do poderio americano.
    O mesmo deve ter sido imaginado pelos ingênuos de 2000 anos atrás em relação ao Império Romano, ou há uns 300 anos em relação ao Império Britânico.
    À princípio é um pensamento nobre, mas mal sabem esses idealistas que o vácuo de um império é preenchido por outro, que em geral se mostra pior que o anterior.
    Torcer pela derrocada americana achando que o espaço será ocupado por chineses e achar que os chineses possuem méritos ou um espírito nobre que os colocam acima do bem e do mal é de uma ingenuidade que beira a estupidez.
    Achamos ruim os americanos?
    Não há nada tão ruim que não possa piorar.

  30. Senhores:
    Ao ler os comentários referentes á matéria acima, qualquer um nota que existem aqueles amigos comentaristas que “defendem” aguerridamente certo tipos de tecnologias (dos EUA, Rússia ou China, que sejam), seja por admiração ou outras razões. Acredito que esta seja uma postura equivocada de se analisar o tema, pois o que devemos ter em mente é que devemos analisar os vários tipos de armamentos e tecnologias anexas de nossos possíveis adversários e encontrar contramedidas eficazes para enfrenta-las, levando em consideração o fato de nós sermos brasileiros, e que na realidade, devemos entender que alianças com outros países só se estabelecem quando existem interesses mútuos. Não existe essa de país “X” ser malvado e o país “Y” ser bonzinho. A localização geográfica é outro fator que define cada tipo de postura em relação ao país dominante (o que vocês acham que a Polônia pensa sobre a Rússia? O que a Argélia pensa sobre a França? E o que os países da América do sul e central pensam sobre os EUA?). A simples questão de o Brasil estar localizado numa área de interesse de outro país dominante (os EUA) pode ser a razão que vai definir quem é a ameaça principal para o Brasil e quem pode vir a ser um vital aliado nosso. Entendo que devido a essas razões, é vital para o Brasil fazer o mesmo que China e Índia fizeram, visando nos preparar nossas defesas com equipamento militar desenvolvido originalmente para enfrentar quem nos ameaça. Essa é que deve ser a ótica empregada em assuntos de defesa!
    Comentários depreciativos em relação aos sistemas de fabrico americano, russo, francês ou de outras nações desenvolvidas (ou não), não são ao meu ver corretos, pois cada país tem suas características próprias, devido á necessidades únicas e específicas de suas forças armadas, além das possibilidades econômicas de seus respectivos governos. Os chineses, mesmo que defasados tecnologicamente em relação á esses países, vêm avançando rapidamente, embalados num grande crescimento econômico. Isto os irá por em posição de destaque num futuro a médio prazo, devido aos bilhões em recursos alocados em pesquisa e desenvolvimento. Não creio que seja válido ridicularizar seus avanços tecnológicos, pois estes que o fazem podem se surpreender com os resultados alcançados pelos chineses daqui a alguns anos.
    Na matéria em questão, é levantada a hipótese do sistema DF21D ser inútil se forem postos fora de ação seus radares de vigilância marítima. Talvez o artigo não tenha sido claro, mas os chineses previram isso e fizeram um “backup” na forma de sistemas aéreos (aeronaves de patrulha marítima e de guerra eletrônica e UAV do modelo Xialong), terrestres (radares OTH e mobilidade das plataformas de lançamento do DF21D, evitando que sejam atacadas, o que aconteceria se fossem fixas) e navais (submarinos convencionais e nucleares). Tais satélites servem unicamente para vigilância e reconhecimento, orientação de médio curso dos mísseis e rastreamento dos porta-aviões, podendo ser substituídos pelos sistemas de “backup”, mas perdendo sua capacidade “global”, ficando esta capacidade no nível “regional” sem o apoio dos satélites. Ainda assim, essa queda na capacidade é suficiente para que os chineses consigam atingir seus intentos, pois seus interesses não se localizam em águas azuis, e sim próximos ou dentro de seu mar territorial. O desenvolvimento de todo e qualquer armamento é condicionado á resposta dada pela parte adversária, sendo mais que previsível o desenvolvimento ou melhoramento de algum sistema americano para contrabalancear o ASBM.

  31. Quanto aos satélites, a regra da destruição dos mesmos vale tanto para chineses quanto para americanos, sendo estes (os americanos) os que mais dependem dos mesmos satélites, pois sua estratégia de guerra “centrada em redes”, a qual é a base de toda sua doutrina atual, mais que dependem deste tipo de equipamento. Ambos os países possuem capacidade ASAT (anti-satélite). Além disso, são os chineses que lutam em seu próprio território ou nas proximidades deste, o que fará muita diferença em um futuro conflito pelas razões já apresentadas. Muitas vezes, a melhor tecnologia do mundo não resiste a “força bruta”, principalmente se essa força compõe-se de centenas de mísseis (os quais se multiplicam mais ainda em alvos falsos, devido ao uso das PENAID), disparados contra poucos alvos flutuantes. A lógica da “saturação” é que não existe sistema defensivo 100% eficiente. Mesmo que sejam destruídos 99 de 100 ASBM, um único míssil que não for destruído, que ultrapasse as defesas do CSG e atingir o porta-aviões, o colocará fora de ação (se não o afundar), deixando o restante da força-tarefa sem sua preciosa cobertura aérea.
    O uso de armas nucleares no caso de afundamento de um CSG americano, como foi levantado por um comentarista, é de todo improvável, pois isso acarretaria uma resposta chinesa nas mesmas condições, mesmo que não seja nem 25% da resposta americana, causaria danos suficientes nos EUA (milhões de vidas) para que esta via não fosse levada em consideração. A sigla para “destruição mútua assegurada”, que é o slogan para o ouso de armas nucleares é “MAD” (loucura, em inglês), o que faria qualquer país detentor de tais artefatos pensar mil vezes antes de utilizá-los contra outro país também possuidor de tais armas.
    Quanto á queda do chamado “império americano” que tantos esperam, isso não ocorrerá. O que poderá ocorrer é a divisão do poder global com outros países (provavelmente os BRIC) resultando em perda de influência americana em certas áreas do globo, o que já esta acontecendo atualmente. Ainda que o poder político, econômico e militar seja dividido entre novos países dominantes, os EUA continuarão sendo referencial principalmente cultural por muito tempo ainda. E acreditem, como disse o meu camarada Bosco, talvez com os chineses dominando, as coisas sejam piores….

  32. Nossos politicos sao alienados, nao sabem nem o que está acontecendo dentro do Brasil de baixo dos narizes deles,entao muito menos ainda do que se passa no mundo e suas mudanças…só sabem fazer maracutaias para roubarem cada vez mais!ALIENADOS TODOS ELES!

  33. eu nao acredito mais em um so pais ser o “imperio”, eu nao acredito que tera mais algum pais que mande em todos e que seja a unica voz.
    eu vejo um mundo mais equilibrado nos proximos anos, e pode ter certeza que os chineses nao vao conseguir mandar no mundo, tem a india a russia a UE os EUA e acreditem tem tb o brasil, para se impor a qualquer “regra” abusiva de qualquer pais.
    seria uma nova ordem mundial mais equilibrada.

  34. 2150 guardem essa data..

    teremos um satelite militar proprio..rsrsrrs


    nossas defesas são uma piada… se der M … ai que correm atrás….

  35. O SM3 terá uma versão até 2015, o SM3 Block 2, capaz de interceptar mísseis balísticos na fase inicial, de ascensão.
    Tal míssil poderia ser eficaz em interceptar o DF21 antes que liberasse a ogiva e os dispositivos de auxílio a penetração.
    O problema é que para que possa ser usado desse modo teria que um navio Aegis ficar avançado, fora da cobertura aérea do porta-aviões, servindo como “piquete radar”, o que o deixaria vulnerável.
    Outra fase mais propícia à interceptação é a fase terminal, onde há grande discernimento das falsas ogivas por elas desacelerarem ou serem vaporizadas na reentrada.
    O míssil mais adequado nessa fase disponível a US Navy seria o SM2 Block IV, que está longe de ser um legítimo míssil antibalístico.
    A interceptação na fase intermediária, possível com as atuais versões do SM3, é a mais trabalhosa devido aos dispositivos de auxilio a penetração (PENAIDs) saturarem o sistema com alvos falsos, difíceis de serem discriminados.
    Outras táticas possíveis seria o ataque aos sítios de lançamento previamente ao disparo dos mísseis, tendo em vista que o processo de lançamento leva pelo menos 30 minutos. Difícil ou impossível de ser feito atualmente sem o uso de armas nucleares. Os eficazes Tomahawks não se prestariam a isso por serem muito lentos e de alcance reduzido. Outras armas deverão ser criadas se tal tática for considerada eficaz.
    A degradação prévia da rede de informação e sensores, incluíndo ações antisatélites, cyberwar e uso de armas de pulso eletromagnético convencionais, também seria pouco eficaz.
    Uma abordagem heterodoxa deve ser levada em consideração tendo em vista a vantagem dos chineses, que como disse o Vympel, podem saturar o sistema ABM americano.
    Uma dessas abordagens seria a redução drástica do RCS de um porta-aviões. Disse que o novo porta-aviões Gerald Ford terá uma assinatura radar semelhante a de um destróier classe Arleigh Burke, o que dificultaria seu discernimento pelos sensores chineses.
    Os americanos poderiam usar de contramedidas para tentarem desviar os mísseis, criando alvos falsos, interferindo, etc, possibilitando que o grupo tarefa passe e proceda a um contra ataque.
    Ou seja, existem várias possibilidades que deverão ser consideradas até que o ASBM DF-21D esteja plenamente operacional.
    Com certeza os americanos não irão aceitar facilmente que seus porta-aviões tenham restriginda sua área de atuação.
    Será interessante ver como eles responderão a esse desafio.
    No mais, os chineses estão de parabéns por terem criado uma ameaça à soberania americana nos mares e inclusive deixando vulnerável não só o grupo tarefa mas também as bases aéreas americanas próximas da costa chinesa, em solo japonês.
    Sem dúvida os americanos irão pensar duas vezes ante qualquer crise que coloque a soberania de Taiwan em jogo ou o compromisso com os japoneses.

  36. Não quero a toal decadência norte-americano,apenas quero quero o fim de sua arrogância.É nítido e notório que eles estão em declínio,nas mesmo assim não descem do salto alto,não tiram a máscara e não respeitam a soberania de outras nações.Todo esse anti-americanismo provém do própio comportamento deles.Há muito já perderam o moral perante outras nações do globo.
    Não sou ingênio a ponto que o mal nasceu com o império americano,pelo contrário eles tem muitas coisas boas(que se contam nos dedos rssrs),mas como um grande império eles são empurrados pelas suas nescessidades de mais e mais recursos naturais a qualquer preço.
    É ai que corremos perigo,somos paradoxais,somos um país rico,mas pobre.Temos imensa riquesa naturais e no entanto não temos meios como defende-la.
    Como o xtreme falou nossas defesas são um piada.Toda a nossa defesa está sujeita a embargos,,desde o bom Super Tucano até os novos Guaranis.Isso porque falhamos ou fomos sabotados em desenvolver nossa outrora competente indústria bélica.Faltou e falta vontade e patriotismo de nossos políticos em no mínimo manter aquisições de material de origem nacional nos últimos anos.
    Agora só nos resta a correr atrás do tempo perdido,espero que a Estratégia Nacional de Defesa não seja o nosso END.

  37. Gostaria que a marinha pudesse operar caças a partir de bases terestre com a função de defesa costeira.Eu sou fã de equipamento Russo com todas as suas vantagens e desvantagens,e para esta função gostaria que a marinha operasse o Su-32,talves 36 destas aeronaves divididas em 3 bases,uma ao norte,uma no sudeste e uma no sul pudesse nos dar alguma dissuasão.É claro que precismos de sistemas S-400 para proteção destas bases porque senão seria pulverizadas em 5 dias como foi o caso da líbia.
    Antes eu defendia a produção de um Boma atômica,mas hoje eu penso diferente.Porque se tivermos um Bomba aí teremos mísseis nucleares apontados para o nosso território.E como poderíamos revidadar se não temos um ICBM?
    Aí seríamos somente alvos e o MAD não existiria porque não haveria um contra-ataque de nossa parte.
    Portanto amigos vomos com calma,primeiro o lançador de satélites.Isso é permitido,pelo menos por enquanto,aí quem sabe depois um ICBM.

  38. Realmente, essa visão pacifitas ingenua de alguns, sempre achando que essas nações hegemonicas não representam perigo, que não se traduz verdadeiro, principalmente ainda, tendo uma mulher presidente, sem preconceito, mas por ser mulher sempre alimentam a esperança,comod e costume, de que o mundo pode se tonar melhor um dia. Nessa esperança corremos sério risco da potencial ameaça virar efetiva ameaça, sobretudo na pretensão de eventual afirmação diante desses paises. Olhem o EUA, estão cobiçando o pre-sal, não sem razão de seus interesses e manutençao de seu modelo de vida. Apesar de tudo isso é risivel imaginar que o Brasil hoje possa fazer frente a esses paises com projetos dessa envergadura, as nossas lideranças são subserviente demais, qdo não anemicas de neuroniso para tal desafio, lamentalvelmente! E tenho dito….

  39. Tenho quase certeza que este sistema, como o Topol-M não pode ser transportado por aeronaves, pois quando se compara suas dimensões com as dimensões da aeronave de transporte, nota-se que esta excede ou fica próximo demais do limite da aeronave de transporte, o que impossibilita seu transporte, se for levado em consideração também o TEL de lançamento, ou seja, a aeronave pode levar o peso de todo sistema, mas não pode acomodar as dimensões.

    Quanto a comparação com o Topol-M, tenha certeza de uma coisa: Os chineses avançaram muito em matéria de PENAID e sistemas de mísseis balísticos, mas ainda estão anos luz atrás dos russos, pois estes, da mesma maneira que os americanos guardam a sete chaves qualquer tecnologia relativa a ICBM, principalmente estes de nova geração, o que impede dos chineses realizarem tecnologia reversa e desenvolverem suas versões, ficando assim forçados iniciar seus desenvolvimentos a partir do zero, necessitando assim de vários anos (ou décadas) até atingirem a IOC.

    Ibrigado a todos pelos comentários, estamos aí…

  40. Se o + forte e quem manda, os Chinese vão mandar os ianks p o seu cantinho e depois o resto…esses ASBM DF21 são o terror dos ianks e seus NAEs assim como os torpedos Skevahl dos Russos….finito imperio, acabou, fogo contra fogo e + algumas armas novas do dragão..tenho invejas, mt invejas.sds.

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