Tariq Saleh
Enviado especial da BBC Brasil ao Cairo
Cenas de caos e violência durante choques entre manifestantes e policiais tomaram conta das ruas da capital, Cairo, e de ao menos outras nove cidades do Egito, no quarto dia de protestos contra o governo do presidente Hosni Mubarak.
As manifestações desta sexta-feira – de proporção sem precedentes na História do Egito – se seguem a três dias de protestos pela saída de Mubarak, em que ao menos oito pessoas morreram e mais de mil foram presas.
As manifestações foram inspiradas em e se seguem a uma onda de protestos que culminou com a queda do presidente da Tunísia Zine al-Abidine Ben Ali, há duas semanas.
No Cairo, policiais antichoque entraram em confronto com milhares de manifestantes nas ruas do Cairo, usando bombas de gás-lacrimogêneo e canhões d’água para dispersar a multidão, que respondeu atirando pedras, queimando pneus e montando barricadas.
Pontes e estradas foram tomadas por manifestantes. Em Suez, manifestantes invadiram uma delegacia de polícia, roubaram armas e atearam fogo ao prédio. Choques também foram registrados na cidade de Alexandria.
A oposição afirma que autoridades egípcias bloquearam serviços de internet e telefones celulares, em uma tentativa de impedir ou dificultar a organização de novos protestos. O governo nega as informações.
Clique Leia mais: Repórter da BBC diz que foi espancado com barra de aço no Egito
Há relatos de que centenas de líderes da oposição foram presos de madrugada. Ao menos dez pertenciam à organização Irmandade Islâmica, banida pelo governo.
Após as rezas de sexta-feira, milhares de pessoas seguiram a um chamado da oposição e se juntaram a protestos no centro do Cairo e de outras cidades egípcias, para pedir o fim dos 30 anos do governo Mubarak, aos gritos de “abaixo Mubarak” e “o povo quer que o regime caia”.
Em vários locais, a polícia antichoques respondeu atirando balas de borracha, além de bombas de efeito moral e jatos d’água. Em uma praça perto de uma mesquita no bairro de Gizé, partidários do líder da oposição Mohammed ElBaradei – ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e Nobel da Paz – foram espancados pela polícia. Eles foram agredidos, segundo a imprensa local, ao tentar proteger ElBaradei, que chegou ao Cairo nesta quinta-feira para se juntar às manifestações.
A TV árabe Al-Jazeera chegou a afirmar que ElBaradei tinha sido preso, mas a informação não foi confirmada oficialmente. Há também relatos não confirmados oficialmente de que ElBaradei estaria sob prisão domiciliar.
Manifestantes também se reuniram em frente à mesquita Al-Azhar, e perto de um das residências do presidente na capital. O governo francês disse ter recebido relatos de que quatro jornalistas franceses foram presos em meio aos protestos.
Os protestos paralisaram parte do Cairo, especialmente no centro e arredores. No comércio local, poucas lojas abriram as portas, e as ruas estavam praticamente desertas ainda antes das manifestações começarem.
Em Suez, um dos principais focos dos protestos nos últimos dias, o repórter da BBC Rupert Wingfield-Hayes afirmou que havia choques de grandes proporções entre forças de segurança e milhares de manifestantes, que se reuniram no centro da cidade, também após as preces de sexta-feira.
Havia relatos também de choques em Alexandria, Mansoura e Aswan, assim como Minya, Assiut, Al-Arish e na Península do Sinai.
A operadora de celulares Vodafone Egypt disse em nota: “Todas as operadores de celular no Egito foram instruídas a suspender seus serviços em áreas slecionadas. De acordo com a legislação egípcia, as autoridades têm o direito de emitir tal ordem e nós somos obrigados a cumprir”.
Aberto ao diálogo
Horas antes do início dos protestos desta sexta-feira, o governo afirmou que estava aberto ao diálogo com a oposição, mas advertiu que tomaria “medidas decisivas”.
Clique Leia também: ElBaradei se diz pronto para ‘liderar transição’ no Egito
As manifestações no Egito foram inspiradas pelos protestos populares na Tunísia que levaram à derrubada do presidente Zine al-Abidine Ben Ali, há duas semanas.
O presidente americano, Barack Obama, descreveu os protestos como o resultado de “frustrações reprimidas” e disse que frequentemente sugeriu a Mubarak realizar reformas.
Obama afirmou ter pedido tanto ao governo quanto aos manifestantes que não recorram à violência.
Na noite de quinta-feira, sites como Facebook ou Twitter começaram a apresentar problemas, assim como o envio de mensagens por celular.
Um internauta do Cairo, que pediu para se manter anônimo, disse à BBC que as mensagens de celular não estavam sendo recebidas.
Apesar da proibição oficial, a Irmandade Muçulmana se mantém como o maior e mais organizado movimento de oposição do país.
O presidente Hosni Mubarak, que está no poder desde 1981, não foi visto em público desde o início das manifestações.
A BBC apurou que chefes dos serviços de segurança teriam dito a Mubarak, de 82 anos, que podem conter qualquer excesso nas manifestações desta sexta-feira.
O governo do Egito quase não dá espaço a posições contrárias, e manifestações da oposição são frequentemente proibidas.
Na quinta-feira, o Partido Nacional Democrático, de Mubarak, disse que estava pronto para o diálogo, mas não ofereceu nenhuma concessão aos manifestantes.
Safwat el-Sherif, secretário-geral do partido, disse: “O PND está pronto para o diálogo com o público, a juventude e os partidos legais. Mas a democracia tem suas regras e seus processos. A minoria não pode forçar seu desejo sobre a maioria”.
O governo dos Estados Unidos, que tem o Egito como um de seus mais importantes aliados no mundo árabe, vem até agora se mostrando cauteloso em suas observações sobre os protestos.
Com o nível dos impostos no Brasil, certamente seremos o Egito de amanhã. Não costumo errar nas minhas previsões.
As Forças Armadas já estão irritadas com os baixos soldos.
Tem até tenente roubando ar-condicionado.
O fantoche de Israel vai cair!
Bem que deveriamos seguir o exemplos como os paises islamicos, vamos começar a agir como o povo françes que o Brasil vai se tornar uma nação de verdade, pena que daqui a 20 anos vão começar a chamar esses caras de terroristas também
É dizer q os ianks, a > democracia do mundo apoia esses ditadores p manter os seus interesses e manter desgraçados esses povos, onde + de 83% da população vivem c apenas 2 dólares por dia ou menos,q o tio sam dê liberdade a esses seres humanos , e ainda ñ querem terrorrismo contra eles…dois pesos duas medidas, são uns cínicos. Sds.
salário mínimo está recebendo os técnicos da área da saúde da FESP-RJ,R$600,00 e sem reajuste a mt anos…e
Israel não vai ser extinto, pois é um país nuclear. Se forem atacados violentamente, irão tirar do mapa todos países islâmicos com bombas nucleares.
O que está ocorrendo no Egito, e a descrença nos políticos, assim como no Brasil. Um dia a bomba humana explode.
Os serviços, tarifas e impostos no Brasil estão extremamente elevados. O que a gente ganha, 60% vai para pagar tarifas e impostos. A Classe Média não está suportando mais. O pobre vive na favela, gato na energia elétrica, água e gatonet. Os ricos especulam financeiramente. O Brasil não está me cheirando bem.
Nós vamos ter que estatizar todos os bancos e financeiras.
Não vejo outra solução. Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES não podem especular e ter lucro. O Spread bancário são 2, 3, 4 x maiores que as taxas de juros, que já são leoninas. Vamos ter que estatizar todo Sistema Financeiro Nacional, tal como é na China.
Olha o efeito dominó.
As ditaduras do norte da Àfrica,apoiadas pelos EUA e Israel,começam a cair.Só para o Egito os EUA dão quase 1 bilhão e 500 milhões de dólares por ano para manter o aparato repressivo que impedia essas manifestações.Agora,com WikiLeaks,Twitter,Facebook e outras redes sociais fica difícil impedir que as pessoas se organizem.Desligaram a internet no Egito(Não,não é Venezuela.É uma “democracia” sem povo como as que os EUA gostam,mas não adiantou a censura.
..ele oprime e esfola o próprio povo dele…tem + é q ser morto, ele e td os dele. E rezem p a os fundamentalista ñ tomem o poder.Existe 56% de possibili// disto ocorrer, q os ianks façam logo a transferência de poder, pois se tomado ma amarra, isso ocorrerá. Quem viver verá.
Os judeus estão tremendo, se os fundamentalistas da irman// tomar o poder, será com certeza + um no bloco dos contra os judeus…q os ianks tirem logo do poder o faraó e coloquem o Elbaradei…sobre condições, senão a coisa vai ficar bem pior . até p os próprios ianks e seu alido no OM.Quem viver verá.
seguindo a deixa do dandolo: será que o Império do Brasil vai ter uma nova chance? será que a população se cansou da “maravilhosa” républica?
Dandolo falou uma coisa certa .. Brasil éo que é hoje pela roubalheira do governo
No Egito existe uma ditadura que perdura desde a década de 80, este ditador foi colocado lá pelos EUA/Israel justamente para controlar o povo muçulmano e aliar-se aos interesses destes. O fato é que o Egito esteve sempre apoiando Israel desde que o governo marionete assumiu o poder. Logo, não faz sentido os EUA incitarem o povo a derrubar um governo que eles mesmos colocaram, não têm cabimento uma coisa dessas.
O fato é que a “ficha caiu” para essas pessoas, entenderam como o sistema funciona e quem gerencia tudo. Estão usando a internet como meio de comunicação e organização para promover uma revolução válida! Não há líder chamando as massas, é a própria massa que está se organizando contra a ditadura imposta pelos banqueiros sionistas.
*
*
A história nos ensina que há somente uma forma de resolver isso, através de uma revolta armada. E é isso que os banqueiros sionistas temem. Se o povo descobrir os nomes das famílias que controlam o mundo e decidirem caçá-los, ai sim veremos mudanças no horizonte.
Algo óbvio: ElBaradei é o escolhido dos americanos.
Será que os egípcios engolem? mmmmhhh
VIVA A INTERNET rsrs Strip sem burca rsrs
Concordo, vivas a internet que está levando ar novo aos subterraneos da opressão , em especial ao mundo arabe.estão td se borrando de medo,Siria.Jordânia,ASaudita e os Judeus…sabem q podem se machucar e mt ,se os fundamentalistas tomarem o podr nesses países;o q pode acontecer,será mt bom.Os Palestinos vão ter uma “ajudinha”, caso isso ocorrar. Veremos.
Esse ElBaradei não foi aquele diretor da AIEA que se opós a alegação norte-americana de que o Iraque possuia arma Química,biológicas e nucleares?E por isso mesmo foi achincalhado pela CNN,BBC e 60 Minutes sem contar pelo pessoal do Bush.
Vejam como mundo dá voltas.Mas mesmo assim eu acho que o clubinho do mal ainda prefere este senhor(que me parece ser sensato)do que o pessoal da Irmandade Islâmica e outros grupos mais radicais.Mesmo se o ELBaradei assumir acho que ele não será muito simpático ao EUA.
De qualquer forma essa situação complica as alianças dos EUA na região,se está onda se espalhar aí o oriente médio corre o risco de uma séria guerra contra Israel,com previsões catastróficas.
A democracia esta chegando por lá. Tão colocando os EUA pra fora.
O Faraó , sob conselhos, militarizou a democracia egipcia.Está se escudando nos milicos, e se mantendo no poder, logo, os interesses dos seus srs.ianks/judeus;então, nada vai mudar,parece-me q a irman// terá de esperar um pouco +, uns 60 anos ainda p tomar o poder,espero estar mt errado.Quemviver verá.
Quem sustenta o poder dos ditadores, são os generais corruptos ou omissos. Quem permite que os políticos roubem o povo, são também os generais corruptos, omissos ou covardes.
A culpa é sempre da alta cúpula militar, em todos os países.
carlos argus
Os egípcios jamais aceitariam os fundamentalistas.
Duvido ! Até em contrário, os fundamentalistas estão com muito medo da mentalidade democrática desse grande povo.
Vão cair as Ditaduras do OM e o Fundamentalismo.
Vamos apoiar o povo do Egito e facilitar a vida do novo governante. O destino do Egito, será o destino de todo OM.
Sem querer defender os judeus. Árabes e judeus são do mesmo tipo de raça humana. Vieram dos hebreus. Essa guerra no OM é uma grande idiotice.
Democracia chegando, Athos?
Conta outra.
Desde quando fundamentalistas muçulmanos são democratas?
Faz-me rir.
Sds.
helio concordo com vc.
dandolo tbconcordo com vc
Mubarak me lembra Sarney como Presidente do Senado.