Alessandra Corrêa
Da BBC Brasil em Washington
O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta terça-feira o uso de violência contra manifestantes na Líbia e pediu que os autores de ataques contra civis sejam responsabilizados.
Em uma declaração divulgada após uma reunião de emergência, em Nova York, os 15 países membros do Conselho – cuja presidência rotativa está a cargo do Brasil neste mês – pediram o fim imediato da violência e que as autoridades líbias atendam às demandas da população.
O Conselho pediu ainda que o governo garanta a segurança dos estrangeiros no país e que agentes humanitários possam ter acesso aos feridos durante os protestos.
Horas antes, a Liga Árabe suspendeu a Líbia de futuras reuniões da organização, até que as demandas do povo líbio sejam atendidas.
“Pedimos o fim imediato da violência e fazemos um apelo por um diálogo nacional. Também pedimos respeito pelos direitos dos cidadãos, para que ele possa expressar suas opiniões pacificamente”, disse o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, durante uma reunião de emergência no Cairo.
‘Mártir’
Durante a tarde, o líder líbio, Muamar Khadafi, afirmou que não deixará o país nem que isso represente a sua própria morte.
Em um discurso transmitido pela TV estatal da Líbia, Khadafi descartou a possibilidade de renúncia e disse que morrerá no país “como um mártir”.
Ele disse ainda que “covardes e traidores” estão tentando mostrar a Líbia como estando em caos, e que os “inimigos do país estão tentando manchar a imagem da nação”.
E alertou que, se for necessário, será usada a força, mas de acordo com a lei internacional.
Tensão
Em Trípoli, o clima é de tensão, segundo a correspondente da BBC na cidade. As ruas estão quase vazias, mas há filas para comprar pão e gasolina. A maioria do comércio está fechada. Há relatos de distúrbios e incêndios em alguns locais, e a presença do Exército é constante pelas ruas.
Muitas pessoas temiam sair de casa após uma noite de confrontos duros. Testemunhas relataram cenas de massacre e de corpos que se acumulavam nas ruas em algumas partes da cidade.
“Eles não fazem distinção (entre civis e militares), estão atirando para limpar as ruas”, disse nesta terça à BBC News um morador de Trípoli, que não quis se identificar. “(Os atiradores) não são humanos, não sei o que são.”
Não é possível obter uma confirmação oficial sobre o número de mortos, que já podem ser centenas.
Muito bom. Agora a ONU tem que agir com ações efetivas.
Segundo informes que estão na internet a Arábia Saudita pode a próxima “BOLA DA VEZ”.
Agr os cínicos q apoiaram os ditadores Árabes ao longo destes anos, estão se mostrando e mostrando a opinião pública interna o qto são desumanos, bucaneiros e exploradores desta maioria oprimida por poucos , p benefícios das mesmas potencias e sua corriola. Esperem q ainda tem mt + p acontecer, quem viver verá.