Para o presidente da Embraer, parceria dos chineses com a Bombardier muda competitividade global do mercado
Klinger Portella, iG São Paulo
A parceria da Comac (Commercial Aircraft Corporation of China) com a canadense Bombarbier traz um novo desenho para o mercado de aviação mundial. Segundo Frederico Curado, presidente da Embraer, o acordo “acelera a chegada dos chineses como competidores”. Atualmente, a China desenvolve dois projetos de construção de aviões.
“O Canadá tem tecnologia que a China não dispõe e essa aproximação tende a acelerar a curva de aprendizagem dos chineses”, disse Curado, após participar de um almoço, em São Paulo, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar da competitividade da indústria brasileira diante da valorização do real frente ao dólar.
Curado afirmou que a parceria dos chineses com os canadenses “é um fato novo no mercado”, mas que todas as companhias do setor devem sofrer com isso. “Não necessariamente afeta apenas a Embraer, mas a competitividade global para todos os fabricantes de aviões.”
Sobre o futuro da companhia brasileira na China, Curado disse que há intenção de manter as operações comerciais no país asiático e espera para as próximas duas semanas a definição sobre as operações industriais da Embraer na região.
“Esperamos uma definição se o governo chinês aprovará ou não a continuidade das nossas operações industriais na China durante esta visita que haverá daqui a duas semanas com a presidente Dilma Rousseff.”
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