Vargas Llosa critica Chávez, Uribe pede mais ação do Brasil

EFE  —   O escritor peruano Mario Vargas Llosa criticou o governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez enquanto o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe pediu ao Brasil que seja mais ativo perante as “ameaças” à democracia, durante encontro com ex-governantes José María Aznar, da Espanha e Jorge Quiroga, da Bolívia. Os quatro se encontraram em Santiago nesta sexta-feira durante um seminário sobre “O futuro da liberdade em um mundo global”, organizado pela conservadora Fundação Liberdade e Desenvolvimento.

O Nobel de Literatura Vargas Llosa, que definiu Chávez como “anacrônico e risível”, considerou que o líder venezuelano não representa “a cara da esquerda” latino-americana atual, que segundo sua opinião é identificada pelos governos do Brasil e do Uruguai. O escritor peruano alertou que a América Latina não vai seguir nem o modelo cubano, “que está em processo de desintegração”, nem o venezuelano, que na sua opinião “é velho” e “não funciona”.

No entanto, alertou dos “populismos com resultados catastróficos” que segundo sua opinião são implantados na Bolívia, Nicarágua e Equador. Por sua vez, Uribe alertou sobre a existência de “novas ditaduras imaturas, que se proclamam como os líderes da esquerda e incorrem nos piores vícios das ditaduras de direita”.

Ao ser questionado sobre o papel do Brasil na região, Uribe lembrou que seu Governo apoiou a criação em 2008 da União de Nações Sul-americanas (Unasul), que foi concebida como um projeto de Luiz Inácio Lula da Silva, mas exigiu que esta organização rejeitasse os grupos violentos.

Em uma aparente alusão ao Brasil, Uribe acrescentou que “um poder econômico” deve também ter “uma posição clara frente aos agressores da democracia e aos cúmplices do terrorismo”, e criticou a estratégia diplomática que segundo sua opinião se estendeu na região.

Fonte:  Terra

10 Comentários

  1. Uribe é o cara! Com pulso firme determinação aplicou sucessivas derrotas nos narcoterroristas das FARCS além de ter peitado seus patrocinadores Idi Amin Chávez e Palhaço Correa.

  2. pois eh o Brasil devia ser mais claro msmo…
    …em relação as bases americanas na colômbia isso é um risco muito maior que o coitado do chavez…

  3. É,… cada um tem a sua opinião que devemos respeitar,é assim que se exerce a democracia entre nós.
    Já para mim, Uribe é um fanfarrão que nem os americanos o levaram a sério,ele foi um verdadeiro trouxa nas mão deles.

  4. José María Aznar: esse é o premiê espanhol que veio a público para dar apoio aos militares venezuelanos que executaram um golpe de estado contra Chávez. Tirando ele, só um outro chefe de estado teve a mesma atitude: Bush, o humanitário Bush. Toda a América Latina condenou o golpe. O tipo de democracia de que essa turma gosta, nós sabemos qual é: o que está alinhado aos seus interesses geopolíticos.

    Qualquer conversa sobre intervenção em nome, ou da democracia, ou dos direitos humanos, sempre esconde interesses ulteriores. Essa retórica nunca foi a do Itamaraty, nem nesta época, a de Lula, nem antes. A pedra de toque da diplomacia brasileira sempre foi o direito dos estados à autodeterminação. É por essa razão que até presidentes direitistas do Brasil – por exemplo, Jânio Quadros e FHC – se recusaram a fazer críticas à política doméstica de países como Cuba: algo que o Departamento do Estado americano exigia da parte de presidentes latinoamericanos. Também foi pela mesma razão que, em contraste a seu antecessor, Castello Branco, Costa e Silva se opôs à recriação da Força Inter-Americana de Paz.

    Uribe é o cara! Com pulso firme determinação aplicou sucessivas derrotas nos narcoterroristas das FARCS além de ter peitado seus patrocinadores Idi Amin Chávez e Palhaço Correa.

    Uau, e o bonequinho de ação do Uribe, você já o comprou?

  5. O Brasil não serve de exemplo: Tem que primeiramente melhorar o seu Sistema Político, obtendo parlamentares de alto nível intelectual e moral, colocando para fora e na cadeia,todos os políticos venais, e acabando com os Traficantes Guerrilheiros Urbanos (TGU). Certo ?
    Como vamos nos meter nos países alheios, se não servimos de modelo para ninguém …

  6. Caro Rafael:

    Gostando ou não de Uribe, o fato é que ele rompeu com a criminosa leniência do estado colombiano com os guerrilheiros e seus sócios traficantes. Nesse processo terminou por desnudar o apoio criminoso que Idi Amin Chávez e seus lacaios tais como Palhaço Correa davam aos narcoterroristas. Palhaço correa reclamou da invasão do território equatoriano quando da ousada ação que eliminou Raul Reyes mas o fato é que, uma vez que era conivente com o uso do seu território pelas FARCS, teve de aguentar com as consequencias. Basta ver que as ações de Uribe, que hoje são continuadas por Juan Manuel Santos, provocaram o desmantelamento da engrenagem criminosa que alimentava as FARCS sendo os últimos golpes a morte de Mono Joy e a cassação do mandato de Piedad Córdoba, que embora tenha sido conduzida ao senado pelo voto popular traiu o povo colombiano e preferiu servir à narcoguerrilheiros e à chefes de estado estrangeiros.

    Não adianta negar meu caro Rafael, os fatos estão aí para quem quiser ver, mesmo sendo simpatizante do bolivarianismo que empurra alguns países da américa latina mais fundo em direção ao “thirld world”

  7. Até dois atrás eu era contra Hugo Chávez, mas meditando a respeito, vi que antes dele a Venezuela tinha uma concentração de renda sub-humana e as riquezas do país estavam nas mãos das multinacionais estrangeiras.Parece que a maioria quer ele no poder.
    Eu era um Vargas Llosa há 2 dias atrás. O capitalismo é bom para uma nação, mas não o capitalismo predatório e injusto,que concentra renda.

  8. Acho escandaloso o seu estilo de escrita. “Idi Amin Chávez”, “Palhaço Correa.” Nem engraçado isso é. Um conselho meu: aprenda a ser menos partidário e a ver mais nuances nos eventos do mundo. O monopólio da verdade não é posse de nenhum partido. Mas pra você não é assim. Pra você, há um grupo – o dos EUA, o da direita internacional, não sei bem – que sozinho tem o privilégio de sempre estar correto. E o que é útil para ele, é bom em si. E o ruim para ele, é ruim em si. Prova de que você pensa assim, é que há poucos dias você pediu a prisão, ou até o assassinato, de Julian Assenge e censura às wikileaks. Julian Assange é ruim para a agenda externa dos EUA. Logo, para você, ele é ruim em si; para você, direitos humanos – por exemplo, o de liberdade de expressão, um direito que você invoca com a boca cheia para atacar certos presidentes latinoamericanos – não se aplicam a pessoas como Assange: pessoas que, de uma forma ou de outra, não são úteis à agenda internacional americana.
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    Que, em segredo, Chávez tenha dado algum tipo cobertura às FARCs – cobertura logística, financeira, seja qual for -, não é improvável. Auxiliar grupos separatistas de países inimigos, é coisa que outros países já fizeram: por exemplo, os EUA. Sobre isso Dalai Lama contou coisas interessantes. Em décadas passadas, segundo ele, a CIA chegou a contatar separatistas tibetanos com a intenção de lhes apoiar em seus esforços de secessão. E de novo segundo o Lama, as intenções da CIA não eram humanitárias: em relações internacinais, humanitarismo não existe. O que ela queria era enfraquecer a China internamente.
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    Agora, o que você diz de Correa está errado. Não há prova de que ele tenha intencionalmente colaborado com as FARCs, quer de modo ativo ou passivo. Do contrário, Uribe não teria oferecido, a ele e ao Equador, desculpas incondicionais depois da invasão a que você se refere. Sua insistência em pensar o contrário deve ser fruto de ignorância e de preconceito ideológico. Já que Correa não é aliado aos EUA, você se dá o direito de demonizá-lo com invenções.
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    Agora, quanto ao narcotráfico na Colômbia, há muito que você parece não saber. Por exemplo, isto: que, além das FARCs, há outros grupos paramilitares na Colômbia – o mais das vezes, grupos de direita, grupos que são rivais das FARCs e que também recorrem ao narcotráfico para levantar fundos para suas operações de guerra. Ou isto: que mais de 70% dos assassinatos políticos de civis na Colômbia são obra desse último grupo, o dos paramilitares de direita – e não das FARCs. Ou ainda isto: que Uribe e gente de sua família são acusados de terem financiado grupos paramilitares e de terem lucrado com o narcotráfico e que, como presidente, ele foi acusado também de suprimir ações judiciais contra membros daqueles grupos. A Human Rights Watch – um grupo que não é lá muito amigo da Venezuela, algo que também você pode verificar rapidamente pela internet, acusa Uribe de negligência por não ter investigado ligações de grupos paramilitares com o exército colombiano. Há

    http://en.wikipedia.org/wiki/Paramilitarism_in_Colombia
    http://en.wikipedia.org/wiki/Alvaro_Uribe

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