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EUA estão vencendo no Afeganistão, escreve general Petraeus

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Foto: The New York Times

Em carta à Otan, comandante americano ofereceu equivalente a ‘discurso do Estado e da União’ sobre a guerra no país asiático.

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The New York Times

Apenas algumas horas antes de o presidente americano, Barack Obama, fazer o seu discurso sobre o Estado da União, seu comandante no Afeganistão, o general David H. Petraeus, ofereceu o equivalente ao seu “estado da Guerra do Afeganistão”, que foi visivelmente mais otimista do que a avaliação da Casa Branca emitida no fim do ano passado.

Foto de junho de 2010 mostra Petraeus tomando café antes de ouvir confirmação de seu cargo, dada por comitê de serviços armados do Senado americano

A avaliação do general, na forma de uma carta para as tropas postada no site da Otan, revelou uma luta na qual a máquina militar alocada no país ganhou em todas as frentes, ou esteve na iminência de fazê-lo. Ele descreveu a vitória como atingível apenas através de um esforço coordenado enorme para trazer segurança, boa direção e desenvolvimento econômico ao Afeganistão.

Garantir que a Al-Qaeda nunca usará o Afeganistão como um refúgio, ele pede “que ajudemos o Afeganistão a desenvolver a capacidade de proteger e governar a si próprio”. “Isso requer a realização de uma campanha abrangente tanto civil quanto militar”, afirma a carta.

Sua chamada para este esforço expansivo acontece no momento em que políticos, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, estão questionando a abrangência e o custo da missão, além do desafio de criar um governo moderno e responsável no Afeganistão.

Em geral a sua avaliação atinge um tom mais otimista do que o relatório da Casa Branca sobre a guerra, emitido na segunda metade de Dezembro, que cautelosamente descreveu as conquistas militares no país dizendo que eram “frágeis” e “reversíveis”.

Evolução

A avaliação de Petraeus sobre a guerra concentra-se principalmente na evolução positiva do lado militar, onde tem havido muito mais ganhos do que na área de direção ou desenvolvimento econômico. Ele disse que as tropas “impediram o declínio da segurança na maior parte do país” e aponta especificamente para a província de Cabul, a área ao redor da capital, onde houve poucos incidentes violentos ao longo do ano passado.

Ele também elogia vitórias militares nas províncias de Helmand e Kandahar, e diz que a Otan e as forças afegãs “causaram enormes prejuízos aos talebans de nível médio e dirigentes da rede Haqqani em todo o país, além de conquistarem alguns de seus mais importantes portos seguros”.

Ele reconhece também as áreas onde a segurança tem diminuído – no norte e nordeste – dizendo que os “avanços dos insurgentes devem ser revertidos”.

O general não deixa de advertir também que “os talebans e outros inimigos” vão lutar muito e que as tropas devem fazer de tudo para combatê-los.

O calendário para a realização de todos esses e muitos outros objetivos é 2014. Até lá, ele espera que as forças afegãs possam assumir o comando.

*Por Alissa J. Rubin

Fonte: Último Segundo

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