CENTRO ESPACIAL DE ALCÂNTARA RECEBE RECURSOS

Sugestão: Harry

Vista áerea da área residencial do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. Foto: Arquivo/CLA

LIBERADOS R$ 8,696 MILHÕES PARA CENTRO ESPACIAL DE ALCÂNTARA (no Maranhão)

“O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Thyrso Villela Neto, liberou R$ 8,696 milhões para implantação do Centro Espacial de Alcântara, situado no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Estado do Maranhão. A autorização foi feita por meio da Portaria nº 18-AEB publicada no Diário Oficial da União, na edição de sexta-feira (11/3).

“A Diretoria de Transporte Espacial e Licenciamento – DTEL, com o apoio da Diretoria de Planejamento, Orçamento e Administração – DPOA, exercerá o acompanhamento da execução do objeto da presente descentralização, de modo a evidenciar a boa e regular aplicação dos recursos transferidos”, diz o texto da portaria.

Lançamento do VLS-1

Em seguida, informa que “o órgão executor beneficiário expressamente submeteu-se aos ditames normativos em vigor, e, em especial, ao teor da Portaria Normativa PRE/AEB nº 9, de 29 de janeiro de 2010 e deverá restituir à AEB, até o final do exercício de 2011, os créditos não empenhados e os saldos financeiros”.

CENTRO DE ALCÂNTARA

O Centro de Lançamento de Alcântara – CLA, organização do Comando da Aeronáutica, é subordinado ao Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial – CTA, e atua nas missões de lançamento e de rastreio de engenhos aeroespaciais, coleta e processamento de dados de suas cargas úteis, incluindo testes e experimentos científicos de interesse da Aeronáutica, relacionados com a política nacional de desenvolvimento aeroespacial.

Desse modo, todas as atividades exercidas pelo CLA decorrem de projetos e programas previamente aprovados em diretrizes governamentais.

Os meios operacionais utilizados para o cumprimento dessa missão são organizados e configurados sempre de acordo com as especificidades de cada operação e disponíveis nos sistemas alocados.

Atividades no Centro de Lançamento de Alcântara (MA). Foto: Arquivo/CLA

De maneira geral, o CLA não exerce apenas o conjunto de operações de lançamentos, estabelecido em cronograma de eventos. Está voltado, também, para a permanente manutenção e atualização de equipagens, aperfeiçoamento e treinamento de técnicos e engenheiros e modernização dos sistemas dedicados.

Complementarmente, são realizados testes em artefatos aeroespaciais nacionais, ensaios e instrumentação de meios embarcados, bem como a constante aferição do complexo operacional instalado.

O CLA participa, também, como estação remota de atividades conjuntas de rastreio nas operações de lançamentos suborbitais coordenadas pelo Centro de Lançamento da Barreira do Inferno – CLBI, em Natal – RN, e em parceria com o Centro Espacial Guianês – CSG, em Kourou – Guiana Francesa, do Consórcio Europeu – ESA.

HISTÓRICO

Nas últimas décadas, o avanço nos setores tecnológico, industrial e econômico restringiu a poucos países a capacidade de colocar no espaço equipamentos altamente sofisticados de pesquisa, de coleta de dados, de telecomunicação, de sensoriamento remoto e de inúmeras outras aplicações.

Em 1979, por proposta da Comissão Brasileira de Atividades Espaciais – COBAE, o governo federal aprovou a realização da Missão Espacial Completa Brasileira – MECB, que visava a estabelecer competência no país para gerar, projetar, construir e operar um programa espacial completo, tanto na área de satélites e de veículos lançadores, como de centros de lançamentos.

Dentro da MECB, coube ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, do Ministério da Ciência e Tecnologia, o desenvolvimento de satélites e do segmento de solo correspondente. E coube à Aeronáutica a implantação do centro de lançamento e o desenvolvimento dos veículos lançadores de satélites. Foi designado o Centro Técnico Aeroespacial – CTA, sediado em São José dos Campos – SP, por intermédio do Instituto de Aeronáutica e Espaço – IAE, para conduzir o projeto desses veículos, em decorrência da capacitação obtida desde a década de 60, com o desenvolvimento de foguetes de sondagem.

Nos estudos da MECB, ficou evidenciado que o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno – CLBI, da Aeronáutica, situado na cidade de Natal – RN, apesar de possuir várias características vantajosas, experiência acumulada e qualidade comprovada, apresenta importantes restrições para lançamentos de veículos maiores, do porte do atual VLS-1 e superiores.

Em face disso, a Aeronáutica propôs ao governo federal a implantação de um novo centro de lançamento que atendesse às necessidades da MECB e com capacidade de crescimento para o futuro.

Após criteriosa avaliação dos possíveis locais, foi selecionada uma área na região de Alcântara – MA para abrigar todo o complexo de instalações e de sistemas do novo centro de lançamento.

Foi então criado o Grupo para Implantação do Centro de Lançamento de Alcântara – GICLA, em 1982, com a incumbência de gerenciar todas as atividades necessárias à implementação desse centro.

Já em 1º de março de 1983, foi ativado o Núcleo do Centro de Lançamento de Alcântara – NUCLA, com finalidade de proporcionar o apoio logístico e de infraestrutura local, assim como garantir segurança à realização dos trabalhos a serem desenvolvidos na área do futuro centro espacial no Brasil.”

Com informações do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)


FONTE: Blog do Planalto,via
Democracia Política

25 Comentários

  1. Ao meu ver, podiam aproveitar que o CLA fica no Maranhão, terra natal da família Sarney, e no próximo evento para lançamento de um veículo espacial, oferecer uma viagem turística espacial só de ida para o nosso honorável senador… Também seria de bom grado que ele levasse a sua querida filha Roseana… Qual o limite de carga do VLS-1 mesmo???… Será que ele suportaria o peso do nosso Presidente do Senado carregado com todo o seu ego e sua ganância?!?… De qualquer forma, se o foguete cair ou explodir… Acho que a experiência não seria de todo mal sucedida… hehehehe
    🙂

  2. Acho que o VLS tera dificuldade com peso dos Sarneis, por isso mesmo deve ser abortado quando estiver na sua altura maxima sem preocupacao com recuperacao da carga. Sera um otimo teste para a nacao.

  3. Pq a gente continua usando esses quatro propulsores se os demais paises que lançam foguetes para o espaço usam só um? Isso não dificulta o trabalho? Quase 30 anos e nada. Logicamente a culpa não é do pessoal que tá carregando esse sonho nas mentes e corações, mas de falta de visão de nossos politicos que não tem noção da importância do setor para o desenvolvimento do país com aplicações no campo civil e militar e, por óbvio, agregando conhecimento ao nosso pessoal. Será que teremos que esperar mais 30 anos? Vergonha, países que começaram depois de nós já falam em levar um compatriota a lua e outras coisas mais… Daqui a pouco até a Bolívia vai nos ultrapassar. Vergonha.

  4. Sarney ja abriu o jogo do que ele pensa desde muito tempo com relação à corridas espaciais, e nucleares. Assim fica complicado mesmo. Porém o CLA é de caráter federal.

  5. 8 milhões não paga nem o parafuso de uma agência espacial séria, claro que não é o nosso caso, estamos anos-luz da seriedade ¬¬

  6. $8 milhoes seriam pra construir a cerca e o portao de entrada. O resto da verba esta bloqueada por uma MP a favor dos para-bolas, carambolas e sacolas que vivem ao redor desde 1744 e querem seu propio pais suportado por uma ONG da Noruegua.
    Viva o Brasil!

  7. Não entendo essa falta de prioridade do governo brasileiro, gastar 50Bi em um trem de alta velocidade entre SP e RJ – Pode até precisar, mas temos coisas mais urgentes. Só com 1 Bilhãozinho dava para se avançar consideravelmente nesso projeto espacial. Acho que nesses 30 anos de programa espacial não gastamos nem a metade de 1Bi. Vergonha!

  8. Bla bla bla e piriripi péréré pão duro rsrs e para serem gastos com o que heim…Ja deviam ter bicado a bunda dos Ucranianos trairas e fechado com os Russos ou com os Chineses…Tem gente que se contenta em ver um foguete vir montado de fora,ser lançado daqui e ficarem curtindo a fumacinha que sai do rabão do bichão rsrs e quando iremos ter realmente autosuficiencia?Nunca!E o que se gasta de dinheiro pra no fim ter-mos uma bem geograficamente localizada base que alugaremos para lançamentos rsrs…Ah fala serio Tupyniqim…Não é so contratos e dinheiro do seleto grupo de lançadores de satelites e sim capacidade de faze-los assim como tambem o veiculo…FILOSOFIA NO MELHOR ESTILO JABUTI DO SERRADO que ja se faz marca registrada em tudo o que se planeja nesta nação.Quando deixaremos realmente de sermos coadjuvantes?

  9. Tem é que investir pesado em ciência e tecnologia.Nós temos um país continental e se faz nescessário o investimento espacial tanto para nos defender como também para nos conhecer melhor todo o potencial do nosso solo e subsolo.

  10. Não pode parar, mesmo devagar , não parem, representa muito para o futuro da segurança deste país estes foguetes / mísseis.

  11. Vou explicar o que ocorre e fazer sugestões.
    O foguetão tem uma tecnologia relativamente simples, mas porque está explodindo, apesar dos testes de bancada com sucesso ? Vibração do bichão.
    Sugestão:
    – Fazer os testes de bancada, com bastante vibração;
    – Fazer testes de voo, com foguetes idênticos, com os mesmos estágios, mas menores. Se não explodir, faz o teste com outro de maior tamanho, e assim sucessivamente.
    Boa sorte.

  12. Simples, qual o próximo feriadão nacional? É só convidar Dilma de novo, e quem sabe ela solta um pouco mais a mão de ferro fechada? Claro que eu gostei da notícia, mas eu esperava uma pouco mais de investimento. Precisamos impulsionar nosso programa do VLS, se isso der certo, teremos bastante receita do empreendimento, é só confiar.
    CAMPANHA “JOBIM PRESIDENTE 2015”. ABS…

  13. Para um Centro Espacial, Oito milhoes de reais, provavelmente com essa “montanha” de dinheiro será possivel asfaltar a rodovia de acesso e cercar todo o Centro Espacial de Alcantara, com arame farpado claro.

  14. É tão raro sair dinheiro para a área especial que qualquer milhãozinho já é motivo para uma nota para a imprensa. Vergonha!

  15. 8 milhões de reais ? Eu acho muito dinheiro.
    Dá pra mim que eu monto o foguetão.
    Hidrogênio + Oxigênio, produzido pela energia solar.
    Se o pequeno de 3 estágios subir, os maiores também subirão.
    O Irã e Coréia do Norte já conseguiram.

  16. Dandolo, estes testes são feitos parecido com o que mencionou, porém a vibração ela é totalmente diferente se a proporção também for diferente. Também demanda-se recursos e recursos mais para testes realmente relevantes, simuladores avançados.. etc. Creio que tenha explodido por diversos fatores, desastre é sempre soma de vários problemas. Não descarto sabotagem, há aparelhos eletrônicos lá muito sensíveis onde qualquer onda focalizada forte incidindo pode causar problemas. E sempre tem no CTA cara com experiencia na india.. eua.. russia.. japão. Imaginem o Brasil com um foguete em estado-de-arte… Pau que bate em pedro também bate em joão… Um foguete desse indo pro espaço tambem pode ir a qualquer outro canto da terra. E se puserem alguma arma desconhecida dentro.. voando pela extratosfera.. cm aquele que os EUA recentemente lançou e ninguém soube oq tinha dentro. Existem MILHÕES de motivos para que impeçam o Brasil de possuir esta tecnologia de fato. E 8 milhões qualquer político consegue pra construir uma pontezinha alí e se reeleger. Vergonha mesmo.

  17. Enquanto isso o projeto trem-bala vai receber 55 bilhões de reais para comprarmos os trens no exterior e ficar eternamente clientes deles.
    Com 55 bilhões no programa aeroespacial dava para o Brasil enviar um homem à lua.

  18. Ridículo! com o dinheiro que empataram esses anos já tinham que ter lançado uma pá de foguetes ou mesmo mandar sondas para explorar ai afora. nesse site “http://www.galaxiki.org/web/main/_blog/all/build-your-own-nasa-apollo-landing-computer-no-kidding.shtml” tem todo o projeto do computador da apollo 11, possível de se reproduzir com apenas 3000 pau! e se com a tecnologia dos anos 70 da pra mandar gente a lua, pq esse programa brasileiro não consegue lançar por seus próprios meios um sat geoestacionário sequer. Apesar de já ter lançado vários foguetes desde o projeto sonda, já era pra ter evoluido bem mais do que o patamar que esta agora. Se explodir um já tem de ter outro pronto pra lançar em seguida. não se pode empregar todos os recursos em um só engenho tem de dividir para três ou mais projetos paralelos e quando um falhar tem outro pra substituir, a chamada redundância.
    insistir até dar certo porra!

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