Obama é recebido no Palácio do Planalto por Dilma Rousseff

Obama acena ao desembarcar na Base Aérea de Brasília às 7h42

Presidente dos EUA é recebido com honrarias militares no primeiro compromisso de seu giro latino-americano

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi recebido na manhã deste sábado pela líder brasileira, Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em Brasília. Prevista para as 10h, a chegada do presidente americano ao Planalto ocorreu às 10h28.

Obama passou as tropas em revista antes de subir a rampa do Planalto, onde encontrou Dilma e o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota. A primeira-dama Michelle Obama já estava no topo da rampa, onde chegou separadamente do marido. Após execução dos hinos americano e brasileiro, Obama entrou no palácio, onde posou para fotos ao lado de Dilma e cumprimentou ministros e autoridades.

Na manhã deste sábado, Obama e Dilma participam de uma reunião avançada para acertar detalhes de tratados e acordos entre EUA e Brasil. No total, serão dez textos relativos a parcerias nas áreas comercial, econômica, social, cultura e ciência e tecnologia.

A cerimônia começou um pouco mais de duas horas depois de Obama chegar, com sua família, à Base Aérea de Brasília, para começar a primeira etapa de um giro latino-americano de cinco dias que incluirá o Chile e El Salvador e foi descrito pela Casa Branca como “emblemático”.


Em sua mensagem semanal, que coincidiu com o início de sua primeira viagem pela região, Obama afirmou neste sábado que a aliança com a América Latina é cada vez mais “vital” para os EUA. “Sempre tivemos um vínculo especial com nossos vizinhos do sul. É um vínculo que nasce de uma história e de valores comuns, e milhões de americanos com raízes na América Latina o reforçam”, afirmou Obama em seu discurso gravado, divulgado nos EUA na manhã deste sábado.

Com sua mulher, Michelle, e as filhas Malia e Sasha, o líder americano desembarcou às 7h42 na Base Aérea depois de o avião Air Force One ter pousado às 7h31. Após o desembarque, Obama e sua comitiva seguiram para o hotel Golden Tulip, onde ficaram antes do encontro com Dilma.

Logo após a chegada à base aérea, representantes do governo brasileiro e americano assinaram dez acordos e tratados de cooperação. Entre os documentos há memorandos para o Comércio e para parcerias em grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016.

A viagem, que ocorre em meio à tragédia do Japão e à crise na Líbia, foi descrita como muito importante pelo governo americano. “Vemos uma enorme convergência de interesses entre Brasil e EUA, e um momento enorme de oportunidades”, afirmou nesta semana o conselheiro adjunto de Segurança Nacional dos EUA, Ben Rhodes.

Washington quer aproveitar o enorme potencial econômico da relação bilateral com o Brasil, que se transformou na sétima potência econômica e cujas trocas comerciais com os EUA dobraram na década passada.

Depois que China superou os EUA como principal comprador das exportações brasileiras, Washington quer recuperar a iniciativa e está interessado, segundo a Casa Branca, em desenvolver uma colaboração em energia e infraestruturas – principalmente em relação aos investimentos que o Brasil terá de fazer para os Jogos Olímpicos de 2016 e a Copa do Mundo de 2014.

Além disso, o Brasil conta com reservas de petróleo que equivalem ao dobro das americanas e vê a perspectiva de se transformar em exportador da matéria-prima. No encontro, os dois presidentes devem também abordar a colaboração em energia nuclear.

Embora os EUA garantam que uma das grandes vertentes da viagem seja fomentar a criação de empregos, a conversa com Dilma não se limitará a isso.

Os dois governantes devem abordar também o Irã, que, no ano passado, foi um dos motivos de distanciamento entre Washington e Brasília após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter alcançado um acordo nuclear com Teerã considerado insuficiente pelas potências internacionais.

Os dois líderes devem discutir as aspirações do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, e há expectativa de que Obama dê seu apoio ao País como fez no ano passado em relação à Índia durante giro pela Ásia.

Após o encontro no Palácio do Planalto, Dilma e Obama fazem uma declaração conjunta e seguem para o Itamaraty, onde encerram um encontro de CEOs brasileiros e americanos e assinam um acordo de Previdência. Em seguida, participam de almoço com empresários e outros convidados.

Por volta das 15h, Obama discursa para empresários no encerramento do Fórum Empresarial Brasil-EUA, no Centro Empresarial 21. Antes de embarcar às 18h20 para o Rio de Janeiro, para a segunda etapa de sua viagem no Brasil, o líder americano participa às 17h20 de uma recepção no Palácio do Alvorada oferecida por Dilma.

*Com BBC e EFE

Fonte: Último Segundo

6 Comentários

  1. Será que se resumirá em uma seguinte frase:“saiu o cara e entrou a coroa?”_ essa eu guardei para um momento especial,más não contive,Hehe…

  2. Petróleo? Algodão? Minério de ferro? Na verdade quero que o Brasil venda ao MUNDO:
    .Derivados de petróleo
    .Biocombustíveis
    .Aço/ligas ferrosas
    .Tecidos
    .etc
    .
    Chega de exportarmos commodities!!!

  3. Olha a Curiosidade sobre a Limousine do Obama A Besta” é uma limusine especial, avaliada em R$ 500 mil (US$ 300 mil). Blindado até no tanque de combustível, o veículo ganhou o apelido por sua resistência e poder de fogo. É, por exemplo, capaz de resistir a um ataque de míssil, balas dos mais variados calibres e até a lança-chamas. Tem um “compartimento de pânico”, onde o presidente pode ficar selado à espera de socorro. Um tanque de oxigênio mantém o ar puro por 12 horas. isso é um Carro ou um taque de Guerra

  4. Vi no noticiário em que os Ministros do Brasil iriam se reunir com o Barack Obama, mas só iriam fazer isso se todos eles (os Ministros) fossem revistados. è claro que não gostaram da idéia e se retiraram. Isso é um absurdo, estão em nosso País e ainda pedem essa exigencia ridícula. É pra acaba mesmo…

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