Centenas de milhares protestam no Oriente Médio e Norte da África

http://i0.ig.com/fw/5a/a6/c3/5aa6c3t957sdifow8f4tkokc.jpgManifestantes xiitas antigoverno gritam palavras de ordem contra o regime durante manifestação em Manama, Bahrein.

Passeatas em grande escala no Iêmen pareceram preceder marchas mais pacíficas e até mesmo festivas. Mais de 100 mil saíram às ruas nesta sexta-feria, depois que o presidente prometeu na quarta-feira não reprimir as demonstrações.

No Egito, dezenas de milhares se concentraram na praça Tahrir do Cairo, que virou símbolo da revolta que forçou a renúncia de Hosni Mubarak em 11 de fevereiro. Os manifestantes exigem a formação de um novo governo e o julgamento do ex-presidente egípcio, que se retirou para a cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, na Península do Sinai.

O Egito vive um período de transição política após a renúncia, mas a maioria dos ministros e o chefe do gabinete, Ahmed Shafiq, procedem do regime anterior. “Não precisamos desse governo, queremos um novo que possamos escolher”, disse o jovem manifestante Omar el-Guendi.

http://i0.ig.com/fw/50/xy/z6/50xyz6i2fxgj2y1ot5d7an95z.jpgA concentração coincidiu com as orações do meio-dia desta sexta-feira, a celebração religiosa semanal mais importante para o mundo muçulmano. Os manifestantes levavam bandeiras e cartazes, e muitos deles estavam com as caras pintadas com as cores da bandeira egípcia.

No Bahrein, manifestações pró-democracia bloqueou quilômetros das estradas e rodovias centrais em Manama, capital. Em uma mudança em relação à terça-feira, quando os manifestantes antigoverno atraíram mais de 100 mil para a Praça Pérola, nesta sexta foram os líderes religiosos que convocaram a população a tomar as ruas. Isso pode mudar a dinâmica no Bahrein, onde os xiitas são a maioria, mas os governantes pertencem à minoria sunita.

http://i0.ig.com/fw/5a/zz/qj/5azzqjrofpeqtcu36d0lxzla3.jpgNa Jordânia, milhares saíram novamente às ruas de Amã e outras cidades para exigir reformas políticas, entre elas a dissolução da Câmara baixa do Parlamento. A principal manifestação ocorreu na capital e saiu da Grande Mesquita de Hussein, onde se reuniram líderes opositores, sindicalistas e ativistas independentes.

Os participantes da manifestação cantaram palavras de ordem para exigir reformas políticas, o fechamento da embaixada israelense em Amã e a restauração da Constituição de 1952, que previa a formação de governos representativos. Os manifestantes também traziam cartazes em apoio às revoltas contra o regime de Muamar Kadafi na Líbia.

http://i0.ig.com/fw/33/fs/07/33fs07zk9stgg97qh0g0wigj9.jpgOs protestos na Jordânia começaram há seis semanas, no calor das revoltas do Egito e da Tunísia, e as exigências da população se centram principalmente em reformas como a modificação da Lei Eleitoral, muito criticada pela oposição. Diante da pressão das ruas, o rei Abdullah 2º formou um novo governo, pedindo que promova reformas políticas reais e rápidas, e que dialogue com todos as forças políticas.

Na Tunísia, onde começaram em dezembro os protestos que serviram como um rastilho de pólvora no mundo árabe, milhares se concentraram na frente do Palácio de Governo, na medina do centro de Túnis, para pedir a renúncia do Executivo de transição tunisiano e do primeiro-ministro, Mohamed Ghannouchi.

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A praça da velha medina de Túnis se transformou poucos dias depois da fuga do presidente deposto, Zine el-Abidine Ben Ali, no centro dos protestos populares contra o governo, especialmente dos habitantes das regiões mais abandonadas do interior do país como Sidi Buzid e Kaserin.

*Com EFE, AFP e New York Times

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Fonte: Último Segundo

4 Comentários

  1. Maior caldeirão, e vai explodir, o bom nisso td é a visão anti- iank q está se cristalizando, e por tabela o problemas dos Palestinos.Como um país q defende a democracia manteve e ajudou regimes ditadoriais por tanto anos, qual a causa maior? é essas perguntas ninguém paga.Assim começa o ocaso de um potencia…Mt bom.

  2. Concordo com carlos argus.

    Americanos e europeus apoiavam as ditaduras no OM, por motivos econômicos. Por outro lado, faziam discursos defendendo a Democracia.
    Demo = Povo
    Cracia = Governo
    Agora, eles têm a obrigação moral de reparem as suas falhas, impedindo o massacre desse povo.
    O povo do OM saberá reconhecer posteriormente quem os ajudou.
    O governo brasileiro, nesse momento histórico e difícil, deve fazer de tudo para ajudar a população do OM:
    Moralmente, tecnicamente e economicamente.
    Não faltará apoio mundial para os irmãos do OM.
    Acredito que tenhamos um longo tempo de paz nessa região de cultura milenar.
    Os Palestinos terão a sua nação, se Deus quiser.

  3. Será q compensa? Em outras épocas já teria uma esquadra Yank estacionada em frente à Líbia…CRISE, IRAQUE, AFEGANISTÃO…Vamos esperar!!!

  4. Os americanos e europeus querem manter as ditaduras amigas deles, sem dúvida … O islamismo radical também é ruim para o OM. É uma faca de 2 gumes. O OM adotar uma regime político populista que nem o do Brasil, Argentina, Bolívia … seria o pior dos mundos. Não façam essa grande asneira. Não pode haver eleição direta para a massa ignorante, pois maus políticos chegarão ao poder.
    O país funciona que nem uma empresa. Maus políticos, má administração pública.
    O OM tem que organizar a sua população em sindicatos de trabalhadores, e cada um deles indica o seu representante político, em um regime parlamentarista. Esse é o caminho.
    O sindicato deve indicar o melhor cidadão de sua classe.
    Se fizerem isso, em pouco tempo os países do OM serão nações prósperas e felizes. Jamais aceitem políticos corruptos em seus governos. Veja a situação do Brasil:
    A justiça não consegue prender os políticos corruptos.
    A luta entre o bem e o mal é eterna, e Deus deseja ver a ação de seus filhos na direção do bem.
    O OM tem que ter luz própria.
    Que Deus ajude a população do OM a encontrar o seu caminho o mais rapidamente possível.
    O Brasil ainda não encontrou, lamentavelmente.

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