Brasil fabricará satélite para prever temporais

Projeto, em parceria com os Estados Unidos, custará US$70 milhões; lançamento deverá ser feito em 2015

Roberto Maltchik

BRASÍLIA. A tragédia na Região Serrana causada pelas enxurradas de janeiro levou o Ministério da Ciência e Tecnologia a dar carta branca ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), para investir na construção de um satélite de monitoramento de precipitações. O GPM (sigla em inglês para medida de precipitação global) será fabricado em parceria com os Estados Unidos e vai custar aos cofres públicos o equivalente a US$70 milhões (R$116 milhões), nos próximos quatro anos. A ideia da Nasa é fazer o lançamento em 2015.

– Já há uma decisão no âmbito do ministério e da Agência Espacial Brasileira. O (Aloizio) Mercadante foi consultado e está de acordo. Estamos bastante tranquilos em relação ao apoio do governo brasileiro – afirmou o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.

No projeto, os EUA entram com os sensores e o Brasil com o suporte energético e de telecomunicações para o satélite. O principal obstáculo, neste momento, é a licitação para a escolha do foguete lançador. O diretor do Inpe descarta o uso dos ucranianos Cyclone 4, a partir da base de Alcântara (MA). Segundo ele, não há garantia de que o projeto, tocado pela binacional Alcântara Cyclone Space, esteja operacional a tempo.

Equipamento é capaz de dizer se há gelo em nuvem

O secretário de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Ministério de Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, explica que o GPM terá o mecanismo de prevenção mais preciso que existe para monitorar a característica de uma chuva, especialmente a temperatura no interior das nuvens e sua densidade. O sistema que hoje fornece informações ao Brasil não dispõe dos sensores do GPM para avaliar a dimensão de uma tempestade. O Brasil também não tem garantias de receber informações em tempo adequado, o que faz diferença para a emissão de um alerta preciso.

– Ele (o GPM) olha processos físicos que o sistema atual é incapaz de observar. Informações como se há gelo no interior das nuvens. O GPM será muito bem-vindo – diz Nobre.

O chamado GPM Brasil integrará uma família de satélites de órbita baixa que devem monitorar as precipitações em todo o planeta. Os Estados Unidos e o Japão estão construindo a “nave mãe”, equipamento de tecnologia altamente avançada, capaz emitir microondas e captar as informações da atmosfera. No dia 26 de abril, os patrocinadores do projeto se reúnem em Fortaleza para analisar o cronograma. No encontro, de acordo com Luiz Augusto Machado, pesquisador do Centro de Previsão do Tempo do Inpe, também será decidido se os países não patrocinadores receberão informações ao mesmo tempo que Brasil, EUA e Japão.

– No caso do Rio, se o GPM tivesse passado (na órbita equatorial na época das enxurradas), nós teríamos a possibilidade de saber o que estava acontecendo. Ter parte do projeto é a única garantia de que o Brasil vai receber as informações no tempo adequado – diz Machado.

Fonte: O Globo via CCOMSEX

15 Comentários

  1. vejo que o governo PT Dilma.. esta de braços dados com os USA… que ótimo 😉

    PARA O ALTO E AVANTE… adeus paisecos miseráveis da era Amorin/Lula que so contribuiram com miséria e retrocesso… rsrsrs

  2. O Brasil vai fabricar ,junto com os Estados Unidos o satélite, como estamos vendo ,gostem ou não, dependemos deles, assim vemos que não vai dar outra coisa, Obama vem ai, + F18,etc , se o Brasil optar pela jatos russos e embargo na certa.

  3. O EUA esta certo, esta vendo o valor do BRASIL, tem que vir aqui e puxar saco mesmo, Temos dinheiro! nossa dependencia financeira com bancos terminou, e o EUA tá vendo que muitos aliados deles estão todos quebrado… ex Reio Unido, França, Japão etc
    A força Americana, esta neste momento muito fragil, tem que arumar parceiro forte mesmo, BRASIL!!
    Vai fazer quase de graça o Satelite, e se brincar manda para o espaço de graça!! não pode ficar mal com a DILMEX

  4. A força Americana, esta neste momento muito fragil, tem que arumar parceiro forte mesmo, BRASIL!! ÓTIMA PIADA..rsrsrs

    O EUA só querem de nós… energia (petróleo)… de uma região ..ainda .. estável no planeta.. business to business… FATO !

    ps. e nós precisamos dos USA tanto quanto eles de nós… ainda somos sub sub sub…emergentes…

  5. Tá certo. Se os caras tem tecnologia, tem mais é que “pegar”. Temos que atender nossos interesses sem paixões ideológicas. Parabéns Dilma!

  6. Vão embargar o quê?!?!Os motores p o super tucano? Td e qualquer ´parceria c ianks tem de ser mera/ comercial, nunca no campo militar, se a dilma fizer essa besteira , eles perderam um eleitor.Já basta o anterior ao sr. mlula q assinaram o MTCR..Sds.

  7. Eu não sei o por quê não se faz negócios, acordos e compras com a Rússia,quando a Índia, a China, Venezuela e tandos outros paises têem eles como parceiros, cadê os BRINCS?
    Maldita subserviência americana.

  8. O GPM ja estava previsto a anos, ele é da série que utiliza a PMM – Plataforma Multi Missão do INPE.
    Assim como o:

    Amazônia – 1 de Sensoriamento Remoto
    Lattes – 1 satélite científico
    MAPSAR satélite radar de abertura sintética

    mas como todos nois sabemos o Programa Espacil Brasileiro é mais lento do que caramujo subindo escada rolante ao contrario.

    Sem o VLS-ALFA é inviável pro INPE desenvolver esses satélites e ter que lançar-los ao um custo tão ou superior ao mesmo.

    PS: Digo VLS-ALFA, pq mesmo o VLS-1 não possui capacidade técnica suficiente pra lançar esses satélites PMM, que em média pesam 500 kg e o VLS-1 tem capacidade de até 250 Kg.

    Resumo da ópera:

    Enquanto o Brasil não avançar na área de lançadores, este mesmo trancará o desenvolvimento de novos satélites.

  9. O Projeto é essencial para o Brasil. Vale a pena participar, não se tem tempo a perder, nem dinheiro para todas as nossa necessidade que urgem.
    Abs

  10. Tá ok, agora vai ficar(no mineirês) facím nos espionarem e controlar o que estamos fazendo com as nossas commodities (em especial o petróleo).Daqui a pouco estaremos abanando o rabinho pra eles que nem Austrália, Reino Unido, México etc,etc..

  11. Darlan no caso, acho que o Brasil tera direto a acesso das transmissões e funções do satelite.
    No caso o satelide tera função especifica de monitoramento do clima no caso de nuvens, temperatura,…
    Com relação a eles saberem o que sobre nossa agricultura ou petencial mineral, acho que eles dispõem de mais dados que nos mesmos e a muito tempo.
    Abs

  12. Advinhem onde vai ser lançado esse satélite???? Os caras vão é tomar de vez nossas bases de lançamento, começa assim, me empresta pra lançar um satélite, depoooiss, todo mundo sabe onde acaba. Vcs acham mesmo que os USA querem só nos ajudar? Por mim eu acho q eles querem é ter acesso as nossas bases…
    Como o amigo Nilo disse, dados sobre nós eles já tem…

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