Panavia Tornado

Autor: konner

Plano Brasil

O Tornado foi originalmente desenhado como um caça bombardeiro para ataque ao solo, capaz de decolar e pousar em curtas distancias. Isto requer que ele tenha capacidade de alta e baixa velocidade em voo. Em geral, um avião desenhado  para voar a grandes velocidades tem geralmente grande  dificuldade em executar voos em baixas velocidades. Para combater esta lacuna, o Tornado foi projetado com asas de enflechamento variável, ou seja, as asas avançam e recuam conforme as necessidades.

Quando as asas estão recolhidas, o efeito do enflechamento é semelhante ao da redução do tamanho das asas, em certo sentido, pois reduz a sustentação e o arrasto, levando o Tornado facilmente a grandes velocidades.

Quando estendida, as asas parcialmente deslizam para dentro da fuselagem, reduzindo a área de exposição. Isto dá ao avião mais eficiência em baixa turbulência. Quando o vento relativo atinge perpendicularmente uma asa reta, toda a sua energia, cinética e de pressão, é usada para a produção de sustentação, isto não só torna o voo muito mais confortável para a tripulação mas também dá uma plataforma estável para largar armas a baixa altitude.

Apesar de seu desenho ter mais de 30 anos, o Tornado ainda é bastante eficaz na sua missão de ataque multi-função.

Só que, em suas participações em combate, uma deficiência se mostrou de forma excepcional – o Tornado é extremamente vulnerável a armas anti-aéreas.

O avião foi desenhado para estar e operar a partir de grandes bases aéreas que possam ser consideradas vulneráveis a ataque aéreos. Mas durante o seu desenvolvimento a capacidade de pouso em distancias curtas foi considerada essencial para permitir ao avião operar em pistas curtas ou pistas danificadas. Com as asas abertas o Tornado gera grande efeito de elevação por causa da exposição da área de asa e o uso dos Flaps e Slats. Isto da grande poder de elevação em baixas velocidades, reduzindo a velocidade de pouso ao mínimo requerido, permitindo assim pousar em pistas curtas.

O programa, que nasceu originalmente  –  Projeto AFVG (Anglo French Variable Geometry) em 1965 entre Inglaterra e França, foi pensado para produzir um avião para substituir o F-104 Starfighter.

Porém, já em 1968 era denominado – Multi Role Combat Aircraft (MRCA), com Inglaterra, Alemanha, e Itália. Mas no final, permaneceram quatro nações – Reino Unido, Alemanha, Itália, e a Holanda, formando assim a Panavia Aircraft GmbH em 26 de Março de 1969, apesar de a Holanda ter saído em 1970.

Desenvolvido e construído pela Panavia, um consórcio composto pela British Aerosapace (então British Aircraft Corporation), e a MBB da Alemanha, mais a  Alenia Aeronautica de Itália, o Tornado voo pela primeira vez em 14 de Agosto de 1974, e entrou em ação com a RAF e a AMI (Força Aérea Italiana) na Operação Granby/ Guerra do Golfo.

A cooperação continuou após a sua entrada em serviço dentro do Tri-National Tornado Training Establishmente, uma unidade de treino tri-nacional operando na RAF Cottesmore em Rutland na Região Central de Inglaterra.

Incluindo todas as variantes, foram construídos cerca de 1000 aviões para as três nações parceiras mais a Arábia Saudita.

O Panavia Tornado é portanto, uma família de caças com dois motores, em três versões primárias, o Caça-Bombardeiro Tornado IDS ( Interdictor/Strike ), e o caça interceptor Tornado ADV ( Air Defence Variant ), e o Tornado ECR ( Electronic Combat/Reconnaissance ) para supressão das defesas aéreas inimigas.

11 Comentários

  1. posso estar enganado, mas pra mim nao passa de mais um sucatao-problematico-da-guerra-fria.

    sou muito mais o amx, e olha que nao sou fa do amx.

  2. Robert

    Isso é como comparar um Ferrari com um Fusca (AMX)…

    Já agora gostaria de saber em que é que o Tornado é mais vulnerável que os outros caças ao fogo anti-aéreo…

    É que dá a sensação que estamos a falar de Shurmoviks VS FW-190A8…

    Exceptuando raras excepções, como o A-10 ou o Su-25, todos os outros aviões são “fibra de vidro” para as modernas defesas aéreas…

    O Tornado IDS/ ECR é um avião de ataque Excelente. Superado por muito poucos.

    Já a versão ADS, essa sim, é sofrível…

  3. O mito da fragilidade do Tornado IDS a artilharia antiaérea se deve ao seu uso indevido na primeira guerra do Golvo quando usou armas anti-pistas que estavam na moda na época. Tais armas se mostraram um equívoco por obrigar o vôo nivelado sobre a pista de uma base aérea defendida, o que configurou quase uma missão kamikase.
    Tais armas eram as JP233 (britânica) e MW1 (alemã), semelhante em uso a Durandal e BAP 100 francesas ou a bomba antpista brasileira BAPI.
    Atualmente estas armas foram descartadas por qualquer força aérea com um mínimo de bom senso e o Tornado hoje, usando armas stand-off e táticas corretas é tão ou mais capaz de completar sua missão como qualquer outro caça ou avião de ataque.
    Vale lembrar que além de suas asas de geometria variável ele possuía um radar específico de “seguimento do terreno” que possibilitava a penetração em baixíssima altitude, em qualquer tempo com mínima intervenção humana a exemplo de bombardeiros B-52 e do F-111.
    Era e é um excelente avião mas que teve a infelicidade de usar armas inadequadas em um conflito de alta intensidede.

  4. O ADV também teve sua parcela de azar e pegou uma fama ruim por acreditarem que não era bom o suficiente em combate aproximado e que só serviria para combates BVR. Isso, em sendo verdade, nunca se mostrou um equívoco haja vista que exístem inúmeros “interceptadores” na história, tais como o Mig 25, etc, dentre outros, especializados no combate BVR.
    E hoje o Tornado pode ser equipado com mísseis de quinta geração “apontados” pelo capacete, o que o torna se não tão capaz quanto qualquer caça acrobático, pelo menos um osso duro de roer.

  5. “E hoje o Tornado pode ser equipado com mísseis de quinta geração “apontados” pelo capacete, o que o torna se não tão capaz quanto qualquer caça acrobático”

    ai que tá… nossos f-5 também nao poderiam usar esses misseis e esses capacetes? já que eles já tem os israelenses?

    eu vejo que o tornado é um caça dispendioso por causa da suas asas, muito grande e fácil de ser detectado, tem dois motores e tem a idade um pouco avançada.

    Os Typhoon não teriam melhores capacidades e mais flexibilidade para os teatros de guerras atuais?

    Ele me parece um projeto para o tipo de teatro que a guerra fria esperava, era um f-111 europeu. Os eua já se livraram dos f-111. A europa poderia fazer o mesmo.

  6. Robert,
    Nossos F-5 usam o Python IV mas não usam um capacete com visor/mira. O Python IV não é de 5ªG, mas é de 4ªG, o que lhe garante também capacidade “high off-boresight”. Se combinado com um capacete HMS/D com certeza ele seria um oponente bem mais letal no combate WVR.
    Quanto ao Tornado não há dúvidas que o Typhoon é muito mais indicado para o cenário atual, mas quem não tem cão (ou não tem cães suficientes), caça com gatos, e assim como nós modernizamos os F-5 da vida outros ainda acham que ainda de seus Tornados, se espremer sai suco. rsrrs

  7. eu jurava que os f-5 nossos usam o capacete HMS/D….

    será que eles nao tem nao? e nao falam? to torcendo pra isso agora que vc falou aeioheaioheao

  8. Amigos, boa noite! como disse bem o Bosco ”que quem não tem cão, caça com gato”, adiciono também o ditado” mais vale um passarinho na mão do que dois voando”. Pois bem, aprovo o que a nossa força aérea está fazendo, se não podemos ter um caça de última geração, por causa dos malditos políticos, que tenhamos então, um caça modernizado no padrão 4ª geração. Com isso teremos pelo menos um caça capacitado para nos defender e, como bem dito pelo Eduardo, a combinação F5M + Derby + Phinton IV + A-Darter (não esquecer o Piranha de 4ª geração) + o R99, teremos grandes possibilidades de êxito na defesa aérea. Vou fazer uma analogia e espero que captem o que quero dizer: eu gosto de carro sedan , com muito espaço e conforto, com bom motor e torque, assim sendo, já que não posso comprar um bom modelo 2011 de qq das marcas, comprei um vectra 98/98 com tudo o que os novos tem + banco de couro, muito confortável, espaço, motor e que me atende muito bem, o carro está em perfeitas condições, revisado, com tudo funcionando perfeitamente e, apesar de ter 13 anos ainda é atual e chama a atenção. O mesmo penso dos caças, dos navios e de carros de combate.

  9. A geometria variável das asas é o correto, para que a aeronave se adapte a qualquer velocidade. Por outro lado, já podemos fabricar aviões sem asas, apenas no formato de um foguete. As asas seriam virtuais. É uma nova tecnologia que eu criei.

Comentários não permitidos.