Itália e Brasil no topo da lista de parceiros potenciais para o FX da Turquia

http://www.defencetalk.com/pictures/data/3719/medium/TXF-2012-4.jpgImagens: concept do Turkish fighter 2012 (Defense Talk)

Por Bekdil Gee Burak e Enginsoy Umit
Publicado em: 23 de janeiro de 2011

Ancara – As autoridades turcas estão em busca de parceiros estrangeiros para ajudar a construir o primeiro caça a jato do país e provavelmente deve iniciar conversações com a Alenia Aeronautica da Itália com a Embraer do Brasil, disseram altos funcionários da área de compras familiarizado com o programa FX turco.

“Esperamos que a TAI, a empresa aeroespacial turca, abra negociações com ambos os fabricantes ainda este ano”, disse um funcionário da área de compras. “Em 2012 nós já vamos saber com quem nós vamos pegar a estrada.”


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O governo pediu à companhia aeroespacial nacional Turkish Aerospace Industries (TAI), para estudar como essa parceria poderia funcionar. A TAI ainda receberá US$ 20 milhões do escritório nacional de compras, ou da Subsecretaria da Indústria de Defesa (SSM), para produzir um “desenho conceitual” para um avião de caça que venha a ser construído depois de 2020.


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Nos últimos anos, a iniciativa da Turquia na direção de fazer uma maior fatia dos seus sistemas de armas de ponta de linha tem produzido diversos programas nacionais para atender à sua Força Terrestre e à Marinha. O esforço FX tem como objetivo ampliar o poder aéreo turco de uma maneira cada vez mais independente da tecnologia americana, disseram analistas e funcionários aqui.


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Em dezembro passado, o ministro da Defesa Vecdi Gonul disse que a Turquia iria desenvolver e fabricar seus próximos aviões de combate aéreo, por si só ou em cooperação com outro país.

Gonul disse que a Turquia poderia cooperar com a Coreia do Sul, mas indicou que essa não é uma forte possibilidade.

Autoridades da defesa turca disseram que a “opção coreana” fracassou porque Seul insistiu em assumir uma maioria esmagadora no esforço do novo avião.

Se implementado, o programa destina-se a dar à Turquia poder aéreo equivalente à sua frota presente e futura, que são feitos nos EUA.

A Força Aérea turca agora opera caças F-16 e F-4s. A Turquia também é um parceiro no consórcio Joint Strike Fighter (JSF), que está construindo o avião de caça furtivo F-35 Lightning II.

Ancara pretende comprar cerca de 100 F-35 aeronaves no valor de quase US $ 15 bilhões. Muitas empresas turcas são membros do consórcio JSF de nove nações ocidentais, e estão produzindo peças para estas aeronaves. A Turquia também vai receber 30 modernos caças F-16 Block 50 da Lockheed Martin, o mesmo fabricante do F-35, como um paliativo até que se iniciem as entregas do F-35 em torno de 2015.

Funcionários disseram que o novo caça da Turquia “seria um modelo de próxima geração, que substituiria os antigos F-4Es, feitos nos EUA, e que operaria bem com o F-16 e com o F-35.”

Eles confirmaram a nova aeronave na maior parte seria primáriamente destinada ao combate ar-ar. O F-4Es são caças ar-ar, enquanto o F-16 e F-35 são projetados principalmente para operações ar-terra.

A atual frota turca de quase 90 aviões F-4 foi modernizada conjuntamente por Israel e Turquia, ficando praticamente fora do controle operacional dos EUA. Mas esses caças da era do Vietnã terão que ser retirados de serviço até 2020.

“O que a Turquia , aparentemente, pretende é ter um poder aéreo parcialmente independente dos controles operacionais EUA”, disse um analista turco que pediu para não ser identificado. “A nova aeronave diferentemente do F-16 e F-35s irá servir a este objetivo estratégico. Os turcos estão buscando uma abordagem em duas vertentes: mantendo tanto uma linha dos EUA e outra nacional; EUA, com o upgrade F-16 e a introdução do F-35s, e a nacional com o programa FX. “

O programa FX significa que a Turquia abrirá definitivamente mão de comprar um dos caças europeus. Em dezembro, Gonul descartou qualquer possível aquisição do avião de caça Typhoon construído pelo consórcio Eurofighter.

Mas os funcionários da contratação turco, no entanto, manifestaram a disposição para conversações com a Alenia Aeronautica, uma das parceiras do programa Eurofighter, em negociações separadas visando o caça turco, juntamente com a Embraer.

“Entendemos que ambas as empresas como parceiros adequados para o nosso programa de compra [do caça] nacional “, disse o funcionário da área de aquisições governamentais.


Tradução: Felipe Salles

Fonte: Defense News

Fonte: Base Militar

49 Comentários

  1. Cade as pererecas anti-americanas, seguidoras do ufanismo do Brasil potência que diziam que a Turquia estava fazendo propaganda ao firmar interesse em comprar 116 caças F-35?

  2. Quais serão as caracteristicas do caça em questão?… pelas imagens, pareceu-me ser monomotor… teria vetoramento na propulsão?… que se manifestem os conhecedores do assunto…

  3. Paulo,

    não entendi direito seu comentário, pois esse negócio de perereca anti-americana não faço a menor idéia do que seja, mas vc chegou a ler a matéria? O foco não é o F-35.

    Aliás, se for levar pelo lado das rãs e pererecas, acho que a Turquia está querendo se tornar um Sapo anti-americano. Chegou a ler esta parte:

    “O esforço FX tem como objetivo ampliar o poder aéreo turco de uma maneira cada vez mais independente da tecnologia americana, disseram analistas e funcionários aqui.”

    Por outro lado, já quanto aos “seguidores do Brasil potência” (o que seria isso? uma retomada do discurso dos militares durante a ditadura, do “Brasil Grande”, que construia estradas ligando o nada ao coisa alguma? Creio que não. Mas se for um incremento na confiança no Brasil, acho positivo), não sei se vc sabe, mas essa tal de Embraer citada no texto, para sua decepção (talvez?), não fica no Alabama, fica aqui mesmo no interior de SP. E é com essa empresa caipira que a Turquia está querendo fazer uma parceria para construir seu primeiro caça, e não com a Lockheed Martin ou a Boeing:

    “As autoridades turcas estão em busca de parceiros estrangeiros para ajudar a construir o primeiro caça a jato do país e provavelmente deve iniciar conversações com a Alenia Aeronautica da Itália com a Embraer do Brasil, disseram altos funcionários da área de compras familiarizado com o programa FX turco.”

    mas enfim…

    abraços

  4. Agora, uma pergunta que me veio: se a Alenia e Embraer podem participar deste Fx Turco, será que não poderiam desenvolver de forma conjunta um caça, ou ao menos um treinador avançado, para a FAB?

    abraços a todos

  5. Ago que me chamou a atenção foi o fato dos Turcos terem descartado a proposta Coreana, da qual eu também defendia como possibilidade nossa.
    Pelo que li, os Turcos cairam fora do KFX.
    O Brasil precisa ingressar num programa multinacional, mas tem que ter participação expressiva do contrário não vale de nada.
    Este provável caça turco pode ser mais uma oportunidade e seria interessante.
    Vamos aguradar para maiores informações a cerca dos requisitos,
    peso, dimensões, autonomia, motorização etc…
    para já, fica a nota, começoua brotar 5g pelo mundo afora, a coisa parece estar se generalizando, é hora mais do que nunca de embarcar num programa destes.
    sds
    E.M.Pinto

  6. Poderia se empregar a experiência da Suécia em desenvolvimento de aviões de alto desempenho e partir pra um 5ªgeração+.

  7. Não creioq ue seria viável pois já há muitos por ai no mercado a própria Alenia tem o seu M 346 Master(muito bom por sinal), o mercado está abarrotado.
    de cabeça (excluindo so chineses que tem uns 5):
    KT-50 (golden eagle)
    M 346 Master
    Yak-130
    Mig-AT
    S211A
    BAE Hawk
    O mercado está saturado e não teríamos escala que justificasse, na melhor das hipóteses a FAB não teria mais que 60 ou até 120, ainda sim insuficientes para justificar.
    Neste caso a melhor opçãoseria produzir sobre licença.
    quanto ao Caça, este sim vale a pena.
    abs
    E.M.Pinto

  8. Esta é uma proposta muito boa, e creio que valha a pena um 5G da raiz.
    Suécia
    Brasil
    Turquia
    Itália
    e quem sabe outros países como Chile e Republica sul AFricana.
    pois teriam como como colaborar em muitos setores do desenvolvimento.
    sds
    E.M.Pinto

  9. E. M. Pinto,

    sim, sim…sei disso. De qualquer modo, o interesante seria participar do desenvolvimento de um avião com a Alenia, mesmo não sendo treinador.

    abração

  10. É bom eles tirarem o cavalo da chuva porque nos vamos de PAK FA :mrgreen:
    Mas acho melhor saber o que a Turquia e outros parceiros querem, para nos um caça deve ser forte com grande raio de combate mais de 1000Km e que seja de superioridade aérea mesmo não como o F-35, mas veremos, prefiro mil vezes o PAK mas isso é melhor do que nada agora ser fabricado depois de 2020 não da, os EUA já estariam na 6ª geração ai

  11. Esse caça seria um 5ª geração? Porque KFX não passava de um caça de 4ª geração idealizado para se equivalente ao F-16C, mas existia um monte de boato que dizia que era um mega super 5ª geração que o Brasil era obrigado a participar.

  12. O fato + interessante disto tudo e q os Turcos estão, assim como o BRASIL , querendo se afastar da tutela ianks, o q é mt bom , e pelo visto 116 caças f 35 ñ vão sair antes de 2020 ,até pq serão + de 15 bilhões de dólares, então, o negocio e fazer parcerias ; e melhor ainda, com o BRASIL nessa empreitada p saber” o como se faz”, longe dos sanguesugas. Valeu.

  13. Boa Jakson a Suécia seria muito bem vinda nesse projeto,os suecos sempre tiveram ótimos caças e na hora da venda sempre foram boicotados pelos EUA inclusive aqui no Brasil.É uma grande oportunidade para todos os participantes do projeto para produzirem um vetor própio,e a suécia tem um grande Know-how nesssa área.Vamos entrar nessas e procurar novos sócios.
    Pelo que eu entendi da matéria ele substituiráo F-4 mas não sei se terá as mesmas características.Mas pra tenho pra mim que ele será ou Low ou medium.
    É um projeto muito interessante seria um bom complemento do nosso FX2 ou FX-3,mas eu gostaria que o Brasil realmente operasse um Hi e o que viesse deste projeto.

  14. Uma decisao saudavel por parte da Turquia,todos nos sabemos que ,alem de obter o caça ,um programa destes tras beneficios gigantescos para a ciencia do pais.Nunca antes na estoria desse pais ,tivemos tantas chances seguidas de alavancar nossa tecnologia de ponta.Me parece que a Turquia esta arranjando mais parceiros para o programa sthealt sul-coreano.O Brasil torra dinheiro com tanta merd..,devemos arriscar .DEPOIS NAO VAI COLOCAR CULPA NOS AMERICANOS! desculpa de peid…reiro e´dor de …..

  15. Mais uma boa oportunidade se vislumbrando para um eventual Caça de 5ªgeração com PARTICIPAÇÃO de Indústrias Nacionais. SE a END preconiza um FX-BR de 5ª geração, temos de analisar seriamente essa possibilidade, assim como o KFX Coreano, o AMCA Indiano e o FS2020 Sueco. No caso de um Caça de 5ª Geração em Parceria com a TAI e Alênia, eu vejo como inevitável a participação mesmo que em nível de consultoria de empresas que já tenham conhecimento em tecnologias furtivas. A SAAB seria uma delas. Estudos de um 5ª geração a SAAB já vem desenvolvendo, como o FS2020. Além de estarem participando no NeuroN.

    Agora que é a hora de ver se esse governo é comprometido mesmo com a Defesa e o Desenvolvimento Tecnológico por aqui. Podem a ter passar a tesoura no MD, mas menos, por favor.

    []’s

  16. Seria uma ótima oportunidade pro Brasil, principalmente para Embraer.
    Pena que acho muito pouco provável essa parceria, pois com a política de corte de custos do novo governo, ta passando a tesoura em tudo, principalmente nos setores de Defesa e Ciência e Tecnologia.
    Saiu no Poder Naval que há a possibilidade da Dilma cancelar o FX e o PROSUB.

  17. Camaradas não sei mas acho que a esperiencia da Turquia na construção de aviões e combate e 0 (cero). O Brasil deberia aliarse com nações que tenham conhecimento na costrução e desenvolvimento de sistemas de armas aereas, mas que precisem de dinheiro Suecos, Italianos, Coreanos, Israelitas…
    O problema na final e fazer com que o caza não seja um elefante branco (com asas) super caro ex. f-22 e f-35 mas poder ter uma plataforma que possa ser exportada para rentabilisar os investimentos brutais que qualquer projecto desta envergadura acareia
    Alias o que esta a propo fazer a Turquia, que vai sugar conhecimentos a Embraer e a Alenia.
    Abraço

  18. Na Turquia, as pessoas andam com ouro na rua e ninguém rouba. É um país sério. No Brasil, se andarmos com uma bijoteria fina na rua (não precisa ser ouro), perde-se a orelha ou a vida.
    Se Brasil e Argentina quisessem, fabricariam juntos supersônicos avançados. O problema é apenas político.
    Os políticos brasileiros e argentinos são péssimos na gestão de recursos financeiros. Só pensam em enriquecer no poder. A Lei de Gerson – O negócio e levar vantagem, não importa como.
    Sabe quem fabricou o primeiro avião a jato operacional do mundo ? Os argentinos, na época de Peron. Levou os nazistas para lá e deram o apoio.
    Temos que melhorar muito a nossa classe política.
    Quantos políticos que ficaram ricos estão na cadeia ?
    Nenhum. Esse é o Brasil.

  19. A Embraer tem modernizado o F-5 brasileiro de forma bem interessante. Com certeza, contribuirá para o desenvolvimento de toda a aviônica. Mas ainda precisam de turbinas, fuselagem e estruturas dinâmicas. Se isso virar, é uma boa oportunidade pra Embraer comprar a SAAB e desenvolver um caça de 4,5 geração pra países do Oriente Médio e África, os próximos emergentes.

  20. Todas essas aeronave já estão obsoletas. Temos que pesquisar novas tecnologias. Os caças do futuro voarão a 60 km de altitude e a 20 x vel som. Sistemas antiinerciais transformarão acelerações de 15G em 5G ou quiçá zero G.
    Vocês sabem o que é inércia ? Não … Eu criei a teoria da inércia, da gravidade, da acelaração, etc. Vão lá no meu Blog de Ufologia e vejam: http://dbagetti2.blogspot.com/

  21. AGORA TODO MUNDO QUER UM CAÇA DE TECNOLOGIA DE UM 5º GERAÇÃO!Hehehe…..
    .
    Para aqueles que até a dois ano atrás, achava que só aqueles lá do norte podiam ter um.
    .
    Com relação a desenho conceitual; não tem problema,é só acessar o blog PLANO BRASIL e vais encontrar muitas sugestões técnicas e desenho conceitual;pois aqui é o pau que rola a 3 por 4.Heheheh……

  22. Se o Brasil liderasse esta disputa eu ficaria bem contente, mas o a Turquia deseja é o aporte de dinheiro apenas, como o faz a Rússia com a Índia.

  23. Pra que um caça de 5° geração? Sendo que o Gripen NG é melhor, mais barato, e sera vendido igual pão quente, rsrsrs
    So é aceitável o Brasil entrar em algum projeto se ele receber imediatamente alguma coisa pra tapar o buraco, igual a turquia que diz receber uns 30 F-16 pra ir brincando enquanto o F-35 não sai.
    Pra vocês verem, la F-16 é pra segurar as pontas, enquanto que no Brasil se viesse seria para ser o ponta de lança.

  24. O DINHEIRO COMPRA TUDO.
    .
    O Brasil tem história de engenharia na aviação,fomos o pioneiro com o padre Gusmão e Santos Dumont até onde eu sei.
    Contudo, temos um atraso extraordinário nesta tecnologia, que as vezes vira até piada.
    Não há a necessidade de começarmos do zero com teco-teco como alguns já sugeriram;é só fazer como os americanos,trás engenheiros estrangeiro,(alemães);para fazer o parque aeronáutico que eles tem hoje;haja vista, que a força aérea americana surgiu no início do século XX.
    Na 1º guerra mundial,o “esquadrão lafaet”,caso esteja enganado;foi a primeira participação do air force fora do EUA; uma alegria para alemães,especialmente para o “barão vermelho”.
    .
    Naquela época não havia no continente Americano uma indústria de aviação a altura da européia;quando findou a segunda grande guerra,os EUA e a antiga URSS,houve neles uma extraordinária e radical mudança na sua tecnologia de ponta e de aviação:(Albert Ainstein,Tesla,Von Braun,….etc)que os digam.
    .
    Porque não fazer o mesmo aqui,comprar o melhor que o mundo tem e ensinar os nossos meninos?
    Más antes de tudo ter uma política estado séria,dígina de uma país em que se falam que uma das 10 mais do mundo.

  25. Para não me taxarem de pessimista, até que acredito que um dia vai ter um caça fabricado no Brasil, só não sei se vou viver o bastante para ver ele decolar.

  26. na materia quiz dizer também que eles já querem estes futura caça para substituir os F4 em 2020? se foi isso mesmo eles já tem muita coisa projetada, no caso não ia sair totalmente do zero. De qualquer forma isto sim seria uma exelente oportunidade para nosso país, fato que os nossos também precisam aposentar-se no maximo em 2020.

  27. A curto prazo não parece interessante, tendo em vista a primeira necessidade do programa FX2, que possui como um dos principais requisitos a transferência de tecnologia. Entretanto um projeto em conjunto com demais países diminuiria o custo de desenvolvimento da aeronave, que nesses casos giram nas cifras dos bilhões, e incentivaria o intercâmbio de tecnologia entre os países participantes.

  28. Os italianos agora não vão querer mais nada com o Brasil.
    Essa parceria poderá dar certo, pois os Turcos levam as suas Forças Armadas a sério. Sempre foram muito aguerridos.

  29. A Embraer já se pronunciou na pessoa de seu presidente que não possui conhecimento técnico da aerodinâmica de um caça supersônico. Devemos analisar bem como seria nossa participação.Mas concordo com aqueles que acham que um outro parceiro(SAAB)com conhecimentos que venham complementar os demais seria interessante.

  30. Desculpe a ignorância, mas como perguntar não ofende, pq o Brasil não “desenha” uma caça estabelecendo as caracteristicas desejadas e vai atrás de parceiros para construir em conjunto, tal qual como estamos fazendo com nosso cargueiro? Assim suplantariamos a questão de escala, mercado, preço e absolveriamos tecnologia dos/com os parceiros. Abs,

  31. Caro Antonio Marcos,

    Sua dúvida é pertinente sim. Porque não fazemos um projeto de caça, como no caso do cargueiro KC-390? O ex-presidente da Embraer Ozires Silva, defende isso. E sinceramente, eu também.

    A Embraer hoje sozinha não teria condiçoes de projetar e desenvolver um caça sozinho.
    Mas, com algumas parcerias acredito que seria o caminho mais correto para quem deseja autonomia nessa área.

    O maior problema para essa opção é o fato de que da concepção até a entrega de um lote inicial, demanda muito tempo, coisa que a FAB não tem, visto que seus caças começam a ser desativados a partir de 2015/2016.

    O FX-2 é uma solução híbrida, uma mistura de compra de prateleira, com algum ganho tecnológico. Todas as 3 propostas tem vantagens e desvantagens, mas não é exatamente o ideal. É uma solução parcial.
    Deveria ter continuidade com o início de estudos para um caça nacional com características furtivas.

    Para viabilizar um projeto desses, existe a necessidade de se criar parcerias, tanto para se juntar a expertise das fabricantes, como dividir os custos do projeto e ao mesmo tempo, aumentar a escalar de produção.

    Enquanto não nos desenrolamos dessa novela FX-2, esses projetos que já poderiam estar em andamento, vão ficando cada vez mais difíceis de serem atingidos, visto que a Turquia, Índia ou Coréia do Sul, que tem projetos de caças de 5ª geração não vão ficar esperando o Brasil tomar alguma atitude. Infelizmente aqui tudo anda devagar, ainda mais na área de Defesa.

    []’s

  32. Acho que vou como o amigo “Patriota” ser taxado de pessimista.

    O projeto, a idéia é muito boa, assim como a idéia sul-coreana, mesmo que estes queiram ter mais “controle” sobre o projeto em seu caso. Porém eu sinceramente acho que existe um abismo gigantesco separando a indústria aeroespacial turca do desenvolvimento de um caça de alta performance, assim como realmente acredito que um grande vácuo existe entre a indústria aeroespacial sueca e o desenvolvimento de uma aeronave que seja efetivamente de quinta geração…

    Não sei sinceramente até que ponto podemos confiar não somente em uma parceria com a Turquia, como também em sua estabilidade política, econômica e até social?
    Só para lembrar e seja lá qual foi o motivo ou origem mas o fato é que houve um complô para a derrubar o presidente turco não foi?

    Enfim…

    De fato a idéia é boa, porém certas realidades precisam de ser lembradas, como: iniciando o projeto em 2012 o mesmo só estará operacional quando? O que faremos até lá?
    Orçamento para isso? Sem contingenciamento de verbas?
    E a Turquia, fará sua parte??

    Enfim… eu acho que tem que ver muito bem isso aí…

  33. O problema da Embraer ela é uma subdiária dos EUA, ela foi comprada por investidores estunidenses, o seu maior mercado é os EUA, eles não querem que ela desenvolva um avião, para entrar um concorrência com os seus produtos,(independência deles).
    O Brasil tem que fundar uma nova estatal, ou melhor dizendo que seja fundado uma empresa totalmente por um pessoal nacionalista, para entrar em concorrência com a Embraer, para fornecer tanto para área cívil e militar e é pra já.
    ——————————————————————————–

    A Turquia já foi o maior império do Oriente Médio, forjado à lutas, deste o mar Adriático até o Golfo Pérsico, eles não esqueceram quem foram autrora.
    Os Turcos não vão ficar esperando deitado eternamente em berço explêndido, igual a um país que nasceu império a acabou na mão de republicanos subservientes do império do Norte.

  34. @Rahael Tiuba
    .
    A Embraer não é uma subsidiária americana. Há muitos acionistas na Embraer, mas a maioria é de brasileiros. O maior acionista estrangeiro da Embraer é um consórcio FRANCÊS de aeronáutica.

  35. Rafael disse:
    30/01/2011 às 21:29

    O que eu sei é que a empresa tem 28,6% de suas ações circulam na Bolsa de Nova York e outros 22,5% pertencem a fundos de investimentos estadunidenses.
    Isso pra mim diz muito, quem manda são os EUA, no que ela vai fabricar e pra quem vai vender.Por que, então ela demitiu mais 4000 funcionários, quando as empresas americanas suspenderam as encomendas feitas para elas? Se o mercado dos EUA representava 70% das suas vendas? Percebe quem está de trás da cortina.

  36. Para o Brasil ter um filho (avião decente)tem que ter um parceiro para criar esta nova geração de filhos.Ou teremos que adotar os filhos dos outros e aceitar como eles vem,cheios de limitações impostas pelos seus pais de origem.

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