Aviões franceses atacam tanques militares da Líbia

http://4.bp.blogspot.com/-eU4BgfsYtl4/TYKPyRhOr-I/AAAAAAAADCU/anIgXlQw2Rk/s400/Hajo%2B%2528%25C2%25ABno-fly-zone%25C2%25BB%2529.jpgOs aviões franceses que neste sábado começaram a operação militar na Líbia abriram fogo contra as forças de Muamar Kadafi, anunciou o Ministério da Defesa francês, que ressaltou que a missão pretende garantir a exclusão do espaço aéreo e evitar ataques contra a população civil. Segundo o presidente francês, Nicolas Sarkozy, ação acontece para impedir que as forças do governo líbio ataquem o reduto rebelde de Benghazi.

Thierry Burkhard, coronel do Estado-Maior do Exército, indicou em entrevista coletiva que um dos caças franceses envolvidos nas operações desta tarde realizou “um tiro por volta das 17h45 contra um veículo militar”. Citando fontes dos rebeldes, o canal de televisão “Al Jazeera”, a emissora disse que os caças franceses Rafale destruíram pelo menos quatro tanques, sem dar mais detalhes.

A ação começou horas depois de líderes ocidentais e árabes terem se reunido em Paris para chegar a um acordo sobre a ação para confrontar o líder líbio, Muamar Kadafi. “Nossa Força Aérea se oporá a qualquer agressão”, disse o presidente Nicolas Sarkozy, que previamente havia anunciado que aviões franceses já sobrevoavam a Líbia.

Segundo Sarkozy, caças franceses Rafale sobrevoavam a Líbia para realizar uma missão de reconhecimento do território. A aviação francesa tem o objetivo de “impedir ataques aéreos contra a população em Benghazi”, no leste do país.

Outros aviões estão “prontos para intervir contra blindados” do exército líbio, disse o presidente francês.

Sarkzoy confirmou as operações militares na Líbia após uma reunião extraordinária em Paris sobre a crise no país africano. O encontro contou com a presença de 22 representantes de governos e de organizações internacionais (ONU, Liga Árabe e União Africana).

O clima de urgência da cúpula foi aumentada após informações de que Benghazi continuou sendo palco de enfrentamentos apesar de um cessar-fogo anunciado pelas forças do regime líbio. Neste sábado, um avião caça chegou a ser abatido e caiu, em chamas, sobre Benghazi.

“Se não houver um cessar-fogo imediato, nossos países recorrerão a meios militares”, disse Sarkozy, após o encontro.

O presidente francês afirmou que o líder líbio, Muamar Kadhafi, “desdenhou” o ultimato da comunidade internacional, “intensificando seus ataques assassinos nas últimas horas”.

Mas Sarkozy deixou uma porta aberta e afirmou que “ainda é tempo para Kadafi evitar o pior”. Se respeitar a resolução da ONU, indicou o presidente francês, também que “as portas da diplomacia se abrirão quando os ataques cessarem”.

Sinal verde

Na quinta-feira, a ONU adotou a resolução 1.973, que instaura uma zona de exclusão aéra na Líbia para proteger os civis de bombardeios e autoriza os Estados membros a tomarem “todas as medidas necessárias” para proteger os civis dos ataques, excluindo a possibilidade de envio de forças de ocupação estrangeiras.

“Nossas forças irão se opor a todas as agressões”, disse Sarkozy. “Nossa determinação é total”, acrescentou o líder francês. O presidente francês afirmou que “todos os meios necessários, particularmente militares serão aplicados para garantir o respeito das decisões do Conselho de Segurança da ONU”.

O governo líbio anunciou um cessar-fogo na sexta-feira, mas desde o princípio os rebeldes e líderes da comunidade internacional se mostraram reticentes em relação ao anúncio. Neste sábado, a reportagem de BBC em Benghazi testemunhou a entrada de tanques das forças do coronel Muamar Khadafi entraram na cidade.

Por volta das 9h da manhã do horário local, um avião caça foi atingido, pegou fogo e caiu sobre a cidade em um movimento dramático. A violência em Benghazi fez com que centenas de carros deixassem a cidade em direção à fronteira com o Egito, ainda mais ao leste do país. Outros tentam fugir a pé.

A agência de refugiados da ONU, Acnur, diz que está se preparando para receber 200 mil pessoas que tentam se afastar dos combates.

‘Hora de agir’

Com a popularidade baixíssima nas pesquisas de opinião na França, o presidente Sarkozy, que reconheceu ter minimizado a importância dos levantes populares na Tunísia e no Egito, quis tomar a dianteira na crise líbia.

Analistas creem que o país de Sarkozy deve liderar a operação na Líbia ao lado da Grã-Bretanha. Ao fim da reunião em Paris, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, acusou Khadafi de desrespeitar o cessar-fogo anunciado pelo seu governo e pôs sobre líder líbio a responsabilidade pela ação militar europeia.

“O coronel Khadafi fiz isto acontecer, porque mentiu para a comunidade internacional. Ele prometeu um cessar-fogo e quebrou o cessar-fogo. É hora de agir”, disse Cameron à BBC. Ele acrescentou que a necessidade de ação militar é “urgente”.

“Temos de pôr em ação o desejo das Nações Unidas. Não podemos permitir que continue o massacre de civis.” A coalizão de forças também pelos Estados Unidos e diversos países europeus e árabes.

Na sexta-feira, o presidente americano, Barack Obama, subiu o tom contra o líder líbio e afirmou que Kadafi deve cessar as hostilidades contra opositores ou “enfrentar consequências”. “Todos os ataques contra civis devem parar. Khadafi deve impedir que suas tropas continuem avançando para Benghazi e retirá-las de Ajdabiyah, Misrata e Zawiya.”

“Deixe-me ser muito claro: Esses termos não são negociáveis. Se ele não acatar, a comunidade internacional irá impor conseqüências”, afirmou Obama.

*Com BBC

Fonte: Último Segundo

14 Comentários

  1. Ess zona de exclusão tem o objetivo claro de manter os opositores de Kadafi vivos. Mas pode ter chegado tarde demais.

    []’s

  2. Pergunta que não precisa de resposta: Será que se a Líbia não tivesse petróleo a reação seria a mesma ? Pobre Ruanda…

  3. Fala kamaradas…
    Concordo contigo Ronaldo. A França sempre é colocada num plano secundário por muitos, mas esquecem q junto com a Alemanha, estão ditando as regras políticas e econômicas da Europa.
    A França foi o primeiro país a oficializar os opositores da Líbia como representantes do povo líbio. Tbm foram os primeiros a atacarem o exército de Kadafi.
    Arrisco a dizer q o Rafale nunca esteve tão vivo neste país como agora, posicionando-me contrário a muitos q decretaram o definhamento das chances deste por lá.
    O futuro do Rafale depende do posicionamento forte do governo francês, tanto no quesito econômico qnto no político.
    Falow
    P.s.: Agora q o Rafale abriu o caminho, os Tornados, Typhoons… podem fazer seu trabalho!!!

  4. é logico amigos que se não tivesse petroleo podiam se matarem todos,que eles não tavam nem ai,alguem esta se importando com iemen,marocos,e varios outros paises africanos em crise,georgia,coreia do norte,coreia e georgia lá tem miceis intercontinentais atomicos,de china e russia porque os franceses não experimentam o rafale lá am,os americanos,ingleses,italianos covardes só atacam paises com petroleo e indefesos,bando de covardes ladrões.

  5. Senhores,
    De novo vocês insistem na tese que as nações devem se guiar por nobre sentimentos humanitários.
    Não sejam ingênuos!
    O estabelecimento da ordem e de governos amigáveis só interessa em regiões sensíveis, para que as “mercadorias” continuem abastecendo os mercados consumidores. Tudo se resume a “dinheiro”.
    Sempre foi assim e sempre será.
    Nem o Vaticano se guia por princípios nobres e humanitários quando do seu relacionamento externo.

  6. Por favor, avisem a Sarkozi que na China eles também atacam o próprio povo, não têm democracia e estão produzindo armas de destruição em massa. Em quantos dias os Rafales estarão sobrevoando Pequim?

  7. concordo totalmente bosco, essa guerra da libia nao tem nada a ver com petroleo, é movimentaçao de dinheiro na industria belica , e tb limpar um pouco a imagem dos paises(europeus) que apoiavam o regime de kadafi.

  8. Acho que agora o “clone do Caubi Peixoto” tá enrrascado… E se ele bobear, vai ter o mesmo destino do Sadan Hussein… E, eu não gastarei uma vela sequer pela “alma” dele… hehehe

  9. O idiota do Kadafi foi atacar civis, aí deu brecha para os papões…

    A Onu não tem que se meter em guerra civil, escolher um lado etc. Apoio a decisão dos BRICs em se abster, pois é uma situação delicada.

    Então não têm que protejer os “rebeldes armados” e sim civis.

    Mas como eu disse, o coronel meteu bomba nos civis aí se danou…

    Quanto à isso eu acho é pouco, tem que meter um tomahalk na casa dele!!!

  10. Seria bom se essa area de exclusao aerea ajudasse mesmo o povo libio e os livrassem do ditador,seria bom se civis nao morressem com os ataques estrangeiros o que é impossivel…más o pior é que a França na minha opiniao quer mesmo é fazer propaganda do seu caça e movimentar sua industria belica e os EUA como sempre tbm querem isso aliado ao petroleo,nao é uma coisa um tanto hipocrita?!.

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