Presidente do Sudão diz aceitar independência do sul do país

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Declaração foi feita antes de resultados oficiais indicarem que 98,83% dos eleitores votaram pela separação do território.

O presidente sudanês, Omar Hassan al-Bashir, disse nesta segunda-feira que acatará a decisão de independência do sul do país. A afirmação foi feita horas antes da divulgação do resultado final do referendo sobre o tema, em que 98,83% dos eleitores votaram pela separação do território, anunciou o presidente da Comissão Eleitoral do Sudão, Mohammed Ibrahim Khalil.

A votação de 9 de janeiro estava prevista em um acordo de 2005 que encerrou décadas de guerra civil entre o norte e o sul do país. “Hoje vamos anunciar diante do mundo todo nossa aceitação e respeito pela escolha do povo do sul”, disse Bashir a seguidores em Cartum. “Os resultados finais do referendo são conhecidos, e são pela secessão. Vamos nos comprometer com o resultado final.”

As declarações de Bashir devem aplacar temores de que o norte estaria relutante em permitir a independência do sul, uma região rica em petróleo.

A maior parte das reservas petrolíferas sudanesas fica no sul, mas a infraestrutura está no norte, o que obrigará a uma cooperação econômica entre os dois países e deve tornar um conflito armado prejudicial para ambos os lados.

Depois do anúncio oficial do resultado do referendo, governos de todo o mundo e entidades multilaterais como a União Africana e a ONU devem reconhecer a independência do sul do Sudão, que deve ser formalizada em 9 de julho.

Bashir deixou claro que ninguém terá dupla nacionalidade (do norte e do sul), apesar de esse princípio estar permitido na Constituição – o que mostra a relação desconfortável que os dois países terão após a separação.

Ainda há disputas bilaterais a respeito da demarcação da fronteira – área na qual há grandes reservas de petróleo -, de concessão de cidadania, de divisão dos preciosos recursos hídricos do Nilo e das reservas de petróleo, e da posse da região de Abyei, reivindicada por ambas as partes.

Foto: Arte/ iG

O Sudão, que pode vir a ser dois países, é o terceiro maior produtor de petróleo da África Subsaariana

*Com Reuters e EFE

Fonte: Último Segundo

7 Comentários

  1. A Raposa do sol africana O sudão do sul é rica em petróleo e certamente conseguiu sua independências as custas de pressões de potencias extrangeiras, não me admiraria em ver que todo este petóleo será drenado comercializado para china ou algo assim.
    bem, a fatiação independência do pais deixa o povo mais pobre e dependente de um pais industrializado, mais “independente” e enganado Feliz.
    A liberdade tem muitos sentidos e um deles é “dividir para governar”.
    quem é a bola da vez?
    eu diria que o próximo será na europa…

  2. Sudão do Sul só vai existir por que as grandes nações querem.
    Vai ser uma troca, ‘vocês queriam independência, ta ai.. agora e aquele petróleo que ta ali no fundo do seu quintal, posso levar?’

  3. Não sobrou mt alternativas ao mesmo, q qdo sair do governmo será preso, o q ainda ñ aconteceu e parece-me q ñ irá acontecer com os criminosos internacionais : bush, toniblaier, rumsfeld e mt outros…Ele é afriacano, então pode.

  4. Não percebem!

    O norte é maioritariamente muçulmano e o sul maioritariamente cristão. Os ataques dos muçulmanos extremistas aos povos do sul criaram a guerra civil. Agora querem se livrar dela.

    Os muçulmanos assim têm um país sem infieis (ao ver deles)
    E os do sul Podem ser cristãos à vontade.

  5. Cristãos, mas com petróleo.
    E por ali ainda tem mais, bem no chifre da África.
    De qualquer maneira, resolve-se um problema de porte, evitando-se novos morticínios (será mesmo?!)

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