Brasil e Argentina assinam 15 acordos bilaterais

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Na 1ª viagem ao exterior, Dilma diz que países são “cruciais para transformar o século XXI no século da América Latina”
Janaína Figueiredo

Na primeira visita internacional da presidente Dilma Rousseff, os governos do Brasil e da Argentina assinaram ontem mais de 15 acordos bilaterais destinados a aprofundar a integração e a cooperação entre os dois países. Foram selados entendimentos nas áreas de energia nuclear, biocombustíveis, habitação, infraestrutura, direitos da mulher, defesa e comércio, entre outros. Dilma e Cristina Kirchner defenderam a necessidade de dar um novo impulso à relação bilateral.
– Brasil e Argentina são cruciais para transformar o século XXI no século da América Latina – declarou Dilma, após uma reunião de quase duas horas com Cristina, na Casa Rosada, sede do Executivo argentino.
Dilma disse que o que mais lhe chamou a atenção durante a conversa com a chefe de Estado argentina foi “a determinação dela de ter esta aliança estratégica com o Brasil. A mesma determinação que eu tive”.
– No passado, por vários motivos, Brasil e Argentina foram colocados separadamente, houve interesses de várias nações em nos separar – lamentou Dilma, que lembrou a parceria estratégica entre os ex-presidentes Néstor Kirchner e Luiz Inácio Lula da Silva.
– Nos últimos anos, com Lula e Kirchner e também com Lula e Cristina, estabeleceu-se uma relação de parceria e uma coisa que é fundamental nas relações: a confiança – disse Dilma, que homenageou Kirchner, falecido em 27 de outubro passado.
Em declaração conjunta assinada pelas duas presidentes, Brasil e Argentina se comprometeram a atuar juntos em diversas frentes, por exemplo, em organismos multilaterais como as Nações Unidas e o G-20, e defenderam a importância de “intensificar os esforços em matéria de cooperação monetária internacional, com o objetivo de evitar tanto as desvalorizações competitivas das moedas como a volatilidade dos fluxos de capitais a países emergentes”.
Em seu discurso durante o almoço com Cristina, Dilma pregou a união dos países “no combate ao protecionismo”. Os dois governos confirmaram a criação de um foro empresarial conjunto, que buscará ampliar o mercado internacional de produtos argentinos e brasileiros.
– Temos de criar uma integração de plataformas produtivas e desenvolver novas parcerias – disse Dilma, que em entrevistas a jornais argentinos cogitou a possibilidade de empresas argentinas participarem de novas etapas do pré-sal.
Foi assinado um Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Bioenergia. Os países decidiram construir uma agenda de trabalho comum entre os ministérios de desenvolvimento social. Na área de defesa, os governos se comprometeram a “elevar o nível e aprofundar o diálogo político e estratégico”. Oito ministros participaram da comitiva brasileira: Nelson Jobim (Defesa); Iriny Lopes (Políticas para Mulheres); Mário Negromonte (Cidades); Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia); Paulo Bernardo (Comunicações); Antonio Patriota (Relações Exteriores), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), e Márcio Zimmermann (Minas e Energia).

Fonte: Resenha CCOMSEX

12 Comentários

  1. é mais que hora de juntarmos as forças em prol do nosso terceiro mundo,deicharmos as influencias externas de lado e direcionar um novo tempo uma nova aliança.

  2. Fala kamaradas…

    A América do Sul tem q se unir mesmo. Ela tem um incrível potencial em recursos naturais, economias e consumidores crescentes, democracia enraizada, conflitos MÍNIMOS… . É um palco perfeito para atração de Investimentos Externos.

    Acho q a América do Sul, liderada pelo Brasil, será a maior exportadora de um Commodity muito raro: DIPLOMACIA!!!

    O crazy dog Chavez será “domesticado” por pressões internas e externas(diplomáticas!!!).

    A UNASUL já provou ser uma ferramenta mais precisa do q a OEA.

    O MERCOSUL ñ é um sucesso total pois se as barreiras alfandegárias fossem “relaxadas”, a economia brasileira engoliria nossos vizinhos. Somos uma potência econômica por mais q alguns kamaradas torçam o nariz… .

    Falow

    P.s.:Essa história de 3º Mundo já era. Para mim, 3°Mundo só nos ThunderCats..rs..

  3. Deixando falsos ideologismos de lado, e toda essa lenga-lenga de “união contra potências maldosas..”
    Já disse e repito, temos mais a PERDER do que a ganhar com esse povINHO.

  4. Galera, quem é grande precisa mostrar com atitudes. Se hoje nós repetirmos o preconceito que outrora sofremos, só estaremos depondo contra nós mesmos e dando mostra de que mesmo naturalmente destacado pela natureza,histórico etc, não estaremos à altura de nossas obrigações.
    Diante de tamanha mudança que acontece cada vez mais rapidamente, temos mesmo é que unir esforços pois o futuro é hoje e estando tão atrasado como estamos, a união entre tantos outros motivos, também torna o processo mais rápido. Obviamente se bem conduzido.
    Que tenhamos o quanto antes uma AS integrada e desenvolvida.
    abrç

  5. claro que ñ bruno se se juntarmos com as potencias vamos voltar a ser explorados como sempre fomos nesse seculo,temos que que integrar a america do sul como o fabricio disse,mas ñ só com a argentina mas o os outros tb,pros apaises do norte ser que o sul esta rico,armado e forte.

  6. Falando específicamente em relação ao acorde de defesa , se sair mesmo do papel e for bem amplo , as indústrias de defesa de Brasil & Argentina só teêm á ganhar.
    Os Argentinos tem muitos projetos e técnologias em sua CITEFA que ainda não dominamos ( Héli.. de ataque Cicaré , Vant,s , Turbinas , Reator Nuclear , Canhões , Motor Turbo Hélice etc..), assim como o Brasil tem técnologias que os Argentinos não dominam ( Estruturas de aviões, blindagem , morteiros , nvg,s , mísseis etc..).
    Por isso mesmo sempre afirmo, esse négocio de comprarmos casco de fragatas internacíonais ( léia-se Américanas ou Européias ) não tem nada de proveitoso pro país.
    Temos que desenvolver conjuntamente o casco e superestrutura das fragatas , Napaoc , Napas etc.. baseados em projetos nacíonais ( Barroso , Nitérois , Grajaús etc..) , e deixar para comprar dos exterior só os equipamentos que não temos ( Sistemas de Armas , equipamentos de EW, etc..) , um projeto conjunto entre Brasil e América do sul + BRIC,s seria extremamente vantajoso para nós , além de curto periódo de desenvolvimento e fabricação, somado-se a isso grande encomendas .
    mas como sempre repito , o Brasil ama depender de europeus , ou como nosso estimado ex-presidente Lula dizia em seus tempos de militante.
    O Brasil governa virado para Eoropa e com a b…a virada para a América do SUl e o povo rsrs , grande sábio.

  7. Bernardo,
    Se você afirma é a sua opinião, e eu respeito, assim como espero que você respeite a minha.
    Seria realmente muito interessante se a Argentina fosse um país sério, que honrasse os compromissos assumidos, coisa que não acontece.
    Mas para alguns, a Argentina está anos-luz na nossa frente em tecnologia e desenvolvimento, é uma grande potência sem a qual não podemos viver sem…
    É o segundo parceiro comercial apenas por questões políticas, mercosul etc.. Não porque tenham muito a oferecer, a verdade é essa.

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