Nossas hidrelétricas amazônicas


Ontem, todo um açodamento num ano de eleições presidenciais para estruturar o projeto Belo Monte de forma voluntariosa e de qualquer jeito, ao tempo em que artistas internacionais davam palpites sem nenhum embasamento; depois, a revolta nos canteiros de Jirau sob múltiplas queixas; e, agora, um órgão internacional querendo imiscuir-se em decisões soberanas sobre a construção das hidrelétricas na Amazônia.

Em resumo é o que podemos pinçar do movimento contra o direito legítimo e indelével de virmos a explorar nossos recursos naturais na Amazônia brasileira de forma soberana e cuidadosa, pois sabemos que o futuro do País interessa precipuamente aos brasileiros e energia e meio ambiente são de nosso interesse e base para a manutenção de nossa independência.

Salientando que entre os chamados Brics o Brasil é o único que possui independência energética, o que poderia estar por trás desse cenário de agressões à nossa soberania?

Uma das possibilidades estaria ligada à nossa competitividade internacional, dada pela energia elétrica das nossas hidrelétricas ser mais competitiva – resolvido o problema de tributos e encargos -, que nos permitiria alcançar mercados para nossos produtos industrializados, antes dominados por outros países.

Outra possibilidade poderia ser dada pela idílica percepção de que a energia das eólicas e a biomassa poderiam suprir a energia demandada na base da carga do sistema elétrico. Sabendo da sazonalidade de uma e da intermitência da outra, só a ingenuidade levaria a supor que elas poderiam substituir as hidrelétricas, assegurando a energia necessária ao crescimento econômico. Não estaríamos, em momento algum, desconsiderando o desenvolvimento dessas duas fontes e sua complementaridade às hidrelétricas. Mas, como hoje está definido, essas fontes se constituem em energia de reserva.

Com os recentes eventos ocorridos no Japão, as nucleares passarão por um período de rediscussão sobre sua ampliação na matriz energética mundial. Enquanto se aguarda o seu retorno, já que o mundo não pode abrir mão de qualquer forma de energia, vai ocorrer um crescimento das térmicas a gás natural e a carvão, tendo em vista que as térmicas solares ainda precisam de muitos investimentos para se tornarem fonte de geração de energia confiável e economicamente viável.

Pelo que se pode depreender desse cenário, é preciso que sejamos competentes para analisar com serenidade e objetividade a construção das nossas hidrelétricas na Amazônia, bem como das respectivas linhas de transmissão para assegurar o aproveitamento dos mais de 60 mil MW. Mas, para que isso ocorra de forma a usufruir dessa riqueza, é preciso voltar a construir reservatórios compatíveis com as mudanças climáticas e plurianuais que nos permitam contar com a geração nessas hidrelétricas durante todo o ano.

Logicamente estamos falando de hidrelétricas com reservatórios compatíveis à acumulação de volumes consideráveis de água, respeitada a preservação ambiental de maneira consequente, tendo sempre presente o baixo impacto que estariam causando ao meio ambiente. Os atuais reservatórios a fio d”água, como se quer hoje impor, causam prejuízos econômicos que se pode depreender da derivação do grande investimento para uma quantidade de energia assegurada pequena e poucos benefícios ambientais – já que necessariamente as térmicas terão de ser acionadas.

A visão idílica, ingênua, que dá projeção midiática, tem de ser revertida para que o País ofereça preços de energia elétrica competitivos, aproveitando sua vantagem comparativa vis-à-vis a outros países dada pela construção de suas hidrelétricas.

Assim nosso governo deve interpretar a ação dos órgãos contrários ao nosso desenvolvimento com a abrangência que nos inquieta.

Fonte: O Estado de São Paulo

8 Comentários

  1. No país com quase 9 milhões de km², e rios em abundância, se não formos construir hidrelétricas vamos construir o quê ? É brincadeira e de mal gosto !!! SDS

  2. sultan v.naba. Estamos em uma época em que o meio-ambiente é fator preponderante nas decisões. Construção de hidrelétricas não surportará a demanda de energia elétrica que o brasil terá, pois esta dobrará! OS rios já não estão tendo a mesma vazão, e para piorar, tem hidrelétrica construída que não está em sua plena capacidade pelo o simples fato de que se for funcionar em carga plena inundará reserva indígena e areas de preservação ambiental. Repito mil vezes, a solução são usinas nucleares. Não liguem para estes gringos! Se formos implantar usinas nucleares lá reclamarão do mesmo jeito, pois não querem desenvolvimento naquela região. O país tem as melhores centrifugas de enriquecimento, experiencia na área desde o governo militar, e nossos reatores nucleares são muito mais seguros e eficiêncientes do que aquela velharia antiquada soviética do japão! A fauna e flora, e nossos índios agradecem! Além de toda a industria! Que sabe o valor de uma usina nuclear. Só angra 1 e 2 geram 2% de toda a energia elétrica gerada no país!

  3. Sem energia vamos sucumbir frente o futuro que nos espera!
    Desde criança vejo filmes norte americanos e europeus onde as pessoas vivem bem,os pobres tem carros, casas de dois andares,comem fartos cafés da manhã! Agora que existe a possibilidade de nós brasileiros estarmos mais próximos dessas coisas ELES dizem que isso é errado, que devemos renunciar a esse bem estar em prol DELES!
    PRECISAMOS DE ENERGIA,SEM ELA CONTINUAREMOS VIVENDO NO TERCEIRO MUNDO,NÓS BRASILEIROS PRECISAMOS NOS DAR O DIREITO AO BEM ESTAR!NOSSOS FILHOS MERECEM UMA VIDA DIGNA, NOSSOS ANCESTRAIS BUSCARAM O BRASIL DIGNO PARA TODOS!
    JÁ RENUNCIAMOS A MUITAS COISAS EM TROCA DE NADA!AGORA É A NOSSA VEZ!

  4. Enquanto deixarem essas três DESGRAÇAS (IBAMA, FUNAI, ONG’s) se meterem em assuntos estratégicos, estaremos sempre condenados ao atraso tecnológico.

  5. O Brasil deve fazer tantas hidrelétricas, quantas necessárias, porém certos paradigmas precisam ser derrubados. Onde está a inovação em tecnologia, tanto na geração como no consumo de energia? Respondo, não existe. O Brasil não possui capacidade técnica, ainda produz lâmpadas com tecnologia atrasado, só para dar exemplo: Não tem capacidae nem de produzir um “LED”, pois o mesmo é importado. Só pensam em construir elefantes gigantes para gerar energia. Se me lembro bem, no RJ, na Universidade Federal, um mestre realizou estudo onde no curso de um Rio várias pequenas hidrelétricas poderiam gerar mais energia que uma grande hidrelétrica, com mesmo recurso hídrico, menos dinheiro e pouquíssimo impacto ambiental. Então me pergunto? Novamente interesses das empreiteiras estão sendo defendidos? Será que exército terá que entrar na geração de energia neste país? Conheço “in loco”, aqui no Rio Grande do Sul, 03 rios que poderiam ter pequenas centrais elétricas que gerariam muita energia (na soma do conjunto). Hoje existe apenas uma funcionando, mas pode ser muitas mais ainda, quase que uma a cada 10 Km (média), em pontos estratégicos. Pensem, estes exemplos é só para pensar. Sem falar na rapidez da implantação que é muita mais rápido, repercutindo num retorno financeiro mais rápido.

  6. Pois é o Brasil tem 60% do seu teritorio nacional com fauna e flora preservados (sendo o unico no mundo), e mesmo assim crese bastanta.
    Isso jera muita inveja la fora. Nos somos um paiz com pontencial de liderarmos o mundo. So a um obistaculo no caminho a intromisao de otros paizes em nosso intereses (E.U.A). (penso eu) Belo monte tem q ser feita para o bem de +190000000 de BRASILEIROS.

  7. Vamos construir n Usinas, procurarando minimizar ao máximo os danos ao meio ambiente, + ñ podemos abrir mão de nenhuma fonte de energia, q vai significar dias melhores p td o pais.Temos de procurar desenvolver td tipo de enegia:Eólica, Solar, maritima e acima de tudo a energia nuclear…sds.

  8. nos deveriamos transformar o brasil em uma grande reserva ambiental e indigena, poderiamos importar toda nossa energia, alimentos e bens de consumo, ou entao deixar todo mundo morrer de fome mesmo, paralisarmos toda nossa industria voltando a idade da pedra…

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