Instituto argentino fará projeto de reatores acordado com Brasil

EFE  —  Um instituto argentino projetará e desenvolverá os dois reatores nucleares que o governo do país acordou fazer junto com o Brasil, informaram fontes oficiais neste domingo.

O Instituto Nacional de Pesquisas Aplicadas (Invap), com sede na cidade de Bariloche, iniciará no meio do ano o projeto bilateral com fins pacíficos estipulado pelas presidentes Cristina Kirchner e Dilma Rousseff, detalha uma nota do governo argentino.

Vídeo Institucional INVAP

O projeto para a construção dos reatores, que devem estar em funcionamento no final de 2012, será desenvolvido pelo Invap, a Comissão Nacional de Energia Atômica da Argentina (CNEA) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do Brasil.

“O projeto e a engenharia serão feitos em Bariloche, com participação de cientistas e técnicos de ambos os países. É importante destacar que não é uma venda da Argentina ao Brasil, mas uma associação estratégica”, explicou o gerente geral do Invap, Héctor Otheguy.

Os dois reatores, um para cada país, serão baseados no modelo projetado e construído pelo Invap para a organização australiana de ciência e tecnologia nuclear, inaugurado em 2007 e cujo custo oscila em US$ 300 milhões. “Trata-se de uma sociedade muito inteligente, porque coloca o projeto unificado de dois reatores que cumpram os requisitos de demanda de cada país. Com isto, serão barateados os custos e se ganhará tempo. A engenharia será quase a mesma”, sustentou Otheguy.

Para o gerente do Invap, “ambos os países têm níveis equivalentes em matéria de desenvolvimento nuclear e reatores de pesquisa antigos, que completam sua vida útil e devem ser substituídos por outros mais modernos e com maior produção de radioisótopos”. O projeto para a construção dos reatores foi estipulado no dia 31 de janeiro durante a visita de Dilma a Buenos Aires, onde ambas as governantes assinaram 14 acordos de colaboração em diversas áreas.

Nesta segunda-feira, o ministro da Defesa argentino, Arturo Puricelli, receberá Nelson Jobim, titular da mesma pasta no Brasil, com quem assinará uma declaração conjunta que destaca “a relação estratégica” bilateral neste assunto, revelaram fontes oficiais.

Puricelli e Jobim visitarão as instalações do Complexo Industrial Naval Argentino (Cinar), integrado pela fábrica Almirante Storni e o estaleiro Tandanor, que em 2007 voltou ao controle do Estado depois de ser privatizado na década de 1990 e posteriormente administrado pelos empregados.

Fonte: Terra

12 Comentários

  1. Tentem um reator multipropósito com os EUA pra ver o q acontece. Quem sabe tenhamos a honra de receber algo da década de 60 q estava no porão do MIT ou um “vagalume” sem asas com muita peça barrada pelo congresso americano.

  2. É isso ai, tem que ser assim mesmo, Brasil e Argentina, nações irmãs trabalhando juntas para um bem coletivo.
    Infelizmente daqui a pouco vem um comunista que quer que o Brasil vire CUBA de tão isolado dizer que isso é horrível, que os Argentinos vão passar agente bla bla bla.. todo esse papo de comunista perdido no tempo.

  3. Conhecimento é poder…
    União é essencial…
    Nossos ‘amigos comuns’ são melífluos, sacanas, dissimulados…e profundamente mal intencionados…
    Não podemos nos dividir, mais do que já estamos, pois seremos facilmente (re)conquistados…
    Apoio totalmente a união com nosso vizinhos, em todas as áreas.
    Isso não quer dizer que não teremos atritos, mas devemos colocar nossos objetivos (independência e soberania para alcançar desenvolvimento e prosperidade, em PAZ) acima das questiúnculas regionais, e ‘lavar nossa roupa suja’ entre nós…
    Na área nuclear isso é particularmente bom, e óbvio. Nos complementamos com os Argentinos, e prosseguimos nossos avanços repartindo custos e benifícios.
    Claro, que tem ‘parceiros’ que não gostam disso, principalmente alguns do hemisfério norte…
    Haverá dificuldades a serem superadas, mas devemos sempre buscar essa união.

  4. Tem gente que acha que uma união com a Argentina é única solução para os problemas de ambos os países..
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    Tem gente que acredita mesmo que eles são nossos irmãos..
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    Tem gente que acredita que os únicos inimigos são os países do hemisfério norte..
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    Interessante como as opiniões dos leitores mudam de acordo com o titulo da matéria, a pouco lia-se por aqui que a Argentina teria “dedurado” o programa nuclear do Brasil aos EUA, e o que se viu foi uma enxurrada de comentários anti-Argentina.
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    Se diz que o brasileiro tem memória curta, só não imaginava que fosse tão curta assim.
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    Claro que devemos fazer acordos, assinar tratados etc.. Mas sem esse falso ideologismo de achar que as coisas se resolvem simples assim. Todos amiguinhos e felizes para sempre.
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    De minha parte continuo com os dois pés atrás com esse povo, motivos para isso não faltam.

  5. Bruno W.
    O problema e que as pessoas confundem muito as coisas.
    Tem problema em SETOR X, acha que todos os outros setores vao da problema.
    Perai, nao eh assim.
    Um exemplo, na administração Lula, o Brasil entrou em desacordo com os EUA varias vezes em relação ao Ira.
    Isso nao fez com que houvessem embargos, sim, claro que ouve problemas, mas isso e comum.
    Cada pais tem uma opinião diferente, interesses diferentes.
    O que muitos aqui SEMPRE querem, e que em parcerias so o Brasil tenha vantagem nas coisas e nao eh assim que funciona.
    Da mesma forma que queremos ganhar, eles também querem.
    Nao so a Argentina mas todas as parcerias do mundo, tanto entre nacoes quanto as que voce faz com seu amigo, familia.
    O que nao se pode esquecer tambem, e que antes de de ARGENTINOS, eles sao seres humanos, e assim como nos, querem ter uma vida melhor, uma vida prospera, querem educacao, cultura, saude.. o fato dele ter nascido do outro lado da fronteira eh um mero detalhe.

    Abracos e desculpe a falta de acentuacao, meu teclado esta horrivel.

  6. Altíssima tecnologia. Se o Brasil estiver mais adiantado que os argentinos nessa área, eles se deram bem. Caso estejam nivelados com o nosso conhecimento, será muito bom para ambos, pois estaremos somando esforços.

  7. lembro que a Russia e Italia.. estão construindo um reator de fusão nuclear .. não fissão… claro os russos estão anos luz das pererecas da AS neste quesito.
    O reator esta sendo construído na Italia… dizem (CIA, SIS..etc) que na verdade a Russia constroi um identico em seu país…so que muito mais avançado… tipo… vamos deixar os italianos nos ensinar o que ainda não sabemos…
    De repente o Brasil aprende algo com os Hermanos…rs

  8. Interessante salientar que mesmo com orgãos centenários como CNPQ ,CDTN,IPEN etc.. Ainda não temos técnologia nacíonal para projetar e desenvolver reatores nucleares , coisa que os Argentinos tem há secúlos.
    Claro que temos que por na balança a favor dos Aregntinos 1- Estabilidade Econômica muito anterior ao Brasil .
    Com isso , puderam investir em P&D.
    2- Indíce de analfabetismo próximo a 0.
    3- Conciência de inovação & P&D nacíonais , coisa que estamos tendo só agora.
    e por ai vai.
    Mas ai pergunto , o andaram fazendo esses órgãos governamentais ( CNPQ,CDTN,IPEN ) esse tempo todo ?
    Dedicaram apenas ao domínio do ciclo do combustivel nuclear ?
    Claro que recentemente a Marinha do Brasil , projetou e desenvolveu um reator do tipo PWR ( Água Pressurizada ), e o IME tem um projeto ( ou já projetou um reator do tipo Pó metálico , se não me engano. Ou pó de grafite, não me lembro bem.) , mas temos que importa técnologia da decada de 70/80 para terminarmos Angra III e outras usinas que virão depois dela.
    O Brasil é visto internacionalmente como destaque de país em desenvolvimento com grande capacidade na área nuclar , só não sei até onde isso é verdade e até onde vai essa nossa capacidade.
    Agora temos que nos associar aos Argentinos ( nada contra, acho até benéfico essa associação, e vou além , deveriamos comprar a CITEFA , eles tem ótimos projetos e técnologias que não dominamos rsrs) para desenvolver um reator de pesquisa.

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