Acordo na Otan mantém EUA no comando dos ataques na Líbia

Míssil Tomahawk -versão para submarinos

A decisão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de assumir o comando da manutenção de uma zona de exclusão aérea na Líbia não inclui a realização de ataques aéreos contra as forças do líder líbio, Muammar Kadafi, missão que continuará nas mãos dos Estados Unidos até que um novo acordo seja definido, disse na sexta-feira o vice-almirante Bill Gortney.

Gortney, que é chefe do estado conjunto das Forças Armadas dos EUA, afirmou que a operação apoiada pelos norte-americanos contra as forças de Kadafi envolve três diferentes missões: a imposição de um embargo a armas, uma zona de exclusão aérea e a proteção de civis líbios. Ele disse ainda que os militares dos EUA inicialmente assumiram o comando de todas as três missões para implementar rapidamente a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) autorizando a ação.

Mas o presidente Barack Obama e outras autoridades norte-americanas deixaram claro que vão transferir a chefia das operações assim que possível. A aliança ocidental já assumiu o controle do embargo de armas, liderado por um vice-almirante italiano e concordou em se encarregar da zona de exclusão aérea nos próximos dias, disse Gortney.

Há divergências, porém, sobre a terceira missão, que inclui ataques aéreos para impedir Kadafi de atacar seus oponentes. “Esta missão vai permanecer nas mãos dos EUA até o momento em que a coalizão estiver pronta para assumi-la”, declarou ele durante uma coletiva de imprensa no Pentágono. “Minha expectativa é que isto também fique sob o controle da Otan. Mas… essas são decisões e discussões em andamento na instância política, e eu apenas não quero especular no momento como ficarão.”

Gortney afirmou que a coalizão lançou 16 mísseis Tomahawk e realizou 163 incursões aéreas nas últimas 24 horas, das quais 96 estavam relacionadas a ataques e não exclusivamente ao patrulhamento da zona de exclusão aérea. “A maioria desses ataques não é planejada previamente, mas visa alvos de oportunidade, o que significa que nós respondemos a ameaças quando ocorrem ou quando um novo alvo se mostra vulnerável e cujo abate é importante naquele momento,” acrescentou.

Os ataques foram direcionados a instalações de comando e controle e guarnições de mísseis Scud ao redor de Trípoli, bem como a sistemas de defesa aérea ao sul. Gortney disse que os alvos também incluíram tanques líbios que se preparavam para atirar contra a cidade de Ajdabiya.

Fonte: Terra

3 Comentários

  1. O neocolonialismo faz mais uma vítima..Poços de petróleo abundantes, um ditador odiado por parte de seu povo e a necessidade de impor a agenda da indústria de armas tornaram esta realidade possível…Pobre Ruanda que só tinha chá…

  2. Com a desculpa de proteger , vão invadir a Líbia..e querem q eu acredite q as bonbas e misseis deles só destroi predios militares e seus veículos, vidas nunca?!?!Sds.

  3. Quanto mais infraestrutura destruir melhor, depois irão vender serviços, em uma Europa com uma crise econômica, desemprego é uma ótima solução.
    Só que uma pergunta não esta clara quem é esses rebeldes?
    Dá para confiar neles (divididos que são em tribos) ???
    Voltando ao assunto, a coalisão virou um saco de gato ou melhor de interesses, sabe quando entrarão em acordo??? é melhor os americanos esperarem sentado para não cansar.

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