MBDA propõe Brimstone para Panther dos Emirados Árabes Unidos

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Texto Plano Brasil- E.M.Pinto

Com informações Mer et Marine

Os Emirados Árabes Unidos estão à procura de uma arma ar-mar com capacidade de engajamento de embarcações de pequenas dimensões, tais como  as FAC (Fast Attack Crafts) ou mais particularmente, para destruir os barcos iranianos de alta velocidade.http://www.meretmarine.com/objets/500/31385.jpg

Para combater esta ameaça, a MBDA propôs equipar os helicópteros Panther da Marinha dos EAU,  com mísseis britânicos ar-mar Brimstone. Estes mísseis seriam compostos por ogivas de cerca de 10kg. A MBDA pretende realizar os testes com a arma desenvolvida para os EAU ainda este ano.

Projetado na década de 90 o Brimstone foi desenvolvido para ataques ar-terra, mais especificamente para destruir colunas de veículos blindados. Trata-se de um míssil  ar-terra, de  guiamento  composto por um radar ativo, do tipo fire-and-forget.  O sistema de guiagem do Brimstone identifica, através da assinatura radar, é capaz de efetuar a busca enquanto segue a sua trajetória  após o disparo e se a identificação for positiva, o míssil navega até ele, efetuando em seguida o ataque.

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Segundo os seus projetistas, neutralizar um grupo de veículos blindados ou uma frota de embarcações rápidas pode ser uma operação muito semelhante. Porém a natureza do ambiente e do comportamento das metas não são e pro esta razão, novos ajustes estão sendo feitos de forma a atender as exigências .
Além dos Emirados Árabes Unidos, essa solução também pode ser de interesse para a Arábia Saudita, cuja marinha também opera o Panther, e que igualmente teria que enfrentar a ameaça das embarcações iranianas. Segundo as fontes oficiais, o Iran disõe de pelo menos 150, embarcações rápidas da série Boghammar que se constituem em forças muito eficazes capazes de dissuadir até mesmo forças mais bem equipadas como a Marinha Saudita .

Fonte: Mer et Marine

14 Comentários

  1. Éhhh, até parece que destruir blindado é a mesma coisa que destruir lanchas iranianas que tem muito mais velocidade e manobrabilidade.

  2. O Brimstone da segunda foto é uma versão dotado de duplo sistema de orientação, radar ativo de onda milimétrica e laser semi-ativo.
    A melhor arma para deter barcos da classe Boghammar seria mesmo o canhão/metralhadoras, até pelo custo-benefício, mas o uso dos mesmos colocaria o helicóptero ao alcance das armas automáticas do barco.

  3. Bosco,

    Os norte americanos usaram mísseis Hellfire contra embarcações rápidas no Golfo Pérsico durante a Operação Prime Chance (agosto 1987-junho 1989), para proteger os petroleiros ‘aliados’ na região.

    Salvo engano os SH-60 Seahawk usavam seus radares para plotar posições e contatos, os MH-6 Little Birds eram os observadores e os AH-6 e OH-58 Kiowa atacavam a partir de vários pontos, inclusive barcaças e plataformas de petróleo.

    Os Kiowas eram armados com mísseis Hellfire, que é quase um “pai” (rs rs rs…) para o Brimstone.

    Acredito inclusive que os Sea Hawk das versões SH-60B, HH-60H e MH-60R usam o AGM-114 Hellfire. Entretanto devem usar a versão guiada a laser.

    A proposta de usar o Brimstone é mais sofisticada. Pode ser uma solução interessante para um teatro de operação costeiro, fechado e conturbado como o Golfo Pérsico, Mar da Arábia, Mar Vermelho e Golfo de Aden.

    Quanto a sua sugestão de usar canhões e metralhadoras só me veio a cabeça uma esquadrilha de A-10 WarThog, com FLIR (visão noturna), disparando o GAU-8 Avenger…
    Só ficaria os destroços boiando…
    Mas sou suspeito, pois vc sabe que gosto de um bom e velho canhão automático cuspindo fogo, mesmo na época dos mísseis “inteligentes”… he he he.

    Sds,
    Ivan, o Antigo.

  4. Ivan,
    Os Hellfires da USN são da versão N, guiados por laser, e hoje são os mísseis antinavios padrão (e único) dos helicópteros orgânicos dos navios, já que parece que aposentaram o Penguin.
    No caso do uso de canhões os SeaHawks são limitados já que não levam nenhum, e teriam que contar apenas com uma “ponto 50” de operação manual na porta (mas que pode ser dotado de mira sofisticada), o que invariavelmente os colocaria no alcance das armas do barco inimigo, além de possíveis MANPADS. Aí sobra mesmo pro Hellfire já que seu alcance supera o alcance dos mísseis antiaéreos de pequeno porte.
    No futuro sem dúvida a arma mais indicada será os foguetes de 70 mm com kit de orientação laser e que será compatível com os lançadores do Hellfire.
    O problema do Longbow/Brimstone é o custo. Se um “simples” Hellfire guiado por laser já é caro, imagine um guiado por radar ativo.
    Mas como disse, até que estejam operacionais os foguetes guiados, será uma solução interessante.
    Viajando ainda mais na maionese, não duvido que no futuro, ao invés de 4 Brimstone, sejam levados 2 Brimstones e 8 foguetes guiados.
    Um pod com 4 foguetes guiados ocupa o mesmo espaço que um Hellfire no lançador, e tem o mesmo peso. Aí haverá um bom equilíbrio custo-benefício.
    Para alvos mais “baratos” usariam os “foguetes” (6km), enquanto que para alvos “caros”, os mísseis fire-and-forget por radar (10/15 km).
    O uso de um míssil fire-and-forget e capacidade LOAL, ao contrário do que você sugere, é menos indicado para águas congestionadas próximas ao litoral, daí a minha surpresa com a escolha. Em águas congestionadas a coisa funciona igual à guerra urbana, e sempre é preferível a confirmação visual e um nível maior de intervenção humana (man in the loop).
    No caso do Brimstone, ele é lançado após o alvo ser detectado e travado pelo radar (o que pode não ser uma tarefa fácil tendo em vista muitos barcos com RCS ínfimo) e o míssil é lançado no modo “LOAL” (travamento após o disparo). O radar de onda milimétrica do míssil tem curto alcance (1000 metros), e ele chega tão perto por conta do sistema de navegação inercial, e trava no alvo.
    Se houver duas embarcações próximas, pode ocorrer uma tragédia, já que ele poderia optar pela errada.
    No caso específico, acho que optaram pelo Brimstone mais atual, que conta com um sistema de guiagem dupla (laser e MMW), o que encarece mais ainda.
    Ou seja, menos mal. Irão optar pela confirmação visual e designação laser no caso de mar congestionado e pelo modo fire-and-forget em mar aberto onde não há dúvida da condição de inimigo do contato.
    Um abraço.

  5. Aliás Ivan ò antigo, um almirante Brasuca falou: Ñ existe contra medidas após um tiro de canhão..ele está mt certo. A n MB deveria ter umas lanchas rápidas armadas de torpedos , se possível os sckivahl Rússos,e misseis multitudo, mt e subs ainda q SSKs em nùmero de uns 27 ..E satélite (s ) geoestacionário e dirigiveis multitudo pa judar nas comunicações, tranposters de cargas e vigilância de mares e fronteiras mt bem armados,se possível ,evitemos os equipamentos dos ianks , em tudo. P Ontem.

  6. Geralmente os mísseis americanos, ingleses, franceses e alemães são muito bons. Os russos e japoneses idem.
    Vai aqui um pergunta: E os mísseis brasileiros, o que temos ?

  7. Este é o tipo de arma que acho que falta no Super Tucano, especialemente no que se refere a concorrências exteriores.
    Pensando nele como um sucessor do A10 achoq ue falta a ele esta capacidade, claro não precisa ser o Brimstone.
    Mas para nós uma arma como esta traria novas capacidades.
    E.M.Pinto

  8. E.M.Pinto,
    Não deve ser difícil a integração do Hellfire ao Super Tucano, já o Brimstone, como você bem sabe, fica difícil, senão, impossível, pela falta de um radar no avião.
    Mísseis da classe do Maverick e do Hellfire, além de bombas guiadas, são imprescindíveis para o Super Tucano.
    Hoje já se tem em mente que mísseis “pequenos” como o Maverick (200 a 300 kg) são até superdimensionados para a maioria dos alvos táticos e o ideal são mísseis na faixa dos 50 kg (ou menos), como o Hellfire.

  9. Esquecí-me do detalhedo radar.
    Tens razão.
    Porém seria possível esta arma ser guiada por um radar externo, de outro vetor? só por curiosidade.
    Acho o hellfire uma excelente.
    Sds
    E.M.Pinto

  10. E.M.Pinto
    Teoricamente sim se as aeronaves estiverem ligados por um data-link.
    Tipo um E-8 JSTARS poderia passar informações sobre alvos no solo para um Super Tucano armado com mísseis Brimstones.
    O Super Tucano passaria as coordenadas do alvo para o piloto automático digital do míssil e o lançaria. O Brimstome funciona só do modo LOAL (travamento após o lançamento) e ativaria seu radar próximo ao alvo na janela de varredura pré-programado.
    Mas acho que pro Super Tucano mísseis guiados por laser ou IIR já está de bom tamanho. A maior vantagem do uso de um míssil guiado por radar é a capacidade “todo o tempo”, que acho dispensável para uma plataforma como o Super Tucano, sem falar que é bem menos flexível. O Brimstome original não pode atingir nada que não seja um veículo ou coisa parecida. Não pode por exemplo, ser dirigido a um prédio ou bunker. Já a versão mais nova, com duplo sistema de orientação, pode.

    Um abraço.

  11. E.M.Pinto,
    Se bem que teoricamente também uma aeronave como o Super Tucano pode usar um pod de designação de alvos para determinar as coordenadas de um alvo no solo e lançar um míssil guiado por radar como o Brimstone contra este alvo.
    O fato do míssil ter um sistema de orientação por radar necessariamente não implica que deva ser designado por um radar e que o avião que o lance tenha um.
    Embora não seja comum não é impossível.

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