Embraer Defesa e Segurança assina contrato de compra da Orbisat

A Embraer Defesa e Segurança assinou um contrato de compra de 64,7% do capital social da divisão de radares da OrbiSat da Amazônia S.A. O negócio, cujo valor é de R$ 28,5 milhões, representa um importante passo estratégico para aumentar a participação da Embraer Defesa e Segurança no Sistema Brasileiro de Segurança.

“A OrbiSat detém uma tecnologia que poucos países do mundo dominam”, disse Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança. “A sinergia proveniente desta aquisição trará soluções importantes para o desenvolvimento e a fabricação de sistemas de monitoramento e de defesa antiaérea a nível internacional.”

Sistema de Vigilância de Fronteiras (SISFRON), de responsabilidade do Comando do Exército através do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX)

Fundada em 1998, a OrbiSat criou em 2002 a divisão de radares para desenvolver tecnologia de última geração para aplicação em sensoriamento remoto e radares de vigilância aérea, marítima e terrestre. O negócio cresceu rapidamente e hoje representa 40% do faturamento da OrbiSat. Atualmente, a empresa negocia com a Força Aérea Brasileira e a Marinha do Brasil contratos para o desenvolvimento e a produção de sistemas de monitoramento integrados, programas semelhantes aos que já possui com o Exército Brasileiro.

Esta transação implica na cisão da OrbiSat em duas empresas: uma com foco em radares, controlada pela Embraer Defesa e Segurança, e a outra atuando no segmento de equipamentos eletrônicos, a qual continuará sob controle dos antigos proprietários.

Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SISGAAZ) que está sendo desenvolvido para a proteção da área da chamada Amazônia Azul e os recursos do Pré-Sal

O faturamento estimado para 2011 da divisão de radares da OrbiSat é de R$ 50 milhões, contando com um efetivo aproximado de 150 empregados. Em conjunto com o Exército Brasileiro, a empresa desenvolveu o radar SABER M60, que será a base do Sistema de Vigilância de Fronteiras (SisFron). A OrbiSat é a empresa que realiza sensoriamento remoto do solo abaixo das copas das árvores com a maior precisão do mundo. Tal tecnologia está sendo utilizada no contrato com o Exército Brasileiro para mapeamento do vazio cartográfico na região amazônica. A empresa já realizou serviços similares em vários outros países.

O acordo será submetido à avaliação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade e é a primeira aquisição da recém-criada Embraer Defesa e Segurança.

Fonte:  Tecnologia & Segurança

Comentário konner:  Só falta a ATECH — A ORBISAT tem em seu portfólio dois produtos que serão a base tanto do SISFRON como do SISGAAZ. Trata-se do radar SABER para controle aéreo, e seu derivativo em desenvolvimento, para vigilância terrestre.

O objetivo da EMBRAER em adquirir as duas empresas está voltado a estes dois principais projetos do Brasil.

Sob pressão de concorrente, Embraer mira área de defesa

Empresa paulista anuncia hoje a compra da divisão de radares da Orbisat Objetivo é expandir sua atuação nesse setor bilionário, que assiste à maior movimentação desde a ditadura

IGOR GIELOW

Pressionada pela movimentação de concorrentes, a Embraer inicia hoje a expansão de sua área de defesa. A empresa paulista anunciará a compra da divisão de radares da Orbisat, a primeira aquisição desde que criou a subsidiária Embraer Defesa e Segurança, no fim de 2010.

As vendas de equipamento de defesa, concentradas em aviões, somaram R$ 1,2 bilhão na carteira da Embraer no ano passado. Com a compra da Orbisat e a negociação pelo controle da empresa de eletrônica Atech, a Embraer visa diversificar seu portfólio de produtos militares e de segurança.

A Orbisat fabrica radares de vigilância aérea e sistemas de sensoriamento remoto. Sua linha de produtos como receptores de TV por satélite seguirá com os antigos donos. Segundo a Folha apurou, a Embraer pagou cerca de R$ 30 milhões.

A empresa já trabalha para as Forças Armadas e tem pronto um radar de vigilância, o Saber, que foi desenvolvido em conjunto com o Exército, com o objetivo de equipar o sistema de controle de fronteiras.

O projeto de R$ 10 bilhões deve ser implementado nos próximos anos, e, assim, a Embraer se posiciona para disputá-lo. A Marinha também tem plano semelhante.

Além disso, a Embraer pretende usar o radar como parte de um sistema de defesa antiaérea a ser oferecido também ao Exército. Na Copa-2014 e na Olimpíada-2016, estádios precisam, por normas internacionais, ser protegidos por baterias de mísseis contra eventuais ameaças terroristas.

EXPANSÃO DO SETOR

A jogada da Embraer, cujos planos de diversificação incluem estudos até para construir trem-bala, tem razão de ser. Desde o ano passado, quando novas leis promoveram o arcabouço jurídico para a indústria bélica nacional, o setor assiste a sua maior movimentação desde a ditadura militar.

A gigante aeroespacial europeia EADS, por meio de seu braço de defesa chamado Cassidian, associou-se à empreiteira brasileira Odebrecht, e o primeiro alvo da dupla é a aquisição da fabricante de mísseis Mectron.

A Odebrecht já tem um bilionário subcontrato do programa de submarinos da Marinha, tendo sido escolhida pela francesa DCNS para construir um novo estaleiro.

O novo submarino convencional terá quatro unidades montadas no Brasil e servirá de base para um modelo de propulsão nuclear.

Fonte: FSP via NOTIMP

26 Comentários

  1. O problema, é que que canhões lasers poderão destruir facilmente os satélites de comunicação, sem contarmos com os mísseis anti-satélites que poderão ser lançados de aeronaves ou balões.
    Há alternativas melhores e mais baratas.

  2. Verdade Nick, seria muito bom, mas tem que ter incentivo, não adianta nada ela estar 100% mas o Brasil não querer comprar nada.

  3. Estou ansioso para ver que tipo de sistema de defesa anti-aérea baseada em misséis o Brasil vai desenvolver… Tenho esperança que estes projetos alcancem o “estado da arte” e nos torne autônomos e auto-suficientes neste seguimento de defesa… O que na minha opinião seria um importante fator dissuasivo contra hipotéticas investidas contra o nosso território e as nossas riquezas… E tomara que em futuro próximo também seja desenvolvido, com tecnologia 100% nacional, um sistema SAMs de longo alcance, e sejam instalados alguns “sites” em ilhas com posição estratégica ao longo da nossa “Amazônia Azul”… AMÉM!

  4. Os comentários do Dandolo desprestigiam o fórum… não dúvido da capacidade dele, mas ele viaja demais nos argumentos e acaba desfocando os demais, que param de falar sobre a noticia em si para argumentar os comentários dele..

  5. O Mindua….. naaaaaaaaaaaaaaaaaa^^ooooooooooooooo vamos corromper o dandolo((isto é ..:o menino))) heheheh sds

  6. Feh, eu gosto muito dos seus comentários mas acho que o Dandolo não desprestigia o fórun, ja faz tempo que ele posta no blog e os comentários são sempre parecidos, então acho que é o jeito dele mesmo e não é nem um tipo de sacanagem dele.
    .
    Quanto a notícia achei ótima, que bom assim as indústrias de defesa do Brasil se fortalecem e diminui o risco de serem compradas por extrangeiras.

  7. O BNDES tem emprestado dinheiro para empresas nacionais se fundirem. Através do BNDES, o governo podia emprestar dinheiro para Embraer comprar a Mectron e também a Avibrás. Assim, logo de cara se tem uma grande empresa de tecnologia militar. O problema é que o governo atual não tem nem pensamento estratégico nem muita simpatia pela indústria de defesa.

  8. Fantastico!! tenho certeza que terao muito mercado pela frente e vai dar certo. Mas como todo bom brasileiro já tarimbado pelo tempo, espero que não façam como a AVIBRAS que tanto produziu e ainda pretende produzir e quando chega lá o governo compra materiais de outras fontes (estrangeira), lamentavel!!!SUCESSO EMBRAER!!!
    CAMPANHA “JOBIM PRESIDENTE 2015”. ABS…

  9. Vamos ter que unir a fronteira amazônica, com a Internet, via cabo, microonda e radiofrequência. Via satélite, não seria uma boa idéia. Agora, em tempo de paz, pode ser.
    Se não me quiserem aqui, vou partir. Não há problema.

  10. Vídeo bastante interessante.
    http://www.youtube.com/watch?v=hsPKYDcfw4k&feature=related
    A guerra do futuro não poderá depender mais de satélites militares. As FFAA investirem em satélites,será um tiro no pé. Agora, em tempo de paz, o Governo Federal deverá fazê-lo.
    Querem que eu monte a Internet Militar para as FFAA ?
    Vamos ter que formar uma boa equipe.
    Sugestão: Criar uma nova Arma no Exército, chamada Internet Militar. A Força Aérea e Marinha podem fazer o mesmo.
    Eu sei como codificar as transmissões, sem que elas percam a velocidade, de maneira que violá-las em pouco tempo seria impossível. Não sei se os outros exércitos já possuem essa tecnologia.
    Pessoal, vou me afastar do fórum, pois sei que estou atrapalhando a alguns.
    Eu quero esquecer da Arte da Guerra e Tecnologia Militar.
    Motivo: Não sou amigo, amigo do amigo, fidalgo (filho de algo), bajulador e apadrinhado político.
    Vou procurar uma outra atividade longe das Forças Armadas e da Política Brasileira.
    Estejam com Deus.

  11. Não tiu dandolo! se você sair o site perde metade da graça.
    Eu devo concordar uns 0,001% com você, mas, se todos aqui se entendem e falam a mesma coisa, que vantagem temos de vir aqui expor nossas opiniões e pontos de vista? Quero dizer, sem choques de idéias, não existe o que aprender, ou construir.
    Acho, sinceramente, que ouvir você falar de coisas um tanto surrealistas, serve também (pelo menos no meu ponto de vista) para que percebamos o quanto nos apegamos a tecnologias que não mudam a quase 1 século, sempre postando nos conceitos conservadores de ciência que já estão estagnados.
    Admito que as coisas que você diz (no que diz respeito a tecnologia) são possíveis e, embora pareçam absurdas, já estão em desenvolvimento ou totalmente desenvolvidas e não são liberadas por motivos óbvios de disputa de poder entre grupos espalhados pelo mundo.
    Para comprovar o que digo recomendo a todos os vídeos “Free Energy” e um documentário chamado “quem matou o carro elétrico”, apenas duas amostras de que o que o Dandolo fala não é palhaçada, embora no contexto político e social que vivemos seja muito improvável que aconteçam.
    Só para completar quem inventou o LASER foi um brasileiro (coisa que ninguém fala afinal, se os estadunidenses tentam roubar o avião até hoje, não seria diferente com algo tão inovador quanto o LASER), e cientistas americanos fizeram experiências fazendo um feixe de LASER emitido da terra ser refletido num espelho colocado na lua, tornando a possibilidade de atingir satélites mais do que possível inclusive com testes para derrubar mísseis com LASER feitos também pelos yankees.

  12. Dandolo,
    Assista Zeitgeist Addendum e Zeitgeist Moving Forward. E venha aumentar o grupo dos que apoiam a economia baseada em recursos. Corrupção e guerras são doenças do capitalismo.

  13. dandolo, não esquenta não, eu só estava brincando com você… seus comentários sempre me fazem dar um sorriso, fica aqui.

  14. Vou permanecer, mas alerto que sou muito crítico. Eu sei que há muitos interesses comerciais em jogo. Procuro sempre seguir os princípios éticos.
    Vamos comentar sobre a guerra moderna.
    Vocês sabem muito bem, que a primeira etapa numa guerra de porte, é destruir o Sistema de Comunicação do Inimigo.
    É assim que os americanos agem. Depois destroem a infraestrutura da nação (energia elétrica, água, esgoto). Paralelamente, neutralizam os aeroportos e destroem a logística inimiga. Procura-se ter a superioridade aérea, destruindo os canhões Aé e mísseis Aé inimigos. Depois de tudo isso, o massacre começa, como se fosse um pente fino.
    É mais fácil lançar uma usa super-bomba de 4 a 8 ton para queimar uma Brigada de Cavalaria Blindada ou de Infantaria, do que enfrentá-los de frente.
    O Brasil ainda é um país atrasado em matéria de estratégia militar. Os americanos, russos e chineses, também deixam a dejar, mas não são tão cegos como nós.
    A Internet foi feita para o Pentágono, mas depois os americanos a liberaram para todos. Se 90% dessa rede de computadores inteligente for destruída, ela não para de funcionar. Coisa de gênio, feita por jovens americanos altamente criativos e intuitivos.
    Satélites são altamente vulneráveis numa guerra moderna.
    Há 15 anos, falei isso para um militar americano.
    Disse para ele:
    1) Marinha de superfície é muito vulnerável, pois muitos mísseis cairão ao mesmo tempo nos navios, que são paióis flutuantes (isso sem contar com as armas nucleares);
    2) Satélites militares são altamente vulneráveis, e vocês vivem em função deles;
    3) Vocês devem aperfeiçoar o Raio Laser para destruir mísseis e aeronaves.
    O militar americano me levava a sério, mas, lamentavelmente, os militares brasileiros, que não gostam de guerra futurista, achavam que eu vivia no mundo dos sonhos. Eu realmente estou muito desiludido com os militares brasileiros. Se não mudarmos de mentalidade, até os paraguaios irão nos dar uma surra vergonhosa no campo de batalha.
    O Haiti não é nada x nada. Estamos perdendo tempo nesse pobre país. Enviem ONGs para o Haiti. Ajudem o Haiti a formar a sua Força Armada e Polícias, e coloquem um Regime Militar do tipo 64 (Provisório), por uns 20 anos, que eles irão evoluir. Não podem ter um único líder no governo (civil ou militar), pois virarão ditadores ou reis sanguinários, do tipo Kadafi, Fidel, entre outros.
    O nosso país não pode desperdiçar dinheiro com armas que não vencem guerras.
    Cadê a nossa bomba hiperbárica de 4 a 8 toneladas ?
    Cadê a aeronave ou míssil para lançá-la ?
    O Caça Sukoi russo ou Rafale francês, tem a capacidade de transportar uma bomba hiperbárica de 4 ton ?
    A bomba não precisa ser roliça, cilíndrica. Pode ser até dividida em 4 partes. Nós temos bombas guidas por RF, GPS , Laser, Radar / Mapa digital ? Cadê os Míssil Cruzeiro brasileiro ? Temos pequenos aviões espiões que voam a 20 km de altitude ? Sem vermos o inimigo, como iremos atingi-lo ?

  15. É pessoal … O Brasil não me contrata. Vou acabar trabalhando em outros países em Ciência & Tecnologia.
    Eu não sou amigo, amigo do amigo, fidalgo (filho de algo), bajulador, apadrinhado político, e nem corrupto. Que chances eu teria por aqui ?

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