Cooperação Técnico-Científica

http://www.univap.br/dialogo_informativo/imagens/2011/ed120_sem21_27mar/noticia02_01_g.jpgA Fundação Valeparaibana de Ensino (FVE), mantenedora da UNIVAP assinou há dois anos um convênio de natureza técnico-científica e educacional com a empresa INOTECH – Inovação & Tecnologia, uma organização de sociedade civil de interesse público (OSCIP). O convênio foi celebrado para desenvolver e construir micro-motores de foguetes, propelidos a biocombustível e oxigênio, bem como seus respectivos equipamentos auxiliares. O motor foguete a combustível líquido utiliza propelentes líquidos injetados sob pressão em uma câmara de combustão. Os propelentes são, geralmente, um oxidante e um combustível, líquidos. Uma grande quantidade de componentes, coordenados entre si, por meio de sistemas complexos, são necessários para o funcionamento do motor-foguete e todos eles devem funcionar em harmonia para garantir o sucesso da operação. A INOTECH, idealizadora do projeto, por intermédio do Engenheiro Mecânico Aeronáutico Rene Nardi, que realiza trabalho voluntário nesse convênio, ficou responsável de orientar uma equipe de alunos do curso de Engenharia Aeronáutica e Espaço da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo (FEAU), como uma atividade de extensão, para o desenvolvimento dos produtos.

Rene Nardi é formado em engenharia mecânica-aeronáutica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mestre em Ciências pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Master in Business Administration pela Hult University (ADL), em Cambridge. Trabalhou na Embraer e na Parker Aerospace.
Atualmente, atua na INOTECH no desenvolvimento de componentes para sistemas de propulsão, e também como responsável pelo programa voluntário.
De acordo com o engenheiro, a fase artesanal relacionada ao projeto e de construção de motores-foguetes a propelentes líquidos aconteceu durante os anos 30, principalmente na Europa. As décadas de 40 e 50 trouxeram a consolidação das informações e a conseqüente transformação da arte em ciência.
“Os atuais foguetes são, portanto, fruto de pelo menos 80 anos de evolução, e com segurança podemos dizer que atualmente a tecnologia está devidamente dominada e em estágio avançado de amadurecimento. Aqui no Brasil, as iniciativas de projeto e construção de motores-foguetes a propelentes líquidos estão começando a dar bons frutos, com trabalhos resultantes pela Agência Espacial Brasileira (AEB), em parceria com o IAE, o INPE e a indústria nacional”, enfatiza.
Para ele, os estudantes da UNIVAP aceitaram o desafio de aplicar na prática a teoria que aprenderam na sala de aula e já possuem dois projetos concluídos. Um dos motores foi projetado com o intuito de produzir 50 kgf de empuxo. A sua construção foi feita nas oficinas da Universidade, no Campus Urbanova. Este motor está no momento em fase de preparação para testes no solo. Já o segundo, cujo sistema é bem mais complexo e potente, está na fase de construção. Devido ao alto grau de complexidade dos sistemas, a construção foi feita pela UTEC, uma empresa de São José dos Campos, especializada em usinagem aeroespacial. A equipe deve iniciar nos próximos meses, os testes do motor, esperando obter 200 Kgf de empuxo.
Para o Pró-Reitor de Integração Universidade-Sociedade, Prof. Dr. Antonio de Souza Teixeira Júnior, responsável pela elaboração e aceitação de parcerias e convênios na Instituição, “estuda-se a possibilidade de futuramente construir bancadas de testes de solo para a injetora de propelentes e para o motor completo”.
Fazem parte da equipe, os estudantes, Atalita, Anacleto Zonzini, Victor Alves Barros Galvã (9º período semestral/5º ano), Luth Silva Ramos,(7º período Semestral/4º ano), Marco Aurélio Barros Fortes (7º período semestral/5º ano), Alex Gabriel Siqueira (9º período semestral/5º ano e Éder Monteoliva (10º período semestral/5º ano).
Os trabalhos desenvolvidos neste projeto são supervisionados pelo coordenador do curso de Engenharia Aeronáutica e Espaço (FEAU), Prof. MSc. Moacir Sousa Prado.

10 Comentários

  1. Aguem pode ajudar??
    “A equipe deve iniciar nos próximos meses, os testes do motor, esperando obter 200 Kgf de empuxo”
    O que isso significa? é bom? dá para passar no cabelo? Muito tecnica reportagem, mas falha para os leigos…
    Parabéns a equipe…

  2. Eu poderia, mas terão que me pagar pelo menos R$ 8.000,00 / mês. O ideal seria ter a planta original de algum foguete ou ter um, para se realizar a engenharia reversa.
    O teste terá que ser em um carro rodando em um trilho, pois a aceleração vai influenciar nos componentes.

  3. Dandolo, repito, precisa embasar de forma técnica suas afirmações! Os setores de engenharia não estão nem aí para idéias por si só, elas tem de ser apresentadas de um modo formal. Investidores sérios tem de saber onde estão pisando, para depois! mesmo assim.. depois um projeto de viabilidade socio-economica.. para só depois por dinheiro no que for. Por que digo isto? Considero suas idéias muitas vezes primorosas. Eu já fui o cara que apresentou idéia com base, porém sem nenhum formato técnico, e só quebrei a cara.

  4. Caro Mateus não sou o cara mais indicado, mas… O intuito do convenio é a pesquisa e educacinal……
    como esta no próprio texto: foi celebrado para desenvolver e construir micro-motores de foguetes, propelidos a biocombustível e oxigênio, bem como seus respectivos equipamentos auxiliares.
    Qual a funcionalidade prática desses motores???
    O Bosco, O Dandolo…..help

  5. Nilo, motores de foguetes líquidos podem levar o homem a Lua, Marte, etc. Acionar qualquer tipo de foguete, mesmo pequenos. É de fabricação bastante simples: 2 tanques (combustível e comburente) ou um só, caso o combustível tenha essa dupla função; bombas de pressão elétricas, bicos injetores, baterias; válvulas, sensores e atuadores para manter a pressão constante; câmera de ignição com velas, e a tubeira. Essa tubeira tem que ser móvel ou com deflectores e ser controlada por um sistema hidráulico, que é ligado ao sistema de estabilização / guiagem (giroscópio, mapa digital, computador, etc).
    Os russos gostam de utilizar querosene e oxigênio, e os os europeus peróxido de hidrogênio, os americanos hidrogênio e oxigênio, entre outros.
    Colagem:

    As V2 eram propelidas a álcool combustível (mistura de 75% de álcool etílico com 25% de água) e oxigênio líquido, chamado de lox.

    Minha opinião: Vamos remontar a V-2 dos alemães, porém com novos materiais.
    http://pt.wikipedia.org/wiki/V-2
    xxxx
    http://www.youtube.com/watch?v=0A6EnqEJTfE&feature=related

  6. DANDALO MEU FILHO GOSTEI DE VER QUE VC LE MUITO,PARABENS POR ISSO, MAS DEIXE DE SONHAR, NEM VON BRAUN TINHA TANTO CONHECIMENTO ACUMULADO PARA FAZER TAL EMPREENDIMENTO,VC TEM QUE DOMINAR PROFUNDAMENTE TAIS CONHECIMENTOS ANTES DE SONHAR FAZER UM EQUIPAMENTO TÃO COMPLEXO ESTES COMBUSTIVBEIS SITADOS POR VC NÃO SÃO ASSIM TÃO SIMPLES E FACIL DE FAZER,LIGAS METÁLICAS IDEM,SOFT TAMBÉM FORA OS ETC.OUTRA COISA VC ESTÁ COBRANDO POUCO SEU SALÁRIO PARA TAMANHA GENIALIDADE SUA, VC MERECE PELO MENOS 5 VEZES MAIS DO QUE OITO MIL REAIS QUE PEDE SE CASO VC FOR UM DECIMO QUE SONHA,TEM MAIS ISSO CUSTA BILHOES, DINHEIRO NÃO NASCE EM ARVORE RSRSRSRS.BRASIL ACIMA DE TUDO.

  7. vilson j fadel;

    A tecnologia de foguetes com propelentes líquidos já é de domínio público internacional. Nós não fabricamos tais foguetes, porque não temos bons cientistas e há falta de boa vontade (só pode ser).

    Eu gostaria de ousar tecnologias futurísticas, pois que graça teria desenvolver algo que já existe há mais de 60 anos ?

    Temos que partir para a antigravidade inercial ou por campo de força, e propulsores por emissão de nêutrons, através da fusão nuclear em pequena escala.

    Caso queiram a tecnologia antiga de reação química rápida por combustão, há como aperfeiçoá-la através de sistema anti-atrito e sistema de ejeção por baixa pressão, idealizados por mim.

    Não dá para ficarmos na mesma mesmice de sempre.

    Querem me pagar mais de R$ 8.000,00 / mês ? Nada contra.

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