Brasil, Índia e África do Sul pedem reforma urgente da ONU

EFE   —  Brasil, Índia e África do Sul concordaram nesta terça-feira em Délhi sobre a necessidade de dar maior impulso às relações entre eles e reiteraram o compromisso de reformar a estrutura da ONU, durante visita do ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota, ao país asiático.

Os chanceleres Patriota, S.M. Krishna (Índia) e Maite Nkoana-Mashabane (África do Sul) participaram da 7ª Reunião Ministerial do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas).

Em comunicado conjunto, os titulares de Exteriores reiteraram seu desejo de conseguir que as Nações Unidas se tornem “mais sensíveis e coerentes com as prioridades dos países em vias de desenvolvimento”.

Os ministros sublinharam a “necessidade de uma reforma urgente do Conselho de Segurança da ONU que inclua a expansão do número de membros permanentes e não-permanentes, com uma maior participação dos países emergentes em ambas as categorias”, diz a nota.

Brasil, Índia e África do Sul ocupam atualmente assentos não-permanentes no Conselho de Segurança, algo que, segundo eles, “oferece uma oportunidade única para fortalecer a voz do sul”.

Patriota, Krishna e Nkoana-Mashabane se reuniram também com o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.

Segundo outro comunicado oficial, Patriota se reuniu separadamente com Krishna, com quem concordou na necessidade de reforçar o comércio bilateral entre Índia e Brasil, com o objetivo de elevar o intercâmbio comercial bilateral para US$ 10 bilhões anuais – que no ano passado foi de US$ 7,8 bilhões.

Os ministros concordaram em facilitar a expedição de vistos de negócio para atrair investimentos bilaterais, e encorajaram as grandes companhias brasileiras e indianas a explorar novas áreas de cooperação.

Segundo a nota, os chefes das diplomacias indiana e brasileira conversaram sobre uma ampla gama de assuntos, como mudança climática, direitos humanos e não-proliferação nuclear.

Durante sua visita a Délhi, o brasileiro também manteve encontros com o ministro de Aviação Civil indiano, Vayalar Ravi, com quem assinou um acordo bilateral de serviços aéreos, e com o ministro do Comércio indiano, Anand Sharma.

Fonte: Terra

33 Comentários

  1. Ai esta um dos motivos pelo qual EUA esta sobrepondo a Otan nas intervenções no Oriente Médio.
    A França do SAKO já enterrou seu Multilateralismo, virou uma republica das bananas.
    EUA busca trazer pra seu lado a Russia, invoca atraves de paises europeus como Portugal a ideia da entrada da Russia na Otan.
    O Unico pais a desequilibrar a postura MONOLITICA americana parece ser os Chineses.

  2. Em um determinado momento quando vier (e se vier)a perder controle sobre a Arabia Saudita.
    Seremos então a bola da vez, o mesmo proceder desqualificar, desacreditar, buscar aliados, embargar, cortar linhas de comercio, e invadir para libertar.
    Cuidado America do Sul.
    O conflito por aqui sera disputado pela influencia não de EUA X Russia será EUA X China.
    Infelizmente alguns brasileiro estarão na linha de frente para receber com tapete vermelho.
    Aguns até já se encontram nas suas fileiras.

  3. Eu ñ consigo entender essa inistência em entrar p o CS, se abrirem p outros , os 5 donos do mundo, esses monstros, podem destruir o planeta 42 x cada deles e em 20 minutos, são ou ñ uns monstros.E quem entrar , ñ terá poder de veto, então, se vier , ótimo, + pq essa ânsia em entrar no clube do conselho de (in) segurança.. Vivas ao IBSA ;pq?

  4. Essas reformas não interessam aos grandes imperios, já que colocariam seus objetivos em cheque, levando-se em conta que os emergentes cosntantemente tem votado contra as burras e autoritarias decisões que frequentemente ganhavam de forma unânime, atropelando, em muitas vezes, o bom censo. Há de se fazer as reformas em carater urgente, para que mais países possam participar das decisões e, dessa forma, justificar o nome das Organizações das Nações Unidas. ABS…

  5. Para entender como o EUA se tornou monolitico:
    Logo após a posse de Boris Yeltsin , que alinharam a política russa à política externa norte-americana. Na prática, este alinhamento redundou na desaparição dos vetos russos, que passaram de um total de 118 no período 1945-1991 para apenas 4 no período 1992-2009. Como resultado, os EUA obtiveram, inclusive sem a oposição da China, apoio para suas ações de punição política, comercial ou militar”.
    Contudo agora C.Segurança virou uma mesa de negocios, como tem se tornado custoso e pouco pratico (para EUA)como mostra a postura Chinesa e Russa no Caso Irã,
    EUA para manter sua hegemonia mundial busca fortalece a Otan enfranquecendo a ONU.
    Cade o multilateralismo Frances??
    FOI PARA O SAKO.

  6. Não irão querer …

    1) No Brasil há muitos políticos corruptos que estão no poder e não tem uma Força Armada eficiente. Aqui impera o Populismo enganador (hipócrita);
    2) Na Índia, ainda impera costumes milenares terríveis e a miséria é monumental;
    3)A África do Sul deve ser um Brasil menor, não tem poder militar e é cheia ainda de tribos de africanos que vivem em conflito.
    Temos Japão, Alemanha, Espanha, Canadá, Itália, Argentina, e muitos outros países evoluídos que não teriam mais influência ?
    Fica estranho …

  7. pois é! como a OTAN pode agir livremente se a ONU foi feita para evitar esse tipo de coisa?
    como um país membro decide atacar outro país com falsas alegações mesmo tendo a opinião contrária da ONU?
    mais do mesmo não dá.
    reforma já!

  8. Em minha humilde opinião, o Brasil deveria se dedicar mais ao IBAS do que ao BRIC extendido (África do Sul).
    A redução da nossa dependencia da China faz-se urgênte em vista do tipo de atitude dos chineses. A Índia tem o mercado interno de proporções equivalentes, algum respeito a propriedade intelectual e precisa MUITO de nossa expertise na agricultura. A África do Sul é quase um feudo chinês e, até onde sei, louca para trocar os chineses por brasileiros, desde que possamos dar um mínimo de retorno para eles. Podemos… Temos toda a expertise que eles necessitam em termos de mineração, industria de base e atendimento social. O triangulo IBAS é, para seus integrantes, um grito de liberdade da Rússia, ex-potência que deseja ascender pisando em quem quer que seja necessário, e China, que precisa desesperadamente de alimento para sua gigantesca população sob controle e matéria-prima elementar para agregar valor e revender para os desenvolvidos. Não há lugar nos planos de China e Rússia para Brasil e Índia se não como fornecedores e mercados consumidores.

    []´s

  9. O Brasil é um gigante com pés de barro, porem nós, eu, voce, temos uma arma provavelmente mais eficiente que um caça de ultima geração, do que uma bateria anti-aerea, ou mesmo um Subnuclear.

    Arma essa que eles mesmos nos deram, a internet, onde disseminamos informação, e quem tem informação não é escravo.O oriente médio está ai a dar ex

  10. Quero lembrar a vocês, que quando uma país toma o espaço econômico do outro, é motivo para uma guerra.
    Por enquanto, americanos e chineses são parceiros econômicos, mas os americanos já estão olhando para os chineses mostrando os dentes afiados.
    O povo americano, com toda a razão, já está olhando para os seus políticos como inimigos.
    Espero que o nosso país não entre na briga de cachorro grande. É melhor sermos amigos de todos, sem discriminar nenhum país, mas para sobrevivermos economicamente teremos que adotar barreiras alfandegárias. Já está previsto em 2011 um déficit nas nossas contas externas de 70 bi de dólares, o que poderá fazer a Presidenta Dilma e o Mantega caírem, pois o povo não está para brincadeiras.
    E ainda herdamos de FHC e Lula, uma monstruosa Div Pública de quase 1 trilhão de dólares. Essa dívida só irá cair, fazendo o país crescer a 10%aa.
    Todos os empresários que eu conheço estão fechando as suas empresas para trabalharem em casa, pois não estão suportando a carga tributária e a falta de mercado.

  11. No mundo da política as coisas não são tão simples, muitos interesses estão a frente de tudo e todos, se fosse simples o mundo já seria uma maravilha a muito, por isso a aparência conta muito, então o Brasil, India e AdoS tem sim que brigar para entrar no CS e passar a ter relevância midiática no expressar de suas palavras.Alguns brasileiros teimam em reduzir a importância e poder do Brasil, mas os gringos sabem disso e temem!

  12. Se abrirem o CS da ONU para o Brasil, Índia e África do Sul, teriam de incluir México, Japão, Alemanha, Argentina, Espanha, Coréia do Sul, Austrália e outros. Viraria um G-20. Imaginem uma votação para intervir na Líbia por exemplo, ou mesmo uma simples declaração de condenação de ataques à civis por parte do Kadafi.

    []’s

  13. …SE a Africa do Sul não tivesse destruído suas armas nucleares, talvez um dia terria chances.
    Os indianos ganharão um assento no CS – é questão da China deixar.
    O Brasil é carta fora do baralho, por umas 5 décadas ainda, SE voltar a investir em defesa.

  14. Parabéns Braz pela percepção lúcida dos fatos. É questão de ordem para o Brasil, caso queira inserir como um ator global, diminuir a dependência da exportação de commodities para os chineses da nossa balança comercial. Nesse cenário a India e a África do Sul surgem como os parceiros preferenciais. Caso contrário o único papel reservado ao Brasil é o de satélite fornecedor de comida e minérios para a China,papel que muitos aqui adorariam ver o Brasil desempenhar como forma de contrapor-se a “Uzamericanú”

  15. Devemos ir por parte.
    O Brasil ganharia mais força dentro do BRICS (S de União Sul-africana) e do G-8 ( G-7 + Rússia).
    Vamos lutar para que seja criado o G-10, ou seja, o G-8 incluindo Brasil e China.

    Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá (antigo G7), mais Rússia + Brasil + China = G-10.

  16. Braz, sua visão é perfeita, pois eu também não vejo com bons olhos a nossa dependência da China, e a Russia é outra gelada, o caminho é Africa do Sul e Índia, assim poderemos crescer em segurança.

  17. Japão e México (capacho dos EUA, eles mandam eles obedecem, mas o Japão dá sinais de emancipação), Alemanha (organizado, mas é capacho na europa), Espanha (piada), Canadá (a Argentina do norte), Itália (se a Alemanha ficar fora, eles ficam quietos), Argentina (apoia o Brasil representando o Sul no CS).

    O Brasil tinha sim que investir mais no BRIC, inclusive na questão militar, mas ão sei por que cargas d’águas ainda não o fez, o Brasil tem tudo para ir e se tornar potência mesmo, só precisa sair da aba dos EUA, pois eles nos querem “cachorrinho abanando o rabo” e não “cães de orelha em pé”!

  18. Felipe Augusto:

    Do que adianta você criticar tanto nossa dependência aos EUA se, pelo modelo que você defende, nosso destino seria o de país satélite fornecedor de matérias primas para os chineses?

  19. Não adianta “pedir”, tem que ameaçar ou de fato se retirar desta porcaria!!!

    Se outros países derem uma boa debandada aí quem sabe se muda algo!

  20. Segundo a própria CIA o Brasil poderia produzir uma ogiva em 5 anos…

    Nossa constituição não deixa, além do famigerado Tratado de Não Proliferação!!!

  21. hms_tireless, em nenhum momento eu disse tal asneira, fortalecer e consolidar uma parceria com o BRIC não significa ser um mero fornecedor, significa se impor, buscar vantagens, criar oportunidades, consolidar força política, buscar novos parceiros menores para escoar nossa produção, o Brasil tem que começar a pensar por exemplo em ser líder na África e buscar mais espaço no Oriente Médio.

    Mas ninguém meu caro, que tenha a força de uma China, Russia e India aceita perder sem ganhar, parceria inteligente, o “modelo” que você diz, o qual desconheço em minhas linhas, são apenas as “políticas entreguistas” à qual desaprovo, mas não sou eu quem decide, veremos como a Dilma irá fazer, impor-se ou submeter-se!

    de resto não fique só na suposição, isso é feio!

  22. Alguem sabe o porque dos 5 assentos? Sera que e´so os EUA que sao contra uma reforma ampla? Veja bem;os EUA nao querem o Brasil.,China nao quer o Japao.Russia e a boazinha e fujona FRANÇA nao querem a ALEMANHA.Sobrou entao a INDIA e a A.sul.Continuando,a A.sul nao tem força politica no continente,nao possui pacotes de atomos.A INDIA,tem gente pra caramba,tem uma economia estavel,domina tecnologias sensiveis,possui pacotes atomicos,possui inimigos vicerais,tem apoio de TIO SAN e tera´da CHINA caso o Japao saia da parada,a Russia tambem ja sinalizou que se os EUA vetar os Alemaes eles votam na INDIA,entao senhores a INDIA ta dentro.Ja ia me esquecendo,o BRASIL vai aguardar na fila,aqui nas americas so teve apoio extra oficial e oficial de CUba,mas nao fiquemos tristes nossos vizinhos nos apoiam de boca,de boca e tapinha nas costas!

  23. A OTAN não é da ONU,quem disse isso não tem noção nenhuma de siglas e do que representou a OTAN no passado e representa nos dias de hoje.
    ….
    Cara, fazer uma bomba nuclear é a coisa mais simples que existe, você aprende isso na escola.

    Você só precisa de uma fonte combustível físsil ou fusível (urânio 235 ou 238 ou plutônio), um dispositivo de ativação e um modo que faça que a maior parte do combustível entre em fissão ou fusão antes da explosão da bomba (ou o disparo da bomba irá fracassar). e BUM! Ela explodi!

    É nada mais, nada menos que um desafio de engenharia, mas não é complicado, um grupo de 20 pessoas espertas, com conhecimento em engenharia fazem ela.
    É complicado conseguir combustível físsil ou fusível, mas o resto é simples.

    Tecnologia de foguetes que é complicado, fazer o objeto A, chegar até B em velocidade X e quando chegar ele ativar o dispositivo e explodir.
    ISSO é complicado, criar o dispositivo de entrega é complicado, mas a bomba em si você aprende na escola como fazer, se tirou 6 em Física você tem uma noção básica de como ela funciona.

    E Japão e Alemanha, como todos sabem perdeu a 2° guerra mundial, logo eles ainda tem um monte de tratados por causa disso.
    Por exemplo a Alemanha não pode ter programa nuclear, Japão só pode ter uma FA de auto defesa, nem vender coisas pode..

  24. SUGESTÃO DE LEITURA
    ***
    Brasil e Índia Visualizam Uma Maior Cooperação Espacial.
    .
    Dia 08/03, durante a visita do Ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, à Nova Delhi, República da Índia, foi emitida uma declaração conjunta entre os dois países assinada pelo ministro brasileiro e pelo Ministro de Assuntos Externos da Índia, Shri S. M. Krishna.
    .
    Diversos setores e assuntos foram abordados nesta declaração conjunta e entre eles o setor espacial. Abaixo em tradução livre, transcrevo o item 12 desta declaração que trata do setor espacial.

    “Os Ministros reinteiraram o interesse de ambos os lados na promoção de uma maior cooperação no setor Espacial. Eles exprimiram a satisfação pela instalação de uma estação de recepção de sinais do satélite indiano Resourcesat-1 em Cuiabá no Brasil pela ISRO (Agência Espacial Indiana) e deram as boas-vindas à proposta de uma visita de uma delegação brasileira a ISRO visando criar um Grupo de Trabalho Conjunto”.

    Vale lembrar leitor, que a Índia é um dos mais bem sucedidos players do “Clube Espacial” e uma maior aproximação brasileira com o programa espacial deste país pode ser muito interessante.
    .
    Até onde sabemos já existe um acordo assinado que prevê o lançamento de equipamentos espaciais brasileiros (satélites) por foguetes indianos, além é claro do “Programa IBSA de Satélites” (lançado ano passado pelo Governo LULA) em parceria também com a África do Sul.
    .
    Além disso, comenta-se da possibilidade do lançamento do nanosatélite NANOSATC-BR da Universidade de Santa Maria (UFSM), de Santa Maria-RS (que estava previsto para ocorrer esse ano), através de um foguete indiano.
    .
    A Índia poderia ser uma boa alternativa para o Brasil estabelecer programas conjuntos em diversas áreas do setor espacial, principalmente no caso de não haver um melhor entendimento com os russos e chineses.
    .
    Fonte: Brazilian Space

  25. Produzir 1 ogiva nuclear em 5 anos ?
    Eu produzo uma ogiva por mês, através do método diferença de densidade.
    Pessoal, essa é a minha última mensagem nesse Blog.
    Estou sem tempo e há pessoas aqui que não suportam enlouquecer as idéias, o que é péssimo para um país tão pouco criativo e intuitivo.
    Não quero atrapalhar o bom espírito reinante nesse Blog.
    Acho que esse Blog irá perder muito com a minha saída, mas já vi que não é o meu ambiente, pois o meu pensamento é futurista, arrojado, ousado, avançado.
    As nossas Forças Armadas não estão bem, pois os nossos militares não foram formados para o futuro.
    Espero que essa minha crítica contribua para que abram os olhos.
    Há muitas pessoas aqui defendendo as ditaduras espalhadas dentro do nosso planeta, o que me irritou bastante.
    O princípio ético deve estar em primeiro plano. Não abro mão disso. Ditadura é algo provisório …
    Adeus e parabéns pelo belo Blog.

  26. Relaxa Dandolo!
    Não faz isso não, Dandolo!
    Continua colocando seus comentários.
    Você tem um monte de fãs. Eu mesmo gosto de ler seus comentários futurísticos.

  27. diplomacia entre nações se faz com pragmatismo e não com a candida inocencia dos manipulaveis por belas e hipócritas palavras.

    muito bom texto sobre o IBSA:

    “Brasil-Índia-África do Sul já viram que a revolta árabe obriga a remodelar a ordem mundial ”

    10/3/2011, *M K Bhadrakumar, Asia Times Online
    Arab revolt reworks the world order
    Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

    O Brasil, a Índia e a África do Sul meteram uma cunha na engrenagem norte-americana, a qual, até ontem parecia girar e girar e girar inexoravelmente na direção de implantar uma zona aérea de exclusão [orig. “a no-fly” zone”] sobre a Líbia.

    De fato, os EUA ainda podem impor a tal zona de exclusão aérea. Mas, nesse caso, o presidente Obama terá de beber do cálice envenenado e ressuscitar a controversa doutrina do pós-Guerra Fria, cara aos governos que o antecederam, do “unilateralismo” por “coalizão de vontades”. Obama não terá onde esconder-se. E tudo o que fez em sua presidência para neutralizar a imagem dos EUA como país agressor [orig. “a ‘bully’”] irá por águas abaixo.

    Ontem, Delhi hospedou reunião de alto nível de ministros de Relações Exteriores, com o Brasil e a África no Sul, que bem poderia não passar de ocasião para alguma retórica inócua sobre cooperação “sul-sul”. Nada disso.

    A reunião ecoou diretamente no tumultuado sistema e na atormentada ordem internacional contemporânea. A reunião decidiu a favor de declarada oposição à galopante disposição do ocidente para impor uma zona aérea de exclusão sobre a Líbia.

    Tudo indica que os EUA e aliados, que estão ajudando os rebeldes líbios politicamente, militarmente e financeiramente, esperavam extrair um “pedido” do povo líbio, no máximo em um ou dois dias, que usariam como folha de parreira para aproximar-se do Conselho de Segurança da ONU e arrancar de lá a autorização para impor sanções sob os auspícios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Os rebeldes líbios são casa em que ninguém se entende: os nacionalistas opõe-se furiosamente a qualquer intervenção externa; e os islâmicos (muitos dos quais são nacionalistas) opõe-se a qualquer forma de intervenção ocidental.

    texto completo:

    http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/03/brasil-india-africa-do-sul-ja-viram-que.html

  28. Há! A vocação natural do Brasil, por seu próprio tamanho geográfico, econômico e populacional não é ser satélite e sim estrela ,onde orbitam outros planetas…ou nações menores, o que não não quer dizer que seja a única estrela no céu! antes, é parte de uma constelação de nações….más não satélite, não mais!

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