Os meios militares utilizados pela Otan e sócios na Líbia

BRUXELAS — Um total de 16 países participa militarmente na operação “Protetor Unificado” da Otan na Líbia, dirigida a partir de Nápoles (Itália), sob a autoridade do grande quartel-general da Aliança Atlântica na Europa, situado em Mons (Bélgica).
Treze as nações envolvidas são membros da Otan. As três restantes são a Suécia, os Emirados Árabes Unidos e o Qatar.
As operações aéreas dependem das bases de Izmir (Turquia) e Poggio Renatico (Itália) e das navais de Nápoles.

– BÉLGICA:
Fornece seis caça-bombardeiros F-16, baseados em Araxos (Grécia), e um navio caça-minas. Participa nos bombardeios.

– CANADÁ:
Forneceu seis caças F-18 em Trapani (Sicília) e uma fragata no Mediterrâneo. Participa nos bombardeios.

– DINAMARCA:
Seis F-16 estão baseados em Sigonella (Sicília) e um avião de transporte está à disposição. Participa nos bombardeios.

– EMIRADOS ÁRABES UNIDOS:
Mobilizou seis F-16 e seis caças Mirage 2000 e prevê utilizar um avião de transporte C17 para a zona de exclusão aérea. Não participa nos bombardeios.

– ESPANHA:
Mobilizou quatro caças F-18 e um avião de abastecimento em voo Boeing 707 para a zona de exclusão aérea. Madri não prevê participar nos bombardeios.
A fragata “Méndez Núñez”, o submarino “Tramontana” e um avião de vigilância marítima CN-235 se uniram ao dispositivo da Otan para fazer respeitar o embargo de armas.

– ESTADOS UNIDOS:
A participação naval é de 11 navios e submarinos. Washington mobilizou, além disso, três bombardeiros furtivos B-2. Caças F-15 e F-16 realizam missões a partir da base italiana de Aviano. Outros F-15 e F-16 estão posicionados em Sigonella. Dois aviões de transporte e reabastecimento KC135 e outros dois RC135 estão em Souda (Creta). Participa nos bombardeios.

– FRANÇA:
Cerca de 20 caça-bombardeiros Rafale e Mirage 2000 D estão posicionados em Solenzara (França). Quatro Mirage 2000-5 estão em Souda, quatro aviões-radar AWACS na base francesa de Avord e aviões de abastecimento C135 FR em Istres, também na França. Participa nos bombardeios.
O porta-aviões “Charles de Gaulle” navega frente a águas líbias, com dez Rafale, seis caça-bombardeiros Super Etendard e dois aviões de detecção eletrônica Hawkeye. Está acompanhado de duas fragatas e um petroleiro de abastecimento.

– GRÉCIA:
A fragata “Limnos” se soma a um helicóptero Super Puma baseado em Souda, assim como um avião de alerta e controle, tipo AWACS, de construção brasileira, o EMB-145 Erieye.
Atenas colocou à disposição quatro bases militares em seu território, julgadas estratégicas por sua proximidade geográfica com a Líbia. Por ora, utilizam as de Souda e Araxos, mas não Andravida e Aktion.

– HOLANDA:
Seis F-16 estão estacionados em Decimonannu e Holanda mobilizou, além disso, um avião de reabastecimento em voo e um caça-minas. Não participa nos bombardeios.

– ITÁLIA:
Quatro aparelhos AV8-B da marinha se acham a bordo do porta-aviões “Garibaldi” no Mediterrâneo, onde também patrulham uma fragata, outro navio militar e um navio de apoio logístico.
Mobilizou, além disso, quatro Eurofighter e quatro Tornado ECR. A base de Trapani abriga três aviões-radar AWACS. Sete bases militares estão à disposição da Otan. Participa nos bombardeios.

– NORUEGA:
Seis F-16, baseados em Souda. Participa nos bombardeios.

– QATAR:
Seis Mirage 2000-5 e dois C-17, baseados em Souda. Não participa nos bombardeios.

– REINO UNIDO.
Um submarino e duas fragatas. Vários caça-bombardeiros Tornado GR4 baseados em Norfolk (Grã-Bretanha), aviões Nimrod R1, Sentinel e E3D Sentry para o reconhecimento e a vigilância aérea, e aparelhos VC10 de carga e abastecimento baseados em Akrotiri (Chipre) e Trapani (Sicília). Participa nos bombardeios.
Vários caças Typhoon se acham, além disso, na base italiana Gioa del Colle.

– ROMÊNIA:
Autorizou aviões de abastecimento americanos a utilizar seus aeroportos. Prevê enviar uma fragata durante este mês.

– SUÉCIA:
Estocolmo contribuirá assim que obtiver luz verde do parlamento, em uma votação prevista para sexta-feira. Prometeu oito aviões de combate Gripen, um avião de transporte C-130 utilizado para o abastecimento em voo e um aparelho de espionagem aérea. Não participará nos bombardeios.

– TURQUIA:
Contribui com cinco navios e um submarino para fazer respeitar o embargo de armas. Ancara excluiu qualquer participação nas operações de combate.


Fonte: Jornal do Brasil

12 Comentários

  1. Concordo plenamente com a formação da zona de exclusão aérea (o contrario seria a aniquilação do seu próprio povo pela a Força Aérea Líbia), assim como concordei com as zonas de exclusão no Norte e no Sul do Iraque, na Bósnia, etc.

    No entanto, a ONU deverá preparar já uma missão de pacificação a colocar no terreno assim que o cessar fogo for assinado, para evitar replesálias que tornem aquele país ingovernável.

    A Ordem terá de ser reposta, a Lei virá mais tarde.

  2. Só acho que a ONU e os aliados dão um tiro no pé ao apoiar e armar os Rebeldes, isto não é certo.
    Qualquer lider seja ele quem for tem o dever de manter a ordem e a lei no seu país, e guerrilhas não podem ser amparadas por nações extrangeiras de forma a criar o Caos dentro de um país só para derrubar o lider.
    Ou alguém apoiaria o IRA a ETA ou outros grupos descontentes com os ditames dos governos?
    Kadafi errou em bombardear os seus civis e a resposta da ONU até ai foi certa, porém a partir daí a ONU e todos os envolvidos estão errados em fomentar a Guerilha para derrubá-lo.
    Que deve tirar KAdafi é o Povo Libio e mais ninguém tem este direito, a ONu cabe o papel de intermediar a negociação e impedir que ambos os lados Usem da Força para que isto ocorra.
    Não é o que vemos infelizmente, e apesar de haver uma resolução da ONU apoiando as ações, ao contrário do que se viu na 2ª guerra do Golfo, os aliados estão lutando agora uma guerra ilegal tal como.
    Estamos assistindo a criação d emais uma sucursal da fábrica de Mujidhins, desta vez no norte da áfrica.
    Sds
    E.M.Pinto

  3. ” e guerrilhas não podem ser amparadas por nações extrangeiras de forma a criar o Caos dentro de um país só para derrubar o lider.”

    Completamente de acordo. E por isso mesmo, todos agora rezam para que os reberldes ganhem, sem ajuda no terreno.

    Para mim, a ONU tem é de entrar logo (após o cessar fogo) e preparar uma constituição, eleições, etc… Amtes que comece o ajuste de contas.

    Só não tem havido é sinais nesse sentido.

  4. Não dá para concordar com a lógica existente no comentário de Afonso de Portugal. É fato comprovado amplamente pela mídia que a “autorização” da ONU para o “fly-zone” na Líbia, através da sua resolução 1.973, significou um precedente perigoso para violação da soberania das nações, independente de tudo o que vinha acontecendo lá. Contudo, não há comprovação séria até agora de que Muammar Kadhaf tenha realizado os ataques alegados contra sua própria população civil. Até onde sabemos, sua FAs atuaram contra forças “rebeldes” insufladas e armadas externamente, situação legítima em qualquer país ameaçado de instabilidade intitucional e política. O Brasil, pela sua tradição diplomática de defesa da não intervenção em conflitos internos das nações sempre apelou para a resolução pacífica dos conflitos. Infelizmente, por não ter poder de veto, seu voto pela abstenção ao menos sinalizou que admitia a crise interna na Líbia mas que não podia tomar partido por qualquer lado. E o que fêz a ONU, através do seu Secretário Geral e do CS? Na verdade mostrou claramente que o objetivo não era a paz e muito menos a democratização da Líbia mas sim a mudança forçada do governo. O ex-Presidente Lula falou com toda a razão sobre o acontecimento ao instar de que “o papel da ONU era o de ir lá e negociar a paz e não autorizar guerra”. Não se pode dizer que o Lula é ingênuo por não entender a “realpolitik”. Ao contrário, sua visão é condizente com as críticas ao funcionamento da ONU e a necessidade de reformas profundas nesse organismo, de forma a representar de fato a estabilidade nas relações internacionais e a paz mundial.

  5. Pra mim essa guerra foi feita de maneira ilegal e também abre precedente para novas intervenções aonde as nações do norte cobiçarem os recursos naturais das nações em desenvolvimento.Este facínora do kadafi,até onte montava tendas em Paris e no central park,mas hoje é o inimigo número um do ocidente.Isso é que dá negligenciar as própias forças armadas com armas defasadas tecnologicamente.
    Esses rebeldes são o exército de Branca Leoni,eles nem sabem direito o que estão fazendo por lá.
    Só espero que o tiro não saia pela culatra.

  6. Amigos, boa tarde.

    Novas armas integradas ao Rafale têm seu batismo de fogo.

    Foto: http://jdb.marine.defense.gouv.fr/public/cdg/.SCALP2_m.jpg

    Harmattan: utilização de meios de ataque de alta tecnologia

    Onze mísseis de cruzeiro SCALP EG foram lançados em dois turnos (sete mísseis e depois mais quatro) contra instalações militares na Líbia, confirmou o ministro da Defesa, em resposta a uma pergunta do deputado Christophe Guilloteau (UMP, Rhone). A mesma fonte anunciou também que 70 aviões de combate estão atualmente mobilizados nas operações em curso, dois terços destes na operação Harmattan (Líbia).

    http://jdb.marine.defense.gouv.fr/post/2011/03/29/Harmattan%3A-l-utilisation-de-moyens-d-attaque-de-haute-technologie

    http://lemamouth.blogspot.com/2011/04/11-scalp-eg-en-deux-vagues.html

    Abraços,

    Justin

  7. Quando eu vejo esse inventário de tropas da OTAN fico cada vez mais consciente de que o Brasil pode comprar 200 caças rafale ou f 18 ou su35, 50 baterias AA S400, 30 subs ou qualquer outra formação para nossas FAs que mesmo assim seria ineficaz contra a OTAN, se esta resolver por exemplo que a Amazônia é patrimônio mundial ou que nosso pré sal está além da fronteira marítima do Brasil. Só mesmo bombas nucleares é capaz de frear esta turma.

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