A gigante alemã TKMS oferece ao Brasil as suas melhores tecnologias navais

Empresa oferece sua gama de produtos para a Marinha do Brasil

Escrito por Por Victor M. S. Barreira

A empresa Blohm + Voss Naval GmbH, do grupo alemão ThyssenKrupp Marine Systems AG (TKMS), apresentou à Marinha do Brasil (MB) uma ampla proposta composta por três tipos de navios de superfície para o PROgrama de Obtenção de Meios de SUPERfície (PROSUPER), integrante do Programa de Articulação e Equipamento da Marinha do Brasil (PAEMB).

Este programa prevê a aquisição de 05 navios de patrulha oceânica de 1.800 toneladas  (NpaOc) , 05 fragatas multimissão, ou navio escolta, de 6.000 toneladas e ainda um navio de apoio logístico (NapLog) . Todos serão provavelmente construídos totalmente ou em parte no Brasil, segundo os requisitos técnicos da MB.

A TKMS é constituída por diversas empresas de construção naval, nomeadamente a Blohm + Voss Naval GmbH, Blohm + Voss Naval Repair GmbH, Blohm + Voss Industries, Kockums AB, da Suécia, TKMS Blohm + Voss Nordseewerke, a grega Hellenic Shuipyards SA e ainda pelo famoso estaleiro de desenvolvimento e construção de submarinos, Howaldtswerke-Deutsche Werft GmbH (HDW).

O grupo tinha anteriormente participado na licitação PROgrama de desenvolvimento de SUBmarinos (PROSUB), de aquisição de submarinos de propulsão convencional e nuclear, com o modelo U-214 perdendo para a francesa DCNS.

Da proposta alemã entregue à MB, em outubro de 2010, constaram o navio de patrulha NPa 1800, a fragata F-124 e o navio de apoio logístico da Classe Berlin. O NPa 1800 possui características muito semelhantes ao modelo MEKO 100, da Classe Kedah, adquirido pela Malásia para equipar a sua Marinha Real (Tentera Laut DiRaja Malaysia), as F-171 KD Kedah, F-172 KD Pahang, F-173 KD Perak, F-174 KD Terengganu, F-175 KD Kelantan e F-176 KD Selangor. Os seis navios, de 1.650 toneladas, são operados pelo SKN 17 PV.

Sob um contrato de transferência de tecnologia, foram construídas quatro unidades na Malásia pela Boustead Naval Shipyard Sdn Bhd. A duas primeiras unidades foram produzidas em conjunto por alemães e malaios.

A fragata F-124 tem três unidades em serviço na Marinha Germânica (Deutsche Marine), onde é designada por Classe Sachsen e inclui as F-219 Sachsen, F-220 Hamburg e F-221 Hessen.

O modelo oferecido ao Brasil possui diversos melhoramentos quando comparado com o alemão e será adaptado às especificações da MB. A fragata será capaz de receber o sistema de processamento tático SICONTA (SIstema de CONtrole TÁtico) e o sistema de combate, desenvolvidos pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON).

Também designado de Einsatzgruppenversorger (EGV), o navio de apoio logístico do tipo 702 da Classe Berlin, de 20.240 toneladas, teve dois exemplares adquiridos do estaleiro Flensburger Schiffbau GmbH & Co. KG, que o designa comercialmente de Task Force Supply Vessel (TFSV). Na Marinha Alemã, os navios são classificados como A-1411 FGS Berlin e A-1412 FGS Frankfurt am Main. Futuramente será incorporada uma terceira unidade, o A-1413 FGS Bonn.

Apesar de ser um navio puramente de apoio logístico, encontra-se dotados com quatro estações navais remotamente controladas Rheinmetall Waffe Munition GmbH MLG-27. O convés de voo permite receber dois helicópteros médios do tipo Sea King Mk 41. O EGV tem ainda a particularidade de permitir a instalação de um módulo de apoio sanitário MERZ (Marineeinsatzrettungszentrum) que inclui 26 conteineres do tipo ISO, para diversas especialidades médicas.

Durante a LAAD Defence & Security 2011, evento que terá lugar no Rio de Janeiro de 12 a 15 de Abril, a empresa promoverá os navios propostos à MB.

O grupo industrial ThyssenKrupp AG possui diversos investimentos no território brasileiro, incluindo a implementação de uma unidade fabril destinada a produzir aço, localizada no Estado do Rio de Janeiro, um investimento de 5.2 bilhões de euros.

Para o PROSUPER, a empresa alemã aliou-se à Engevix Engenharia SA, especializada em soluções de engenharia e infraestruturas. Para isso foi assinado um memorando de entendimento estratégico. Em 2010, a Engevix tornou-se a proprietária do Estaleiro Rio Grande (ERG) e, no mesmo ano, recebeu uma encomenda da Petrobras para a construção de oito cascos FPSO (Floating Production, Storage and Offloading) por um valor de US$ 3,5 bilhões.

Caso a proposta da TKMS seja a escolhida, empresas locais terão papéis importantes nos diferentes projetos e em diversas áreas que poderão incluir o desenvolvimento de serviços de treinamento e formação, integração de sistemas, fabricação de componentes, manutenção e posterior atualização e modernização.

Sob um contrato de transferência de tecnologia, foram construídas quatro unidades na Malásia pela Boustead Naval Shipyard Sdn Bhd. A duas primeiras unidades foram produzidas em conjunto por alemães e malaios.

Caso a proposta da TKMS seja a escolhida, empresas locais terão papéis importantes nos diferentes projetos e em diversas áreas que poderão incluir o desenvolvimento de serviços de treinamento e formação, integração de sistemas, fabricação de componentes, manutenção e posterior atualização e modernização.

Uma dessas será a Atech que, em relação a este e também em outros projetos ligados à defesa e segurança, celebrou diversos memorandos de entendido ou MoU (Memorandum of Understanding) com empresas do setor como a BAE Systems, TKMS, SAAB, Lockheed-Martin e Thales.

Dentre o portfólio da altamente capacitada empresa brasileira, destacam-se o SDS, um simulador didático do sistema de combate SICOMFRAG das fragatas Niterói, desenvolvido em parceria com o Centro de Instrução Almirante Wandekolk (CIAW), para a simulação de avarias nas interfaces do sistema de combate com o sistema táctico SICONTA Mk.2. Junto com o Instituto de Pesquisas da Marinha, a empresa desenvolveu o SDAC-SUB, um sistema que permite o acompanhamento e classificação de contatos submersos. No PROSUB, e com transferência de tecnologia da DCNS, a Atech será responsável pelas futuras atualizações do sistema de combate SUBTICS (Submarine Tactical Integrated Combat System) de 3º geração que será instalado nos cinco submarinos brasileiros. A gestão completar e de engenharia do projeto MANSUP (Míssil Anti-Navio de SUPerfície) também é de responsabilidade da empresa.

Outro caso é o da Avibras Indústria Aerospacial SA, que procura diversificar a sua atividade e alargar a sua gama de soluções. Participa do MANSUP, que prevê o desenvolvimento de um míssil naval superfície-superficie com características próximas do MM-40 Exocet, e conduz ainda a remotorização dos mísseis superfície-superfície MM-40 Exocet Block 1 da MB.

Fonte: Tecnologia&Defesa

15 Comentários

  1. São navios obsoletos, que irão facilmente à pique numa guerra moderna.

    O navio do futuro terá que ter 2 características:

    1) Voar (grande hidro-avião);
    2) Submergir, que nem os submarinos, mas com profundidades menores (até 100 metros).

  2. Russia e EUA são o que são porque eles foram os primeiros a invadir os alemães ou seja os Russos pegarão a tecnologia e os EUA logo depois ,isto na segunda guerra mundial .Os alemães revolucionarão o mundo com sua inteligência pena que um austríaco queria ser DEUS .Os nossos submarinos são dos modelos alemães e o nuclear também cera .Todos os foguetes americanos são modelos alemães e Russos também ,hoje o que esta no espaço foi levado por foguetes alemães mas é dito que é EUA ou RUSSO .Senhores se vim da Alemanha é bom ,é claro se eles nos passarem toda a tecnologia .A bomba nuclear foi feita por um alemão ,muito famoso por sinal, Albert Ainstain e o fuzil russo foi feito por outro alemão mas quem levou a fama foi o russo .

  3. aosaksoaksoa.. olha a “observação” do Dandolo.
    Se for assim, então toda a marinha Americana, Britanica, Russa, Chinesa está obsoleta.

  4. Luciano, bom comentário, mas Albert Einstein não foi o inventor TOTAL da bomba atômica.
    Pra falar a verdade, Einstein jamais trabalhou em física nuclear.
    Em 1939 ele deu uma entrevista ao New York Times, na qual declarava não acreditar que a energia liberada no processo de divisão do átomo pudesse ser usada para fins práticos. Em julho, depois de ouvir os comentários de Szilard e Wigner, e convencido de que os alemães poderiam fabricar uma bomba nuclear, ele exclamou e essa frase foi um ‘sucesso’ por anos… “jamais pensei nisso”, algo muito incomum de se ouvir de um gênio.
    Em Agosto do mesmo ano, Einstein escreveu a famosa carta ao presidente Roosevelt, alertando ele que os alemães poderiam sim fazer a bomba, mas aparentemente, essa carta não fez muito sucesso no governo, já que os investimentos para a área eram mínimos, então em 1940, Einstein mandou outra carta que, novamente, não parece ter tido grande efeito, já que o projeto Manhattan só começou em outubro de 1941. Do que se sabe, a participação de Albert Einstein nesse projeto resume-se apenas a isso.

    Enrico Fermi, físico italiano, Prêmio Nobel de Física de 1938 teve até mais participação no projeto que ele.
    E claro o grande Julius Robert Oppenheimer, que dirigiu o projeto Manhattan.

    Recomendo você assistir: http://www.finalstation.org/forum/viewtopic.php?f=146&t=8375
    Abraços

  5. Dandolo, se me permite.. o que disse tem um fundo de verdade. Só que considero que são veículos terra-ar-mar onde a velocidade e aceleração não varia quando passam de um meio para outro. Mas aí já seria outro patamar. Tecnologias críticas e ultra-avançadas são sigilosamente exploradas, desenvolvidas.. afim de interesses “mais importantes” que a própria melhora da qualidade de vida das pessoas.

  6. Pesso a todos que tenham calma o brasil vai comprar os navios ingleses uzados ja acabou o fx naval ja e passado
    que venha a continuação de adiquirir equipamento que ficara obsoleto daqui a 40 anos pelo desleixo de nossos governantes

  7. eEUcomISSO [tassio bruno] disse:
    10/02/2011 às 3:17 AM

    o unico problema, é q, como ja se falou em varios sites
    especializads d defesa:
    transferencia de tecnologia é conversa para boi dormir.

    nenhum pais serio transfere tecnologia alcançada
    depois de anos de pesquisa, qnto mais tecnologia belica.

    é hora d acordar.
    acordo tecnico, so s for no “fazer-com”
    como a Saab propos.

    abraços a tods, fuii

    Concordo o mesmo vale para o submarino que todo mundo se gaba achando que o brasil um dia tera ate paraece que os governos futuros daram continuidade vão nessa não conhecem o pais que temos

  8. Sou entusiasta da eng. alemã, sou muito mais a favor do que até os made in USA, mesmo porque eng. americana é tocada por eng. alemaes ahaha

  9. Valeu Fernando vou assistir sim ,mas total criador ninguém foi, foi um conjunto e pelo pouco que sei ele participou ,e quando viu a loucura que estavam fazendo pulou fora .Mas acho que poucos tinham a idéia do poder que estavam criando.Abraços .

Comentários não permitidos.