Novo conceito de intervenção da Otan no mundo preocupa o Brasil

O governo brasileiro está preocupado com o novo conceito estratégico da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que permite a intervenção em qualquer lugar do mundo onde os interesses dos países integrantes tenham sido lesados, com ou sem a autorização prévia da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Isso é carta branca”, disse hoje  o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao participar de conferência internacional promovida pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Rio de Janeiro. Ele não crê que isso possa afetar os interesses brasileiros, mas deu um recado: “O Brasil tem um compromisso muito sério na América do Sul com a preservação da soberania da Argentina sobre as [Ilhas] Malvinas”.

No contexto da segurança internacional, o ministro defendeu os objetivos do país de garantir a soberania nacional e a integridade do território; a construção de uma identidade sul- americana de segurança e defesa baseada na cooperação; e a ampliação da capacidade de respaldo da política externa por parte da estratégia de defesa. Para isso, terá grande importância, segundo ele, o aparelhamento das Forças Armadas. “A defesa é um projeto de desenvolvimento, porque fundamenta um bem público intangível, que é a segurança.”

O ministro afirmou que o Brasil vai continuar pleiteando um assento no Conselho de Segurança da ONU e insistindo na busca de “relacionamentos produtivos e não excludentes com todos os atores relevantes”. Por ser um país tolerante, que busca sempre o diálogo e a cooperação, o Brasil poderá contribuir muito no Conselho de Segurança da ONU, assinalou.

Jobim assegurou, contudo, que a posição brasileira é de distanciamento da questão da Líbia, apesar de a intervenção naquele país ter sido autorizada pela ONU. O Brasil não se intromete em conflitos externos que objetivem fazer a paz, mas em ações de manutenção da paz, esclareceu. “Não contem conosco”, afirmou. O governo brasileiro vê com cautela esse tipo de intervenção, porque, muitas vezes, pode esconder interesses de outras nações, acrescentou..

Ele disse que as experiências de soluções armadas no Oriente sempre acabaram em condições de agravamento da situação de instabilidade. “O que temos que buscar é uma situação de estabilidade na região que seja produzida interna e não imposta de fora”. Jobim lembrou que a questão das armas de destruição em massa no Iraque que foram a motivação para a invasão norte americana naquele país. E indagou: “Onde estavam [as armas]? Ninguém respondeu”.

O ministro reafirmou que a Constituição Federal não prevê o desenvolvimento de armas nucleares. A tecnologia é desenvolvida no país para atuação nas áreas de energia e saúde e, também, para impulsionar um submarino mais ágil e moderno para defender a costa nacional, onde se destaca a exploração do petróleo da camada pré-sal.

Fonte: Jornal do Brasil

32 Comentários

  1. PELO AMOR DE DEUS NÃO GOSTO DELE COMO PESSOA (na verdade não gostava dele como ministro do STF mas, como ministro da defesa ele esta FODAAA… falou td a OTAN simplesmente desacata e passa por cima da onu…
    e a questão malvinas concordo mais pouco será feito sobre o msmo…

  2. Só discordo quanto ao Brasil acrescentar algo a ONU, nossa posição será sempre a mesma “deixa como ta que se resolve só”. Quanto ao resto o ministro ta certo não temos razões nem poderio pra se meter na Líbia deixa a OTAN se virá lá, problema deles.
    E sobre nossa armas nucleares, mais parece uma cutucada no governo para abri o olho “olha existe uma coisa que se chama bomba atômica seu débeis”. Como ministro esse Jobim é um cara que tem minha aprovação pena que não posso dizer o mesmo da Dilma, pelo menos não até aqui.

  3. Preocupados?
    Só preocupados???
    Era para estarmos nos armando até os dentes…
    Mas, tudo bem…
    Somos ‘da paz’, não existe risco nenhum para nós.
    Nenhuma organização internacional jamais se meterá aqui…
    Nem nunca ouviremos ‘palpites’ sobre nossos assuntos, como energia por exemplo…
    Ou será que …????

  4. Sou à favor de construir bombas nucleares secretamente…E fazer igual Israel, ninguém viu más sabe que tem!!!

  5. Bem vindo ao mundo real MD Jobin. Se não está com eles, certamente se tornará um alvo deles. Mas é bom lembrar que o Brasil tem algumas diferenças em relação à Libia, Iraque, Afeganistão. E se quisermos comparar com algo mais próximo, Venezuela, Equador e Bolivía. Somos uma democracia representativa, com economia de mercado, e territorialmente muito grande. Tecnicamente falando, somos mais parecidos com “eles” do que com os “alvos” deles. Politicamente intervir por aqui seria mais complicado do que intervir na Bolivia ou Equador. Seria complicado ocupar qualquer parte de nosso território. Mesmo a Amazônia. Mas é claro que com nossas FAs desarmadas que temos, nem teríamos como nos defender de uma eventual intervenção rápida. Mínimo de capacidade de dissuação e projeção de poder deveria ser requerido para um país do nosso porte.

    []’s

  6. O Brasil pelo tamanho e recursos naturais que tem ,tinha que ter uma potencia militar que dá respeito a outros paises re que pense 2 x antes de atacarnos.

  7. O MD está certo, é estamos correndo perigo c essa nova postura da OTAN,temos então, q ter FAs poderosas, o q está sendo feito p tornar isso um fato?Vide o caso da FAB, o FX2 cencelado.Falar + o quê?

  8. Um avisinho de leve :
    se o bicho pegar fiquem sabendo que não vai colar esse papo de criação de zona de exclusividade e intervenção aérea, marítima, seja lá que zona for, como foi nas Malvinas e Líbia, e assim deixar a guerra longe de vocês.
    A guerra será em qualquer parte do globo, onde vocês estiverem.
    Té logo.

  9. Caro Ricardo,

    A Inglaterra tem um destacamento permanente de 4 Typhoons naquelas ilhas, além de soldados e naves de guerra.

    []’s

  10. Esse nick sabe das coisas, realmente concordo que já existe um interesse internacional exacerbado sobre nossas riquezas, mas axo que mesmo nós estando debilitados no momento, qualquer coalizão internacional tería muito receio em tentar uma investida contra nós. Inclusive sobre as maldivas, se ouvesse uma reversão nessa relativa estabilidade nas maldivas, o brasil terial um papel crucial neste assunto, DIPLOMATICAMENTE FALANDO.
    A boa imagem e a boa relação que o Brasil tem, principalmente com os países emergentes é a principal arma do nosso país.
    Voces nao acham que os emergentes e muitos já consolidados como grandes potencias nao tem FOME de ver o atual líder Caindo?

  11. acho que assino embaixo todos os comentários anteriores rs, também parabenizo ao min Jobim pela sua atitude nacionalista, e continuando na mesma linha, podemos supor que os EUA não vão atacar diretamente o Brasil.
    .
    Os EUA são covardes, eles atacam países pequenos, ou países onde até o próprio presidente é agente deles (Iraque). Não atacam países como a China ou o Brasil.
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    TO América do Sul:
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    Então devemos nos preparar para ataques de vizinhos, aí acho que a política do GF está certa, não comprar brigas nem com os bolivarianos (que podem ser usados pelos americanos ainda pareça algo maluco, eles apoiaram Lênin) nem com a Colômbia.
    O terceiro conflito no horizonte são as Malvinas. Otan e aliados, tipo 40 ou 50 países incluindo Qatar Polônia Japão Barein contra Argentina e aliados.
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    China:
    A guerra pelos recursos naturais vai ser ganha pelos EUA, eles vão deixar os chineses passando fome. Só 2 países têm possibilidade de chegar ao fim do século como superpotências, os EUA e o Brasil.
    Não existe hipótese de conflito com os chineses, só se o Brasil fosse pego pelos EUA numa guerra contra a China antes do país conseguir o desenvolvimento militar.
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    O cenário mais provável está inativo hoje:
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    Dos três possíveis conflitos o mais provável a ser tocado pelos americanos é aquele que hoje ninguém pode perceber como o mais provável: COLÔMBIA. Depois da partida do Uribe tudo mundo ficou tranquilo, mas o regime não mudou assim que acho os próximos anos vão ser anos de intenso aparelhamento das FAs colombianas pelos americanos, mas na surdina.
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    Outros conflitos possíveis:
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    Não existem, o único conflito que o Brasil pode ter é com os americanos.
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    O QUE FAZER
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    Por isso compra de armas dos EUA devem estar totalmente fora de cogitação.
    Se o governo do PT-PMDB comprar F-18 ou Gripen deveriamos nos revoltar até eles mudar a decisão.
    Mas já ficariamos sabendo que temos o inimigo no Planalto.
    Só a fabricação própria do armamento garante soberania.
    Mais uma vez, Embraer não garante soberania, é preciso criar uma empresa com 51% da decisão no governo.
    Acho o GF não está no caminho certo, ele deveria estar garantindo as empresas de defesa não ser compradas pela Elbit, e deveria como colocaram já centenas de vezes os colegas do PlanoBrasil, deveria comprar indústria nacional. Todos aqueles que elogiam a Embraer podem ver no futuro ela ser vendida para a EADS ou Dassault, sei lá. Até a linha de produção de Rafales pode depois da venda, voltar para Europa, não tem lei que proiba.
    Enquanto às linhas de defesa, fica claro que devem estar voltadas para o Atlântico e para a fronteira com a Colômbia.

  12. negocio tá serio,temos que nos preparar.Daqui para frente temos que estreitar relações com china e Russia,comprar equipamentos militares só deles.Se China e Russia não existissem o mundo ia ser todo da Otan.

  13. Se China e Russia não existissem o mundo ia ser todo da Otan. [2]
    concordo

    temos que fazer aliança com eles
    parcerias

  14. O compromisso sério que o Jobim disse q tem com as Malvinas argentinas, na minha opinião vai só até certo ponto, em uma nova guerra nas Malvinas, nunca que o Brasil iria entrar efetivamente nela ao lado da Argentina, isso poderia facilmente desincadear uma guerra global. Na minha opinião se isso acontecesse a China viria em nossa defesa mais já com bastante interesses assegurados no Brasil para pagar o preço da guerra futuramente. Em fim, só são hipóteses.

  15. .
    Realmente o Brasil não deve aceitar nenhuma ingerência estrangeira em sua area de influencia, que seja na Argentina ou em Quito, a OTAN que fique longe de nossos interesses.
    .
    E isso vale para a questão indígena, a usina de Belo Monte, e Pré-Sal, se a ONU vai continuar sendo uma fabrica de Álibis para os interesses da OTAN então não tem mais nenhuma razão para existir ainda… ou se esta for contra os nossos interesses que não seja mais reconhecida pelo Brasil.
    .
    Faz bem o Jobim em avisar, mesmo que seja sobre uma questão Geo-Política, mas quanto as pretensões da OEA sobre Belo Monte ele mesmo o Jobim ja declarou que vai devolver assim como recebeu a petição, sem nem mesmo abrir e ler!!
    .
    Esta cada vez melhor este ministro da defesa.
    .
    Valeu
    .

  16. Devemos começar a treinar para um conflito,não podemos deixar só as forças armada nos defender. A defesa do pais caira sempre nas costa de seus cidadãos. E tambem serve caso os “profissionais” resolvam colaborar com o inimigo, tenhhamos gente para continuar a dar combate.

  17. e ai seu indiotas vão falar o que sobre parceria brasil fança e americana rsrsr claro que niguem fala nada ne pois a ter o indiota do jobin fala coisa e fase outar cancelou o contrato com os russus pois esa e a unica nação que realmente pode ajudar o brasil
    rsrsrs e ironico falar que a otam peocupa e so compa material belico deles

  18. “O Brasil tem um compromisso muito sério na América do Sul com a preservação da soberania da Argentina sobre as [Ilhas] Malvinas”

    Como se preservaalgo que não se tem?

    Como já disse anteriormente, esse Nelson Jobim é uma anedota. A estratégia que tem(?) até por ser louvável e a correcta para a América do Sul, mas:

    1 – Todos os países sul-americanos (seus líderes e mobília política) pensam assim como ele?

    2 – Porquê anunciar aos quatro ventos o que se quer quando ainda falta uma década (no mínino) para lá se chegar?

    Esse vosso ministro é um fala-barato…

  19. CARO ALVES, saiu post (MI-35), ainda tá quentinho, agora é que você vai babar de raiva, e os simpatizantes do PAK-FA T-50 vão cuspir fogo.
    He, He,

  20. Milton Brás Cabral disse:
    09/04/2011 às 12:38
    acho que assino embaixo todos os comentários anteriores rs, também parabenizo ao min Jobim pela sua atitude nacionalista, e continuando na mesma linha, podemos supor que os EUA não vão atacar diretamente o Brasil.
    .
    Os EUA são covardes, eles atacam países pequenos, ou países onde até o próprio presidente é agente deles (Iraque). Não atacam países como a China ou o Brasil.
    ===
    Me desculpe Milton. O TO mudou e você não percebeu.
    Ninguém está se metendo com a Aliança da OTAN (Eua, França, Inglaterra). Estão todos quebrados. Coloca mais Itália e Espanha e já estamos invadido. China e Rússia não vão se intrometer pois resultaria em uma guerra atômica.
    Só nós é que não colocamos a população mundial em risco justamente porque não temos a BA.
    O Brasil está sozinho e no papo. Logo começaremos a sofrer cada vez mais intervenções tipo a da OEA, e quem acha que não, está cheio de lesa pátria principalmente no norte e no sudeste querendo isso. Assim foi com o Iraque, e a Líbia. Os confrontos começam internamente e depois vem a ajuda de de fora. Estão todos falando em tomarem a Amazônia, mas o Brasil todos tem áreas de interesse que podem ser loteados. Utopia, mas bem factível.

  21. Over tu me falas de que o Teatro de Operações mudou,
    não sei ao que estás referindo.
    Eu tô falando por um lado do TO América do Sul
    se tu preferes falar de outro TO, tudo bem
    mas eu tô falando do TO América do Sul.
    .
    E o TO AdoS não mudou muito, há muito tempo os EUA estão invistindo pesado na Colômbia. A aparição dos bolivarianos não é uma ameaça para o Brasil, porque o apoio que poderiam receber é da China, que na minha opinião vai ser batida pelos EUA, aí os bolivarianos ficam órfãos.
    .
    Por outro lado falo do TO Global:
    enquanto a as ameaças globais que suporta o Brasil
    aí posso dizer que há muito tempo
    que o único país que poderia encarar o Brasil são os EUA
    ainda em falência acho é a única ameaça que temos.
    .
    Isso é muito importante, porque ninguém está deixando isso claro
    a única ameaça que temos pela frente são os EUA
    e no TO da AdoS está representada pela Colômbia
    .
    .
    “China e Rússia não vão se intrometer” estás dacordo comigo.
    “O Brasil está sozinho” dacordo comigo.
    .
    Não entendo em que desacordas
    .
    Eu coloquei que os únicos países no mundo que podem existir como superpotências ao fim deste século são os EUA e o Brasil, isso mostra claramente que os americanos estão certos quando nos vem como um concorrente.
    A China não tem rec.naturais e a superpopulação vai virar contra deles.
    ————–
    Chegar a conclusão que a única ameaça são os EUA
    é de grande importância estratégica
    e implica por exemplo não comprar nem F18 nem Gripen
    e um monte de outras decisões.

  22. na verdade pais nenhum tem o direito de interferir na soberania de outro, a menos que esteja se defendendo de algum ataque ou algo muito serio,o resto é puro roubo de petroleo,e intereses pessoais.

  23. dhou disse: na verdade nenhum pais tem o direito de interferir na soberania dos outros…

    Tem o direito sim dhou, basta ter a musculatura das armas. Isso não difere da estória do garotinho raquítico que vai para a rua com um brinquedo novo. A molecada vai lhe tomar o brinquedo e lhe dar uns cascudos. Agora se ele for fortinho, bom de briga, todos vão lhe respeitar inclusive o mais fortão da rua, que mesmo sabendo que pode lhe vencer na briga, também vai apanhar e pode sair machucado.
    Quanto ao Jobim, com essa nossa musculatura raquítica, não adianta falar grosso. Ao norte, todos devem estar rindo dele.
    Embora saibamos, que quem define a política é a presidente da república.

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