Desafiando o Rio-mar – Minas do Rei Salomão?

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 11 de fevereiro de 2011.

“O que não é mais possível contestar com legítimos fundamentos é que estamos na América em presença de vestígios de uma civilização antiga muito superior a das populações que aqui encontramos. (…) O selvagem que os portugueses encontraram aqui não poderia ter sido o autor dessa infinidade de objetos exumados dos cemitérios antigos de alguns dos sambaquis e das aldeias ou malocas soterradas: ídolos, instrumentos, artefatos de uso doméstico, adornos, etc, etc” (Bernardo Ramos)

– Origem das Inscrições Rupestres Americanas

Antes de iniciar a descida do Amazonas de Manaus até Santarém fui presenteado pelo caro amigo e mestre Altino Berthier Brasil com o livro “Inscripções e Tradições da América Pré-histórica”, editado em 1929, do professor, arqueologista e pesquisador amazonense Coronel Bernardo Azevedo da Silva Ramos, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Estado do Amazonas, além de uma série de instituições de pesquisa nacionais e estrangeiras. Fiquei fascinado com o presente já que as inscrições que eu observara no Solimões e seus afluentes e, principalmente na foz do Jaú, no Rio Negro, haviam chamado minha atenção. No Rio Amazonas esse tipo de pinturas e petróglifos podem ser encontrados no rio Urubu, Itacoatiara, Oriximiná, Óbidos, Alenquer e outros tantos sítios que não pudemos observar em virtude das cheias. Ao regressar de minha jornada iniciei a leitura da obra de Bernardo Ramos, hoje considerada muito rara. O pesquisador assegurava que muitas das inscrições rupestres encontradas na América tratavam-se de “escritas primitivas”, comparando-as com as letras de alfabetos conhecidos, propondo, depois de uma ampla análise das inscrições rupestres encontradas em todo o continente americano, que elas teriam sido realizadas por fenícios e gregos, vinculando, portanto, a antiguidade brasileira à antiguidade do Oriente Médio e da Grécia. A obra de Bernardo Ramos baseava-se na controvertida publicação de Enrique Onffroy de Thoron. No seu livro “Antiguidade da Navegação do Oceano. Viagens dos navios de Salomão ao rio das Amazonas, Ophir, Tarschich e Parvaim”, de 1869, traduzido e publicado em português, em Manaus, em 1876, Thoron defendia que os navios do Rei Salomão já haviam singrado as águas do portentoso Rio-mar e que o país de Ophir que abastecia de ouro o suntuoso monarca localizava-se à bacia superior do Amazonas.

– O Rei Salomão no Rio das Amazonas

Por Viriato Corrêa – Histórias da nossa história (1829)

“Das teses que se tem escrito sobre a antiguidade do Brasil, a mais audaciosa, a mais estranha, é certamente aquela de Henrique Onffroy de Thdron. A tentativa é de uma intrepidez simplesmente assustadora. Onffroy de Thoron arroja-se a provar estas coisas extravagantes: Que os navios de Salomão, do grande rei Salomão, o da Biblia, sulcaram muitas vezes as águas do Amazonas; que o lendário e maravilhoso pais de Ofir, de onde o rei sábio tirou o imenso ouro que o tornou o monarca mais suntuoso da terra, estava colocado na vertente do Amazonas, banhada pelo rio Japurá; que a região de Parvaim não é outra senão a bacia superior do Amazonas, no território oriental do Peru; que o rico país do Tarschisch, de que tanto falam os livros sagrados, também era na Amazônia e, finalmente, que as madeiras, empregadas no magnífico templo do grande rei, eram madeiras brasileiras. (…)

Para chegar à afirmação de que o Brasil era conhecido na mais recuada antiguidade, de Thoron começa por procurar convencer que a América era familiar dos povos antigos. Não lhe é difícil esta coisa. Os Diálogos de Platão são claros. Através de Sólon e Critias, o filósofo indica a posição da famosa Atlântida; em seguida, aponta por trás da Atlântida numerosas ilhas, que só podem ser as Antilhas de hoje. Atrás destas, diz Platão, está a “grande terra firme”. “O que acaba de ser designado como terra firme (fala Platão pela boca de Critias) é um verdadeiro continente”. E mais: “atrás da terra firme está o grande mar”.

— É ou não é a indicação da América com o Grande Oceano Pacífico atrás? pergunta de Thoron, triunfalmente.

Parece claro, claríssimo.

Não é só em Platão que se arrima. Povo, com ancianidade igual à sua, os Egípcios só conheciam os Frígios. Teopompo, poeta e historiador grego, narra que Sileno, 1329 anos antes de nossa era, ensinou a Midas, rei da Frígia, que, além, longe da Ásia, Europa e da Líbia (África) que são, propriamente falando, ilhas, existia o “verdadeiro e único continente”, de imensa extensão, chamado Meropio, habitado pelos Meropios e governado por Mérope, filha de Atlas, rei da Líbia. Atlas, no egípcio-líbio, quer dizer “do país”, “nascido no país”, posto que ele fosse descendente dos Atlantes, assim como os seus súditos estabelecidos na Líbia. Ora, na língua quichua ou dos Antis da América equatorial, que de Thoron mostra conhecer profundamente, anti significa “altos vales”; Atlantes — “pais de altos vales”. Anti é justamente o nome dos Andes da America equatorial e, as suas povoações, ainda hoje, têm o nome de Antis. Sileno descreve Meropio com vastas cidades, grandes animais, muito ouro e muita prata. Semelhante descrição, conclui Onffroy de Thoron, só pode ser da América. As provas que ele apresenta são muitas e aqui não caberiam. Deodoro da Sicília indica positivamente a América: “Está distante da Líbia muitos dias de navegação e situada ao ocidente. Seu solo é fértil e de grande beleza e regado de rios navegáveis. Vêem-se ali casas suntuosas. A região é montanhosa e coberta de arvoredos espessos e árvores frutíferas de toda a espécie. A caça é abundante, o ar é de tal modo temperado que as frutas das árvores e outros produtos ali brotam fartamente todo o ano”.

Entra pelos olhos. Rios navegáveis só possuem os continentes; edifícios suntuosos, — é sabido que a América os possui desde a mais remota antiguidade. E Deodoro diz como a região por ele descrita foi descoberta: os Fenícios iam explorar o litoral situado além das colunas de Hércules, mas tempestades violentas os levaram muito longe do oceano, até as plagas da terra distante. Os Carios ou Cares estiveram na America e estabeleceram até uma dinastia em Quito. Plutarco conta que o continente de Mérope fôra visitado por Hercules, numa expedição que fez para o oéste, e que seus companheiros ali apuraram a língua grega que começava a adulterar-se. O próprio Plutarco é de opinião que as origens gregas estão na America. De Thoron, conhecedor exímio da língua quichua ou dos Antis da América equatorial, descobriu que esta língua contém centenas de palavras gregas. Mais ainda: as divindades pelágicas, gregas e romanas, têm seus nomes e suas etimologias exatas no quichua. O estudo da mitologia e o estudo dos astros eram idênticos na Ásia, Europa e América; a vestimenta e atributos sacerdotais iguais ou quase iguais aos que se vêem nos monumentos egípcios e, por fim, a circuncisão usava-se igualmente no Egito, na América e entre os Hebreus.

Nos Paralipomenos, liv. 2.°, cap. 3.°, vers. 6.°, conta-se que “Salomão adornou a sua casa com o ouro de Parvaim”.

Onde fica Parvaim? Na bacia superior do Amazonas, no território oriental do Perú, assegura Thoron, ousadamente. Os argumentos são interessantes. Parvaim é a pronuncia alterada de Paruim. No antigo alfabeto latino, confundia-se o v com o u; o iod, que é a vogal i, muitas vezes se lê com a pronúncia ai no hebraico. Mas, no texto hebraico, o ouro de Paruim está escrito Zab-Paruim; em grego dos Setenta, igualmente Paruim. A terminação im indica o plural hebraico; vem acrescentada a Paru porque efetivamente existem na bacia superior do Amazonas, no território oriental do Perú, dois rios auríferos, um com o nome de Parú e outro com o de Apu-Parú, “o rico Parú”. Esses rios juntam-se em 10° 30′ de latitude meridional e despejam-se depois no Ucaiali, um dos grandes afluentes do Amazonas. Os rios de nome Parú fazem justamente um plural e dão o Paru-im dos Hebreus. E mais: os rios Parú e Apu-Parú descem da província de Carabaia, a mais aurífera do Perú. Ai está achada a rica região de Parvaim. Quando David morreu deixou a Salomão, para a construção do templo, 7.000 talentos de prata e 3.000 de ouro de Ofir.

Onde ficava Ofir? Muitos escavadores de coisas antigas colocaram-no na Arábia Feliz, na Índia, no Ceilão, em Sumatra, Bornéu, na costa oriental da África, etc. Não pode ser. E não pode ser, além de muitas outras razões, por esta razão séria: porque os navios de Salomão, de ida e volta a Ofir, gastavam três anos. Para determinar a situação de Ofir, de Thoron escava a significação da palavra. No Capítulo 10, Livro I dos Reis, versículo 2, o nome está escrito em hebraico de dois modos — Apir e Aypir, e, no Capítulo 9, versículo 28, assim se escreve — Aypira. Esta última forma acusativa de Aypir tornou-se um nominativo. Aypira não é senão o nome mal pronunciado de Japurá, grande afluente do Amazonas ou Solimões, grita o americanista, corajosamente.

Onffroy de Thoron é um filólogo profundíssimo. O seu conhecimento do quichua, língua que ainda hoje se fala na bacia superior do Amazonas, é sólido. As suas deduções são tiradas com o apoio da filologia. Aypira é Japurá em conseqüência de uma permuta de letras, tais como: em quichua yura “folhagem” faz em vasco urya; “baso”, em quichua, é kirau e, em chaldaico, kiura, etc. etc. (…) Assim, pelos exemplos de permutas e de substituições de vogais, que não alteram a significação das palavras, nada se opõe a que — Aypira da Bíblia — tenha vindo do nome do rio Japurá. Encantadoramente simples. E procura solidificar a afirmativa. A palavra Yapura compõe-se de y, que em quichua é “água”, e de apura que é o nome de Apira ou Apir — “agua ou rio Apir ou de Ofir”. Apesar da distância de 2.880 anos, a palavra não sofreu senão a alteração de uma vogal — Yapurá em lugar de Yapira! Esse vocábulo é legitimamente quichua, e os mineiros de toda a cordilheira dos Andes, e da bacia superior do Amazonas, têm o nome de Apir ou de Apiri; e em alguns lugares, de Yapiri, Apir ou apiri referem-se aos mineiros, enquanto Aypir, Aypira ou Yapura indicam que eles trabalham na água em que se faz a lavagem do ouro. Só? Não! No mapa de Samuel Fritz, na margem esquerda do Yapurá aparece uma montanha que La Condamine diz conter prodigiosa quantidade de ouro. Dela desce o Rio dei oro, cujo nome indígena é ikiari. Ikir, em hebraico, é “precioso” e iari “rio” — o “rio precioso”. O rio desemboca no Yumaguari. Ora, yuma, “ouro nativo”, é palavra indígena unida aos dois vocábulos hebraicos gu “centro” e ari “cavidade”. Yumaguary — significa, pois, — “cavidade centro do ouro nativo”. E mais: o Yapurá tem um afluente aurífero chamado Masai ou Masahy. Masai é palavra formada do hebraico massar “rico” e de i “agua” em quichua. Masai — “agua rica”. Os hebreus davam o nome de masaroth aos tesouros consagrados. E Onffroy de Thoron conclui, depois de varias deduções, que a magnífica região de Ofir está situada no território columbiano e brasileiro num triangulo formado: de uma parte, pelas montanhas de Papayan e de Cundinamarca, até o lago Yumaguari e de outra parte pelo rio Ikiari, até a montanha aurífera de onde este desce, e pelo rio Yapura. Está explicada assim a longa ausência de três anos dos navios de Salomão, quando em busca do ouro de Ofir. É que eles seguiam para longe, estacionavam demoradamente no rio que tinha o nome do grande rei.

E que rio era esse? O Amazonas de hoje. Desde a foz do Ucayali até a foz do Negro o Amazonas tem o nome de Solimões. E de Thoron afirma, com uma convicção impressionante, — Solimões é o nome viciado de Salomão, dado ao rio pelas frotas do rei sábio. Em hebraico Salomão é Solina e em árabe Soliman. A oeste do Pará, dizem as crônicas dos primeiros dias do Brasil, havia uma imensa tribo com o nome de Soliman, que era a do rio. Daí fizeram os portugueses Solimão, porque costumam mudar o n final na vogal o. Ao que parece, Ofir foi depois abandonado pelos navios de Salomão. As várias viagens trienais, com exceção de uma, referem-se a Tarschisch. De Thoron conclui pelo abandono. E a explicação é curiosíssima. O Yapurá tem embocaduras mal definidas, que se obstruem facilmente com os troncos trazidos pelas águas. Isso devia causar aos marinheiros de Salomão grandes aborrecimentos e enorme confusão, quando se tinham que internar naquele dédalo de ilhas e canais. E não era só isso. O rio era, como ainda é, insalubre, o que devia aterrorizar os marinheiros. E mais ainda: explorando, mais para o oeste, o Amazonas, os Hebreus e os Fenícios encontraram ouro mais fino, clima melhor e navegação mais cômoda. Aproximando-se dos Antis, povo meio civilizado e laborioso, podiam deles tirar bom proveito e abastecimento para os seus navios.

O livro dos Reis diz: “Uma vez, de três em três anos, os navios vinham de Tarschisch, trazendo ouro, prata, marfim, monos e pavões”.

De Thoron decompõe a palavra Tarschisch. A etimologia é encontrada na língua quichua — tari “descobrir” e chichiy “colher ouro miudo”. Tarschisch — “lugar em que se descobre e colhe ouro miudo”. “Para ir a Tarschisch o profeta Jonas embarcou em Joppe (Java)”, diz a Biblia”. É evidente que era para empreender a navegação do Atlântico; pois, caso contrário, embarcaria no mar Vermelho. “Os servos de Hiram e de Salomão, que trouxeram ouro de Ofir, conduziram algum e pedras preciosas. E também a frota de Hiram, que trouxe o ouro de Ofir, importou grande quantidade de árvores almug e pedras preciosas”. (Livro dos Reis) Para uns, Tarschisch é Tarso, cidade de Sicília, para outros Cartago e para outros Gades. Impossível. Nenhum desses lugares produziu ouro, nem prata, nem pedras preciosas, nem monos, nem pavões. Não pode ser a África, como querem alguns, pois também não existem pavões na África.

É ainda da filologia que se serve de Thoron. Almug, a madeira de que falam os livros sagrados, vem do hebraico alamadeira dura e consagrada” e do termo quichua mucki odorífero”. Almug — “madeira dura de bom cheiro”. Foi com ela, segundo a Bíblia, que Salomão construiu as colunas do templo de Jerusalém. Algum, a outra madeira falada, tem, no hebraico, o plural em algumim. A etimologia está no hebraico – ala “madeira” e no quichua humu “curva”, ou ainda nos vocábulos quichua alli “bom”, kumu “curva”. Almug é “madeira curva” ou de “boa curva”. Almug foi empregada nos pilares e algum nos arcos e nas abobadas do templo. Simplicíssimo!

A frota de Tarschisch levou também “pavões” — tuki, cujo plural é tukum. A palavra é quichua. “Tuki” vem do quichua “inchado de orgulho, orgulhoso”. Os pavões e os perus são aves inchadas de orgulho ou simplesmente tukum “as orgulhosas”, como lhes chama a Bíblia.

Mono” — kap e kapim tira a sua etimologia do quichua kap — “agarrar fortemente com a mão”, o que é muito próprio dos macacos. Há um confluente do Amazonas denominado Kapim (rio dos macacos).

A palavra “marfim” é designada na Bíblia pelos nomes de Schanabim e de Karnot-schan. A origem está no tipo falado na bacia amazônica. “Dente” é, no tupi, schan, shaina, shene e sahn. Porém schan é hebraico, o que de alguma maneira mostra que os Hebreus estiveram no Brasil. Na América havia elefantes; foram encontradas seis variedades de elefantes fósseis. No tempo de Salomão é possível que eles vivessem.

A monografia de Onffroy de Thoron é curiosíssima. Pelo menos forte impressão ela nos deixa. Pelo menos faz pensar. Quando mais não seja — diverte”. (Corrêa)

– Reinos Desaparecidos Povos Condenados

Por Aurélio M. G. de Abreu

“Um dos trágicos exemplos do que seria a interpretação da simbologia em rochedos e cavernas do Brasil resultou numa obra em dois grossos volumes, onde o autor (o Coronel Bernardo Azevedo da Silva Ramos), após um magnífico trabalho de levantamento de centenas de inscrições em diversos Estados do Brasil, perde-se inteiramente ao tentar decifrar cada inscrição, decompondo arbitrariamente os sinais encontrados e apresentando traduções que não conseguem convencer em nenhum momento.

Na opinião daquele autor, as inscrições seriam gregas, e em sua maioria constituiriam sentenças piedosas de louvação aos deuses do Olimpo. A obra em questão, hoje não muito fácil de ser obtida, intitula-se “Inscripções e Tradições da América Pré-histórica”. Seu valor real consiste na apresentação de petróglifos situados em locais de difícil acesso, e mesmo de inscrições que foram destruídas pelo vandalismo de curiosos despreparados. Após a publicação da obra, o ataque dos donos da ciência, que não tiveram a capacidade de reconhecer os méritos das pesquisas do autor, foi tão forte que poucos se atreveram a voltar ao assunto. O último a fazê-lo, o aventureiro Marcel Homet, contribuiu ainda mais para que o assunto se tornasse tabu.

Mas haveria alguma hipótese que explicasse, dentro da lógica científica, que os símbolos existentes foram uma forma de escrita? Ou seria melhor que aceitássemos a assertiva oficial de que tais desenhos representavam apenas passatempo de índios ociosos (que, à falta de coisa melhor, compraziam-se em desenhar rabiscos sem sentido nos lugares mais inusitados?). Não concordamos com a ideia de que os sinais eram resultado de ociosidade (já que, para realizar algumas dessas inscrições, seus autores fizeram esforços terríveis, pendurando-se em pontos de difícil acesso, correndo perigo de acidentar-se), e não adotando a teoria de influências de culturas vindas do outro lado do Atlântico, apresento alguns dados que poderão constituir resposta ao enigma que as inscrições encerram”. (ABREU)

– Conclusão

“Um não menos interessante misto de caracteres em linear e figurativo, profusamente gravados uns e pintados outros, sobre as escarpas das montanhas e rudes blocos de pedras, dispostos caprichosamente pela natureza, nas vastas regiões do Continente Americano e mesmo sobre várias regiões do globo, vem de séculos, suscitando, como no precedente caso, a mesma apreensão e controvérsias. Consideram-se esses caracteres ‘comezinhos’, ‘fenômenos naturais’, ‘meras diversões do selvagem’, letras do diabo’, etc. Demandam eles, entretanto, conveniente interpretação paleográfica, compatível ao atual progresso”. (RAMOS)

Ao analisarmos a obra de Bernardo Azevedo da Silva Ramos temos de considerar o contexto histórico vigente, no século XVII, na “Terra Brasilis”. Naqueles tempos ao mesmo tempo em que a literatura procurava valorizar o indígena como nobre e digno ancestral da nação, os homens de ciência, tentavam, já há algum tempo, há todo custo, associar suas origens aos ancestrais gregos ou fenícios, investindo na busca de achados arqueológicos nacionais que comprovassem nossa matriz cultural eurocêntrica. A vinculação a uma origem comum aos povos mais desenvolvidos, na época, buscava, definitivamente, eliminar uma pretensa inferioridade histórica do Brasil frente ao continente europeu.

Após a Independência do Brasil, em 1822, a qualquer preço, era necessário e urgente se construir uma identidade nacional forte para o novo país. Em 1838, foi fundado o Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (IHGB), formado por intelectuais que pretendiam estabelecer as bases históricas da nação. A primeira revista do instituto, lançada no ano de 1839, deixa evidente a intenção de identificar as origens remotas da civilização americana nos mesmos moldes europeus. A Revista publicou o Documento 512, datado de 1754, que reportava a descoberta de uma cidade perdida no interior da Bahia e a reprodução das inscrições lá encontradas. Reproduzi este documento, na íntegra, no meu livro “Desafiando o Rio-mar – Descendo o Rio Negro”.

O valor da obra de Ramos não está calcado na sua teoria, mas sim no impressionante acervo coletado em lugares de difícil acesso preservando para a posteridade estas peculiares inscrições, propiciando pesquisas científicas sérias independentemente das ações de inescrupulosos depredadores. Ao contrário do que defende Ramos não há como negar a autenticidade das inscrições rupestres e da cerâmica pré-histórica como obra do homem aborígene, testemunhas patentes de uma cultura extinta. O autor não levou em conta nem mesmo a cultura pré-colombiana que tanto impressionou os invasores espanhóis tentando decifrar sua escrita como caracteres gregos, numa vã tentativa de interpretar a cultura americana dentro de um contexto familiar aos europeus.

Fontes:

Abreu, Aurelio M. G. Reinos Desaparecidos Povos Condenados – Hemus, 1986.

Corrêa, Viriato. Histórias da nossa história – Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1930.

Ramos, Bernardo de Azevedo da Silva. Inscripções e Tradições da América Prehistorica, Vol 1 – Imprensa Nacional, 1930.

Thoron, Enrique Onffroy de. Antiguidade da navegação do Oceano. Viagens dos navios de Salomão ao rio das Amazonas, Ophir, Tarschich e Parvaim, 1869 – Annaes da bibliotheca e Archivo Público do Pará, tomo IV, p. 01-37, 1904.

Solicito Publicação

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)

Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

E–mail: hiramrs@terra.com.br

16 comentários em “Desafiando o Rio-mar – Minas do Rei Salomão?

  1. Rei Salomão?… Eu tento não pensar em teorias conspiratórias.. porém cada vez que a história do país é escrita e descoberta vejo os illuminatis agindo como num espelho!..

  2. INTERESSANTE!!!!

    SOBRE OS ILUMINATTS NS MONARQUIA BRASILEIRA TEM VARIOS SIMBOLOS MAÇONS,PELA CIDADE DE SAO JOSE DOS CAMPOS TAMBEM TEM VARIOS SIMBOLOS ESPALHADOS POR TODA A CIDADE.

    Caro Marco, solicitamos que ao enviar seus comentários o faça utilizando texto normal, evite utilizar apenas maiúsculas, pois além de dificultar a leitura, esta prática e consentida na internet como “má educação” pois significa Gritar.
    Sds
    E.M.Pinto

  3. A HISTÓRIA SENDO REVISTA.
    .
    .
    Segundo alguns Historiadores,a existência do continente americano já era de conhecimento dos templários nos tempos da primeiras cruzada,els tiveram contatos com a história e povos(remanescentes) dos fenícios; e que o nome “Brasil”,já era pronunciada por eles.
    .
    Os livros de História relatam que o nosso país foi “descoberto” o nome do Brasil não fora emprestado pela árvore de cor de brasa(pau brasil).
    .
    Resumindo,nada foi descoberto em 1500,e sim achado pois já se tinha o nome da terra que era “Brasil”,segundo os templários da época das grandes navegações dos desbravadores lusitantos.

  4. ERRATA.
    .
    .
    (Esta citação está mal colocada no seu contexto)
    .
    _”(….)Os livros de História relatam que o nosso país foi “descoberto” o nome do Brasil não fora emprestado pela árvore de cor de brasa(pau brasil).(….)”
    .
    ##_(corrigido ele,é).
    .
    __”(….)Os livros de História relatam que o nosso país foi descoberto,e o nome do Brasil fora emprestado pela árvore de cor de brasa(pau brasil).(…)”
    .

  5. Muito boa a matéria. Seguindo no tema lembro que há uns 5 anos publicaram o relatório duma pesquisa onde informavam sobre pinturas em cavernas aqui no Brasil, datadas pelo C14 com antiguidade de 50 mil anos. Lembro que uma arqueóloga consultada pela revista até falou que tinham duas hipóteses da origem, uma era que o povo que fez as pinturas tivesse origem australiano ou polinésio e a outra, a mais provável, do sul da África. Acho que a matéria era da CiênciaHoje.

  6. Maravilhoso, eu jamais poderia fazer especulações tão bem próximas da realidade, próximas por ñ ter outros documentos p provar em definitivo ; + mt provável.Ainda tem mt a se descobrir na n Am.Qtas histórias poderão ser elucidadas . Parabéns a esses pesquisadores Brasucas..quem viver verá.

  7. Mestre João
    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    Ir para: navegação, pesquisa
    Nota: Se procura o fundador da Ordem dos Lóios, veja Mestre João Vicente.
    João Faras ou João Emeneslau, mais conhecido como Mestre João, era um médico, astrônomo, astrólogo e físico espanhol presente na expedição comandada por Pedro Álvares Cabral que aportou no Brasil em abril de 1500, sendo considerado por muito tempo como a primeira a chegar em terras brasileiras.
    Médico da coroa portuguesa, era um dos principais tripulantes de Cabral e um dos que se sabe que eram judeus – o outro era Gaspar da Gama.[1]
    No dia 28 de abril de 1500 ele teria enviado uma carta para o rei D. Manuel I em que, como a Carta de Pero Vaz de Caminha, fazia comentários sobre as novas descobertas. Em um dos trechos da carta, escrita na atual Baía Cabrália, onde realizou os primeiros estudos astronômicos no Brasil, ao identificar pela primeira vez a constelação do Cruzeiro do Sul, sugere ao rei que peça um mapa onde veria a localização das terras onde eles estavam, o que faria crer que os portugueses já conheciam o território brasileiro.
    A Carta do Mestre João foi descoberta pelo historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, sendo publicada pela primeira vez em 1843, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro , Rio de Janeiro, 1843, tomo V nº 19.
    [editar] Bibliografia
    • “Brasiliana da Biblioteca Nacional”, Rio de Janeiro, 2001. Pg 18.
    Carta do Mestre João
    Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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    A Carta do Mestre João é o documento escrito pelo espanhol João Faras ou João Emeneslau, entre 28 de abril e 1 de maio de 1500, durante a viagem de Cabral ao Brasil, em um misto de espanhol e português quinhentista, dando ciência ao rei de Portugal D. Manuel I acerca do “descobrimento”. Nela o autor revela a existência de um antigo mapa-múndi pertencente a Pero Vaz Bisagudo, em que já constaria o sítio desta terra.
    Descoberta pelo historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, a carta foi publicada, pela primeira vez, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 1843, tomo V nº 19.[1]
    [editar] Texto original
    MESTRE JOÃO
    A CARTA DE MESTRE JOÃO

    Abraão Zacuto foi o autor de um novo e melhorado Astrolábio, que ensinou os navegantes portugueses a utilizar, e também de melhoradas tábuas astronómicas que ajudaram a orientação das caravelas portuguesas no alto-mar, através de cálculos a partir de observações com o Astrolábio.
    As suas contribuições salvaram sem dúvida a vida de muitos marinheiros portugueses e permitiriam as descobertas do Brasil e do caminho marítimo para a Índia.
    CRUZEIRO DO SUL

    TÁBUAS ASTRONÓMICAS

    João Faras ou João Emeneslau, mais conhecido como Mestre João, era um médico, astrônomo, astrólogo e físico espanhol presente na expedição comandada por Pedro Álvares Cabral que aportou no Brasil em Abril de 1500, e pisa terras brasileiras a 27 de Abril desse longínquo ano.
    No dia 28 de Abril de 1500 ele teria enviado uma carta para o rei D. Manuel I em que, como a Carta de Pero Vaz de Caminha, fazia comentários sobre as novas descobertas. Em um dos trechos da carta, escrita na actual Baía Cabrália, onde realizou os primeiros estudos astronómicos no Brasil, ao identificar pela primeira vez a constelação do Cruzeiro do Sul, sugere ao rei que peça um mapa onde veria a localização das terras onde eles estavam, o que faria crer que os portugueses já conheciam o território brasileiro.

    Carta do Mestre João
    A Carta do Mestre João é o documento escrito pelo espanhol João Faras ou João Emeneslau, entre 28 de abril e 1 de Maio de 1500, durante a viagem de Cabral ao Brasil, em um misto de espanhol e português quinhentista, dando ciência ao rei de Portugal D. Manuel I acerca do “descobrimento”. Nela o autor revela a existência de um antigo mapa-múndi pertencente a Pero Vaz Bisagudo, em que já constaria o sítio desta terra.
    Descoberta pelo historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, a carta foi publicada, pela primeira vez, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 1843, tomo V nº 19.
    Texto original
    Señor
    O bacherel mestre Johan fisico e çirurgyano de Vosa Alteza beso vosas rreales manos. Señor porque de todo lo aca pasado largamente escriuieron a vosa alteza asy arias correa como todos los otros solamente escreuire dos puntos Señor ayer segunda feria que fueron 27 de abril desçendimos em terra yo e el, pyloto do capitan moor e el pyloto de Sancho de touar e tomamos el altura del sol al medio dia e fallamos 56 grrados e la sonbrra era septentrional por lo qual segund las reglas del estrolabio jusgamos ser afastados de la equinocial por 17 grrados, e por consyguiente tener el altura del polo antarctico en 17 grados, segund que es magnifiesto en el espera e esto es quanto alo uno, por lo qual sabra vosa alteza que todos los pylotos van adiante de mi en tanto que pero escolar va adiante 150 leguas e otros mas e otros menos: pero quien disse la verdad non se puede çertyficar fasta que en boa ora allegemos al cabo de boa esperança e ally sabremos quien va mas çierto ellos con la carta e con el estrolabio: quanto Señor al sytyo desta terra mande vosa alteza traer un napamundi que tyene pero vaaz bisagudo e por ay podrra ver vosa alteza el sytyo desta terra, en pero aquel napamundi non çertyfica esta terra ser habytada, o no: es napamundi antiguo e ally fallara vosa alteza escrita tan byen la mina: ayer casy entendimos per aseños que esta era ysla e que eran quatro e que de otra ysla vyenen aqui almadias a pelear con ellos e los lleuan catiuos: quanto Señor al otro puncto sabrra vosa alteza que çerca de las estrellas yo he trabajado algo de lo que he podido pero non mucho a cabsa de una pyerna que tengo mui mala que de una cosadura se me ha fecho una chaga mayor que la palma de la mano, e tan byen a cabsa de este navio ser mucho pequeno e mui cargado que non ay lugar pera cosa ninguna solamente mando a vosa alteza como estan situadas las estrellas del, pero en que grrado esta cada una non lo he podido saber, antes me paresçe ser inposible en la mar tomarse altura de ninguna estrella porque yo trabaje mucho en eso e por poco que el nauio enbalançe se yerran quatro, o çinco grrados, de guisa que se non puede fazer synon en terra, e otro tanto casy digo de las tablas de la India que se non pueden tomar con ellas sy non con mui mucho trabajo, que si vosa alteza supyese como desconçertauan todos en las pulgadas reyrya dello mas que del estrolabio porque desde lisboa ate as canarias unos de otros desconçertauan en muchas pulgadas que unos desian mas que otros tres e quatro pulgadas, e otro tanto desde las canarias ate as yslas de cabo verde, e esto rresguardando todos que el tomar fuese a una misma ora, de guisa que mas jusgauan quantas pulgadas eran por la quantydad del camino que les paresçia que avyan andado que non el camino por las pulgadas: tornando Señor al proposito estas guardas nunca se esconden antes syenpre andan en derredor sobre el orizonte, e aun esto dudoso que non se qual de aquellas dos mas baxas sea el polo antartyco, e estas estrellas principalmente las de la crus son grrandes casy como las del carro, e la estrella del polo antartyco, o sul es pequena como la del norte e muy clara, e la estrella qaue esta en rriba de toda la crus es mucho pequena: non quiero mas alargar por non ynportunar a vosa alteza, saluo que quedo rrogando a noso Señor la la vyda e estado de vosa alteza acresçiente como vosa alteza desea. Fecha en uera crus a primero de maio de 500. pera la mar mejor es regyrse por el altura del sol que non por ninguna estrella e mejor con estrolabio que non con quadrante nin con otro ningud estrumento. do criado de vosa alteza e voso leal servidor.
    Johannes
    artium el medicine bachalarius.
    Sobrescrito: A elrey nosso sõr
    Nota quinhentista: De mestre Johã q vay ha Callecut.
    Versão em português
    Senhor:
    O bacharel mestre João, físico e cirurgião de Vossa Alteza, beijo vossas reais mãos. Senhor: porque, de tudo o cá passado, largamente escreveram a Vossa Alteza, assim Aires Correia como todos os outros, somente escreverei sobre dois pontos. Senhor: ontem, segunda-feira, que foram 27 de Abril, descemos em terra, eu e o piloto do capitão-mor e o piloto de Sancho de Tovar; tomamos a altura do sol ao meio-dia e achamos 56 graus, e a sombra era setentrional, pelo que, segundo as regras do astrolábio, julgamos estar afastados da equinocial por 17°, e ter por conseguinte a altura do pólo antárctico em 17°, segundo é manifesto na esfera. E isto é quanto a um dos pontos, pelo que saberá Vossa Alteza que todos os pilotos vão tanto adiante de mim, que Pero Escolar vai adiante 150 léguas, e outros mais, e outros menos, mas quem diz a verdade não se pode certificar até que em boa hora cheguemos ao cabo de Boa Esperança e ali saberemos quem vai mais certo, se eles com a carta, ou eu com a carta e o astrolábio. Quanto, Senhor, ao sítio desta terra, mande Vossa Alteza trazer um mapa-múndi que tem Pero Vaz Bisagudo e por aí poderá ver Vossa Alteza o sítio desta terra; mas aquele mapa-múndi não certifica se esta terra é habitada ou não; é mapa dos antigos e ali achará Vossa Alteza escrita também a Mina. Ontem quase entendemos por acenos que esta era ilha, e que eram quatro, e que doutra ilha vêm aqui almadias a pelejar com eles e os levam cativos. Quanto, Senhor, ao outro ponto, saberá Vossa Alteza que, acerca das estrelas, eu tenho trabalhado o que tenho podido, mas não muito, por causa de uma perna que tenho muito mal, que de uma coçadura se me fez uma chaga maior que a palma da mão; e também por causa de este navio ser muito pequeno e estar muito carregado, que não há lugar para coisa nenhuma. Somente mando a Vossa Alteza como estão situadas as estrelas do (sul), mas em que grau está cada uma não o pude saber, antes me parece ser impossível, no mar, tomar-se altura de nenhuma estrela, porque eu trabalhei muito nisso e, por pouco que o navio balance, se erram quatro ou cinco graus, de modo que se não pode fazer, senão em terra. E quase outro tanto digo das tábuas da Índia, que se não podem tomar com elas senão com muitíssimo trabalho, que, se Vossa Alteza soubesse como desconcertavam todos nas polegadas, riria disto mais que do astrolábio; porque desde Lisboa até às Canárias desconcertavam uns dos outros em muitas polegadas, que uns diziam, mais que outros, três e quatro polegadas, e outro tanto desde as Canárias até às ilhas de Cabo Verde, e isto, tendo todos cuidados que o tomar fosse a uma mesma hora; de modo que mais julgavam quantas polegadas eram, pela quantidade do caminho que lhes parecia terem andado, que não o caminho pelas polegadas. Tornando, Senhor, ao propósito, estas Guardas nunca se escondem, antes sempre andam ao derredor sobre o horizonte, e ainda estou em dúvida que não sei qual de aquelas duas mais baixas seja o pólo antárctico; e estas estrelas, principalmente as da Cruz, são grandes quase como as do Carro; e a estrela do pólo antárctico, ou Sul, é pequena como a da Norte e muito clara, e a estrela que está em cima de toda a Cruz é muito pequena. Não quero alargar mais, para não importunar a Vossa Alteza, salvo que fico rogando a Nosso Senhor que a vida e estado de Vossa Alteza acrescente como Vossa Alteza deseja. Feita em Vera Cruz no primeiro de maio de 1500. Para o mar, melhor é dirigir-se pela altura do sol, que não por nenhuma estrela; e melhor com astrolábio, que não com quadrante nem com outro nenhum instrumento. Do criado de Vossa Alteza e vosso leal servidor.
    Johannes

  8. não sei os fenícios mas tive um grande professor que dizia e mostrava as gravuras de um livro que não em recordo o nome, nesse livro dizia que os chineses deram uma volta ao mundo com direto a mapa a 2000 anos atras!
    .
    Mas como todos sabem os xinas nao divulgam seus arquivos históricos, imagina o que eles tem em mãos….

  9. O Pão de Açucar no RJ do lado que da pra enseada de Botafogo em especifica epoca do ano e em determinado horario forma uma FENIX gigante em um falha como se tivesse sido sutilmente esculpida para que não fosse avistada pelo oceano e somente adentrando a baia de guanabara.Falta apenas que encontremos vestigios que possamos realmente reconhecer a presença Fenicia e tambem a presença Viking em nosso territorio.Lembram dos Indios Gigantes brancos do Amazonas que não queriam contato com nossa civilização e foram muito combatidos por serem altamente hostis e somente na decada de 80 começou-se uma aproximação com eles.Mas ainda não ouvi ou vi nada que corresponda ou ateste a visitação de Gregos e essa historia de Rei Salomão é pura lenda.Tem sim evidencias que a lenda de Atlantida teve uma historia inversa ou seja,embarcações de junco de civilizações antigas Americanas se aproveitando da corrente do Atlantico,uma vai do Caribe a costa Norte_Americana e depois entra pelo Atlantico chegando a Europa mais precisamente a Inglaterra e outra desce pelo continente Americano e na altura da Bahia entra para o Oceano e vai ate a Africa.Ou seja,tem uma tendencia cientifica que pensa que embarcações de jungo de civilizações antigas Americanas chegaram a Africa levando a noticia de uma terra rica com um povo Avançado e que Platão ouviu essa historia guardada por gerações antigas e a levou para a Grecia,surgindo assim a lenda de Atlantida.Cientista ja ate cogitaram que essa civilização habitava onde hoje é o lago Titicaca no Peru que era um gigantesco aquifero e que a crosta ruiu e submergiu formando o lago.Ate onde sei nem com robos ainda haviam conseguido chegar ao fundo do lago que é muito profundo.Para uma coisa a lenda de Atlantida serviu.Muitas cidades Antigas por todo mediterraneo,costa Africana e sudeste da Asia foram encontradas ou descobertas atravez da busca a Atlantida.Troia foi uma.

  10. A posibilidade mais concreta de migração para a America é a tendencia cientifica de que Mongois aqui chegaram penetrando atravez do estreito de Bering.Existem tambem a suposição que povos da Oceania ou seja Polinésios chegaram a America do Sul.Conhecemos muito pouco de povos pré-colombianos e intriga os conhecimentos de engenharia usados pelos antecessores dos Incas nos alti-planos Peruanos que usavam cravos de ferro para unirem e sustentarem enormes blocos de pedras e suas construções e piramides.Tal avanço jamais foi encontrado em qualquer outra civilização no mundo.Mas pensar que aqui no Brasil viveu um povo altamente evoluido é o mesmo que acreditar que o homem passeou na superficie de Saturno.Quem puder ter acesso aos arquivos da Rede Globo procurem os anuncios do Fantastico na decada de 70 em que noticiaram apenas uma unica vez e depois não se falou mais nisso de terem avistado algo que assemelhava-se a uma piramide no meio da floresta Amazonica.Presumo que achavam que era indicio de uma civilização perdida e com certesa era outra coisa de origem secreta e tiveram que esquecer o que viram.

  11. Sr. Hiram…

    O fenomeno da globalizacao em um sentido mais simples, nao e recente…

    Em era passadas havia um grande comercio mundial via maritima, ao qual nao restou vestigios, pois o conhecimento das rotas e lugares de ¨especiarias¨ endemicas (Coca por exemplo – encontrada em muitas mumias egipicias) era um segredo comercial (manutencao da exploracao do produto por um cla ou associacao)… Eles nao gostavam de concorrencia…

    Isto explica coisas como inscricoes fenicias, ceramica marajoara com estetica egipicia, tomates em igrejas medievais, etc…

    A grande questao e tentar delimitar as epocas destas trocas comerciais e seus destinos (cilcos dos produtos e comercio maritimo)…

    Esta sao minhas teses..

    Caso queira aprofundar, fique a vontade…

    Abs.

  12. Tambem ha hipoteses de um grande imperio ramificado em uma grande rede pluricultural – que se extenderia do Mexico ate a America do Sul (incluso floresta Amazonica – ha analises recentes de imagens indicando sinais de ocupacao sofisticada na floresta brasileira – talves se relacione com a hipotese antropogenica de formacao da floresta – terra preta – era uma especie de jardim cultivado recortado por canais naturais para transporte, a exemplo dos Maias -nesta parte dos canais eram artificiais -, onde hoje fica a Cidade do Mexico)…

    Este Imperio, talves seja subsequente a um primeiro (Tihuanaco)…

    Mas carece de mais estudos para uma melhor conclusao…

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