Brasil construirá laboratório marítimo em plataforma desativada

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Estudos do mar

Governo e cientistas buscam caminhos para avançar nas pesquisas sobre o mar.

Uma das propostas em discussão é viabilizar a primeira plataforma oceânica brasileira, um laboratório em alto mar voltado para pesquisas científicas e tecnológicas.

A ideia foi apresentada aos pesquisadores pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, em simpósio promovido na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília.

Estudos da Petrobras apontam para a possibilidade de aproveitamento da estrutura de plataformas de exploração de petróleo que estão sendo desativadas pela companhia, que podem ser convertidas para laboratórios científicos.

No laboratório serão feitas pesquisas marinhas de alto nível relacionadas às correntes oceânicas, vida marinha, biotecnologia e geologia, sobretudo geologia do petróleo, em apoio à exploração do pré-sal.

Pesquisas oceanográficas

As discussões foram desenvolvidas a partir de três vertentes: Pesquisa e Desenvolvimento, Recursos Humanos e Aspectos Institucionais e Logística.

Ao final dos debates, o grupo chegou ao consenso de que um laboratório oceânico dessa natureza é importante para alavancar as pesquisas oceanográficas no Brasil, sendo um grande investimento, tanto do ponto de vista político-estratégico quanto científico.

Os cientistas prepararam uma série de sugestões, que serão apresentadas ao ministro como subsídio para desenvolvimento de pesquisas, formação e capacitação de recursos humanos em Ciências do Mar, utilizando a Plataforma Oceânica como base para os avanços das pesquisas.

Projeto Pirata

Outra iniciativa para facilitar a coleta de dados sobre o mar é o Projeto Pirata, implantado desde 1997.

Trata-se de uma cooperação entre Brasil, Estados Unidos e França, que trabalha com um conjunto de boias oceânicas ancoradas no Atlântico Tropical, tendo no Brasil a coordenação do INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais), em parceria com a Marinha.

Os equipamentos mantêm registros diários dos valores de temperatura, de salinidade e de precipitação, dados utilizados para o estudo do clima e do oceano. “Essas boias são essenciais para entendermos de que forma o Oceano Atlântico Tropical afeta o clima do Brasil”, ressalta o pesquisador titular do Inpe, Paulo Nobre.

O especialista reforça que o conhecimento na área é importante para se entender a influência do mar em ocorrências como grandes secas e inundações, cada vez mais intensas no País. “Essa variabilidade do clima sobre o Brasil é muito impactada pela dinâmica do Oceano Atlântico. O Oceano Atlântico era, até então, recentemente, um vazio de dados e de conhecimento, então essas boias visam sanar essa falta,” sustenta.

Os dados são coletados pelas boias a cada hora e transmitidos por satélites brasileiros e europeus. As informações são processadas e disponibilizadas na internet, na página do Inpe e de outras instituições nos Estados Unidos e na França, e enviadas a centros de meteorologia para serem utilizados para as previsões de tempo e de clima.

No Brasil, o projeto é estruturado através do Comitê Nacional do Projeto Pirata, que conta com a presidência do Inpe e a participação da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), entre outros.

Boias e sensores

A novidade é que o Projeto Pirata começa a trabalhar na consolidação e capacitação dos laboratórios de calibração de sensores na construção das boias no Brasil.

“Esse é um processo que, até então, vinha sendo feito pela NOAA (na sigla em inglês – Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) nos Estados Unidos, e agora nós estamos dando mais esse passo que é para que todo o processo das boias – coleta dos dados, retirada anual do mar para calibrações – sejam feitas no Brasil”, informa Nobre.

Os novos rumos do projeto, os investimentos e a operacionalização também já foram discutidos em uma outra reunião no Ministério da Ciência e Tecnologia.

Fonte: Inovação Tecnológica

15 Comentários

  1. pelos bilhões que já torraram no projeto .. nemo (sub nuc) já deveriamos ter vários satélites militares e de pesquisa (inclusive oceânica) além de não ter $$$ quando temos investimos em egos e delírios faraônicos …

  2. Sei não heim, isso está me cheirando a espionagem; esmola quando é muita o santo desconfia, para mim estão querendo monitorar todo o trânsito marítimo da costa brasileira.
    Mais interessante, como disse o xtreme,seria ter os nossos próprios satélites militares e de pesquisa.
    O nome do projeto até que é bem sugestivo: PIRATA (Programa internacional dos ratunos do atlântico).

  3. Nada que vem dos yanks é bom para o Brasil. Deveriamos usar as plataformas desativadas, não só para pesquisas, mas também para fins militares. Muito cuidado com as intenções americanas.
    CAMPANHA “JOBIM PRESIDENTE 2015”. ABS…

  4. “Os equipamentos mantêm registros diários dos valores de temperatura, de salinidade e de precipitação, dados utilizados para o estudo do clima e do oceano. “Essas boias são essenciais para entendermos de que forma o Oceano Atlântico Tropical afeta o clima do Brasil”, ressalta o pesquisador titular do Inpe, Paulo Nobre.”

    Não eram bóias como essas q ficavam suspeitamente próximas do Centro de Lançamento de Alcântara? Se forem, é uma boa sacada o Brasil participar. Vai ter conhecimento sobre o uso dessas bóias e garantias de não serem usadas em espionagens ou sabotagens.

  5. Vamos ver se é mais um ”projeto”! tomara que esse laboratório esteja pronto ate o fim do governo Dilma!

  6. Robison disse:
    11/03/2011 às 15:54
    Nada que vem dos yanks é bom para o Brasil. Deveriamos usar as plataformas desativadas, não só para pesquisas, mas também para fins militares. Muito cuidado com as intenções americanas.
    CAMPANHA “JOBIM PRESIDENTE 2015″. ABS…
    =======
    Se informe primeiro meu camarada. Procure ver em que moldes ocorreu, e os envolvidos na assinatura do TNP.

  7. Robison disse:
    11/03/2011 às 15:54
    Nada que vem dos yanks é bom para o Brasil. Deveriamos usar as plataformas desativadas, não só para pesquisas, mas também para fins militares. Muito cuidado com as intenções americanas.
    CAMPANHA “JOBIM PRESIDENTE 2015″. ABS…
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    O meu, se tu não estiveres de gozação,tá viajando ou está mau informado, dê uma olhada nesse vídeo:

    Vídeo bomba ! Johnbim queria entregar as 200 milhas

    http://www.conversaafiada.com.br/video/2011/03/03/video-bomba-johnbim-queria-entregar-as-200-milhas/#comment-380352

  8. Quaisquer que sejam as atividades que venham à ser desenvolvidas nessas plataformas desativadas, serão bem vindas… Desde que se mantenham brasileiros alocados nas mesmas como forma de marcar presença e delimitar o território, não só nas 200 milhas, mas além delas… Já que o Governo brasileiro vem nos últimos anos, reivindicando junto à ONU a extensão da sua ZEE (Zona Econômica Exclusiva) até os limites da plataforma continental brasileira… E, para que o Brasil logre êxito para o aval da ONU, é necessário que o governo promova e mantenha presença e atividades produtivas na área… Além é claro de uma presença significativa de embarcações da nossa MB patrulhando todo esse “marzão”.

  9. Se virmos isto acontecer ,uma plataforma de pesquisa ja esta bom .Porque dinheiro sumir não é mais novidade ,mesmo que for para uma pesquisa de produção de marisco esta valendo ,pelo menos o nosso dinheiro não estará indo para um bolso político .Abraços.

  10. Robison disse:
    11/03/2011 às 15:54
    Nada que vem dos yanks é bom para o Brasil. ……..CAMPANHA “JOBIM PRESIDENTE 2015″. ABS
    Robson cuidado com o que diz, He, He, He, He…..

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