Agência FAPESP – Uma mudança no cenário da pesquisa científica mundial irá reposicionar os Estados Unidos como um personagem importante, mas não mais como líder dominante. E essa mudança ocorrerá já na próxima década, afirma estudo feito na Universidade Penn State, nos Estados Unidos.
Por outro lado, a análise, apresentada no dia 18 na reunião anual da American Association for the Advancement of Science (AAAS), em Washington, aponta que o país poderá se beneficiar do novo panorama, caso adote políticas para compartilhar o conhecimento com a comunidade científica mundial.
“O que está emergindo é um sistema científico mundial no qual os Estados Unidos serão um participante entre muitos outros”, disse Caroline Wagner, professora da Penn State e autora do estudo.
Segundo ela, a entrada de mais países tem mudado o cenário da pesquisa mundial. De 1996 a 2008, a porcentagem de artigos científicos publicados pelos Estados Unidos em relação ao total mundial caiu 20%. Caroline atribui esse resultado não a uma queda nos esforços de pesquisa no país, mas ao crescimento exponencial observado em países como China e Índia.
A mudança principal está entre os chineses, que já ultrapassaram os norte-americanos na publicação de artigos em áreas como ciência natural e engenharia. Se as taxas de crescimento atuais forem mantidas, de acordo com a análise, a China publicará mais que os Estados Unidos em todas as áreas do conhecimento já em 2015.
De acordo com Caroline, embora a China ainda esteja atrás na qualidade –medida por indicadores como fator de impacto e citações –, a diferença nesse ponto para os Estados Unidos também está diminuindo. A China também deverá se tornar o primeiro país em número de cientistas.
O estudo aponta que recomendações típicas para estimular a pesquisa, como aplicar mais dinheiro no setor, não serão suficientes para garantir a supremacia científica norte-americana.
No lugar da estratégia tradicional do baixo retorno sobre o investimento, Caroline recomenda que os Estados Unidos passem a adotar uma política mais eficiente de compartilhar o conhecimento ao atrair para o país especialistas que desenvolveram melhores capacidades do que seus colegas norte-americanos em determinadas áreas. Outros países também podem fazer o mesmo com relação aos pesquisadores norte-americanos.
A autora do estudo discute a possibilidade de uma comunidade global nos moldes da “universidade invisível”, termo que deriva do século 17 e que descreve as conexões entre cientistas de disciplinas e locais diversos para criar uma sociedade científica mundial.
Um fator interessante implícito nesta matéria é o assombroso crescimento da China. Cerca de 20 ou 30 anos atrás a China nem figurava entre os 50 países mais desenvolvidos cientificamente. Hoje já briga pela liderança mundial, que deve ser alcançada em breve, a continuar esse desenvolvimento acelerado.
Ao desenvolver a ciência, a China se torna uma séria candidata a ser líder mundial em tecnologia também. Hoje a China já é a “fábrica do mundo”, tal como a Inglaterra havia sido no século XIX e os EUA no pós II guerra. Esses fatores indicam uma mudança radical na ordem mundial que em breve tende a mudar de centro.
abraços a todos
Não sei se acredito!!
Muito vago… acho que as coisas na realidade são um pouco diferentes!!
Abração
O Brasil também tem que entrar nessa corrida do conhecimeto, mas aqui tem que começar com investimentos na educação de base e muito incentivo para o estudo, coisa que não acontece ainda. ABS…
Matéria mal feita por essa fapesp.
Os EUA não diminuiram o numero de pesquisas/publicações, foi o mundo (outros países) que começaram a participar mais.
Olhem: http://www.jacarebanguela.com.br/wp-content/uploads/2011/02/arte-o-que-os-americanos-fizeram-01-jb.jpg
–
Se olharmos isso como um todo, como um ‘bem para a humanidade’ isso é otimo..
Sinal que outros povos estão acrescentando conhecimento e juntos, COMO UM TODO evoluindo
E a geração de patentes???Artigo em periódicos é bom,mas o que pesa é geração de patentes e,nisso,os EUA seguem jogando duro.
Não tenho esta percepção. Considero que nestes tempos de internet outros países estão evoluindo, tanto no conhecimento científico quanto do ponto de vista econômico.
Acho um processo natural que faz parte da evolução do processo civilizatório.
GRANDE SERA A AQUEDA emquanto isso o urso apenas ri da queda
E o Brasil está nesse grupo com toda certeza, é muito bom saber que o mundo caminho para um novo cenário de alternativas, isso relatado na notícia com certeza será muito bom para as sociedades em geral que terão mais acessos as soluções inovadoras, já que muitos países que não tem o prisma capitalista de patentear até mesmo vida estão também entrando nesse bolo. Enquanto isso eles tremem e choram, Gandhi previu esse fenômeno dizendo “primeiro eles te ignoram…”
SUJESTÃO DE LEITURA
***
EUA ENCAIXOTA FLOTILHA DE GUERRA IRANIANA E ATRASA PASSAGEM POR SUEZ.
Os atrasos sucessivos e declarações contraditórias sobre o trânsito dos dois navios de guerra iranianos do Canal de Suez para o Mediterrâneo é representado por um impasse entre a frota iraniana e cinco navios dos EUA posicionado nos últimos dias na entrada sul do canal e ao longo de seu curso, informou DEBKAfile.
Quinta-feira à noite, 17 de fevereiro, o porta-aviões USS Enterprise, escoltado pelo cruzador USS Leyte Gulf e o navio de abastecimento rápido USNS Artic, foram em direção ao sul através do canal.
Na manhã desta sexta-feira, eles estavam assumindo posição contrária ao do cruzador Kharg e do destroyer Alvand da Flotilha 12 da Marinha iraniana, que estavam esperando para entrar no canal de Suez na entrada sul do Mar Vermelho.
Além disso, desde a primeira semana de fevereiro, foi colocado o USS Kearsarge, outro porta-avião no lago Great Bitter Lake em frente Ismailia, rota principais do canal, com um grande contingente de fuzileiros navais a bordo.
O porta-aviões USS George Washington e ainda USS Carl Vinson foram mobilizados no Golfo de Aden, tendo este último sido transferido do Pacífico.
Portanto, uma batalha de nervos, em andamento.
Os navios de guerra iranianos encontraram-se de frente com uma grande concentração de força naval americana que se acumulam no Mar Vermelho e Suez e não tinham certeza que aconteceria se eles fossem para a frente com sua missão de trânsito do Canal de Suez para o Mediterrâneo, pela primeira vez em 30 anos a caminho da Síria.
Domingo a noite, as autoridades do Canal anunciaram outro atraso de 48 horas logo após a TV estatal de Teerã afirmar que a guerra já era pelo Mediterrâneo.
E, finalmente, o porta-aviões USS Abraham Lincoln foi discretamente transferido de Bahrain, sede da Quinta Frota dos EUA em meio à revolta contra o governo, a um ponto em frente à costa do Golfo iraniano.
Esse amontoado aéreo e naval dos EUA, em pontos estratégicos no Oriente Médio é um alerta aos intrometidos para manter suas mãos longe das revoluções, insurreições e protestos radicais das nações árabes. Ele carrega uma mensagem especial para Teerã que a administração Obama não permitirá que os governantes da República Islâmica alimentar desassossego político militar no Bahrein ou em qualquer outro lugar.
Ao posicionar o Enterprise frente 12ª Flotilha iraniana na entrada do Mar Vermelho e o Canal de Suez em 17 de fevereiro, Washington confrontou Teerã com um dilema difícil, que era praticamente definidas através de porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, PJ Crowley, um dia antes: “Se os navios percorrer o canal, vamos avaliar o que eles realmente fazem “, disse ele. “Não é realmente sobre os navios. É sobre o que os navios estão carregando, o que é seu destino, qual é a carga a bordo, onde é que vai, para quem e com que benefício”.
Esta foi a resposta do porta-voz dos EUA para a divulgação DEBKAfile de 16 de fevereiro que o Kharg estava carregando mísseis terra de longo alcance para o Hezbollah. Ele levantou a possibilidade de que o momento se aventuram a navegar no Canal de Suez, os dois navios de guerra iranianos serão acondicionados em entre a empresa ea Kearsarge e apelou ao permitir que as suas cargas para serem inspecionados, conforme permitido pela última rodada de sanções da ONU contra Irã em caso de guerra fretes suspeitos.
Segundo fontes de inteligência DEBKAfile, a enxurrada de declarações contraditórias do Cairo e Teerã foram emitidos para turvar a situação em torno da flotilha iraniano e Teerã nuvem de incerteza sobre como proceder. A próxima data anunciada para a sua passagem, na noite terça-feira 22 de fevereiro, será um momento de teste.
FONTE: http://www.debka.com/article/20692/
Tentei corrigir a Tradução do Google Translation mas….rsrsr..
Q A China e os ianks saão potencias na área do conhecimento , ñ temos dúvidas, tetmos de colocar o BRASIL como um agente q atua na criação do conhecimento e ñ só c consumidor domesmo.Afinal, temos centros de saber de 1 mundo.
Excelente post Roberto_mg
Ja estava na hora. Esse barbudinho Ahmanidejad tem que ficar na sua e nao se intrometer no jogo que esta ocorrendo nos outros paises.
A pesquisa científica é fruto da riquesa econômica e o desenvolvimento social geral, a perda de status dos EUA em face do resto do mundo é uma realidade, particularmente dos BRIC´s.
Esta notícia é enganosa. Os EUA continuam a ser quem reenvindica mais patentes e com uma grande vantagem, assim como a Alemanha, UK, Holanda, Japão, etc…
Grosso modo e em larga medida, China e Índia continuam a copiar o que os outros fazem, mas mais barato e com qualidade inferior.
Os maiores media actuais produziram um paradigma interessante.
Antigamente, os países pobres ou em vias de desenvolvimento só eram notícia no mundo por guerras, epidemias, crime organizado, inundações, etc…
Enquanto os países ditos desenvolvidos ou ricos eram notícia pelos feitos na ciência, educação, saúde, etc…
Actualmente, e curiosamente, é só rosas para os países em vias de desenvolvimento, como os BRIC, equanto que os países ricos têm os dias contados.
Curioso e estranho que para uns, o cenário de crescimento seja idílico e sem sobressaltos, e para outros o cenário de decadência económica seja imparável.
Afonso de Portugal,
não é bem assim. Nós precisamos perder o preconceito em relação a China e, mais que isso, não brigar com a realidade.
A China já superou a Europa em pedidos de Patentes, incluindo os países de ponta da Europa, como França e Inglaterra. Holanda, Bélgica, Suécia e demais países europeus “menores” estão bem atrás de França e Inglaterra. De qualquer modo, a China já figura entre os 5 maiores do mundo neste quesito também, deixando pra trás muitos países europeus tradicionais.
Um trechinho de um matéria para elucidar o que eu disse:
“Só a China registrou no ano passado mais de 7,9 mil patentes e já superou França e Reino Unido em inovação. Hoje, a China é a quinta economia mais inovadora do mundo.”
http://www.camejo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=411:brasil-sobe-em-ranking-mundial-de-registro-de-patentes-mas-resultado-e-abaixo-do-esperado&catid=15:marpa&Itemid=10
E o Brasil está melhorando também, embora ainda tenhamos que melhorar muito.
forte abraço
ainda sobre patentes:
“Apesar do avanço, o Brasil ainda está distante de outras economias. Só a China registrou em 2009 mais de 7,9 mil patentes e já superou França e Reino Unido em inovação. Hoje, a China é a quinta economia mais inovadora do mundo. Entre 2008 e 2009, os chineses aumentaram os registros em 29,7% e uma de suas empresas, a Huawei Technologies, é a segunda maior responsável por patentes no planeta. Sozinha, a empresa tem mais de 1,8 mil patentes registradas apenas em 2009. Ela só é superada pela Panasonic, do Japão.
No ranking geral, o país emergente melhor colocado é a Coreia do Sul, em quarto lugar e com 8 mil patentes em 2009. A liderança ainda é dos Estados Unidos, que registrou no ano passado 45,7 mil patentes, quase 30% de todas as existentes no mundo em 2009. Mas o número de invenções nos Estados Unidos vem caindo. Entre 2008 e 2009, a queda foi de 11,4%. Em segundo lugar vem o Japão, seguido pela Alemanha. Todos os países ricos sofreram uma queda nos registros no ano passado. Em 2008, foram 164 mil patentes registradas pelo sistema internacional. Em 2009, esse número caiu para 155,9 mil. Para Francis Gurry, diretor geral da OMPI, a redução de 4,5% em média no mundo ocorre diante de dificuldades que empresas possam ter em obter financiamento e o corte de orçamentos no setor de pesquisa.
http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2010/02/08/brasil+sobe+em+ranking+mundial+de+registro+de+patentes+9391557.html
Em todos os indicadores os EUA lideram, mas estão caindo. Se observarmos a tendência….teremos uma curva descendente dos EUA e uma curva ascendente da China.
abraços a todos
Paulo Rick,
concordo com vc. Aliás, qualquer sociólogo ou historiador concordaria. C&T é fruto do desenvolvimento econômico e social e não o contrário.
O Brasil está percebendo recentemente seus gargalos, e um deles é a C&T, devido ao nosso crescimento econômico. Não acontecia antes, pois o Brasil tinha uma economia para meia dúzia apenas.
abração
@Afonso
.
Não é curioso nem estranho, isso que você está notando na mídia internacional. Que o desenvolvimento econômico de países leva, com o tempo, a um desenvolvimento tecnológico, é um fato. Não surpreenderia se algum país emergente, especialmente na Ásia oriental, tomasse o lugar que têm hoje os EUA e a Europa ocidental. Em questão de produção científica, Japão, EUA e Coreia do Sul ainda estão a alguma distância do resto do mundo, quando se mede produção científica através do número de patentes registradas a cada ano. Mas isso nem sempre foi assim. No século XIX, os EUA importavam e copiavam tecnologia europeia, especialmente britânica e alemã. Na segunda metade do século XX, era a mesma coisa com o Japão. O Japão implorava aos EUA que lhe transferissem tecnologia e com frequência copiavam coisas do ocidente ilegalmente. Os japoneses tinham a mesma fama que têm hoje os chineses, a de copycats. Hoje, eles produzem duas vezes mais patentes por ano que os EUA. As maiores potências tecnológicas do passado – Alemanha, França, Reino Unido – deram espaço aos EUA e ao Japão. E o mesmo deve acontecer aos EUA. Pode levar tempo, tornar-se um locus de produção científica demora mais do que tornar-se uma potência econômica. Mas o predomínio de uma nação, qualquer nação, acaba com o passar do tempo.
Leia corretamente a materia.
ELES AINDA SÃO, o que a máteria diz é uma visão para o futuro, que, se continuar desse jeito tende ser da China o lugar.
E eu não concordo que a China faça coisas ‘inferiores’.
Não compare o Tenis Ching-Ling que você compra em SP com o J-10 que é uma boa alternativa ao F-16 americano, devido ao seu menor preço e desempenho equivalente.
A prioridade número 1 dos EUA, Israel, Rússia, Alemanha, Japão, Suécia, China … são as pesquisas.
O Sistema de Ensino Americano há mais de 100 anos, visa a criatividade e inovação, através do Método do Debate.
Já viram uma criança americana falando ? Ela aprende a fazer a crítica construtiva desde pequena, ou seja, pensar, argumentar, sugerir novas soluções … Precisamos desenvolver o pensamento crítico nas nossas escolas, desde o jardim de infância.
Memorização (decoreba), deveria ser considerado um crime educacional. Esse exame da OAB para avaliar advogados formados em 5 anos, é o maior absurdo que eu já vi em toda a minha vida. Isso vai medir o que ? Memória … Decoreba. Lógica de raciocínio e criatividade, nada x nada.
O nosso Sistema de Ensino é de 60 anos atrás.
Não se valoriza os jovens mais criativos e intuitivos, mas os decorebões.
Como mudar o nosso Sistema de Ensino engessador de mentes e predatório, pois elimina as pessoas mais criativas ?
É muito difícil, sem ter uma verdadeira revolução educacional. Eu faria essa revolução, caso fosse o Ministro da Educação ou Ciência e Tecnologia. Iríamos começar a ganhar muitos NOBEL.
Ainda bem, que nós temos a Rede Internet e Programas na TV a Cabo de alto nível, caso contrário o brasileiro estaria ainda comendo muita grama nos pastos.
Olha, se o ensino for desinteressante e sem atrativos, o futuro profissional vai ter ódio do conhecimento, como se fosse um trauma.
Pesquisador não precisa ter necessariamente mestrado e doutorado, pois são pessoas especiais, cuja mente trabalha 100 x mais rapidamente que um indivíduo comum. A imaginação é muito fértil,e essa capacidade pode ser treinada em pessoas comuns. Eu criei um método para isso.
Bill Gates e Steve Jobs, nem Universidades cursaram.
Eu tive contato direto com um militar americano, durante 3 anos. Eles são formados para pensar e criar, além de serem altamente pragmáticos. Já o militar brasileiro é formado para não pensar e não criar. Memorize o que está aí e cumpra as ordens dos superiores. Claro que há militares brasileiros excelentes, que por sua natureza, não absorvem esse tipo de imposição altamente equivocada.
Mas esse método de memorizar e de não-questionar, é regra geral no Brasil. É o grande mal do nosso Sistema de Ensino.
O que é o raciocínio intuitivo ? O cérebro trabalha e dá soluções maravilhosas, sem que nós nos preocupemos em pensar, mas temos que alimentá-lo com conhecimento e idéias. Produz Insights. Sem essa capacidade, fica difícil para um pesquisador quebrar o conhecimento velho, e inovar. Os professores meteram na cabeça de seus alunos, que tais conhecimentos e soluções são a verdade verdadeira. Cria-se um paradigma (crença de que isso não pode ser melhorado).E na realidade, é exatamente o oposto ,ou seja, raramente um conhecimento está 100% correto.
Os países ainda não exploram devidamente o raciocínio intuitivo, mas estimulam, priorizam e premiam a CRIATIVIDADE dos estudantes e profissionais.
O caminho das pedras é por aí …
Os EUA compartilhar conhecimento…rs,eu ri,vao querer absorver o dos outros e dificultar a compreensao das suas tecnologias…como dizem americanos nao sao confiaveis!
@Hornet
.
Não exageremos as coisas. A China pede patentes. Mas nem sempre essas patentes têm conteúdo intelectual real. Parece que a China estimula empresas suas a registrar pedidos de patentes mesmo quando não há nada para ser patenteado. Pelo jeito, isso é para ensinar a suas empresas como é o procedimento das coisas.
.
http://www.foreignpolicy.com/articles/2011/01/19/tilting_at_wind_turbines
.
Quando se fala de inovação tecnológica nativa, a China ainda perde da Alemanha, da França e da Rússia (o Reino Unido eu acho que eles já ultrapassaram). Por enquanto, a China ainda é uma consumidora de tecnologia alheia, não uma produtora de peso.
rafael,
sem querer ficar defendendo a China, que não é meu propósito, mas quando se pensa em qualificar os produtos patenteados ou mesmo os pedidos de patentes, veremos que o mundo todo faz pedidos de coisas malucas…isso não é um atributo da China apenas.
De qualquer modo, o que está em questão pela matéria da FAPESP (que para quem não sabe, como um colega aí de cima, é um dos órgãos de financiamento de pesquisa mais respeitados do Brasil e do mundo) é o crescimento da China e declínio relativo dos EUA. E isso é um dado creditado pelos órgãos mundiais competentes. Não se trata de achismo, são dados reais.
abraços
Não é que a China peça patentes por coisas absurdas. É que ela estimula suas empresas a pedir patentes por coisa nenhuma. E ela o faz para que suas empresas aprendam como funciona o processo de registro de patentes. Proteção à propriedade intelectual é coisa nova naquele país. Claro, não é verdade que todos ou a maioria dos pedidos de patentes são desse tipo. Mas o número de pedidos de patentes chinesas está inflado por pedidos vazios.
.
Quanto ao mérito da matéria da Fapesp, eu concordo com você. Até porque ela na verdade se baseia num estudo americano.
O que o Rafael disse é um que defendo também.
Há uma grande diferença entre pedir patentes e obtê-las.
No caso da China, há uma grande diferença entre o número de pedido de patentes pedidas e as obtidas. Na realidade, uma patente só é atribuida se corresponder a 3 requisitos (acho) sendo um deles, o produto ser uma novidade absoluta. O que na maioria dos casos das patentes da China… não existe…
Não quero no fundo estar a repetir-me.
Mas Rafael, eu não me referia ao fenómeno científico, mas ao mediático.
Antigamente, e erradamente, os países pobres ou em vias de desenvolvimento só eram notícia pelo lado negativo. Nunca era demais espezinhar. Hoje, os BRIC por exemplo, são só boas notícias e os cenários traçados para eles são fabulosos e sem precalços. Ou seja, tudo isto é perigoso, porque não há uma análise profunda.
Antigamente, os media não serviam de fonte. Hoje os media servem de fonte para outros media. Os jornalistas não davam opinião. Hoje é vê-los assinar crónicas todos os dias em jornais e revistas.
O que vejo muitas vezes são publicações de referência – como o The Economist – produzirem artigos sobre países como a Rússia, e a partir daí este artigo ser repassado em cascata para outras publicações, sem realmente se aferir da sua plausabilidade.
Passando uns passos á frente, ou seja, nem os países pobres ou em vias de desenvolvimento eram tão maus no passado, nem vão todos desenvolver-se a níveis impressionantes e suplantar todos os demais no futuro.
Continuo a achar que o fim dos EUA não está para breve (próximos 50 anos) nem que a China comece a fabricar belos carros nos próximos 20.
E isso é aceitar a realidade.
Vou mostrar o meu caso para vocês. Como Cadete da AMAN eu tinha um arquivo com 350 invenções, sendo que 50 delas mereciam ser patenteadas. Sai Aspirante e nesse ínterim, entrei com 3 pedidos de patentes: Um motor rotativo, uma ferramenta e um economizador de gasolina. Com o tempo fui desanimando, pois teria que contratar uma empresa para acompanhar as exigências desses pedidos. Soube que demoraria no mínimo 8 anos para que o pedido de privilégio fosse aprovado. Se caísse em exigência demoraria muito mais. Resultado, desanimei e abandonei totalmente a iniciativa de entrar com pedidos de patentes de invenções. Como iria poder acompanhar ? O militar vive se deslocando pelo país a fora e não ganha para bancar despesas de registros de patentes.
Soube que havia milhares de pedidos de patentes de brasileiros arquivados, por falta de pessoal, e que a prioridade para registro, era para grandes empresas e instituições. Atualmente não sei como anda o INPI. Conheci um rapaz que registrou uma patente em 6 anos (um bom tempo). Nos EUA parece que um processo de patente é finalizado entre 1,5 a 3 anos.
Digamos que eu tenha a capacidade de bolar uma patente de invenção por dia e que tenha mil idéias arquivadas. Como poderei resgistrar umas 100 patentes, as quais considero ser as melhores ? E o sigilo, ficará realmente garantido ?
É por isso que o nosso país registra um baixíssimo número de patentes, por causa do desestímulo e burocracia por parte do Estado. Acredito, que no Brasil 90% das boas ideias se perdem, e que nos EUA, Alemanha e China,o índice de perda seja menor que 5%.
Pessoal, eu tenho 3 motores rotativos inventados, sem similares. Alguma empresa estaria disposta a registrá-los comigo ?
No Brasil, tudo é muito difícil e desanimador. A propaganda governamental diz uma coisa, mas na prática nada funciona. Essa é a minha impressão.
No Brasil, se você não for amigo, amigo do amigo, fidalgo (filho de algo), bajulador e apadrinhado político, está fora do sistema.
A nossa TV só quer mostrar sacanagem, novela, futebol e carnaval, que servem de Circo para o povão.
O noticiário é bom no Brasil, principalmente o da Cidinha Campos e de outros repórteres, que mostram as coisas erradas dos governos. Ainda bem que temos a TV a Cabo e a Internet (YouTube),caso contrário ficaríamos totalmente alienados.
Democratizar a Internet é muito importante para o Brasil.
Não vamos economizar nessa direção.