Indústria Italiana Aeroespacial e de Defesa na LAAD 2011

Diante do quadro de investimentos no setor de infraestrutura portuária e aeroportuária inerentes particularmente aos próximos megaeventos que terão sede no Brasil, bem como do interesse do Brasil em ocupar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, a Itália comanda uma das maiores delegações estrangeiras na LAAD – Latin America Aero and Defence, evento que será realizado no Riocentro (RJ), de 12 a 15 de abril.

Numa ação conjunta do ICE – Instituto Italiano para o Comércio Exterior, agência especial do Ministério Italiano do Desenvolvimento Econômico para a promoção do Made in Italy no exterior, da Secretaria Geral de Defesa e Diretório Nacional de Armamentos do Ministério Italiano da Defesa e da AIAD – Federação das Indústrias Italianas para os setores Aeroespacial, Defesa e Segurança, 16 empresas italianas, líderes em seus setores de atuação, participam de um dos maiores encontros mundiais no campo da segurança e defesa.

Mostrando crescente interesse pelo Brasil e com o objetivo de identificar novas oportunidades de negócios, grandes grupos, como o FINMECCANICA, terceiro maior da Europa e que representa sozinho 80% do faturamento da indústria italiana do setor, mas também pequenas e médias empresas, especializadas em diversos segmentos, de componentes para aeronaves a munições e armamentos, da prestação de serviços em mecânica fina à fabricação de unidades suplementares de energia, vêm apresentar suas soluções tecnológicas para o setor.

Segundo Giovanni Sacchi, diretor do ICE no Brasil, o país é um importante parceiro para os italianos, além de ser base de exportação para a América Latina.

O SETOR NA ITÁLIA

Nos últimos anos, a Indústria Aeroespacial e de Defesa Italiana persegue uma estratégia de internacionalização que prevê o processo de aquisição de uma base industrial na Europa (principalmente no Reino Unido) e a crescente penetração no mercado americano, alcançando um faturamento de mais de 12 bilhões de euros e gerando 50 mil empregos diretos. Dessas indústrias, cerca de 50% se concentram nas Regiões Lazio e Puglia, localizadas respectivamente no centro e sul da Itália.

A indústria italiana detém posição de liderança, tanto no campo militar como no civil, por meio de programas de alta tecnologia, de iniciativas conjuntas com inúmeras empresas européias e internacionais, como também através da participação em novos projetos de colaboração e em parcerias de risco. Desempenha papel fundamental nas áreas de helicópteros e fabricação de sistemas eletrônicos de defesa e segurança (sistemas aviônicos e de radar, sistemas de fiscalização e controle de tráfego aéreo e comunicações), alcançando destacada posição na Europa no desenvolvimento e produção de aeronaves de treinamento avançado. Mantém liderança mundial em aviões turbo propulsores para o transporte regional e transporte militar tático e em aeronaves comerciais e aviação em geral.

Participa em áreas de alta tecnologia, através da fabricação de motores e subsistemas integrados, sistemas de propulsão espacial e aeronaves. País líder europeu na propulsão sólida e em alguns componentes tecnológicos (turbinas, caixas de câmbio), a Itália está entre os produtores mundiais de aero estruturas civis e militares. Devido a um processo de intercâmbio civil e militar, suas indústrias também desenvolveram liderança mundial com a produção de componentes em material composto utilizados na fuselagem e na estrutura primária do novo Boeing B787 Dreamliner.

DESTAQUES DO PAVILHÃO ITALIANO NA LAAD 2011

A FINMECCANICA, grupo que representa cerca de 80% desse segmento da indústria italiana, ocupa o 3º lugar entre os fabricantes europeus do setor. É líder na fabricação de airlifters táticos completos, veículos aéreos não tripulados e aeronaves de combate, para aplicações civis ou militares. Através de suas subsidiárias, adquiriu relevante posição como fornecedor nos programas aeronáuticos internacionais. Está entre as líderes mundiais no mercado de helicópteros para uso civil e militar, com tecnologia de ponta em rotores articulados. Opera, através da subsidiária Agusta Westland, com base de produção na Itália, Reino Unido e Estados Unidos, que detém a tecnologia necessária para desenvolver cada fase do helicóptero.

Através de acordos com a Alcatel Space, a Finmeccanica criou a primeira empresa européia no campo espacial. O acordo é dividido entre dois empreendimentos conjuntos que operam, respectivamente, nas áreas de fabricação e serviços. Mantém, no campo espacial, uma longa tradição de excelência no projeto, desenvolvimento e fabricação de satélites para aplicações comerciais e militares, telecomunicações, sensores remotos e de observação terrestre. Entre suas atividades, destacam-se a fabricação de componentes para sistemas de transporte espacial e estruturas orbitais e serviços via satélite de alto valor agregado.

Atualmente, a Finmeccanica investe aproximadamente 2 bilhões de euros por ano em pesquisa e desenvolvimento, fazendo dela uma das 50 maiores empresas do mundo a investir em alta tecnologia.

O Pavilhão Italiano traz ainda a Beretta, empresa que desde 1526 fabrica armas de fogo, sistemas ópticos e acessórios para o mercado da defesa e segurança; a Calzoni, empresa com longa experiência no projeto e fabricação de sistemas complexos de movimentação e sistemas de auxílio para pouso com aplicação naval.

Destacam-se também as pequenas e médias empresas que, dentro da AIAD – Federação das Indústrias Italianas para os setores Aeroespacial, Defesa e Segurança – abrangem cerca de 50% do total de associados com 3.500 funcionários distribuídos em toda a Itália.

Também marcam a presença na feira empresas como a AVIO, mundialmente conhecida no campo da aeropropulsão e que está completando um plano de investimentos para estabelecer-se no Brasil com uma unidade industrial onde, entre outros, realizará a manutenção das turbinas dos aviões da FAB; a FINCANTIERI, protagonista de diversos programas no campo naval; a IVECO, empresa do grupo Fiat com grande atuação no setor de veículos militares terrestres. ASI, IDS e eletrônica são outras empresas de relevante importância e que em 2011 organizam participações autônomas na LAAD.


EMPRESAS DO PAVILHÃO ITALIANO

Beretta Defence Technology; Calzoni, Finmeccanica (Agustawestland, Alenia Aeronautica, Oto Melara, Selex Comunications, Selex Galileo, Seles Sistemi Integrati, Telespazio), Fiocchi Munizioni, Larcet, Magnaghi, Região Puglia (Distrito Aeroespacial Pugliese, A.G. E. e Processi Speciali) e Salver.

ENTIDADES PAVILHÃO ITALIANO

ICE – Instituto Italiano para o Comercio Exterior (www.ice.gov.itwww.italtrade.com)

Instituição do Governo Italiano que, com uma rede de 116 escritórios espalhados por 88 países e outros 17 na Itália, promove os produtos, as tecnologias e os serviços italianos no mundo, dando particular atenção aos interesses e às necessidades das pequenas e médias empresas. Também trabalha para estimular o investimento direto no país e no exterior, bem como atrair investimentos estrangeiros à Itália.

AIAD – Federação das Indústrias Italianas para os setores Aeroespacial, Defesa e Segurança (www.aiad.it)

Organização industrial encarregada de representar as empresas italianas de alta tecnologia, que atuam na área de projeto, fabricação, controle e reparo de equipamentos aeroespaciais e de defesa.

Ministério Italiano da Defesa (www.difesa.it)

A Secretaria Geral da Defesa e Diretório Nacional de Armamentos (SGD/DNA) é a organização governamental encarregada de representar, a nível internacional, as indústrias italianas do setor da defesa. Promove os sistemas fabricados por essas empresas autonomamente, ou por meio de acordos internacionais.

2 Comentários

  1. Poisé, cade a Ibel,Avibras,mectron,elbit,etc…oque exportamos é mixaria perto dessas empressas precisamos fortalecer nossa industria já.

  2. a itália sempre foi parceira do BRASIL se hoje a Embraer é o que é deve grande parte a tecnologia adquirida na parceria q ela fez com empresas italianas nos anos 80 “amx”.
    porem o fato dela ter parado e naum ter aprovado a parceria das fragatas por “birra” no caso batisti. na minha opinião foi inaceitável…
    TO POUCO ME LIXANDO SE O GOVERNO BRASILEIRO TA CERTO OU ERRADO EM MANTER ESSE GUERRILHEIRO NO BRASIL. mais essa foi a decisão de um pais soberano e essa “pressão” italiana foi inaceitável…

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