Os Estados Unidos congelaram discretamente as remessas de armamentos para o Exército do Líbano, depois que seu governo pró-ocidente desmoronou em janeiro, ressaltando as preocupações crescentes sobre o papel do Hezbollah no país.
A suspensão das remessas, parte de uma revisão mais ampla da assistência militar americana ao Líbano, é um exemplo que inspira cautela sobre o rumo incerto das rebeliões seculares que vêm varrendo o Oriente Médio e a capacidade limitada de Washington para influenciar o processo. A Revolução dos Cedros, em 2005, começou com uma onda de protestos populares que motivou esperanças democráticas nos países ricos, de modo bem parecido com as atuais revoltas. Mas, para o desespero dos EUA e de seus aliados, o Hezbollah emergiu mais poderoso, em vez de mais contido.
A interrupção das remessas de armas foi aprovada recentemente pelo secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, mas a decisão ainda não foi anunciada publicamente porque se teme que sua divulgação interfira nas delicadas negociações internas no Líbano sobre a formação e as políticas do novo governo.
Autoridades de Defesa dos EUA dizem que o país continua ajudando a treinar o Exército do Líbano e fornecendo assistência em outras áreas que não envolvem armamentos, e descrevem como robustos os laços que ainda existem.
Os EUA gastaram US$ 720 milhões desde 2006 apoiando as Forças Armadas libanesas, valor que inclui a cessão de equipamentos e treinamentos avançados. Só entre março e outubro do ano passado esse apoio incluiu pelo menos US$ 18 milhões em equipamentos militares e munição, como mísseis antitanque e lança-foguetes. Havia outros carregamentos no cronograma para o fim do ano passado e o início do atual, mas não se sabe exatamente o que foi entregue aos libaneses.
Uma autoridade do alto escalão do Departamento de Defesa disse que o Pentágono está reavaliando toda a assistência americana às Forças Armadas libanesas “durante este período de formação de governo”. Outra autoridade americana disse que a Casa Branca vai basear suas futuras decisões sobre assistência militar, inclusive se retoma as remessas de armamentos, depois de avaliar a composição e a conduta do próximo governo.
Congressistas americanos já tentaram bloquear o auxílio ao Exército libanês em agosto, depois de um confronto letal na fronteira entre soldados israelenses e libaneses. O Hezbollah, um grupo político e militar xiita considerado pelos EUA como uma organização terrorista, tem sido o principal inimigo de Israel no sul do Líbano. Ele tem o apoio da Síria e do Irã.
O Líbano passou por um levante popular em 2005 depois do assassinato do ex-premiê libanês Rafik Hariri, pai do ex-primeiro-ministro Saad Hariri. O atentado ao carro de Hariri foi um evento crucial na história do Líbano e forçou a Síria a encerrar a ocupação militar do país, que já durava 30 anos.
Mas o otimismo inicial dos EUA sobre as perspectivas de mudança “perdeu força”, disse uma autoridade americana de alto escalão, e o Hezbollah desde então vem conseguindo expandir seu alcance no país e além, alarmando os EUA e Israel.
A escolha em janeiro de um empresário bilionário apoiado pelo Hezbollah, Najib Mikati, como novo primeiro-ministro, confirmou a posição do movimento como a força militar e política mais poderosa do Líbano. Mikati vai ocupar o lugar de Saad Hariri, que desfrutou do apoio dos países ricos quando foi primeiro-ministro.
A capacidade limitada de Washington para influenciar os acontecimentos no Líbano ressalta as possíveis desvantagens das mudanças em curso na região. Enquanto países como Tunísia e Egito enfrentam a dura realidade de fundar novas instituições políticas após anos de autocracia, as autoridades americanas temem que os governos democraticamente eleitos que surgirem possam não ser capazes de se alinhar aos interesses de Washington.
Mas as autoridades da Defesa dizem que preferem manter algum nível de apoio às Forças Armadas libanesas. Embora enfraquecidos, dizem as autoridades, os militares do país provavelmente continuam sendo a única instituição do Estado com chances de manter a estabilidade.
Representantes da embaixada do Líbano em Washington não quiseram comentar.
Em negociações a portas fechadas com colegas de Washington, autoridades israelenses pressionaram pela suspensão de todas as remessas de armamentos, “por medo de que [as armas] possam acabar nas mãos erradas e ser usadas contra nós no futuro”, disse uma autoridade israelense.
Segundo novas estimativas israelenses, o Hezbollah construiu até 550 abrigos subterrâneos no sul do Líbano, incluindo 100 que armazenam foguetes e mísseis. O movimento tem entre 40.000 e 60.000 foguetes, muito mais que durante a guerra de 2006 no Líbano, dizem autoridades israelenses.
O Hezbollah procurou nas últimas semanas se envolver nas revoltas populares que tomaram conta do mundo árabe. O grupo já apoiou os protestos de xiitas em Bahrein e criticou governos árabes por apoiar os líderes de Bahrein ao mesmo tempo em que apoiam os rebeldes na Líbia.
O que levos o ocidente a intervir na libia tão rapitamente, primeiro midiaticamente, transformando o lider libio em um desputa da pior especie e depois atacando militarmente, digo isso porque o lider libio a tres meses atras era elogiado e aliado dos eua e seus aliados na guerra contra o terror, combatendo a al-qaeda e colaborando com os serviços de inteligencia ocidental, derrepente tudo desmoronou, ai a pergunta que não quer calar, o que aconteceu? agora começa a vir a tona que os supostos civis que o lider libio estava ipoteticamente massacrando e na verdade terroristas da al-qaeda, apoiados pelo entre aspas pelo esbolar? sera que estamos vendo a ponto do iciberg?, os acontecimentos presente o oriente médio e algo muito maior, e envolverar os paises entre eles o libano, a siria, o irã e invitavelmente israel? só para citar o basico. Senhores não sou vidente, mas sou inteligente quem viver verar! o atual cenario no oriente media vai piorar pra valer a questão toda é uma escalada para uma guerra muito maior e sem presedentes que envolverar varios paises e sem duvida nenhuma conforme o seu desenrolar, vai chegar até nós (Brasil) essa guerra tem o seu principio basico dos mais elementares chama-se recursos naturais os paises desenvolvidos estão falidos veja o exemplo ( á inglaterra tem uma divida de 9 trilhões de dolares, para uma economia de 3 trilhões de dolares, a italia deve 113% do seu pib luxemburgo uma ancora do capitalismo de 11.0000% do seu pib e os EUA em numero absoluto de cerca de 14 trilhões de dolares algo em torno de 87% do seu pib, só para ter uma ideia o brasil que sempre foi considerado um devedor mundial de apenas 43% do seu pib, sem falar na frança no japão entre outros. ou seja então falidos e não tem recursos naturais, ou seja só resta duas alternativas ou se deixam faliar e a derrocada de vez ou vão a guerra pelos recursos naturais que não dispõe. caros amigos só o tempo dirar, o brasil que se cuide pois o bicho vai pegar e com certeza vai sobrar para nós. um abraço amigos
o Hezbollah é um dos inimigos mais fortes de israel, porem acho que esse bloqueio de armas americanas ao exercito libanes pode acelerar ainda mais os “objetivos” do Hezbollah no libano.
Ainda bem pois se os E.U.A continuassem com essa política ajudaria a armar os Terroristas da Al Quaeda,pois muitas armas do arsenal do exército regular da Líbia e tomada pelos rebeldes foi vendida a grupos ligados ao Bin-Laden.
José Maria, os EUA não têm dívida alguma, pois pode emitir dólares para cobrir o seu rombo, que os países tem aceitado. Essa dívida deles entre 12 ou 13 trilhões de dólares, na prática é simbólica.
Quem pagou as despesas da Guerra do Vietnã ? Todos os países, pois os americanos emitiram tanta moeda, que a sua média inflacionária foi de 5%aa, chegando a 14%aa na renúncia de Níxon, e a 16%aa na Primeira Crise do Petróleo (Revolução Iraniana). Como a maioria dos países guardavam dólar como reserva de riqueza, todos os países, involuntariamente, ajudaram aos americanos a dividir as suas despesas.
http://www.amattos.eng.br/Public/Livro_Inflacao/132.htm
Ahã.. vai nessa que é simbolica.
O Dinheiro não tem valor nenhum se impresso de forma desordenada.
Se não era simples, Brasil comprava 20 maquinas de impressão de dinheiro e deixava elas trabalhando 24 horas por dia, em 1 semana seriamos mais ricos que os EUA, JAPÃO, CHINA juntos, já que o REAL esta tão valorizado atualmente.