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boa Leitura
E.M.Pinto
O ataque-aéreo norte americano à Líbia: Operação El Dorado Canyon
As noites de sono do ditador líbio Muammar al-Gadaffi já foram melhores. As manifestações populares que enfrenta hoje (fev./2011) no país são – sem sombra de dúvidas – a pior revolta interna que já passou.
Mas numa outra data, Gadaffi também perdeu o sono. Em 14 de abril de 1986 ele acordou com o som das bombas lançadas por aeronaves de ataque e bombardeiros dos EUA: Operação El Dorado Canyon.
Em 5 de abril daquele ano, uma bomba explodiu numa danceteria de Berlim chamada La Belle, frequentada por militares dos EUA. O Serviço de inteligência dos EUA apontou que os terroristas tinham forte ligação com o governo da Líbia, que teria financiado o atentado.
Foi a gota d’água! Já há alguns anos os EUA e a Líbia vinham se desentendendo: A Líbia dava suporte ao terrorista Abu Nidal, que atacou os aeroportos de Viena e Roma, em 1985; reclamava áreas marítimas no Golfo de Sidra e atacava navios e aeronaves que nela entrassem – a chamada Linha da Morte, que Gadaffi afirmava que ao ser passada, receberia resposta militar; havia rumores de que a Líbia desenvolvia um programa armas químicas.
Desta vez o presidente norte-americano Ronald Reagan não ia deixar sem resposta a ação terrorista e afirmou que nenhum lugar do mundo seria um paraíso para terroristas (leia o discurso completo aqui). Deu sinal verde para uma retaliação e em 10 dias, a USAF e a USNavy fizeram um ataque aéreo sobre as cidades costeiras líbias de Tripoli e Benghazi.
Reagan também pediu a seus aliados na Europa que impusessem sanções políticas e econômicas à Líbia. Porém o único apoio que obteve foi da primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, que autorizou o uso das bases em seu país para o lançamento da operação.
França, Itália e Espanha (vizinhas da Líbia e não querendo que o terrorismo líbio chegasse às suas cidades) recusaram os pedidos de direitos de sobrevoo e ao uso de bases aéreas militares americanas na Europa continental, obrigando as aeronaves a alcançarem o seu destino pelo espaço aéreo internacional do Reino Unido para chegar ao Estreito de Gibraltar.
Segundo alguns cientistas políticos, o atentado de Lockerbie a um avião norte-americano sobre a Escócia em 1988, teria sido uma reação da Líbia ao ataque aéreo americano.
Participaram daquele ataque, pelos EUA:
U.S. forces and targets
Target | Planned planes over target |
Planned bombing | Actual planes over target |
Actual bombing |
---|---|---|---|---|
Azizyah barracks | 9 F-111Fs | 36 GBU-10
2,000 lb LGB |
3 F-111Fs bombed
1 F-111F missed 4 aborts 1 lost |
13 hits
3 misses |
Murat Sidi Bilal camp | 3 F-111Fs | 12 GBU-10 2,000 lb LGB | 3 F-111Fs bombed | 12 hits |
Tripoli airfield (fmr. Wheelus Air Base) | 6 x F-111Fs | 72 Mk 82 500 lb RDB | 5 F-111F bombed
1 F-111F abort |
60 hits |
Jamahiriyah (Benghazi) barracks | 7 A-6Es | 84 Mk 82 500 lb RDB | 6 A-6Es bombed
1 A-6E abort on deck |
70 hits
2 misses |
Benina airfield | 8 A-6Es | 72 Mk 20 500 lb CBU
24 Mk 82 500 lb RDB |
6 A-6Es bombed
2 aborts |
60 Mk 20 hits
12 Mk 82 hits |
Tripoli air defense network | 6 A-7E | 8 Shrikes
16 HARMS |
6 A-7E fired | 8 Shrikes
16 HARMS |
Benghazi air defense network | 6 F/A-18s | 4 Shrikes
20 HARMS |
6 F/A-18s fired | 4 Shrikes
20 HARMS |
Totals | 45 aircraft | 300 bombs 48 missiles |
35 bombed 1 missed 1 lost 8 aborts |
227 hits 5 misses 48 homing missiles |
- 4 Long range SA-5 Vega anti-aircraft missile units with 24 launchers.
- 86 SA-2 Volchov and Neva anti-aircraft missile units with 276 launchers.
- 7 SA-2 Volchov anti-aircraft missile units with 6 missiles launchers per unit giving 42 launchers.
- 12 SA-3 Neva anti-aircraft missile units with 4 missiles launchers per unit giving 48 launchers.
- 3 SA-6 Kub anti-aircraft missile units with 48 launchers.
- 1 SA-8 Osa-AK anti-aircraft regiment with 16 launch vehicles.
- 2 Crotale II anti-aircraft units 60 launch pads.
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