A Segunda Revolta Árabe: Vencedores e Perdedores

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Texto, Tradução e sugestão: Rafael para o Plano Brasil


De: Immanue Wallerstein
Publicado em: 1/2/2011
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http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fb/Sharif_Husayn.jpg/210px-Sharif_Husayn.jpgA Revolta Árabe de 1916 foi liderada por Sharif Hussein bin Ali para a independência árabe em relação ao Império Otomano. Depois de 1945, os muitos estados árabes se tornaram gradualmente membros independentes das Nações Unidas. Mas na maioria dos casos suas independências foram cooptadas pelos Estados Unidos como o sucessor da Grã-Bretanha enquanto poder dominador estrangeiro, com a continuação de um papel menor da França no Magreb e no Líbano.
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A segunda Revolta Árabe tem se fermentado por uns anos, já. Ela foi espoerada pelo levante bem sucedido de jovens tunisianos no mês passado. Quando pessoas jovens arriscam suas vidas para se levantar contra um regime autoritário ultracorrupto e consegue de fato depor o presidente, há que se aplaudir. Não importa o que haja depois, esse foi um bom momento para a humanidade. A questão sempre é: o que vem depois?
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Na verdade, há duas questões. Como foi que esse levante foi bem-sucedido, quando muitas outras tentativas em muitos outros países não o foram? E, então, quem serão os vencedores e os perdedores na Tunísia, ou em outros cantos do mundo árabe, ou no sistema-mundo?

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Não é fácil se rebelar contra um regime autoritário. O regime tem armas e dinheiro à sua disposição, e normalmente ele pode simplesmente reprimir tentativas de desafiá-lo nas ruas. Atos simbólicos, como a autoimolação de Mohamed Bouazizi, um jovem mascate numa cidade remota da Tunísia, em protesto contra atos arbitrários de agentes do regime, pode inflamar outros a protestar, como ocorreu na Tunísia. Mas para esse ato levar à derrubada de um regime, é preciso haver fissuras nesse regime.


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Neste caso, claramente houve fissuras. Nem o exército nem a polícia estavam prontos para atirar nos revoltosos, deixando esse papel apenas para a guarda presidencial de elite. Isso não foi o bastante, e o presidente Zine el-Abidine Ben Ali e sua família tiveram de fugir, conseguindo achar refúgio apenas na Arábia Saudita. Que havia fissuras no regime mostra-se claramente no fato de que as figuras mais influentes do partido de Ben Ali, tentando sobreviver à tempestade, se certiricaram de prender Abdelwahab Abdallah, uma figura chave no aparelho de coerção de Ben Ali, antes que ele os prendesse. Lembrem-se como, depois da morte de Stalin, seus sucessores imediatamente prenderam Lavrenti Beria pela mesma razão.
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http://msnbcmedia3.msn.com/j/MSNBC/Components/Photo/_new/110114-tunis-protests-6a.grid-6x2.jpgClaro, depois que Ben Ali fugiu, o mundo todo aplaudiu, com as únicas exceções de Kaddafi da Líbia e Berlusconi da Itália, que continuaram a defender as virtudes de Ben Ali. O principal defensor estrangeiro de Ben Ali, a França, sentiu-se suficientemente envergonhada como que para confessar seus “erros” de julgamento. Os Estados Unidos, tendo deixado a Tunísia aos cuidados supostamente seguros da França, não se sentiram na necessidade de se desculpar de forma parecida.
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Como todos notaram, o exemplo da Tunísia encorajou a “rua árabe” em outros lugares a seguir um caminho parecido – mais notavelmente, no momento, o Egito, Iêmen e a Jordânia. Enquanto escrevo, não se tem certeza se o presidente Hosni Mubarak do Egito será capaz de sobreviver.
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Agora, quem são os vencedores e os perdedores? Não saberemos até no mínimo seis meses, talvez mais tempo, quem de fato virá a tomar o poder na Tunísia, no Egito ou mesmo em todo o mundo árabe. Levantes espontâneos criaram situações como a da Rússia em 1917, quando, como na famosa frase de Lenin, “o poder está nas ruas”, e portanto uma força organizada e determinada pode tomá-lo, como os Bolcheviques o fizeram.
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Mas a situação real em cada estado árabe é diferente. Não há, hoje, um único estado árabe que tenha um partido fortemente organizado, secular e radical como os Bolcheviques, prontos para tentar tomar o poder. Há vários movimentos burgueses liberais que gostariam de ter um papel maior, mas poucos deles parece ter uma base de apoio importante. Os movimentos mais organizados são os islamistas. Mas estes movimentos não são de uma só cor.
http://frontpagemag.com/wp-content/uploads/2010/07/hosni-mubarak.jpgSuas versões de um estado islâmico variam de um estado relativamente tolerante para com outros grupos, tais como existem hoje na Turquia; a uma versão mais dura de Shária [lei religiosa do Alcorão], como a que o Talebã impôs no Afeganistão; até a variedades intermediárias tais como a Irmandade Muçulmana no Egito. No que concerne aos regimes internos, os resultados são indeterminados e cambiantes. E portanto quem vence internamente é extremamente incerto.
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Mas e quanto a potências estrangeiras, que estão fortemente envolvidas em tentar controlar a situação? O principal ator externo são os Estados Unidos. O segundo é o Irã. Todos os outros – a Turquia, a França, a Grã-Bretanha, a Rússia, a China – são menos importantes, mas ainda assim relevantes.
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http://www.consuladosocial.com.br/wp-content/uploads/2010/10/obama1.jpgO maior perdedor da segunda Revolta Árabe são os Estados Unidos. Pode-se ver isso pela incrível vacilação do governo dos Estados Unidos no presente momento. [Ao definir quem são seus maiores parceiros], os Estados Unidos (como toda outra grande potência no mundo) colocam um critério acima de todos os outros: quem é cooperante com ele. Washington quer estar do lado do vencedor, desde que o vencedor não lhe seja hostil. O que fazer numa situação como a do Egito, que no presente é um quase um estado cliente dos Estados Unidos? Os Estados Unidos estão reduzidos a pedir publicamente por mais “democracia”, não-violência e negociações. Por trás das cortinas, eles parecem ter dito ao exército egípcio que não envergonhem os Estados Unidos, atirando em muitas pessoas. Mas pode Mubarak sobreviver sem atirar em muitas pessoas?
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http://newsjunkiepost.com/wp-content/uploads/2011/01/5401833184_a9ccb7eab51-448x336.jpgA segunda Revolta Árabe está ocorrendo no meio de uma situação mundial caótica em que três características predominam: uma queda na qualidade de vida de pelo menos dois terços da população; aumentos revoltantes nas rendas de um estrato social relativamente pequeno de ricos; e um sério declínio no poder efetivo da dita “superpotência”, os Estados Unidos. A segunda Revolta Árabe, seja lá como termine, vai erodir mais ainda o poder dos Estados Unidos, especialmente no mundo árabe, precisamente porque, hoje, a única base segura de popularidade política nestes países é a oposição à intrusão dos Estados Unidos em seus affairs internos. Mesmo aqueles que normalmente querem e dependem do envolvimento dos Estados Unidos estão achando politicamente perigoso continuar assim.
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O maior vencedor estrangeiro é o Irã. O regime iraniano é, sem dúvida, visto com suspeita considerável
http://blogs.kansas.com/weblog/files/iran.jpg[pelos árabes], em parte porque ele é um país não-árabe e xiita. Foi, no entanto, a política americana que deu ao Irã seu maior presente: a retirada de Saddam Hussein do poder. Saddam tinha sido o inimigo mais firme e eficiente do Irã. Os líderes iranianos provavelmente recitam uma bênção por dia a George W. Bush por essa maravilhosa prenda. Eles construíram, a partir desse presente, uma política inteligente pela qual eles têm se mostrado prontos a apoiar movimentos não-xiitas como o Hamas, desde que eles se oponham fortemente a Israel e à intrusão americana na região.


http://www.destinosdesonho.com/wp-content/gallery/turquia/turquia-1.jpg Um vencedor de menor porte é a Turquia. A Turquia foi por muito tempo uma maldição para as forças populares do mundo árabe pela dupla razão de que ela era a herdeira do Império Otomano e porque ela era intimamente aliada aos Estados Unidos. O atual regime popularmente eleito – um movimento islamista que não busca impor a lei de Shária em toda a população, mas simplesmente droit de cité para observância islâmica – tem se movido no sentido de apoiar a segunda Revolta Árabe, mesmo com o risco de comprometer suas relações, antes boas, com Israel e os Estados Unidos.
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E, é claro, o maior vencedor da segunda Revolta Árabe serão, com o tempo, os povos árabes.

Nota do editor.

Muito obrigado Rafael pela gentileza esforço e colaboração.

E.M.Pinto

Fonte: Iwallerstein

19 Comentários

  1. Com todas essas convulsões nos países árabes as tietes antiamericanas e antissemitas ficam em polvorosa. Contudo, esquecem-se as mesmas de que a Tunísia e o Egito são países onde o secularismo encontra-se fortemente enraizado não havendo assim, muito apoio a grupos fundamentalistas religiosos. No próprio Egito a irmandade muçulmana possui apenas 5% de adesão.

  2. @hm tireless
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    O texto dá razões do porquê a emergência de um partido secular no Egito é improvável. Isso é indicado pelo exemplo do Irã. O Irã só conseguiu depor o Shah em 1979 devido à colaboraçção de islamistas – um grupo que, como no Egito de hoje, não eram o partido mais forte do país – com secularistas de esquerda. Mas porque os esquerdistas eram mal-organizados, o poder foi parar nas mãos de religiosos conservadores. A Financial Times – uma revista a que ninguém pode acusar de antiamericanismo – publicou anteontem um artigo com uma comparação entre a Revolução Iraniana de 1979 e essas revoltas no mundo árabe: http://www.ft.com/cms/s/0/047884de-2e56-11e0-8733-00144feabdc0.html
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    Quanto a chamar o autor do texto de antiamericano e antissemita, saiba que Immanuel Wallerstein é americano. E como seu próprio sobrenome indica, ele é judeu. Não tente desmerecê-lo só porque a sua interpretação dos fatos não traz conforto às tietes pró-americanas.

  3. INCERTEZA AINDA PARA O HORIZONTE.

    Colega HMS,….você realmente está acompanhando o desenrolar dos fatos pela imprensa?
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    Até o primeiro ministro de Israel,nesta semana, manifestou a sua preocupação, no resultados dos fatos que ocorre lá no Egito; para não dizer em toda região.
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    O governo americano realmente não sabe como fazer com tudo isto;por receio de um levante mais forte ante americano;bem que já é notório, qual era e é o lado deles na política do Egito, durante os 30 anos.
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    Então,você sabe o que a imprensa fala ou escreve sobre os tais fatos?
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    Uma sugestão para você;procure na wikipedia,acho que ela não é ante americana;e leia a história da revolução iraniana e a compare com a situação atual,faça uma analise critica destas informações que você recolheu e aí,creio eu;então você terá uma idéia e um prognóstico dos resultados para o futuro.
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    Para mim,ainda é cedo em afirmar em que novo cenário ideológico ou político venham desenhar os países naquela região; se será secular(o termo que você usa)ou não;mais uma coisa eu sei, qualquer resultado vai influencias os governos de Israel e dos EUA por lá,se vai ser bom ou não para estes, só o tempo dirá.
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    abraços

  4. “E, é claro, o maior vencedor da segunda Revolta Árabe serão, com o tempo, os povos árabes.”

    Ledo engano. Os fundamentalistas têm aí o cenário propício para assumir o poder numa região carente de esperança e vida melhor, que eles irão prometer. A população ouvirá àqueles que lhes assegurará o paraíso na Terra. Os piores demagogos, travestidos de líderes religiosos, pseudomuçulmanos, entrarão em cena apontando o inimigo que lhes desgraça a existência: os Estados Unidos (e o Ocidente, em particular). E isso será o começo do fim…

  5. Eu acredito que os Árabes serão bastante admirados por todos os países, caso retirem do poder todos os reis e ditadores de seus países. Não se pode também, governar a luz do Islamismo do Séc VI e VII.A crença é individual.
    Os Árabes não aceitarão a influência do Irã. É mais fácil que os árabes se unam a Israel,pois são povos de mesma origem.O judeu palestino é um árabe nos costumes.
    A revolta popular nos países árabes não tem mais retorno, e terá todo apoio da comunidade internacional.
    Se os árabes se unirem aos judeus,o OM será uma grande potência militar e econômica, não tenho dúvida.
    Dá para criar um Estado Palestino de porte:
    http://dbagetti2.blogspot.com/2010/12/ets-querem-salvar-o-planeta-terra.html
    Tenham fé, mas com o discernimento. A fé apenas lava ao fanatismo.

  6. Alá deu mais uma chance dos povos árabes sacudirem o jugo dos governantes corruptos e imperialistas e enfim obterem sua autonomia. É agora ou nunca. Os povos envolvidos sabem disso e a alternativa agora é que as oposições consigam tomar o poder sem guerras civis sangrentas. A opção é clara. Os ditadores vão promover guerras civis e ofertarão como alternativa a continuidade e a transição branda com a continuidade do apoio dos EUA.

  7. Os perdedores são:Os ianks/saxônicos e os judeus, q vão ficar cercados de países quase-inimigos e inimigos. Ganhadores:Os Árabes, e os Palestinos q vão receber ajuda e consequente/ ficaram livres dos seus invasores judeus/IDFs , um país q ñ cumpre a resolução da ONU de número .242 até os dias de hoje, pq? Vivas a Palestina Livre.

  8. Prezados,
    Realmente sou muito incrédulo quanto ao futuro da paz no Oriente Médio. Os povos árabes nunca souberam viver em paz se não tivesse uma mão forte e bem dura sobre eles. Quem é estudioso da história sabe disto, vide os faraós do antigo Egito, as Assírios, posteriormente os Caldeus (babilônicos), logo em seguida os Medo-Persas (xiitas não muçulmanos). Quando estes entraram na cena mundial pelas mãos de Ciro, aí descambou geral…os medos-persas era tolerantes quanto a costumes e religião (o ópio do povo), conclusão…deram espaço para o jovem grego Alexandre subir ao trono de senhor do mundo antigo, morreu sedo na vida e seu 4 incompetentes generais deram o império aos romanos, que por muito tempo dominaram com mãos de ferro o mundo antigo, quando a sua sociedade ficou podre moralmente (assim como a nossa e os BBB da vida mostram isto), então o mundo árabe se rebelou e daquele lugar partiram os problemas para todo o resto do império romano.
    Como sou brasileiro e me preocupo com o meu País, agora é mais uma chance de ouro de obtermos lucro com tudo isto.
    Nosso pré-sal e nosso álcool serão a fonte de energia segura que os EUA irão procurar em um primeiro momento, até que a China se torne a maior economia do mundo, é os EUA que temos de cortejar.
    Ahhh não acredito que nem a China e muito menos a Rússia irão ocupar o lugar deixado pelos americanos no Oriente Médio…os Hussein’s da vida os odeiam! Faziam comercio com eles porque isto está no sangue deles, assim como os hebreus os árabes sabem sugar o mel dos seus parceiros.

  9. é a casa ta caindo pro lado dos EUA e israel.
    ja esta claro que os EUA nao vao conseguir que seu pais nao caia e perca sua hegemonia.

  10. E.M.Pinto, este assunto aqui é referente ao primeiro post que coloquei. Pensei que este blog fosse algo democrático, e não um clubinho particular, cheio de perfis fake, onde quem bate o escanteio corre pra cabecear. Essa sua podada no meu post era o que estava faltando pra que fizesse o traçado do seu perfil. E vê se muda com essas críticas ja batida de chamar quem discorda de você de “paranoico”, “com mania de perseguição”, e “teoria da conspiração” e outros adjetivos que não me veio a memória neste momento. Você usou sua principal arma, simplesmente porque não saber usar de argumentação. Podar um post sem explicação foi usar sua principal e ÚNICA arma. Isto aqui é só pra você, não precisa postar. Fica entre nós ….rsrs. E oh… vou me apresentar pra você: Muito prazer, sou ASTRONAUTA.

  11. antes de mais nada o senhor pode mais uma vez se explicar, porque mais uma vez estou levitando e não em orbita.
    fico feliz de saber que temos mais um astronauta no brasil desta vez de BH, sabes, estudei em Bauru terra do ilustríssimo Marcos Pontes a quem tive o prazer de saber que frequenta o Plano Brasil, talvêz os senhores se conheçam.
    Quanto ao clubinho que você menciona, sim, é um clube do bolinha que tem 27 000 acessos diários, todos jogam batem falta e fazem gol, tal como o senhor mencionou.
    Pode discordar, não temos problemas com opiniões contrárias (é só consultar os outros 27 000 zumbies doutrinados e controlados por mim).
    Mais uma coisa, o Blog não é a assembléia legislativa nem mesmo o partido comunista,portanto a democracia não tem espaço aqui, somos todos radicais, anti tudo, anti nada, porque o legal é fazer isso já que temos tempo de sobra, eu e os outros 27 000 zumbies controlados por controle remoto.
    sds
    E.M.Pinto

  12. E.M Pinto
    Você estudou em Bauru é? legal eu também, e tive a oportunidade de conhecer o Marcos Pontes, uma pessoa muito simpática e de grande conhecimento!

    Quanto ao assunto do post:
    -Movimento certo no momento certo, o Obamis entrou pra por ordem na casa, se fosse um republicano lá seria dificil haver esses revoltas.
    E digo mais se o Obamis ficar mais 4 anos, Israel que comece a rezar, porque o Tio rico não vai socorrer.

    abraço

    Galileu estou tentando te enviar um email mas não consigo.
    podes enviar uma mensagem para que possa te responder?
    abraço
    E.M.Pinto

  13. Os americanos, europeus e israelenses têm que apoiar o levante do povo árabe. O motivo é ideológico, pois eles nunca conheceram a verdadeira Democracia. Reis e ditadores sempre dominaram esses países.Uma ditadura provisória é uma coisa, que dure 10 anos, por exemplo, mas permanente, não se pode admitir. Cadê os ideais republicanos e democráticos dos franceses e americanos ?
    Os árabes não vão se meter em regimes teocráticos, que no fundo foram feitos para iludir o povo. Cada um deve ter o livre direito de exercer a sua crença. Se um árabe quiser ser budista, taoista, cristão, dinamizador … que seja.
    Se um brasileiro ou israelense quiser ser islâmico, que seja.
    Religião fanática e imposta, é o ópio do povo, sim. Agora, a crença natural, sem pressão, não é ópio, mas Deus.

  14. Fica cada vez mais evidente que os EUA/Issrael tem dois pesos e duas medidas,por um lado tentam enquadrar países ditos medievais e autoritários,mas por outro apoiam ferrenhamente ditaduras sangrentas e anacrônicas.Israel está em maus lençóis e sabe disso,recentemente um líder desta nação veio a público dizer que os EUA as nações européias se preoculpam muito mais com a opinião pública do que seus devidos interresses(pra mim isso soa como uma ameaça).Já os EUA estão na berlinda,ele se auto determina de o “Grande”defensor da “Democracia”(apesar de apoiar um ditador) se eles apoíam Israel eles ficam mau com o público interno,devido aos valores que são caros e saudáveis ao povo americano e se eles não fazem nada ficam mau com a comunidade israelita local.
    Acho que o regime deste ditador egípicio está em estado terminal e que vier depois ainda está muito nebuloso.Mas eu sei que este povo que vai derrubar o governo egípicio e em sua maioria Antiamericano e anti-semita.Isso porque eles sentiram na pele o que é ser governado por um agente destes dois governos “civilizados”.

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    “O maior perdedor da segunda Revolta Árabe são os Estados Unidos. Pode-se ver isso pela incrível vacilação do governo dos Estados Unidos no presente momento.”
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    Exato, mas somente a PIG não vê isso, dizendo que os USA são os que mais tem a ganhar!!!
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    Que os USA perdem em todos estes países, e muitos finalmente se verão livres do julgo dos ditadores apoiados por Washington, não quer dizer que os fundamentalistas ganhem terreno, e esperamos que não ganhem mesmo terreno, e fiquem bem pequenos e até sumam do mapa estes fanáticos religiosos…
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    Por outro lado existe o núcleo combatente na região contra os interesses e ingerências Yankees no Oriente Médio, este grupo sim terá um crescimento pois para os jovens que revoltaram-se, os regimes ditatoriais somente existiram por apoio dos USA, e se alguns deles quiserem vingança contra a violência sofrida no período ditatorial por eles e suas famílias, estes irão voluntários para as filas de combatentes contra os USA… isso é fato!
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    Realmente muitos pensadores tinham razão, a ganancia e a arrogância são os caminhos mais breves para da derrota… e os inimigos do império somente crescem dia apos dia, e depois destas revoltas crescerão ainda mais… cada colhe o que planta!!
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    Que isso sirva de lição para nos brasileiros que estamos em ascensão, quando chegarmos la nas esferas que contam, melhor não fazer inimigos por ai, pois quando chegar o nosso declínio, nossos descendentes sentirão a vingança violenta dos povos que oprimimos… não existira alguma piedade, como sempre foi na historia humana, atenção, pois um seu neto pode sofrer as conseqüências!!
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    O nossa civilização mesmo sendo ocidental não tem a obrigação de se alinhar diretamente aos interesses e posições Yankees e Europeias, eles que se virem com os problemas que causam pelo mundo e que sofram todas as retorções que merecem, o que não podemos é ficar parados sem aprender nada com isso tudo… e creio que estamos aprendendo muito, e uma das primeiras lições creio que seja a não intervenção em conflitos internos e externos, deixemos que os outros se virem por ai… e a segunda lição creio que poderia se a de não depender de nenhum tipo de recurso estratégico do exterior, principalmente energético… se falta petróleo para fazer plastico faremos com soja, milho e vegetais vários, o mesmo para os combustíveis e eletricidade, etc…
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    Ser independente e não alineado com ninguém são as estradas para a paz do nosso povo e nossa nação, e sem riscos de retorções e vinganças no futuro!
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    Valeu!!!
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  16. E.M.Pinto, então fica assim, VOCÊ É O CARA!!!! E por falar em ASTRONAUTA, aquela fórmula de cultivar pelo em ovo e fazer nascer dente em ave, já está bem desenvolvida???

  17. E.M.Pinto (micro), esqueci de comentar. Não entendi essa de estar sobrando tempo. Uma pesquisa tão avançada como a que você esta dedicando (cultivo de pelo em ovo e dente em ave), achei não lhe sobraria tempo algum… mas de qualquer forma boa sorte!!!

  18. Quem está perdendo:Os judeSS, estão cedendo grandes áreas das terras Palestinas aos mesmos, estão tirando as barreiras ,restituindo o direito de ir e vir aos Palestinos,sem serem revistados em sua própria terra como se os mesmos fôssem os bandido, e vai dar direito aos Palesinos de construir casasem jerusalém oriental…isso chama-se Síndrome Egipcia; medo,pavor,eles sabem ,q agora,os Palestinos vão ter + apoio dos outros Árabes,em especial dos Egipcios,q o Hamas vai se armar de “boas” armas,armas modernas e + eficiêntes contra os judeSS,até dos mesmo.Mt bom…Pq demoraran tanto p melhorar as vidas miseráveis dos Palestinos?!?! Confiavam no “status Quo” apoioado pelo ditador osnimubarack e pelos iankSS…perderam. e mt + está p vir…esperem , tenham juizo e td essas coisa, lembrem-se dos anos 1940, usem de empatia, do respeito ao outro, o cerco está se fechando.. Chega de SHOAH de Palestinos..Quem viver verá.

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