Novo chip brasileiro oferece alternativa para miniaturização

http://www.blogcdn.com/www.engadget.com/media/2007/07/mag_dif.jpgSugestão: Eduardo Nicácio

Pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) começaram a ingressar em uma área até então dominada no Brasil por cientistas situados nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul.

No início de janeiro eles concluíram o desenvolvimento do primeiro chip (circuito integrado) projetado e implementado no Mato Grosso do Sul.

Conversor analógico-digital

Voltado para utilização em qualquer aparelho eletrônico, como computadores, celulares e tocadores de música digitais, o dispositivo apresenta uma tecnologia inédita no mercado de equipamentos eletroeletrônicos.

Enquanto os chips atuais possuem dois níveis lógicos de tensão elétrica, que convertem os sinais analógicos da energia recebida diretamente de uma tomada convencional em sinais digitais, o novo dispositivo é um conversor analógico-digital que trabalha com múltiplos níveis lógicos.

Em função disso, o chip é bem menor e pode agregar mais funcionalidades do que um circuito integrado convencional.

“Essa tecnologia pode ser uma alternativa para a redução do tamanho e para a agregação de mais funcionalidades pelos chips, que são duas das principais tendências na indústria de microeletrônica hoje”, disse Ricardo Ribeiro dos Santos, professor da Faculdade de Computação da UFMS.

Sem fábrica

Para desenvolver o novo dispositivo, pesquisadores da UFMS iniciaram nos últimos anos projetos de pesquisas em universidades e instituições de pesquisa em São Paulo, em busca de capacitação em microeletrônica e em projetos de chips.

Após o intercâmbio com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e com o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), eles iniciaram o projeto do desenvolvimento do dispositivo no Centro Tecnológico em Informática e Eletrônica (CTIE) do Mato Grosso do Sul.

Mas, como o Brasil ainda não possui uma fábrica de chips que domine a tecnologia de produção de transistores com 350 nanômetros (bilionésima parte do metro), ao terminar de projetar o dispositivo, os pesquisadores decidiram encaminhá-lo para a França, para ser fabricado pela empresa Circuits Multi-Projets (CMP), que realiza a prototipagem e produz processadores em pequenos lotes.

No início de janeiro, a empresa francesa enviou para os pesquisadores um lote com oito unidades do dispositivo, que estão sendo testadas nos laboratórios da UFMS.

“A proposta com esse primeiro processador está mais focada em demonstrar a viabilidade de se desenvolver um conversor analógico digital que atue em múltiplos níveis. Mas temos uma leva de outros chips que pretendemos prototipar baseados na tecnologia de lógica de múltiplos níveis”, disse Santos.

Lógica de multiníveis

De acordo com o pesquisador, essa tecnologia, originada na década de 1960, ainda não é muito pesquisada no Brasil e até hoje não conseguiu emplacar no mercado de eletroeletrônicos, uma vez que os circuitos eletrônicos baseados em lógica binária, adotados pelos fabricantes de equipamentos, funcionaram muito bem até recentemente.

Mas, nos últimos dez anos, começou a se verificar que a lógica binária apresenta limitações para miniaturizar os processadores, que têm a demanda de se tornar cada vez mais ínfimos e imperceptíveis nos aparelhos eletrônicos.

“Os pesquisadores que atuam nessa área passaram a olhar para várias alternativas para atingir esse objetivo, como outros tipos de materiais em vez do silício ou para outras áreas, como a física quântica. A lógica de multiníveis seria outra via para projetar chips cada vez mais menores e com diversas funções”, afirmou Santos.

Fonte: Inovação Tecnológica

28 Comentários

  1. Depois dizem que o Brasil não faz nada, que correntista brasileiro fica o dia todo coçando a bunda.
    Daqui a pouco vem um dizer que não presta, outro que sabe fazer um melhor só usando um cabide de roupas torcido e um chiclete etc etc etc..

    Uma pena, gosto de materias assim, mas os comentários negativos que elas recebem não ajudam em nada, gostaria que o Brasileiro desse mais valor a sua tecnologia.
    Diz pra investir, diz pra ter iniciativa, diz pra fazermos aqui, e quando isso acontece não tem nem um ‘parabéns, muito bom’.

  2. A MATÉRIA DIZ: …os pesquisadores decidiram encaminhá-lo para a França, para ser fabricado pela empresa Circuits Multi-Projets… Não entendi essa! Depois de desenvolver algo de qualidade tecnológica tem que mandar para o exterior.

  3. SUJESTÃO DE LEITURA
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    Brasil investe no nanomundo
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    O material é microscópico, mas seu potencial é gigantesco. Objeto da outorga do Prêmio Nobel de Física do ano passado aos cientistas de origem russa Andre Geim e Konstantin Novoselov, o grafeno é uma folha de carbono extremamente fina, com apenas um átomo de espessura, que poderá revolucionar a indústria nos mais variados campos, de computadores mais potentes a novos aviões e satélites. E o Brasil tenta aproveitar-se disso. O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), trabalha no estudo das características do material e no desenvolvimento de produtos com ele.

    Com seus laboratórios de ponta e equipamentos de alta tecnologia – como o Titan, o mais poderoso microscópio em operação na América Latina -, o Inmetro tornou-se um centro de excelência no campo da nanotecnologia com base no carbono. Esta área contempla, além do grafeno, os nanotubos. A instituição é uma das cinco em todo mundo que estão desenvolvendo um padrão de qualidade para a produção deste material, que já chega à marca global de 300 toneladas por ano.

    – A nanotecnologia hoje é um assunto que engloba várias áreas – conta Carlos Alberto Achete, coordenador da Divisão de Metrologia de Materiais do Inmetro. – Não somos uma universidade, mas, como um instituto de metrologia, trabalhamos no desenvolvimento de material de referência, padrões e procedimentos de forma a fornecer subsídios para que a indústria brasileira se torne mais competitiva e estimular a inovação tecnológica.

    De acordo com Achete, ainda não há um marco regulatório para a área de nanotecnologia, o que faz do trabalho do Inmetro fundamental.

    Os nanotubos, segundo ele, começam a ter seu uso testado em baterias, tintas, cimento e outros materiais compostos. Há, inclusive, a intenção de abrir uma fábrica deles no país.

    – Alguém que quiser se desenvolver na nanotecnologia e ser inovador tem que, sobretudo, ter a capacidade de medir – considera Achete, parafraseando Lord Kelvin, físico e engenheiro britânico do século XIX que afirmou: “Se você não pode medi-lo, não pode melhorá-lo”. – A metrologia em materiais é nova no mundo todo. Isso nos leva à questão de como fazer o controle de qualidade de produtos nanotecnológicos. O Inmetro desenvolve esse potencial de análise, pois podemos medir o tamanho, propriedades e composição químicas dessas nanopartículas.

    Meta é estimular produção industrial
    Já com relação ao grafeno, conta Achete, o Inmetro conseguiu reproduzir o método criado por Geim e Novoselov para sua fabricação em 2004, quando usaram uma simples fita adesiva para retirar a folha de átomos de carbono do grafite comum usado em lápis, e começa a explorar alternativas, como a esfoliação e a deposição dos átomos de carbono com vapor. Agora, a intenção é estimular a indústria nacional a produzir grafeno a partir do grafite mineral para uso em pesquisas e produtos no país e exportação.

    – Já perdemos o bonde do silício, que exportamos como material bruto – lembra Achete. – O Brasil tem grafite de altíssima qualidade, que, com a esfoliação, pode virar grafeno. Isso é uma inovação fácil que a indústria nacional de grafite pode fazer e aumentar enormemente o valor agregado de seu produto. Em vez de vender grafite, podemos começar a vender grafeno.

    Achete destaca ainda que os produtos que usam a nanotecnologia não precisam ser necessariamente microscópicos. Entre os exemplos estão palmilhas de sapatos e tênis tratadas com nanopartículas de prata para eliminar odores, às quais cabe ao Inmetro verificar se estão realmente presentes e cumprem a função prometida. O instituto também está avaliando um novo revestimento que deverá ser usado para proteger toda uma nova geração de satélites nacionais.

    – O material pode ser pequeno, mas o produto pode ser muito grande – ressalta. – O grafeno tem propriedades únicas e abre perspectivas em várias áreas, com aplicações das mais sofisticadas. Quando colocamos um monte de folhas juntas, por exemplo, ele se transforma em nanofitas, que também têm propriedades interessantes. Em suma, não estamos fazendo nenhum milagre. Muitas pessoas suam muito para dar esse apoio ao desenvolvimento da indústria nacional.
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    FONTE: DEFESANET (03/03/2011)

  4. Mas é patenteado como produto Brasileiro e é isso que importa, assim todo mundo que tiver interesse na tecnologia tem que pagar direitos a instituição que o criou.
    Como a tecnologia não é nenhum segredo militar, o importante é inventar, patentear e vender a quem tem interesse.

  5. Eles vão patentear onde, na França ou EUA? De acordo com o pesquisador, essa tecnologia, originada na década de 1960 ha gente faz só meio século…pouquinho.

  6. Cara , o BRASIL só produz coisa boas, a única exceção são os n nefastos políticos. Mt bom, esse chip, temos de entrar nesse nicho , a ìndia tem um domínio quase q absoluto nesse setor.

  7. Sò tenho algo a dizer Brasileiros sérios que dão valor ao ensino são tão ou mais competentes que qualquer outro gringo ditos gènios,presidenta Dilma lei está e outras matérias deste tipo e incèntive nossos centros técnicos e técnológicos.Urgente industrias de nanotécnologia e micro chips.Brasil Acima de tudo.

  8. Eu estava precisando da microeletrônica para projetar o gerador de onda gravitacional e gerador de fusão nuclear.
    Precisamos de micro-lasers digitais.
    Primeiramente vamos construí-los em escala macro, mas depois teremos que colocar tudo dentro de chips.
    São projetos que tenho em mente.

  9. deixa eu entender direito,,,,a um certo tempo atrás saiu um artigo aqui mesmo no blog do wikileaks.. que diz que a frança era uma das maiores do mundo em espionagem industrial,e agora q desenvolvemos um chip avançados desses mandam para a frança???? numca ouviram falar em tecnologia reversa,quem garantemq eles nao vão fazer copias mais melhoradas apartir dessa tecnologia e sair vendendo na nossa frente?? rsrs
    eu hein…..

  10. c eu nao em engano ja estava em construção as fabricas q iriam produzir tais componentes…oque houve com elas??

  11. Gente, o Brasil projetou, mas não tem tecnologia pra construir, então eles tem que enviar para algum lugar que possa fazer.
    É parceria, o mundo se move a base disso, se dar uma de comunista que quer que tudo seja feito dentro da ‘cortina de ferro’ agente fica pra trás…
    O importante é os cientistas serem reconhecidos por isso e claro, ganharem o que é de direito..
    Essa paranoia que vão nos roubar, vão nos usurpar a idéia.. que isso gente, o mundo é cruel, mas não somos um monte de mocinhas indefesas, é claro que vamos saber nos defender disso.

  12. Parabéns aos cientistas brasileiros e a Universidade de MT, para quem diz aqui que não dominamos tecnologias de chip taí uma resposta contundente, diga-se que é um chip de 350 nanometro, ainda não o fabricamos, mas é só uma questaõ de tempo.

  13. Excelente noticia, mas tenho medo de o invento ser sacado do Brasil e beneficiar somente paises ricos, que é o que aconte constantemente, o brasileiro inventa algo, os poderosos paises sacam tudo o que se tenha a ver com o invento e nunca mais se fala nisso.
    Este invento poderia ser muito bem empregado em nossos vls, misses de fabricação nacional e etc… (empresas, vamos investir em nossos cientistas) ABS…

  14. uma fábrica de cpu custa entre 2 a 4 Bi.. em dolar…

    hummm… para bolsa esmola … maraca´s .. olimpiada meia boca… trem bala afana mais… aéro vassoura (o avião que a bruxa-dilma vai usar) tem e sobra .. agora para o que realmente é importante ….

  15. Pessoal,o meu projeto de ” Gerador Iônico para Propulsão ” depende da microeletrônica, assim como o ” Reator de Fusão Nuclear com Deutério “. Daria para fazê-los sem a microeletrônica, mas apenas para testes.
    Como será a obtenção de deutério da água do oceano ? Tenho que ver. Alguém sabe ?

  16. Encontrei o processo:
    2 H2O / D2O —NaOH diluido (Corrente) —> H2 + O2 + D2O (resíduo)
    De cada 200.000 litros de água eletrolisada, obtem-se 1 litro de água pesada. Importância da água-pesada: é utilizada na obtenção de deutério.
    Reação:
    2 D2O —- NaOH diluido (corrente) —> 2 D2 + O2

  17. É mais fácil um burro voar do que a Força Aérea Brasileira comprar os novos caças. E a Embraer? Não teria tecnologia própria para fabricar caças? Claro que tem.
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    por Carlos Newton
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    O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mais uma vez acenou um adeus às ilusões para a Força Aérea Brasileira, ao anunciar que a compra dos aviões não está prevista no Orçamento deste ano. “Não temos previsões para a aquisição de caças neste ano”, disse o ministro, ao detalhar o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento da União de 2011.

    Era óbvio que havia algo no ar, como dizia o Barão de Itararé. Na semana passada, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, já tinha afirmado para a então ministra das Relações Exteriores da França, Michèle Alliot-Marie, que a decisão sobre os caças iriam demorar meses. Três dias depois, a ministra francesa pediu demissão, após ser criticada durante semanas por sua ligação com o antigo regime tunisiano, mas isso já seria outra história, também interessante.

    Como se sabe, na negociação para a compra de 36 caças para a FAB concorrem os aviões Rafale, da empresa francesa Dassault, os Super Hornet F/A-18, da americana Boeing, e os Gripen NG, da sueca Saab, tendo sido liminarmente afastados (sabe-se lá por quê) os mais fortes candidatos, os Sukhoi 30 MK-II, da russa Knaapo/Irkutsk ,considerados os melhores caças da atualidade, com maior autonomia de voo etc. e tal.

    Sobre essa interminável novela da reequipagem da Força Aérea Brasileira, o comentarista Flavio José Bortolotto afirma que “o ideal seria via parceria com a Embraer, como boas tentativas já feitas no passado, que deram bons resultados. Quem tem autonomia, não depende de ninguém”. E o comentarista José Antonio completa, indagando: “Incrível! Dizem que inventamos o avião. Por que não conseguimos construir nossos próprios caças?”

    Os comentaristas têm toda razão. Não dá para acreditar que a Embraer não tenha tecnologia para fabricar caças. É claro que tem. Pode participar da fabricação do caça AMX, pode criar o melhor avião de treinamento do mundo, o SuperTucano, pode fabricar sofisticados aviões de transporte, mas não pode fabricar caças? A tecnologia que lhe falta é para fabricação dos armamentos, que podem ser importados. Uma coisa nada tem a ver com a outra.

    Mas o que falta é vontade política. Na semana passada, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, afirmou que o corte de R$ 4 bilhões no Orçamento deste ano do Ministério da Defesa vai afetar o programa de desenvolvimento do avião de transporte militar KC-390, principal projeto da Embraer na área. Não é preciso dizer mais nada. Estamos voando para trás, tipo codinome beija-flor, como dizia Cazuza.

    FONTE: Tribuna da Imprensa

  18. A Embraer não é uma empresa que tem o total domínio da fabricação de aeronaves, tais como os americanos, russos e europeus, pois importa os componentes do avião de outros países. Os seus projetos depende da aprovação dos parceiros estrangeiros. Acho que o nome desse negócio é Joint venture ou empreendimento conjunto.
    O Brasil deveria criar outra empresa de aviação, para empreendimentos militares.Uma Estatal, mas sem políticos corruptos. Se colocar políticos, seria melhor não criar nada. Chega de Toma Lá Dá Cá. Veja que desgraça está a Patrobrás ! Tem que ser uma Estatal séria, administrada por engenheiros aeronáuticos do ITA.
    Essa nova empresa faria parcerias com os chineses, russos e indianos, na fabricação de aeronaves 100% nacionais, desde a eletrônica, até a turbina.
    Essa empresa não deve visar lucro, mas a absorção de tecnologia de ponta. O lucro virá depois.

  19. Temos em desenvolvimento uma turbina em SP, que de primeira mao poderia suprir a demanda de aviões civis da Embraer e em seguida os aviões militares. Temos empresas que fazem equipamentos embarcados. Só falta vontade política, investimento da Embraer nas turbinas para torna-la menos dependente do exterior, investimento do poder público, e manter presentes nossos engenheiros do IPE, ITA E etc… Creio que produziriamos caças em menos tempo que qualquer transferencia de tecnologia. ABS…

  20. Robison;
    Eu sei que somos capazes, mas os nossos políticos ainda estão na década de 20. Eles só pensam em seus bolsos.
    O Brasil não vai pra frente com eles …

  21. o Dandolo bateu com a cabeça no banheiro e teve uma visão de como fazer uma máquina que viajasse no tempo… espera aí, foi outro cientista que fez isso… rs rs rs rs

  22. As pessoas ficam falando de politico isso, politico aquilo, mas ninguém aqui é forçado a votar em X ou Y..
    Não gosta dos politicos? Não votem nele, faz a sua parte falando para os outros não votarem por que ele fez isso, isso e aquilo errado.
    Só reclamando da politica, mas quando dão o direito a vocês de fazer a diferença, vocês defecam na urna.

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