Em recuperação, Avibras poderá ser vendida ou ter a União como sócia

Fonte: Notimp

Virgínia Silveira

A Avibras, empresa de equipamentos de defesa do país, não está à margem do processo de parcerias e aquisições que tem movimentado o setor no Brasil nas últimas semanas.

“Estamos estudando várias possibilidades, inclusive a venda do controle, mas desde que alinhada com o governo, para assegurar a identidade nacional da empresa”, disse o presidente da companhia, Sami Hassuani. Em processo de recuperação, a empresa tem um passivo de R$ 150 milhões com o governo, entre impostos e dívidas contratuais.

Segundo o executivo, a empresa entrou em negociação com vários grupos nacionais e alguns estrangeiros de grande porte, tanto em tecnologia quanto em capital. “Vamos priorizar a escolha de um parceiro que possa nos dar maiores e melhores condições para alavancar o crescimento da empresa.”

O comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, disse que o renascimento da indústria brasileira de defesa, que se deu a partir das novas perspectivas desenhadas pela Estratégia Nacional de Defesa (END), permitiu que elas se fortalecessem e despertassem o interesse de grandes grupos. “Considero este movimento das empresas brasileiras muito saudável, pois permite que as elas cresçam de forma mais consistente.”

Em paralelo a esse processo, a Avibras está finalizando seu plano de recuperação judicial, com a possibilidade de a União Federal capitalizar os créditos que tem com a empresa e, com isso, passar a ter participação e voz ativa nos projetos estratégicos desenvolvidos pela companhia. A expectativa é que a participação do governo na empresa fique entre 15% e 20%.

“Seria uma espécie de “golden share”, como a que a União tem na Embraer”, disse Hassuani. Ele contou que outro fator importante para viabilizar a estabilização econômica da empresa é a definição do governo, ainda no primeiro semestre, sobre o contrato do Programa Astros 2020. Orçado em R$ 1,2 bilhão, o projeto prevê o desenvolvimento de lançadores de foguetes de artilharia de saturação para o Exército.

O comandante do Exército disse que tem se empenhado para que o projeto seja efetivado o mais rápido possível, mas que a liberação do dinheiro está sendo analisada neste momento pela área econômica do governo. “O Ministério da Defesa apoia o projeto, pois se trata de produto já consagrado no mercado internacional e que recentemente foi vendido para a Malásia.”

O presidente da Avibras disse que a aprovação do Astros 2020 é fundamental para a garantia dos empregos na empresa e para evitar a perdas de mais talentos. “A empresa está se programando para fazer novas exportações no fim deste ano, mas no período da entressafra de contratos, que é agora, nós precisamos de carga para manter a empresa viva”, ressaltou.

Em janeiro a Avibras demitiu 155 empregados mas, de acordo com Hassuani, se comprometeu com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas a recontratar todos, a partir da efetivação do contrato do programa Astros 2020. A Avibras tem 45 anos e faturou R$ 220 milhões em 2010.

Com o projeto do Astros 2020, a Avibras conseguiria equilibrar as finanças, pois haveria uma injeção gradual de recursos. O valor total do programa, de R$ 1,2 bilhão, inclui a parte de desenvolvimento e produção. Só para a fase de desenvolvimento do projeto do KC-390, o governo irá aportar um investimento total de US$ 1,3 bilhão.

Os rumos do Astros 2020 estará na pauta de reuniões que o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos marcou com o assessor especial do Ministério da Defesa, José Genuíno, dia 27, em Brasília. O Sindicato quer uma posição concreta do governo a respeito da aprovação do projeto.

Via: http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=19/04/2011&page=mostra_notimpol

38 Comentários

  1. do jeito que vai as coisas no brasil , ela vai ser vendida para uma empresa estrangeira. Na minha opinião era melhor a avibras ir pra venezuela, la sim haveria investimentos para ela.

  2. ATENÇÃO gente noticia ruim

    Os Estados Unidos, de Barack Obama, podem surpreender. Há informes iniciais sobre uma possível oferta, ainda em círculo fechadíssimo. O pacotão norte-americano compreenderia a compra pelo Brasil das aeronaves F-18 – pela FAB – em troca da montagem, na Embraer, de 250 destes aviões para a Marinha norte-americana. E mais a compra, pelo governo norte-americano, de 20 aeronaves Super Tucano, enquanto o Brasil receberia fragatas de segunda mão, mas perfeitamente operacionais.

  3. Uma coisa é certa: Essa empresa sozinha não tem chances de sobreviver. O ideal seria a Embraer ou Odebrecht assumirem o controle.

    []’s

    ps: Essa matéria não estaria mais relacionado à Defesa?

  4. Sou da opinião de que o governo federal deve, sim, encampar uma parte acionária bem expressiva da Avibras. Isso permitiria, por uma lado, mantê-la sobre controle nacional e, por outro, torná-la como um embrião de uma indústria de mísseis nacional. Para tanto, é preciso dar-lhe uma prioridade estratégica muito clara nesse sentido. Também, por outro lado, entendo que este programa Astros 2020 deve ser totalmente reformulado e revisto. Devemos investir em sistemas mais avançados como misseis de precisão que “enxerga” e acerta os alvos. Cá pra nós, foguetes cegos para saturação já estão ficando inúteis na guerra moderna.

  5. não tem outra explicação para não ter desenvolvido ainda o astro 2020 o próprio governo já falou que esse vai ter mísseis de até 200 km e pode ser colocado em cima de PLATAFORMAS DE PETRÓLEO.. o que o tornaria muito util já que em caso de alguém tentar toma-las como diz o governo esses astro poderiam destruir navios ou ate sub. e seria difícil acerta-los sem destruir a plataforma…

  6. Hum uma grande empresa que poderia ser usada como produtora do mecardo interno é logística abastecendo o arsenal do Exército, é uma pena mais infelizmente isso so acontece no Brasil, temos matéria prima, mão de obra, industrial que estão fechando, por uma simples razão, os políticos tão pouco se lixando para nos, aquele massacre no Rio de Janeiro foi a prova para termos aqui as olimpiadas e a copa, era so pra limpar a cidade dos marginais para os eventos é depois tudo volta ao normal, o crime nunca vai acabar com essa politica brasileira fechando as industrias é perdendo o mercado bilionário de armamentos.

  7. Não, não, não, nada disso.
    O pessoal daqui critica o comunismo e depois me vem com esta saída.

    O Governo deveria garantir a compra. Se o Astros fizem o que eles dizem que fará, o Governo garante comprar X unidades.
    Isso é uma garantia de viabilidade para a empresa.

    Isso além de fornecer verba para pesquisa. Pequisa esta que deveria ser aberta a qualquer brasileiro, ou seja, o resultado da pesquisa seria do Estado e não da empresa.
    Isso poderia baratear o desenvolvimento.

  8. Já disseram tudo aí em cima …Foguetes cegos são inúteis hoje em dia, ou quase… Agora mísseis com 200 ou 300 km de alcance seriam extremamente estratégicos… principalmente os terra-superfície.SDS

  9. empresas desse tipo e importância jamais podem sair do controle nacional, se brasileiros não podem a manter, que o governo o faça até aparecer algum brasileiro que possa!

  10. Trabalhei 10 anos na Engesa, sei perfeitamente das dificuldades dos empresários do ramo de defesa em manter
    uma Empresa com a linha de produção funcionando, requer
    investimento constante em inovação tecnológica, não existe
    uma preocupação dos politicos nem uma cultura de segurança
    adequada e necessária ao país. saiba: Tem um OVO galado e
    sendo chocado, espero resultado! Sr. NJ

  11. Nunca vi uma pessoa falar tanta merd* q nem esse leonardo machado… pessoas como essas é que compõem o famoso grupo de portadores do Complexo de Vira-lata.

  12. A avibrás não é o lixo da engesa, seria uma pena o DESgoverno não apadrinhar ou arrumar um padrinho para a avibras!!

  13. Gabriel Lima disse:
    20/04/2011 às 14:17

    não tem outra explicação para não ter desenvolvido ainda o astro 2020 o próprio governo já falou que esse vai ter mísseis de até 200 km e pode ser colocado em cima de PLATAFORMAS DE PETRÓLEO.. o que o tornaria muito util já que em caso de alguém tentar toma-las como diz o governo esses astro poderiam destruir navios ou ate sub. e seria difícil acerta-los sem destruir a plataforma…

    Meu amigo o brasil e ficcão não acredite em governo não

  14. O brasil resumindo sera uma otima colonia futura a ser explorada pelos extrangeiros e otimo pensar em estar la fora e desfrutar disso daqui a 40 anos afinal o brasil não tem valor exemplo os politicos se beneficiando de forma corrupta e o povo so no futebol,carnaval,vendo novela e pensando em celular kakakaka pobre brasilzinho

  15. Quem faliu a ENGESA foram os americanos durante a
    concorrêcia na Arábia Saudita. Na época o comandante do BR
    era o nosso atual presidente do senado, Faltou oxigênio. O prejeto Ozório foi um erro de avaliação e confiança!

  16. “Estamos estudando várias possibilidades, inclusive a venda do controle, mas desde que alinhada com o governo, para assegurar a identidade nacional da empresa”, disse o presidente da companhia, Sami Hassuani.
    Com essas palavras fico mais tranquilo, sei que o presidente da Avibras tem visão ampla do potencial e da importancia da companhia à Nação e ao povo brasileiro, acredito que eles vão encontrar uma saida para salvar a empresa e não deixa-la cair em dominio internacional. Temos empresas capacitadas no setor como a Embraer e Ordebrecht, que podem comprar parte das ações da Avibras e empulsiona-la de vez para se transformar em uma empresa mundialmente conhecida.
    Particularmente, eu gostaria que o governo comprasse parte das ações, apenas com uma ressalva, que se criasse uma lei que proibisse a privatisação de empresas ligadas a defesa e de condição estratégica ao Brasil.
    CAMPANHA “JOBIM PRESIDENTE 2015”, ABS…

  17. Avibrás ta metida em tanta coisa. Já faz parte da história da industria de comunicação, transporte, defesa.. por aí vai. Não entendo o que se passa na mente destes gestores. Deve-se dar atenção à o CONHECIMENTO! Disto provém.. sapiência para solucionar qualquer desafio humano. E prosseguindo no mesmo raciocínio.. consequentemente… segue-se qualificação profissional, cientifica.. crescimento industrial.. fortalecimento da sociedade como um todo! Isto tem é mão externa! Corrompidos aqui estão sabotando o país!

  18. Elbit é de Israel, para defesa do Brasil, a empresa tem que ser brasileira, se o bicho pegar pra valer, eu queria ver se a Elbit iria trabalhar para os brasileiros, se for um problema com os americanos, por exemplo.

  19. é tanto doido falando besteiras desencontradas
    e sonhs completamente fora da realidade
    que se o desgoverno olhace para os blogs
    e foruns de defesa na net ficaria mas perdidos do que esta
    se nos falase-mos de maneira obijetiva de acordo com a realidade talvez alguem fizece al mas
    com um bando de malucos dizendo que o brasil deveria ter 5 porta aviões mais ñ sei qat’s carros de combate e etc…
    parte do povo na miseria politicos que mesmo que fossen onestos ñ entendem nada de defesa militares amordacados
    assim ñ da
    algum blog deveria dar dicas de acordo com a realidade
    voltadas para a defesa e ñ atk
    tantos cobram a volta do sp e dos vf4 quando deveriamos jogar fora esse esgoto de recursos militares 20% do orçamento da marinha é sacanagem
    em termos de superficie deveriamos ter corvetas para patrulha oceanica (20 a 30) escoltas fragatas ou ct’s (12 a 18)todos devidamente equipados e submarinos (12 a 18)
    ja ta otimo niguem entra “a mas com aviões inimigos esses
    meios de super seriam aniquilados” como eu disse o objetivo é a defesa nesse caso a força aerea teria aeronaves adequadas a dar apoio a marinha (com a economia desta configuração todas as forças teriam recursos assim a fab teria ñ só qualidade mas quntidade tambem bom e por ai vai

  20. rsrs rsrs ESPERIENCIA a minha falta de experiencia e de conhecimento belico mas talvez o leigo a parte enchegue de outra forma ja que especialistas seguem doutrinas rsrs rsrs Tambem acho que deveriamos ter uma Marinha condizente não so com a realidade mas com a geografia Brasileira com navios rapidos,modernos e muito bem equipados,muitos submarinos e força aerea e acima de tudo a nossa maior deficiencia,defesa anti-aerea e anti-misseis mas a maior parte da galera gosta da doutrina militar Yankee de muitos NAes rsrs rsrs que para mim servem apenas de status e no caso do Brasil um problema em vez de uma solução se entrarmos em guerra porque teriamos que dispor de uma boa parte da frota somente para protege-los rsrs rsrs Enquanto sonhamos com NAes Tio SAN constroe a toque de caixa mini-corvetas,mini-fragatas,mini-destroiers,adequadissimos para adentrarem a nossa Amazonia e tudo isso ficara pronto antes de termos nosso primeiro scorpene convencional rsrs rsrs

  21. Constantemente malhamos politicos por falta de investimento em defesa e por darem prioridade a extrangeiros ja que no Brasil temos excelente estaleiro militar,excelentes engenheiros navais e fazemos fragatas,corvetas e submarinos,o mesmo se da em aeronautica e carros blindados,armas leves,misseis e artilharia.Os politicos não entendem nada dessas coisas e não vão pesquisar no google para obte-las,eles consultam militares.Talvez a culpa da falta de interesse em nossa industria não seja so o descaso politico mas tambem a falta de prestigio militar em determinados segmentos mas como crucificarmos politicos virou moda né mesmo.

  22. david queiroz quem fala bobagem é voçe, so dei minha opinião olhando apenas para o que era melhor para avibras desvinculando-a do brasil ja que o governo deste tem o costume de despresar industria nacionais, faço aquilo que voçê não é capaz de fazer enxergar a empresa e não a empresa no brasil. E volto afirmar que para uma empresa belica é melhor estar num país que da valor para ela, citei a venezuela e agora cito a russia , usa, paquistão e india ou israel.

  23. Uma participação acionária, muita influência decisória, garantia de mercado para os produtos (se bons, claro) e exigência de inovação.
    Seria ótimo se o governo conseguisse isso tudo em relação à Avibras.
    Creio que um governo capitalista não poderia ir muito além disso.
    O que não pode é fazer como no caso da Engesa: nem o próprio país comprou os produtos.
    De resto, por pior que seja, mesmo desnacionalizada, ainda é melhor que ela permaneça aqui, ao alcance dos olhos e das mãos, caso surja alguma necessidade …

  24. amigo euduardo, esta nescessidade ja existe e ainda que fosse desnacionalizada não tem como ela continuar existindo sem investimento e compra de equipamentos. A unica forma de manter viva a avibras ( penso como se fosse um acionista dela)seria manda-la para um pais que possa investir nela caso o governo continue a trata-la desta maneira. Imagine voçê se tivesse uma loja de sapato numa cidade e os habitantes desta cidade não compram seus sapatos por não gostarem de voçê, fazendo que seus unicos clientes sejam de uma cidade vizinha. Qual o motivo de se manter a loja naquela cidade? além do mais mudando a loja de sapato para a cidade de seus clientes voce resolve o problema de lojistica sua ou do seu cliente. è o que acontece com a avibras tem loja numa cidade mas o clientes moram em outra. Vejam o caso da saab quer fabricar o gripen aqui já que a suecia não compra seus produtos.

  25. Hummmm…Embrião né…Vejo é muitos espermatozóides com fertil potencial suplicantes por um óvulo fertil para se fazerem embriões.Mas porque apostar neles se eles tem a possibilidade dos grandes contratos que geram interessantes lobbyes e vantajosos agrados.Estão nem ai pra nada,nem para a industria de defesa nacional,nem para os nossos soldados e nossas riquesas a preservar e sim a lotea-las a melhor oferta a melhor comissão.Vendem e loteiam o Brasil na nossa cara e ninguem fala nada e ainda manipulam para que escolhamos um Judas para culparmos.Para nosso pais ser autosuficiente e realmente livre teriamos que matar muita gente porque os que mamam jamais deixarão de mamarem no dialogo.Alem dos trairas tem toda uma logistica Yankee por traz disso e interesses monetarios que investem para sugar mais pois isso é o capitalismo e se falarmos algo a resposta é reacionaria e golpista…RATAZANAS TRAIDORAS DA PATRIA.

  26. Toda empresa está sujeita a revés, o fato é que existem empresas, por exemplo, na área de saúde, que prestam serviço direto à população, simplesmente quebrando e deixando de existir, por não haver investimento e interesse do governo que paga 20,00 por uma consulta ou 1,50 por um exame de sangue. O Brasil precisa crescer e se cuidar, da fronteira, espaço aéreo, e também da população. Pra comprar foguete tem de ter uma aviação mínima. É esperar o FX e se adequar com o que vier.

  27. A Avibras e Engesa deviam se unir para fabricar o Guarani.
    Avibras é ainda bem estruturada, mas não deve estar dando lucro. http://www.avibras.com.br/P/index.asp
    A Engesa
    Não fabrica tanques para o Brasil nem para país nenhum, já que a ENGESA faliu em 1993.
    “A ENGESA – Engenheiros Especializados S/A foi uma empresa brasileira focada no setor de defesa.
    A falência da empresa foi decretada em outubro de 1993. Os problemas da empresa começaram com o calote de US$ 200 milhões do Iraque e no fracasso de vendas dos tanques pesados Osório, onde a Engesa investiu todas as suas reservas. A principal instalação industrial da empresa em São José dos Campos foi vendida em 2001 para a Embraer.”

    A Engesa atualmente é só uma marca. Cadê os seus pesquisadores ?

    É melhor o governo ser sócio da Avibras, antes que quebre, mas sem cargos políticos e salários nababescos.

  28. 1maluquinho, falou besteira! agora.. querendo ou não, quem se candidata pra gerir alguma coisa, subentende-se capaz de achar as deficiencias e solucioná-las! Quem senão os gestores junto a seus especialistas para resolver?.. Temos excelentes engenheiros, excelentes militares, falta é dar importância ao que se deve dar importância! Isto tem mão estrangeira sim!.. Olhe a nota do real, olhe a arquitetura de brasilia, olhe o tudo que temos e que nada conseguimos na mesma proporção.. se não é incompetência é SABOTAGEM PURA.

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