União Europeia apresenta estratégia para garantir matérias-primas

Plano apresentado em Bruxelas cita três prioridades: elevar a extração em solo europeu, aperfeiçoar a reciclagem de produtos e melhorar a cooperação com países da África e da Ásia.

A União Europeia (UE) está preocupada com o risco da falta de abastecimento de matérias-primas de grande importância para o desenvolvimento econômico dos países-membros, incluindo materiais indispensáveis para a fabricação de produtos de alta tecnologia, como celulares e chips de computadores.

Na batalha pelos cada vez mais caros e escassos recursos naturais, a União Europeia quer que os países-membros atuem em três frentes: extração no território europeu, expansão e aperfeiçoamento da reciclagem e melhor cooperação com países da África e da Ásia.

A Comissão Europeia lista 14 materiais cujo abastecimento vê como especialmente crítico. Na relação estão o antimônio, o cobalto, o germânio, o índio, o tântalo, o magnésio e as terras raras, entre outros. E uma grande parte deles é proveniente de apenas quatro países: Brasil, China, Rússia e Congo.

Esses são alguns dos pontos destacados em 2 de fevereiro de 2011, em Bruxelas, pelo comissário europeu da Indústria, Antonio Tajani, durante a apresentação do novo documento estratégico.

Minério de ferro vindo do Peru é descarregado em porto chinês

O ministro alemão da Economia, Rainer Brüderle, saudou, em Berlim, o conceito defendido pela União Europeia e disse que ele confirma os planos alemães em relação ao tema. “Refiro-me ao papel central da reciclagem, ao aproveitamento de matérias-primas locais e, principalmente, a uma cooperação internacional mais efetiva.”

Em solo europeu

A atual explosão mundial de preços é uma ameaça à recuperação econômica da vários países após a crise financeira. Além disso, atrai investidores e especuladores que apostam numa redução da disponibilidade e, consequentemente, no aumento de preços.

Em países emergentes como o Brasil e a Índia a demanda por matérias-primas está em alta, enquanto a China, um dos maiores exportadores de terras raras, limita cada vez mais a exportação do material, de grande importância para a indústria de alta tecnologia.

Por isso a União Europeia espera, num futuro próximo, uma maior exploração de minerais em solo europeu. Os estados-membros precisam criar as condições adequadas, entre elas simplificar os longos procedimentos de licenciamento, informa o documento. É estimado que, por exemplo, 7% das reservas mundiais de terras raras estejam nos países-membros da UE. “Queremos encontrar nosso potencial”, disse Tajani.

Reciclagem

O segundo pilar da estratégia da União Europeia é o aumento da reciclagem e a melhor utilização das matérias-primas. Isso ajudará “na reutilização de minerais valiosos e na economia de energia”, como é citado no documento. Até agora existe, de acordo com a Comissão, uma grande lista de matérias-primas importantes cuja reciclagem ainda não é possível, mas que seria rentável.

Maior pressão sobre a China

Comissário Antonio Tajani diz que os países europeus devem encontrar seu potencial

Para garantir o acesso a matérias-primas no exterior, a União Europeia quer investir numa “diplomacia das matérias-primas”. Parcerias estratégicas e acordos comerciais – principalmente com países da África e da Ásia – devem criar mais transparência no mercado internacional. Países pobres, especialmente na África, deverão receber ajuda da Europa para desenvolver a infraestrutura necessária para a extração e o transporte de matérias-primas.

Em relação aos grandes países emergentes, como a China, a intenção é impedir restrições nas exportações, se necessário com a ajuda da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A organização de ajuda humanitária Oxfam criticou o documento, falando em “roubo de recursos”, com o qual os países em desenvolvimento são levados à pobreza, e afirmando que a União Europeia privilegia os próprios interesses econômicos.

FC/dpa/epd/afp/dapd
Revisão: Alexandre Schossler

Fonte:   DW-WORLD.DE

16 Comentários

  1. A CHINA PROTEGE SEUS INTERESES, RESTRINGINDO CADA VEZ MAIS,AS ESPORTAÇÕES DE MINERIOS RAROS, JÁ NO BRASIL SAI TUDO Á PREÇO DE BANANA, DEVERIAMOS REVER, MELHOR NOSSA POLITICA DO SETOR….

  2. Ta certo a Europa tem que correr atrás mesmo.
    E que história é essa “União Europeia privilegia os próprios interesses econômicos”, mas é claro, e como podia se diferente. Além do mais os governos dos países pobres que saibam como vender suas matérias primas, é um caminho que tanto os europeus como os pobres e emergentes tem a ganhar é só os governantes não roubarem seu próprio povo.

  3. Pra mim a Europa já era, passou o tempo que eles ditavam, só eles não perceberam..hahah

    .JRT
    Problema é que no Brasil nunca houve um estadista, não há visão de futuro, primeiro você elege um presidente, depois é que ele vai pensar num programa de governo.

  4. Eu já disse: tecnologia reversa nos caças russos, desenvolver a bomba e transformar a ABIN numa verdadeira agência de INTELIGÊNCIA.

  5. A ESTRATEGIA DA UNIÃO EUROPEIA : 1- Persuadir paises produtores a lhes venderem a baixo custo…2-Acionar a OTAM junto com os EUA para formarem coalizão e com um pretesto plantado invadir o pais produtor garantindo o abastecimento………………………………………..Seremos os maiores otarios se nossas Ratazans Politicas Bandidas escolherem uma furada ao invez da oportunidade de termos o SU35 ja que desperdiçaram anteriormente o PAK-FA

  6. É a hora certa de colocar UE de joelhos. Se temos o que eles mais precisam, é chegado a hora de acordos bem abrangentes de comércio e transferência de tecnologias sensíveis.

  7. O pais que necessita tem que pagar o que o pais que vende pida,e a lei do negocio,vc não é obrigado a comprar,compra se vc quizer.Já que os U.S.A nos veta a tecnologia que fazem com o nosso ferro,Nióbio,etc…,A gente tambem podemos veta a sua venta para poder fabricar os materiais que nos veta eles,é o logico,olho por olho ,dente por dente.

  8. A única forma real de garantir matérias primas é o controle total da fonte. No que tange à extração, comercialização e pesquisas científicas afim de recriá-las. A UE já detém o controle. Só gostaria de saber se os colonos do Brasil ainda sabem falar português.

  9. Devemos e temos de valorizar as n commodities, antes q acabe,temos de gerar produtos agregados a mt desses mineros,p dar um salário melhor a nós Brasucas.Temos deganhar um poico + sobre o q é nosso. Sds..

  10. “Em países emergentes como o Brasil e a Índia a demanda por matérias-primas está em alta, enquanto a China, um dos maiores exportadores de terras raras, limita cada vez mais a exportação do material, de grande importância para a indústria de alta tecnologia.”
    Viu a China ja aprendeu que não deve vender matéria-prima “in natura”. enquanto isto no país Verde e Amarelo, tudo esta a venda…

  11. O cerco está se fechando! E a negligencia com defesa vai custar caro futuramente.
    E no congresso nacional: florentina, florentina…

  12. Ah! Prestem mt atenção na movimentação das ONG estrangeiras dentro das reservas de meus irmão nativos, seja o q for vai começar em uma delas, temos de colocar o máximo de soldados dentro das mesmas…e mt bem equipados p um trablho de nacionalização, civísmo e BRASILeirização deste índios..pois essa ONGs estão trabalhando esse lado deles, expúlsem essas ONG. Um serviço de longo prazo , ou teremos sérios problemas no amanhã. P Ontem.

  13. Generais e o Nióbio

    No fim do ano, o presidente do grupo de estudos União Nacionalista Democrática envio a todos os generais do Exército Brasileiro um documento chamando a atenção para os prejuízos de US$ 100 bilhões de dólares que o Brasil sofre, anualmente, com o subfaturamento do raro nióbio.

    Neste final de semana, apenas por coincidência, a Resenha do EB deu amplo destaque a uma reportagem do jornal O Globo sobre terras raras que o Brasil precisa aproveitar melhor.

    Leia, abaixo, o artigo de Antônio Ribas: Carta aos Generais sobre o Nióbio

    Cabeça de Papel

    As Forças Armadas do Brasil, amadas ou não, devem se preparar mesmo para virar uma espécie de Guarda Nacional, com jeitinho de PM…

    Palavras do ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante encontro fechado aos meios de comunicação, na Argentina, na companhia de Arturo Puricelli, coleguinha hermano da Defesa, que odiou a ideia do brasileiro:

    “Devemos discutir o uso das Forças Armadas na segurança pública”.
    Vida que segue… Ave atque Vale! Fiquem com Deus.© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 1º de Fevereiro de 2011.
    Postado por Alerta Total de Jorge Serrão às 08:42
    Reações:

    Carta aos Generais sobre o Nióbio
    Artigo no Alerta Total – http://www.alertatotal.net

    Por Antônio Ribas Paiva

    O Brasil é um país agrícola e mineral. Essas vocações naturais são estratégicas para a humanidade e, poderiam propiciar imediatamente melhor qualidade de vida para a nação brasileira. Todavia, em razão de evidente traição de governantes, o nosso povo é mantido artificialmente na miséria.

    Historicamente, diversos governos brasileiros, têm negligenciado, ostensiva e criminosamente, o poderoso instrumento de autodeterminação e projeção do poder nacional, representado pelas nossas reservas de minérios estratégicos (Nióbio, Urânio, Terras Raras, etc).

    Desde 1996, temos procurado informar o nosso EXÉRCITO sobre a negligência criminosa com esses minérios. Sua Excelência, o Ministro Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena, considerando nossas análises, bloqueou a “privatização” das Reservas de Nióbio de São Gabriel da Cachoeira (AM), avaliadas em 1 trilhão de dólares, (que Fernando Henrique Cardoso queria “doar” por R$ 600.000,00) e, garantiu militarmente esse patrimônio, transferindo a nossa Brigada Militar de Niterói para São Gabriel da Cachoeira.

    Posteriormente, requeremos ao então Ministro da Defesa, José de Alencar, providências, no sentido de coibir o subfaturamento nas exportações de Nióbio, a partir de Araxá (MG), sem que aquela autoridade se sensibilizasse com o assunto.

    Diante da recente divulgação, pela mídia internacional, dos pontos nevrálgicos para a Segurança Nacional dos Estados Unidos da América, compete-nos, como patriotas, voltar à questão mineral, porque o nosso Nióbio de Araxá é essencial, não só para a grande Nação Americana, mas para todas as Nações desenvolvidas e tem sido desdenhado pelos nossos governos, que nunca coibiram o subfaturamento nas exportações de Nióbio. O prejuízo anual médio, para a economia brasileira, é de 100 bilhões de dólares. Desde 1996 já são 1,4 trilhão e quatrocentos bilhões de dólares. Há que dar um basta nessa sangria!

    Essa trama internacional, que data dos anos 50, submete a vida política brasileira, e os destinos da Nação, a interesses transnacionais, configurando, sem dúvida alguma, guerra de 5ª geração, que nos vitima e, contra a qual, estamos indefesos, desde sempre, porque esse antagonismo não foi detectado.

    É bom marcar, que não se trata, simplesmente, de lucro, porque para as empresas envolvidas no processo, tanto faria lucrar aqui como no exterior. O objetivo do poder internacional, com a fraude do subfaturamento de exportações, é limitar as potencialidades do Brasil, usurpando o poder da Nação, através da ação criminosa de governantes, que na verdade, são simples prepostos de seus interesses.

    A exemplo do que fez Sua Excelência, o Ministro Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena, é inafastável o nosso dever, civis e militares, de interrompermos essa conspiração internacional, que sacrifica o presente e o futuro da Nação Brasileira, sob pena, de incorrermos todos, nos típicos dos artigos 142 e 357 do código penal militar.

    É bom marcar, que o Poder Instituinte é inerente ao exercício da cidadania e não pode ser exercido por representação. As instituições nacionais, a começar pelas Forças Armadas são propriedade da Nação e devem cumprir seus deveres institucionais, independentemente, da provocação ou vontade da classe política, ou de governos, muito menos de traidores.

    O Estado e demais instituições foram estabelecidos pelo Poder Instituinte dos cidadãos, para proteger as pessoas. No Brasil, as instituições, apesar de adequadas, servem apenas ao poder, o que consubstancia desvio de finalidade, do que se aproveitam os inimigos internos e externos da Nação.

    Diante desses crimes continuados de traição, praticados por vários governos, “a nação espera que cada um cumpra o seu dever”, principalmente, as Forças Armadas, que sabem, podem e devem proteger a Soberania Nacional. Estamos juntos!

    Antônio José Ribas Paiva é Presidente da União Nacionalista Democrática – UND

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