Soberania: não se pode improvisar…..

http://demopart.com.br/GrupodeEstudos/wp-content/uploads/2010/01/Soberania.jpgAutor: Cel Umberto Ramos

Sugestão: Cel Paulo Ricardo Paiva

Quanto á atuação dos EUA, fica patente que os norte-americanos em nome de seus interesses nacionais, passam por cima de tudo e de todos não respeitando o direito de auto-determinação (soberania) das nações.

Os EUA contam com a leniência e anuência de quase todos os países do mundo, inclusive do governo brasileiro, que não passa de um caudatário, entreguista e subserviente das grandes potências mundiais, que cada vez mais vêm colocando o “cabresto” no Brasil e ditando as regras de como o País deve proceder com suas políticas externa e interna, inclusive no que tange a passar as riquezas minerais para o controle das grandes mineradores internacionais e também da Amazônia para o controle das inúmeras ONGs existentes na Região Norte do Brasil.

Interessante que enquanto há uma campanha sórdida, estúpida e mentirosa para desarmar a população brasileira e desmantelar e enfraquecer as Forças Armadas brasileiras, em especial o Exército, os EUA e os países da OTAN vêm tendo uma campanha contrária, já que principalmente nos EUA até se incentivam as pessoas a terem armas e praticarem tiro ao alvo e as Forças Armadas nestas Nações cada vez mais adquirem uma projeção de poder militar significativo, com orçamentos substanciais (somente o Pentágono nos EUA tem um orçamento militar superior a 300 bilhões de dólares).

As grandes potências tiram seus ensinamentos na Mãe-História, pois como já dizia o grande historiador GEORGE SANTAYANA: AQUELE QUE NÃO CONHECE O PASSADO, ESTARÁ CONDENADO A REPETI-LO. Desta forma, as grandes potências seguem o provérbio da Grécia Antiga: ” SI VIS PACEM, PARA BELLUM” (SE QUERES A PAZ PREPARA-TE PARA A GUERRA), pois estas Nações sabem que a expressão do campo do poder militar é fundamental para respaldar as decisões da política internacional, já que no concerto das nações não existem nações amigas, mas sim um completo jogo de interesse entre os países e somente as nações em que detêm um portentoso poder militar são respeitadas e levadas a sério seus posicionamentos e decisões, pois a projeção do poder militar é um fator estratégico dissuasório nas relações internacionais.

Portanto, meu amigo miserável é o país que não possui Forças Armadas preparadas, organizadas, equipadas e adestradas para projetar o seu poder militar no cenário internacional e terem suas Forças Armadas, e em caso de extrema necessidade, condições de chancelarem as decisões de interesse do Estado, pois a conjuntura internacional é tão incerta e dinâmica, que não há espaço para Estados-Nacionais amadores e incautos no que tange á projeção do poder militar, já que nos campos da Defesa e Segurança Nacionais não há improvisações.

Qualquer governante que descurar da defesa de seu país estará cometendo um crime de traição e de lesa-pátria, já que a soberana de um País é base de tudo em uma nação.

Para manter a soberania necessário se faz ter um poder militar em condições de dissuadir qualquer ameaça interna ou externa que possa a comprometer os objetivos fundamentais de uma nação democrática (soberania, paz social, democracia, progresso e incolumidade territorial, entre outros)

Infelizmente, nestas últimas duas décadas os governantes brasileiros por incompetência ou má fé vem cometendo crime de lesa-pátria e traição com a leniência dos demais poderes nacionais e a nossa soberania cada vez mais vem sendo ameaçada e com isso não me causará qualquer espanto se os EUA invadirem com seu aparato militar nosso espaço territorial e o governo brasileiro ainda vir a público pedir desculpas ao TIO SAM pela falta de educação dos brasileiros.

46 comentários em “Soberania: não se pode improvisar…..

  1. Excelente postagem. Resume-se aqui o verdadeiro pensamento de um patriota voltado para os problemas brasileiros. Apenas a figura do governante não é suficiente para dar o verdadeiro respaldo na seriedade de qualquer acordo assinado. Infelizmente, o poder militar de um país é o termometro de sua respeitabilidade internacional. Chega de brincadeira. Parabéns Umberto Ramos.

  2. O problema é que não temos partidos de direita. Só temos vagabundos esquerdistas na política, e essa gente quer mesmo, e sempre quis desmantelar as forças armadas, pois estas são o único obstáculo para o sonho do paraíso comunista que essa gente acalenta lá no fundinho do coração. Dilma e Lula são dois…

  3. Parabéns ,excelente materia,mande a mesma p o congresso, de preferência a certo partido de Oposição q está mudando o nome.Seus presidente fez forte oposição a compra de caças , dizendo q seriam desnecessários, gastar grana atoa.Temos de colocar homens q entenda mt de segurança ,como o ex-Gen. Heleno. n futuro presidente em 2014…saca mt de segurança e defesa. Até lá.

  4. muitas decadas depois da era do Getulio, ainda continuamos sendo o país do samba, do futebol e da cachaça (pros mais finos).

    creio que a critica para com a esquerda é injusta, no Brasil já tivemos direita e esquerda no poder e seguimos sendo o pais miseravel de sempre, o problema nao esta portanto nisso, esta na mentalidade das pessoas.

  5. Eu concordo com o coronel,mas devo dizer que embora tímida o último governo deu passos para iniciar a reestruturação de nossas forças armadas !Tais como o END, o programa que visa a construção dos submarinos, o blindado Guarani,entre outras coisa!
    Volto a dizer que essas ações são modestas ainda,mas devemos reconhecer que Lula pelo menos encaminhou algumas coisas!
    Mas acredito que o nosso maior inimigo é a mídia que causa um dano enorme ao nosso povo! deveríamos não censurar, mas repensar o papel da mídia em nosso país.
    Por exemplo um artigo como esse deveria ser veiculado na grande mídia,mas como não interessa que o povo reflita sobre isso,fica restrito a poucas pessoas !

  6. 1. Beleza, até que alguém fala o que estamos falando há um tempo aqui: a principal ameaça, ou talvez a única ameaça a nossa soberania são os EUA.
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    É incómodo dizer isso porque hoje eles são aliados nossos, mas aqui nos comentários eu tenho analizado e concluído que nossos primos são a única ameaza real. Parabéns ao Cel.Umberto Ramos, é bom esse reconhecimento vindo de um militar.
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    2. Infelizmente o autor não tem noção de qual é a chave para defender a soberania do Brasil.
    Como venho colocando há muito tempo, e vou a continuar a insistir: Soberania só com Produção Nacional.
    Não existe soberania se o país não pode produzir seu próprio armamento. Como coloquei o outro dia: devemos apagar para sempre o termo COMPRAR se tratando de material de defesa.

    Quando a gente diz, eu vou fazer isto, e eu vou fazer embora me custe X bilhões, embora me leve décadas, aí de imediato aparecem os parceiros e fornecedores de tecnologia que a gente precisa.

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    3. Não é bom, ignorar o trabalho do Lula, não é bom pôr todos os governos anteriores no mesmo entreguismo.
    Se a gente quer ter acesso ao povo tem que reconhecer que o torneiro não é o mesmo que os tucanos-dem, ‘o cara’ investiu nos submarinos o estaleiro e no submarino nuclear, goste ou não isso é do tipo de armas que mais soberania pode garantir hoje, isso deve ser reconhecido.
    Se fosse por ‘o cara’ já teriamos Rafales, foi a mídia tucana-dem (e possib a Embraer, empresa que visa o lucro e não a soberania) que orquestraram uma campanha contra a decisão do governo aquele 7 de setembro de fechar negócio com os franceses. Quero dizer, se fosse pelo Lula também teriamos caças.
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    Ainda que eu estou descontente com este governo, porque não investe o suficiente nas FAs, se a gente não reconhece o que o governo do torneiro fez, a gente fica suspeita de ser anti-comunista, coisa que obviamente é algo do passado. Já ficou claro que pior que os ditos comunistas são os entreguistas tucano-pfl que estavam antes. Ver por exemplo a atitude do Aldo Rebelo enquanto a Amazônia.
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    Eu sei que obviamente em cada contrato os pmdb-pt conseguem caixa2, é óbvio, mas na verdade não dá pra esquecer que se fosse pelo governo anterior, teriamos tb caças, algo que agora tudo mundo fala “que venham os rafales” mas quando o cara quis fechar esse negócio tudo mundo falou contra. Nunca votei no Lula e não gosto do comunismo, mas não sou anti-comunista, porque hoje nosso único possível inimigo não é comunista.

  7. Comece mudando a sua mentalidade de vira-lata entao gil.. porque miseravel soh se for o pais que voce vive..

  8. Estão fazendo uma petição (400 mil assinaturas) para o PMB – Partido Militar Brasileiro.
    Acredito que esse será de direita, mesmo que não totalmente (já que acho dificil nos dias de hoje)

  9. Não vou dar nomes porque não sei? existem lesa pátria no
    comando do Brasil há + de 40anos no poder, eles sabem que nos sabemos, mas como se acham intocáveis pretegidos por
    grupos poderosos, não vai acabar a novela do gasta gasta;
    Q U E M A T I R A C O M P Ó L V O R A A L H E I A N Ã O T O M A “D I S T Â C I A”
    vamos parar de reclamar e divulgar na mídia como funciona o esquema lesa pátria. Porque os jornalistas… aqueles…
    famosos, não comentam a real,tem mêdo de serem demitidos, estão satisfeitos com salários e benefícios no exterior
    existe democracia plena? a população sabe tudo ou fofoca repletas de meias verdades; enquanto tem países preocupados em defender defender os seus, aqui cobram mais impostos e dividem de forma desigual de acordo com a conveniencia enteresse dos que se dizem representantes
    legal dos brasileiros.Deixando em segundo plano a DEFESA e proteção, cada um por se e deus por todos; não existe país irmão, apenas enteresse politico.Os grigos querem a nossa pele e os traidores irão um dia ser desmascarados, dependemos da IMPRENSA LIVRE sem controle.
    Parabéns ao autor do texto SOBERANIA!

  10. TONINHO DO DIABO meu amigo direita ou esquerda nessa pais é composta por VENDILHÕES,ENTREGUISTAS,BORRA-BOTAS,BABAS-ÓVOS e etc…e acrescida de TRAIRAS E ESPIÕES,que repassam aos Yankees tudo sem falarmos da Aristocracia e de grande parte do meio empresarial que tambem são GDA pois se beneficiam assim lucrando e favorecendo enquanto o povo paga as contas e é escravo.Somos hoje a mais estrategica nação do mundo com nossas riquesas,biodiversidades e potencial,mas somos usurpados e saqueados a todo instante por todos que venham a estar no poder.Fomos charqueados pele direita agora estamos sendo chaqueados pela esquerda,que so visam enriquecimento ilicito e favorecimento proprio e de assemelhados.Teem seus patriotismos alicerçados a dinheiro e oportunidades.Quem defendera o Brasil?Quem defendera o Brasil são nossos soldados e o nosso povo,os borra-botas viajarão para Miami e Paris.O dia que nossos soldados sairem para as ruas junto com nosso povo não havera mais dialogo e conhecerão a depuração que ja se faz mais do que necessaria para que se tenha um pais soberano com igualdade e justiça….LIBERTAS QUE SERA TAMEM…Um pais e um povo livre e soberano se faz com homens de coragem e não com frangos….GIL tens razão meu amigo o problema da sociedade Brasileira é sua mantalidade oportunista.

  11. Infelizmente o Brasil esta entregue as baratas, e a prioridade é trem bala, bolsa não sei o que, e o Brasil corre serio risco de ver parte do seu território ser desmembrada(Região Norte) por interesse estranhos.

  12. Falta patriotismo e sobra corrupção… Essa geração de políticos no Brasil já era vamos tentar plantar frutos saudáveis pro futuro(filhos , netos ect ),ainda acredito no nosso Brasil bem melhor.SDS

  13. Além das campanhas pelo desarmamento, existe o problema do crak e agora do oxi, que não podem ser tratados como simples drogas,entorpecentes…Já que são na verdade, armas químicas que estão dizimando a sociedade brasileira.
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    E a constante e massiva propaganda/apologia ao homossexualismo é também um sério problema.
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    Por exemplo: “…o infeliz kit-gay, uma campanha do Ministério da Educação em conjunto com entidades GLS, que por trás de uma fachada anti-homofobia tenta embutir em nossas crianças e jovens a noção de que ser gay, lesbica e bi-sexual é uma coisa perfeitamente normal, e ainda por cima, legal e que apenas trará vantagens….”
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    Ver o tal kit-gay:
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    http://eleicoeshoje.wordpress.com/2011/01/14/1518/

  14. errado nao é grega a frase “SI VIS PACEM, PARA BELLUM”
    essa frase é do imperio romano no periodo da 3° grande espanção romana….

  15. Deixa o povo se lascar mesmo.. foram eles que puseram esta corja traíra aí no poder, preferem seguir a agenda internacional achando que vao ser alguma coisa no estilo “lula”de ser, o bôbo da corte, do que SER a agenda NACIONAL batendo de frente! e com estratégia e inteligência. No máximo vão ler isto no congresso e jogar no chão.

  16. Enquanto houver armas na posse de uns, necessário será armas para o outro… Desarmar o outro, enquanto uns continuam com armas, gera assimetria de poder militar direto e de político indireto, dificultando ou impossibilitando o exercício da autodeterminação…
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    Com ameaças provocadas por quem esta armado frente a outro desarmado ou sub armado, não existe possibilidade de manifestação de livre vontade… Torna-se refém de outrem… Não há liberdade e sim, subverniência…
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    É muita inocência pensar que em um passe de mágica, a necessidade de armas desapareça… Ela existe em toda a história humana… A metalurgia é a mesma que criou a lança, o machado e o arado…

    No problema do desarmamento civil, a questão não são as armas (elas são apenas instrumentos) e sim quem as porta… A lógica e razão lembram, que é necessário primeiro desarmar quem não deveria ter o porte e apenas depois, discutir o porte legal de armas… Sem isso, nada se resolve…
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    Seria muito mais lógico, racional, inteligente e produtivo investir nas FA’s e PF, para um controle efetivo das fronteiras do que se render a atitudes simplistas e ineficientes… Vão fazer exatamente o contrário…
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    Não é apenas com caneta que se resolvem problemas… Investimento contínuo e aperfeiçoamentos das instituições é que geram resultados…
    .
    SDS.

  17. Excelente manifestação do Cel. Umberto. Concordo com ele nessa posição de preparar melhor nosso E.B Espero que ele possa conseguir o apoio da maioria dos oficiais das F.A. e quem sabe um dia….64 possa voltar.

  18. sera mesmo os politicos, analisem os generais friamente quem deixou projeto do tanque osorio morrer. quem…
    quem assinou tratado de misseis 300 km e de nao fabricaçao
    de armas nucleares, vou dar nomes ministro do exercito Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena,ministro da marinha Mauro César Rodrigues Pereira,ministro aeronautica Lélio Viana Lobo. AGORA QUEM É O TRAIDOR

  19. O Coronel Umberto Ramos sintetizou tudo o que penso e falo com relação ao criminoso descaso de nossas autoridades civis para com as FA’s do Brasil.
    Parabéns pelo artigo!

  20. Vc está errado caro Toninho,pelo que eu me lembro o Governo Cívil que mais investiu nas Forças Armadas foram o Governo do PT,e eu não sou Petista,o problema da grande parte dos antigos partidos de direita,foi não pensar no país,a ideologia deles era,anticomunismo,alinhamento com os E.U.A,nunca houve por parte dos partidos de direita um engajamento sério de um projeto de brasil potencia,basta ver o último presidente de direita que nos governou,e até hoje ele defende que o brasil não precisa se armar,e sim ser uma potencia moral,houve ministros do FHC,que riam do projeto do Sub-NUCLEAR da marinha,basta vc ver o Sivam,uma das maiores traições desse país,aquela porcaria nunca funcionou a plena carga,existe buraços no sistema,em que se vc pegar um B-29 da segunda guerra mundial e passar por essas zonas,tá arriscado de não ser detectado,no FX-1,o quisito transferencia de tecnologia era o terceiro em importancia,na privatização de uma empresa estatal,que era ligada a petrobra´s,essa empresa desenvolveu um combustível para foguetes e com a venda da empresa estatal,a patente foi transferida para o comprador,dai vc v~e o critério dessas pessoas,e no projeto de defesa da nação.

  21. Que direita cara pálida? A do FHC, Zé chirico, ACM? Os caras que não só destruiram as FA, como ainda queriam transformá-las em polícia na luta anti-drogas. Temos que ter cuidado para não destruir a reputação de quem está lutando por uma nação mais harmônica e poderosa. O estrago que foi feito nos governos liberais não nos permite hoje ter uma postura mais forte. Observem que o Paquistão é uma potência nuclear que dispõe de mísseis com alcance bem maior que 300 km e teve que engolir um sapo bem grande nos últimos dias…
    Não dá para comparar nenhum outro país com a China, que há décadas vem se preparando para colher os frutos que agora lhe estão disponíveis. Não há grandes espaços para aventuras de nossa parte, temos que ter paciência e educar científica e tecnológicamente nosso povo todo.
    Quem pode pode quem não pode se sacode…

  22. Os programas de reaparelhamento das Forças Armadas no Brasil, previsto no decreto 6.703/2008 que criou a Estratégia Nacional de Defesa, já geraram um impacto no mercado, a compra de empresas do setor. Grandes companhias estão comprando firmas menores que são conhecidas pelos seus esforços em pesquisa, desenvolvimento e inovação. É o caso da Orbisat, comprada pela Embraer, e da Odebrecht, que adquiriu a fabricante de mísseis Mectron, operações realizadas em 2011. A formação de grandes conglomerados é positiva para o desenvolvimento tecnológico brasileiro no setor, mas o País precisa incentivar a formação de recursos humanos, a pesquisa e desenvolvimento experimental, e assegurar recursos orçamentários, algo sempre crítico para essa área. O alerta é do professor e pesquisador Waldimir Pirró e Longo, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que já foi oficial do Exército e é especialista no tema pesquisa e desenvolvimento no setor de defesa.

    ‘Sem dúvida, teremos ganhos com esses movimentos, é um sinal positivo. O Brasil está ganhando peso político internacional e isso traz novas obrigações’, diz Waldimir Pirró e Longo, da UFF “Sem dúvida, teremos ganhos com esses movimentos, é um sinal positivo. O Brasil está ganhando peso político internacional e isso traz novas obrigações”, afirma. Para ele, o tamanho das Forças Armadas brasileiras é pequeno perto do porte e da posição que o País ocupa no cenário internacional. “O Brasil não será membro do Conselho de Segurança da ONU, por exemplo, se não investir em defesa”, acrescenta. “Apesar desse sinal positivo, há um óbice: o orçamento. Temos sistematicamente cortado os investimentos em defesa quando há crise”, critica. De fato, o episódio se repetiu em 2011, quando o governo anunciou que faria um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento da União.

    No caso da área militar, dos R$ 15 bilhões aprovados pelo Congresso na Lei Orçamentária Anual (LOA 2011) para o Ministério da Defesa, R$ 4 bilhões foram contingenciados. Isso apesar de o Livro Branco de Defesa Nacional, definido pelo governo como um “documento chave da Política Nacional, no qual se expõe a visão do governo a respeito do tema”, dizer especificamente que a instabilidade e descontinuidade do fluxo de recursos para custeio e investimentos das Forças Armadas são “práticas prejudiciais ao planejamento e a execução de projetos estratégicos concebidos em cronogramas definidos com diversos atores públicos e privados”. Cortes orçamentários também provocam “aumento de custos e levam os meios militares à obsolescência em decorrência da defasagem tecnológica, que pode ocorrer mesmo antes da conclusão dos processos de aquisição”, continua o documento.

    Dos R$ 15 bilhões aprovados pelo Congresso para o Ministério da Defesa, R$ 4 bilhões foram contingenciados O setor privado começou a se movimentar antes do corte orçamentário de 2011, interessado no programa de reaparelhamento e modernização das Forças, previstos na Estratégia Nacional de Defesa. Projeções de especialistas do setor apontam para investimentos da ordem de R$ 150 bilhões nos próximos 30 anos, caso as ações previstas na Estratégia sejam colocadas em prática. Um exemplo do interesse privado está na Embraer. Em dezembro de 2010, ela criou a Embraer Defesa e Segurança. A firma comprou, em março último, a divisão de satélites da Orbisat, de São José dos Campos, empresa especializada em sensoriamento remoto, produtos eletrônicos de consumo e soluções para a área de defesa. Segundo divulgou a imprensa, o negócio foi avaliado em R$ 28,5 milhões.

    Outro exemplo é a Odebrecht, que adquiriu o controle da fabricante de mísseis Mectron, também localizada em São José dos Campos, em abril. Conhecida principalmente por suas atividades como construtora, a companhia criou a Odebrecht Defesa e Tecnologia. Além da Mectron, a Odebrecht fez uma joint-venture com a empresa Cassidian, braço de defesa da gigante europeia EADS, e tem uma parceria com a francesa DCNS no Programa Nacional de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil. Também em março de 2011 foi anunciada a formação de uma nova empresa, a Sinergy Defesa e Segurança (SDS), resultado de uma joint venture entre a EAE Soluções Aeroespaciais, a Flght Technologies, a Digex Aircraft Maintenance e o Estaleiro EISA, do grupo Sinergy.

    Segundo o pesquisador da UFF, a entrada de grandes conglomerados na área de defesa brasileira é uma tendência no setor, como se vê nos Estados Unidos, país líder no setor militar. “Mas é preciso também atuar em outros aspectos, desde a formação e mobilização da inteligência básica na universidade, trabalhando para as Forças Armadas, até na ponta, com a indústria recebendo financiamento para desenvolvimento experimental. O incentivo à fabricação [de produtos e tecnologias] é apenas a ponta de um iceberg”, enumera Longo.

    O pesquisador defende que o País tenha programas para financiar atividades de pesquisa e desenvolvimento experimental. O assunto é, inclusive, tema de um artigo que Longo vai publicar na edição 52 da Revista da Escola Superior de Guerra, a ser lançada no mês de julho. “Ninguém desenvolve um avião ou um tanque e oferece o produto depois para as Forças Armadas. É o contrário; as Forças apresentam suas demandas, os requisitos técnicos, e, no geral, as fases de projeto, de desenvolvimento, de protótipo têm custo zero para as empresas”, conta.

    “O risco é sempre do governo, que compra o desenvolvimento. O lucro da empresa vem na compra do produto, que pode ser feito por várias empresas, para não matar a concorrência”, acrescenta, detalhando como é o modelo de negócios no setor em países desenvolvidos. “Não temos esse mecanismo no Brasil, raramente fizemos contratos de risco”, aponta. Ele cita, como exemplo do uso desse modelo no País, o sistema para controle e direção de tiro antiaéreo a baixa altitude chamado Fila (Fighting Intruders at Low Altitude), projeto ganho pela empresa Avibras, cujo desenvolvimento foi custeado pelo governo, segundo o pesquisador.

    ‘Entrei na área militar em 1950 e fui oficial por mais de 30 anos. A defesa sempre foi vista como assunto das Forças Armadas. Mas defesa não se faz só com militares, se a Nação não apoiar a indústria, a pesquisa, a formação de quadros, não vamos a lugar nenhum’ As atividades de P&D experimental são primordiais para o setor, como demonstra a experiência dos Estados Unidos, demonstra o pesquisador. A área de defesa dos norte-americanos tem agências de governo específicas para tratar de P&D no setor, e também órgãos que cuidam das parcerias entre as Forças Armadas e as universidades dos EUA. No artigo a ser publicado no Brasil, Longo afirma que 58% dos químicos e 43% dos físicos norte-americanos agraciados com o Prêmio Nobel tiveram suas pesquisas financiadas por agências do governo que apóiam atividades de P&D no setor de defesa.

    Esse tipo de apoio e maior integração com o setor acadêmico faltam no Brasil. “Nos EUA, 20 mil oficiais de reserva são formados por ano dentro de universidades e há mais de 200 unidades militares dentro de universidades americanas para formar esses oficiais”, diz ele, que, quando ainda era do Exército, obteve seus títulos de mestre e doutor nos EUA, em 1969 e 1970, pela Universidade da Flórida, financiado pelo Departamento de Defesa dos EUA. Em sua formatura no mestrado, relembra, havia 5 mil formandos e o paraninfo foi o general Omar Bradley, que comandou o parte do Exército dos Estados Unidos quando da invasão da Normandia na Segunda Guerra Mundial.

    Além do incentivo à P&D e da articulação com as universidades, Longo defende a importância da transferência de tecnologia para o Brasil, quando houver parceria com outros países, como no caso da compra dos caças para a Força Aérea. Quando o Brasil fez parceria com a Itália para a fabricação dos aviões AMX, acordo que envolveu as empresas Aermacchi e Alenia, italianas, e a nacional Embraer, o Brasil não cumpriu o cronograma financeiro e parte dos desenvolvimentos que caberia à Embraer ficou para os italianos.

    “É preciso fortalecer a empresa nacional. Não basta apenas transferir tecnologia ou conhecimento para centros de pesquisa e para as Forças Armadas, é importante ter um parceiro industrial”, completa. “A questão da defesa nacional é multifacetada, precisa de um aparato que vai da pesquisa básica e da formação de quadros para a aliança com universidades, o financiamento das atividades P&D experimental pelo governo, das encomendas de inovação para finalmente chegar à encomenda de produção”, enumera. “Com isso articulado, teremos uma indústria forte; do contrário o País ficará patinando”, aponta.

    Em todo o movimento da indústria de defesa no Brasil, um dado é classificado como preocupante pelo pesquisador da UFF: a entrada de empresas estrangeiras. “Em geral, quando ocorre compra de empresas nacionais por estrangeiras, há a aniquilação de tecnologia. A empresa do exterior passa uma borracha no que era feito e adota a tecnologia da matriz, seja por questão de escala, pela confiabilidade do que já é feito, para não ter de fazer P&D”, diz. “Não podemos permitir, ingenuamente, que se compre uma empresa de defesa sem nenhuma restrição nacional”, alerta. Ele acredita que o Brasil deveria fazer como a Índia, que entrou na economia globalizada, mas estabeleceu uma política industrial que garante o controle de setores estratégicos pelo Estado – caso das áreas de fármacos, energia e defesa. “São áreas em que capital estrangeiro não vai dominar, pode haver apenas capital estrangeiro minoritário”, comenta.

    Longo considera positiva a iniciativa do governo de criar a Estratégia Nacional de Defesa, pelo efeito de tentar mobilizar a sociedade a respeito da questão. “Entrei na área militar em 1950 e fui oficial por mais de 30 anos. A defesa sempre foi vista como um assunto das Forças Armadas, o povo não tem afinidade com problemas de defesa porque vivemos numa área de paz”, destaca. “Mas defesa não se faz só com militares, se a Nação não estiver mobilizada, e apoiar a indústria, a pesquisa, a formação de quadros, não vamos para lugar nenhum”, prossegue.

    Ele identifica como primeiro passo para essa abertura o que chama de “grande namoro” entre as Forças Armadas e as universidades. Como exemplo, cita a Universidade Federal Fluminense, onde leciona. A instituição tem acordos com a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, Escola de Guerra Naval, e Escola Superior de Guerra. “Tenho hoje quatro alunos de doutorado, e dois são oficiais, que estão sendo preparados em áreas não bélicas, estudando assuntos como política e relações internacionais. Vejo um bom avanço na interação entre áreas acadêmicas militar e civil”, conclui.

  23. Enquanto eu for detentor pleno da minhas faculdades mentais… Estiver com razoável capacidade de visão… E com os meus dedos indicadores capazes de serem flexionados, não deixarei, passivavemente, que esta corja de bandidos que esclaram as altas esferas dos 3 poderes, usurpe facilmente os meus direitos básicos/primários… E entre estes direitos estão o direito ao “livre ir e vir”, à “segurança”, à “propriedade”, ao “pátrio-poder”, e à “vida”… Por toda minha vida sempre me posicionei inequívocamente contra os inimigos da sociedade “de bem” desse país, e se esses mesmos inimigos estão infiltrados e imperam na máquina do Estado brasileiro, então, se necessário, me tornarei inimigo desse mesmo Estado…

  24. Sr. Toninho do… (outro?)…
    Por favor, leia novamente o artigo. Entenda o seu conteúdo e o objetivo de quem o escreveu. As ameaças que ele cita são justamente da tendência política (representantes da extrema direita) que você quer glorificar a qualquer custo. Nenhuma polarização é boa para sempre.
    Abraços.

  25. Revoltado, vc está certo, e estamos correndo perigo, via colombia, apiay q está a 150km do Mato Grosso, e IV frota nas costa do BRASIL. E só temos 5 subs desarmados p policiar + de 8 milhões de costa maritima e sem caças p segurar um atake áero.Estamos + desarmados q a Líbia, Argentina.. Os iangleses ñ são confiáveis…Sds amigo.

  26. Muito correto Cel Umberto Ramos, o Brasil e a sociedade Brasileira, tem que mudar a maneira de ver o mundo, e quebrar de vez certos paradigmas de que em assuntos militares, temos sempre que seguir a cartilha de Washington do corretamente politico(PARA ELES). Temos que mudar o eixo e começar a ousar mais: por exemplo no caso dos caças, estamos perdendo a chance enorme de firmar um grande acordo com os Russos e outros países fora do eixo Estados Unidos União Europeia.

  27. O que a desinformação e desejo de manipular os fatos não fazem?
    Nossas forças militares sempre foram incapazes e se ouve algum avanço (mesmo medíocre) foi no governo Lula a “maravilhosa ditadura” só serviu para uma meia dúzia e pra ninguém mais, nem mesmo os militares conseguiram algo de bom mesmo com eles no poder só compraram lixo usado pelos EUA e a Inglaterra
    Lamento muito que exista gente que defenda a volta do golpe de 64 isso mostra como existem traidores tanto de direita como de esquerda nesse país e se não forem traidores no mínimo devem ser muito desinformados, seja como for não importa defendem algo abominável chamado ditadura e tudo de ruim que isso implica, mesmo tento como exemplo o oriente médio que ta em luta para tirarem os ditadores do poder.

  28. Os 3 Poderes da República têm que dar as mínimas condições de defesa para as FFAA, caso contrário estarão cometendo o Crime de Lesa a Pátria. Se o Brasil for invadido e perder as suas terras, cabeças irão rolar. Certamente os omissos serão fuzilados.O omisso em agir, muitas vezes é o pior criminoso.

  29. As FFAA também têm que ser competentes, por isso tenho feito criticas construtivas às nossas FFAA, sob a minha óptica, evidentemente.

  30. carl94fn o PIG deixou sequelas em muitos brasileiros,e pior o PIG cobra para que as pessoas sejam manipuladas.

  31. Boa a reportagem. É exatamente para essa situação que estamos caminhando, só não consegue ver quem não quer ou é extremamente burro. Chegará o dia em que esse país será dividido e eu não quero estar vivo pra ver não.
    É lastimável, essa corja política não vale nada.

  32. Cara porque não inicia uma campanha para um projeto que não diminua as verbas destinadas ao exercito, algo assim. Porque o que vemos hoje é o exercito totalmente desequipado, as vezes sem treinamento como vejo em minha cidade! Um soldado so pega na arma para atirar quando vira recruta no inicio e ainda da poucos tiros! Isso e uma vergonha! Pensa nessa ideia de fazer alguma movimentação. Pode contar com meu apoio e de muitos aqui com divulgação e tudo! Espero que vc que tem os conhecimentos devidos possa fazer isso. Vamos mudar essa triste realidade. Espero que me responda! Obrigado!

  33. Me desculpem a revolta, não gosto de ser pessimista, mas enquanto não tomarem boa parte do território nacional, e não encostarem um bando de corruptos no paredão, não se vai fazer política em prol do povo brasileiro e do que restar desse pobre País!!!
    Tinhamos tudo para ser uma grande potência, mas a politicagem podre e incompetente não deixa.

  34. Braca
    Felizmente existem pessoas nesse país que não tem preguiça de pensar e se recusam a deixar outros tomarem decisões por si, felizmente existe gente nesse país que não acredita em caminho fácil e sabem que não importa o governo ou o tipo de governo as dificuldades serão as mesmas ou até piores, felizmente existem pessoas que não acreditam em governos “mágicos” que resolvem tudo com um movimento de caneta e alguns trabalhadores mortos.
    Te felicito amigo Barca e outros colegas por não serem preguiçosos como outros por não se deixarem se enganados de forma tão evidente.
    Graças a Deus ainda existe gente como vocês, que defendem a democracia e sabem que corrupção existe em todo governo e ideologia seja de esquerda ou de direita é apenas uma mascara para se aproximar do poder e de lá não mais sair. Mas fazer o que em relação a alguns que realmente acreditam em contos de fadas, que realmente acreditam que em um regime totalitário o que ta no poder não vai roubar e ficar no anonimato? Francamente recomendo aos defensores do regime totalitário que vão viver suas vidas em um país assim e deixe o Brasil em paz, pois gente que defende esse tipo de regime é automaticamente inimigo da nação, afinal essas pessoas defendem nossa escravidão e até nossa morte se caso dermos nossa opinião contraria e se isso não é se inimigo eu não sei mais o que é.
    sds irmãos brasileiros

  35. Parabens aos Cels. Umberto Ramos e Paulo Ricardo Paiva pela matéria, como cidadão e civil, fico feliz que existam ainda militares patrióticos e preocupados com a Nação Brasileira, da qual fazem parte integrante as FAs, que devem e são orgulho Nacional (vide pesquisas). Quero crer que o nosso futuro será pautado pela honrades e dignidade de alguns verdadeiramente brasileiros, que preocupados com as nossas fragilidades militares se empenham de alguma forma para diminuí-la ou mesmo extingui-la. A Propaganda de entreguismo, desarmamento “midiático” e inversão de todos os valores, precisam ser combatidas. Faço aqui uma ressalva. General Heleno para Presidente (quem concorda levanta o braço)

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