Consórcio Rafale faz parceria com empresas mineiras

O consórcio Rafale International assinou nesta sexta-feira, 1º, durante seminário na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), quatro acordos com empresas mineiras e com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para treinamento de pessoal e desenvolvimento e transferência de tecnologia aeronáutica. As parcerias são parte da estratégia do grupo francês de conquistar, com apoio do empresariado, a preferência do governo na renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB).

O consórcio, formado pela Dassault Aviation, Snecma e Thales, disputa com a sueca Saab, fabricante do Gripen NG, e com a norte-americana Boeing, que produz os caças FA-18 Hornet, uma licitação avaliada em ao menos US$ 4 bilhões para as aquisições, que podem ultrapassar 100 aeronaves.

Uma das parcerias foi firmada entre a empresa IAS, da capital mineira, e a Snecma, para treinamento em manutenção de motores de jatos. A IAS é uma das empresas que participa do esforço do governo mineiro de criar um polo aeronáutico próximo ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.

“Levaremos o pessoal da IAS para a fábrica francesa e, depois, técnicos da França virão ao Brasil fazer o treinamento. Vamos passar à IAS toda a manutenção dos motores dos Rafales, caso eles sejam escolhidos pelo Brasil”, disse Jean Marc Merialdo, diretor da Dassault Aviation no Brasil.

Outra carta de intenção foi assinada pela Dassault e a CSEM Brasil, instituição privada sem fins lucrativos especializada em micro e nanotecnologia. A parceria com os franceses terá o objetivo de desenvolver microssistemas para transmissão de dados e sensores sem fio, entre outros, para as aeronaves. Os dispositivos serão feitos com base na tecnologia Low Temperature Co-fired Ceramics (LTCC), que usa cerâmica de alta resistência nos sistemas. “Esperamos contribuir com nossa experiência no desenvolvimento de soluções estratégicas”, declarou o diretor da CSEM, Tiago Alves.

Já a UFMG firmou parceria com a Snecma e a Dassault para o desenvolvimento de tecnologias aeronáuticas, de motores e de biocombustíveis para aviação, além de intercâmbio de estudantes. “Vale a apena investir em relacionamento de longo prazo com a universidade, que já tem premissas de desenvolvimento técnico aeronáutico de qualidade”, avaliou Merialdo, referindo-se às pesquisas já desenvolvidas pela instituição.

Os acordos de ontem se juntam a outros 63, firmados pelo consórcio com 40 empresas, para o desenvolvimento de projetos e capacitação de pessoal. Segundo o representante do grupo francês, os acordos foram feitos com a perspectiva de que o Brasil opte pela compra do Rafale, “mas nada impede que sejam mantidos mesmo que o governo escolha outro concorrente”.

Em fevereiro, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que, mesmo com o corte de R$ 50 bilhões no orçamento da União, o governo pode anunciar ainda neste semestre qual será o fornecedor das aeronaves. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia declarado preferência pelos franceses, enquanto a Aeronáutica avaliou as aeronaves da Boeing como melhor opção. “Mudança de governo não significa mudança de posicionamento estratégico dos concorrentes. Mudaram as pessoas que vão avaliar as ofertas. As vantagens que cada um oferece são as mesmas”, concluiu Merialdo.

Fonte: O Estado de São Paulo  via NOTIMP

17 Comentários

  1. Se não reativarem posteriormente o FX com a inclusão do Typhon e do SU e mesmo com uma escolha tecnica pro Gripen NG o Rafale é uma boa opção.Percebesse que tem uma articulação dos EUA para desclasificarem o Rafale em todas as licitações com pressões e artificios.É questão de vida ou morte não so para a Dessalt mas para a França a continuidade do Rafale que ficara dificil se eles estiverem sozinhos,por isso Sarkosy tem pesadelos com uma possivel perda da licitação no Brasil,que com nosso avanço no segmento aeronautico e os vinculos e simpatias reciprocas de nossos governos sera fundamental ao desenvolvimento deste excelenta mas carissimo vetor…Sonhar não custa nada e sonho Com Rafale para a FAB e Gripen NG para a FAB e MB ou com o SU no lugar do Rafale com o NG complementando…Se eles cederem maisum pouquinho seremos os dois unicos paises a operar e a desenvolver o Rafale.

  2. Aos Choramingões da contenção tenham paciencia.Tudo o que ja foi acordado prossegue a moda JABUTI DO SERRADO mas prossegue.Não quiseram fazer festinha pro mundo ( Copa e Olimpiada ),agoar teremos de ter paciencia pois a Titia não é burra e tudo no seu devido momento obedecendo uma ordem de prioridades para não deixar o caixa no vermelho como fez o LULINHA PAZ E AMOR que COMO NUNCA ANTES NA HISTORIA DESSE PAIS TANTO SE ROUBOU E TANTO SE GASTOU…CAMPANHA JOBIM 2012 PRA LUA OU PRA RUA…

  3. Leônida .. Se for por conta do governo, 9348 Começa as negociações e em 9983 Contrato final! Piada não ?

    Apesar de alguns aqui criticar o jobim, Ele é o unico que está puxando o saco de dilma pra que essas negociações sejam feita o mais rapido possivel .. =S

  4. Com certeza os franceses estão com a corda mais apertada que os americanos, logo é uma excelente oportunidade para tirarmos proveito da situação, podemos salvar a França da bancarrota tendo em troca a tecnologia deles. Caças, submarinos, helicópteros, fragatas…

  5. Pelo visto ele vem com carga total para a FAB ainda bem que eu to estudando muito no colégio Militar para ver essa belas aeronaves em Pirassununga (AFA) vai dar RAFALE seria legal ver o Brasil com o Rafale e o F-18

  6. O Brasil é uma Federação ? Sim, então os Estados têm o direito legal de investirem em que bem entenderem.

  7. Ouvi falar disso aqui no rádio! Eu entrei lá na UFMG nesse semestre no curso de matemática computacional. Será que vão precisar de minha área daqui uns quatro anos?

  8. jnpnhr: matemática vai em tudo; com certeza você estará empregado. Isso, é claro, se você se destacar nos estudos…

  9. Até sou a favor de punhado desses “bichões” para compor o 1ºGDA… Mas torço para ter um montão dos “Fuscas” Gripen NG e Sea pra equipar a segunda linha das nossa defesa aérea… Afinal precisamos de um caça econômico e pau-pra-toda-obra para o dia-dia, capaz de operar de pistas improvisadas e da nossa NAe São Paulo… “Cacinha” simpático e que cabe no bolso do brasileiro…
    🙂

Comentários não permitidos.