Saiba mais sobre o Programa Espacial Brasileiro

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O espaço exterior é o único local de onde se pode observar a Terra como um todo. Desde 1957, quando o primeiro satélite artificial, Sputinik I, foi colocado em órbita pela extinta União Soviética, quase 4,5 mil outros engenhos foram lançados até hoje. Os satélites exercem as mais variadas funções, entre elas: permitem as telecomunicações e estudos meteorológicos, são usados para fins científicos e militares, realizam o imageamento (fotografia) da Terra, coletam dados importantes de regiões remotas e permitem precisão no posicionamento global.

Dadas as dimensões territoriais do Brasil, algumas atividades não podem ser realizadas com eficiência sem o uso de satélites, tais como:

  • Monitoramento de grandes áreas, como aquelas destinadas à produção agrícola
  • Coleta de dados em locais de difícil acesso, como o interior da Amazônia
  • Detecção de eventos imprevisíveis, como ciclones e terremotos
  • Comunicações de longa distância
  • Controle de tráfego aéreo e de fronteira

A Agência Espacial Brasileira é responsável pela implementação, coordenação e supervisão de projetos e atividades relativas aos satélites e suas aplicações. Com isso, contribui para as políticas públicas, para a capacitação da indústria brasileira e para promover autonomia do setor espacial.

Nossos Satélites

O Programa Espacial Brasileiro começou em 1979, com a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB). Os satélites desenvolvidos dentro desse programa foram os SCD-1 e 2 (Satélite de Coleta da Dados), lançados, respectivamente, em 1993 e 1998. Além disso, Brasil e China assinaram, em julho de 1988, um acordo de cooperação para o desenvolvimento do projeto conhecido como Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers), cuja função é imagear a Terra.

Mais três satélites estão sendo desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pela execução dos projetos. O Amazônia-1, que será usado para imageamento da região amazônica, a Sabia-mar, desenvolvido em cooperação com a Argentina, e o GPM-Brasil, para estudos meteorológicos.

SATÉLITE DE COLETA DE DADOS (SCD)


Para conhecer a diversidade ambiental do nosso território, o Brasil projetou e construiu dois Satélites de Coleta de Dados (SCDs). Lançados, respectivamente, em 1993 (SCD-1) e em 1998 (SCD-2), eles permitem, juntamente com as plataformas terrestres de coletas de dados, conhecer o nível e a qualidade da água nos rios e represas, a quantidade de chuva, a pressão atmosférica, a intensidade da radiação solar e a temperatura do ar.

Os SCDs captam os sinais das plataformas e os retransmitem para uma estação de recepção e processamento de dados localizada em Cuiabá (MT). De lá, os dados coletados são enviados para a cidade de Cachoeira Paulista (SP) e ficam à disposição, via Internet, de mais de 80 empresas e instituições usuárias do sistema.

CBERS

O Programa Cbers nasceu de uma parceria inédita entre Brasil e China no setor técnico-científico espacial, assinada em 1988. O objetivo era produzir uma série de satélites de sensoriamento remoto, para mapear os dois imensos territórios.

O Programa contemplou, num primeiro momento, apenas dois satélites: Cbers-1 e 2. Com o sucesso dos primeiros satélites, os dois governos decidiram expandir o acordo e incluir outros três satélites da mesma categoria, denominados Cbers-2B e os Cbers-3 e 4, como uma segunda etapa da parceria sino-brasileira.

A família de satélites de sensoriamento remoto Cbers trouxe significativos avanços ao Brasil. Atualmente, mais de 15.000 usuários estão cadastrados, representando cerca de 1.500 instituições. Já foram distribuídas, gratuitamente, um número superior a 500.000 imagens do Cbers, uma razão aproximada de 250 por dia.

Suas imagens são usadas em importantes campos, como o controle do desmatamento e queimadas na Amazônia Legal, o monitoramento de recursos hídricos, áreas agrícolas, crescimento urbano, ocupação do solo e em educação, entre outras.

Seu uso também é fundamental para grandes projetos nacionais estratégicos, como o Prodes, de avaliação do desflorestamento na Amazônia, o Deter, de avaliação do desflorestamento em tempo real, e o monitoramento das áreas canavieiras (Canasat).


PLATAFORMA MULTIMISSÃO (PMM)

A Plataforma Multimissão (PMM) que está sendo desenvolvida pela indústria nacional e tem o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) como interveniente técnico é um conceito moderno em relação à arquitetura de satélites. O propósito é reunir em uma plataforma todos os equipamentos que desempenham funções necessárias à sobrevivência de um satélite, independentemente do tipo de órbita e objetivo da missão. A idéia de separar os componentes dos satélites em uma plataforma que provê serviços básicos e atende a vários tipos de missões – sendo adaptável a diversas aplicações – é encontrada nos casos da PMM nacional e no projeto francês Proteus criado pela Comissão Nacional de Estudos Espaciais (CNES).

SATÉLITE AMAZÔNIA – 1


O Brasil está desenvolvendo um satélite de observação chamado Amazônia-1, que utilizará a primeira Plataforma Multimissão (PMM), um conceito moderno de engenharia na arquitetura para construção de satélites que pretende reunir, em uma única plataforma, todos os equipamentos cujas funções são necessárias ao funcionamento de um satélite. A previsão é de que até 2010 este satélite esteja pronto e possa ser utilizado no monitoramento da Amazônia.

SATÉLITE CIENTÍFICO
Previsto para ser lançado em 2014, esse satélite terá duas missões: a missão Equars, que consistirá em estudar fenômenos da alta atmosfera na região equatorial, e a missão Mirax, para observação e monitoramento de uma região central no núcleo da nossa galáxia, na faixa de raios X, o que permitirá o estudo inédito sobre um grande número de objetos astrofísicos importantes.

SATÉLITE GPM – BRASIL
O GPM – Brasil está em fase de estudo no Inpe. Quando estiver pronto, será usado para adquirir dados sobre precipitações na atmosfera. Esse satélite integrará a constelação mundial que compõe o Programa Global Precipitation Measure (GPM), liderado pelas agências espaciais do Japão (Jaxa) e dos Estados Unidos (Nasa) e com a participação de agências de outros países.

SATÉLITE SARA

Esse satélite será colocado em órbita com o objetivo de fornecer ambientes de microgravidade e retornará à Terra. É chamado de satélite de reentrada e será um importante subsídio para estudos e pesquisas.

9 Comentários

  1. é maravilhoso ver nossos projetos sendo realisados,mas é triste sabermos que muito pouco é investido em ciencia e tecnologia no nosso pais o brasil.

  2. Só pra dizer, o tal do projeto SARA tem como desafio fazer com que a carga util caia em um local pré determinado para que possa ser recuperada… ou seja se trocarmos a carga util por uma ogiva temos um missil balistico.

  3. ótimo ja tinha conhecimento sobre alguns projetos, mas lembre-se sem $$$$ não dá!!!
    .
    Charles, sim o sara tem esse objetivo, e digo mais o VLS seria um ótimo lançador.

  4. Não vi projetos voltados para a área de defesa naval, como por exemplo satélites destinados para monitorar o espaço aéreo, monitorar o mar territorial e no caso os satélites espiões tão necessários para a coleta de informações estratégicas fora de nossas fronteiras.

  5. Vc pode notar q o avanço de qlq pesquisa está atrelada ao financiamento, os programas espacial da China e da India surgiram mt anos depois do BRASIL ter o dele; eles vão lançar estções orbitais e nós nem foguete temos…das tres duas: ou somos mt burros ou n autoridades ñ tem a visão estratégica necessária p defender o n país..Sds.

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