Irã responde UE, diz que negociações nucleares têm de ser justas

http://eurodialogue.org/sites/default/files/imagecache/mainimage/iran-eu.jpgPor Parisa Hafezi e Reza Derakhshi

TEERÃ (Reuters) – O principal negociador nuclear do Irã respondeu nesta terça-feira uma carta da chefe da política externa da União Europeia sobre a retomada das negociações sobre o programa nuclear de Teerã, afirmando que essas conversas têm que ser realizadas sem pressões, disse a emissora de TV estatal do país.

Os Estados Unidos e seus aliados suspeitam que o Irã está tentando desenvolver bombas sob o disfarce de um programa de energia nuclear civil. Teerã nega e afirma que seu programa visa a produção de energia para atender à crescente demanda no país.

A mídia iraniana disse no início deste mês que Teerã recebeu uma carta da chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, que representa as seis potências mundiais que mantém contato sobre o tema com a República Islâmica.

A última negociação do grupo com o Irã fracassou em janeiro, após Teerã descartar a paralisação de suas atividades de enriquecimento de urânio, como exigem várias resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas adotadas desde 2006.


“A carta foi entregue em Viena pelo embaixador iraniano na União Europeia. Na carta, Saeed Jalili elogia a volta do P5+1 para as negociações”,

afirmou a emissora estatal em língua árabe Al Alam.


“Na carta, o senhor Jalili enfatiza que as negociações devem ser justas e sem que sejam exercidas pressões.”


Analistas afirmam que essas referências são a linguagem codificada do Irã, que significa que não haverá discussões sobre as atividades iranianas de enriquecimento de urânio, que o país vê como seu direito soberano.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse na segunda-feira que o país não cederá na questão do enriquecimento de urânio.

“P5+1” é a sigla diplomática para o grupo formado pelos cinco países que têm assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU –Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China– mais a Alemanha.

(Reportagem adicional de Fredrik Dahl em Viena)

Fonte: Reuters Brasil

6 Comentários

  1. O Irã arma todas as suas unidades de defesa antiaerea com seu novo missil Sayyd2…Radicalismos e truculencias aparte o Irã da aula de como um pais inferior se impõe.Uma nação,um povo não se faz com frangos cacarejando e ao primeiro sinal do galo correm para botar ovos n mato.Um pais idependente e soberano se faz com audacia,coragem e impetuosidade.Todos os povos devem ter direito as modernidades de forma pacifica para desenvolvimento proprio e melhorias.Como dizia o CACHACEIRO CASCATEIROos EUA e a OTAN deveriam tratar aos demais como iguais e não com arrogancias e pressões,senão não é possivel haver dialogo.

  2. O Irã esta correto quando afirma ser um direito legitimo do povo iraniano desenvolver seu programa nuclear!
    Ainda mais que seus inimigos declarados dispõe de tal armamento,embora Teerã diga que seu programa não tem fins bélicos!

  3. ESCRAVINHAS DO VAMPIRO não se esqueçam quem quem manda no Irã não é o Ahmadinejad e sim o aiatolá Ali Khamenei.Nos ultimos dias mais de 20 pessoas importantes do governo Irãniano ligadas diretamente a Ahmadinejad foram presas por ordem do lider supremo Khamenei que pode destituir Ahmadinejad a qualquer momento e quando bem entender sem ter de dar satisfações a ninguem.Embora não divulguem o Irã vive uma crise interna politica e seja qual for seu desfecho não significara nada favoravel ao lado OcidentalNão seria mais facil um dialogo de entendimento Oriente-Ocidente sem preconceitos e xenofobias,com igualdade e respeito para um entendimento?A iniciativa tem de partir do lado Ocidental pois foi ele que gerou animosidades ao longo dos seculos.O povo ocidental e oriental querem o mesmo,a paz.

  4. Quem manda atualmente no nosso planeta, são os países que detém as armas nucleares. O Brasil precisa fabricar o seu arsenal nuclear, caso contrário a nossa soberania será uma obra de ficção.

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