Crise no Egito endurece posição de Israel sobre a paz

Primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu

The New York Times

Com o Egito e outros países da região em meio a tumultos, os israelenses contemplam o seu próprio futuro se refugiando em posições conhecidas, e a possibilidade já distante do governo de Netanyahu chegar a um acordo de paz com os palestinos ficou ainda mais longe.

Advogados comprometidos com o processo de paz encorajaram o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a dar um passo significativo em direção à reconciliação, argumentando que Israel pode se ver ainda mais isolado com o tempo e menos certo de seu poder de barganha.

Mas oficiais do governo conservador, que têm sido mais relutantes e desconfiados em sua abordagem em relação aos palestinos, afirmam que a atual instabilidade na região aumentou o risco inerente em se fazer qualquer acordo.

Os israelenses já estão preocupados com o destino do tratado de paz de 1979 com o Egito, caso a Irmandade Muçulmana herde o governo do presidente Hosni Mubarak. “As pessoas aqui vão perceber que não há sentido algum em um tratado de paz se ele for quebrado após 30 anos”, disse um ministro do Partido Likud, que lidera o governo israelense.

Em um discurso ao Parlamento na quarta-feira, Netanyahu disse que em uma situação instável como essa, “nós temos de olhar ao nosso redor com os olhos bem abertos”. Ele acrescentou: “A base para nossa estabilidade, para o nosso futuro e para a preservação ou ampliação da paz, sobretudo em um momento de instabilidade, encontra-se em reforçar o poder do Estado de Israel”.

Abalo

Os últimos acontecimentos abalaram Israel. Durante décadas, o país tem se beneficiado da cooperação de vários líderes autocráticos da região, mas a atual crise tem mostrado que tais governos são inerentemente instáveis. E enquanto os líderes israelenses dizem apoiar a difusão da democracia, eles também temem as consequências disso acontecer rápido demais, porque o sentimento anti-israelense está em alta nos países vizinhos.

As vozes dissidentes vêm dos setores esperados. Dan Meridor, vice-primeiro-ministro e ministro de Inteligência e Energia Atômica, disse em uma conferência sobre a política nacional de segurança de Israel esta semana que a segurança não reside apenas na quantidade de aviões e tanques, mas que os tratados de paz e “a ampliação do círculo de paz” também desempenham um papel importante.

Na mesma conferência, Tzipi Livni, que liderou a equipe negociadora israelense do governo de Ehud Olmert, disse que Israel deve trabalhar com a atual liderança pragmática na Cisjordânia. “Se existe uma chance de paz”, disse ela, “é agora”.

Fonte:  Último Segundo

7 Comentários

  1. A DESFAÇATEZ DE ISRAEL.
    .
    Sempre eles irão querer usar qualquer coisa para prejudicar a paz;são intransigentes e dissimulados.
    A batata deles está assando e já,já chegará no ponto para servi-los!

  2. Para Israel nada esta bom e jamais estara.Ja não chega usarem o holocausto para sensibilizarem a opinião publica global?Ja ate intituiram o dia mundial do holocausto fazendo com isso uma pascoa mundial.So é bom para eles tudo o que endosse a politica ortodoxa intransigente expansionista deles e tudo o que passa a mão na cabecinha deles diante das atrocidades que cometeram e que cometem sempre com o povo Palestino.Destroem com misseis uma casa e toda uma familia dizendo existir ali uma fabrica de bombas sem jamais terem provado nenhuma.O povo Arabe clama por mudanças em seus paises e o povo Israelense esta satisfeito com a politica que tem?????

  3. Tomar uma postura mais dura em relação aos palestinos só aumenta a possibilidade de que, caso seja tomado por um regime anti-ocidental, o Egito faça guerra a Israel.

  4. Israel ja entrou en varias guerras con os seus vicinhos, algumas veces com varios ao mesmo tempo…. Israel ainda existe sabem porque? e a unica democracia en toda a região, não tem presidentes no poder por 10, 20 30 anos
    Outra coisa se eles perdem….. não e opsão
    Muitos anos de vida a Israel
    abraço a todos

  5. “Israel parece estar com os dias contados…” Você disse bem: só parece. Aconteça o que acontecer, Israel sobreviverá. Não foi por acaso que Israel lutou e venceu todas as guerras de que participou após 1948, ano de sua refundação, contra vários inimigos mais poderosos juntos. O próprio ressurgimento de Israel, após quase dois mil anos, é prova de um milagre. Nunca isso aconteceu antes. Nações poderosas do passado desapareceram para nunca mais surgir na história. Foi assim com os Impérios Assírio, Hitita, Babilônico, Persa, Romano, Bizantino, Otomano. A despeito da torcida de muitos aqui pela destruição de Israel, isso não vai acontecer jamais. Não se conformam que o Holocausto tenha destruído 6 milhões de judeus. Acham que foi pouco. E torcem para que aconteça uma segunda Shoah. Mas repito: aconteça o que acontecer Israel sobreviverá, a despeito de Ahmadinejads, Hamas, Hizbolah, Al Qaeda e de seus simpatizantes espalhados pelo mundo, incluindo brasileiros que odeiam Israel.

  6. Espero q os judeuSS revejam sua política no OM,e devolvam as colinas de Golan aos Sirios, saiam das terras tomadas aos Palestinos, conforme resolução da ONU de número .242, até hoje ñ comprida pelos judeuSS.Caso contrário o cerco aos judeuSS vai ficar > e + forte…e a reação vai sair de GAZA, melhores armas , vía contrabando…antes q fike mt tarde.Quem viver verá.Mt Bom.

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