Robô submarino autônomo tem olhos de laser

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/imagens/010180101214-auv-fraunhofer.jpgRobôs nos mares

Com larga margem de vantagem, as fábricas são as campeãs no uso de robôs – existem milhões de robôs industriais em operação em todo o mundo.

E você sabe qual é a segunda colocação nessa competição pelo uso de “trabalhadores automatizados”?

São os oceanos. Ou, talvez fosse melhor especificar, é o monitoramento ambiental marinho.

Já existem robôs monitorando todos os oceanos da Terra e há projetos que pretendem enviar enxames deles para desvendar os segredos da vida marinha.

Veículos submarinos autônomos

A grande vantagem dos robôs submarinos é que eles não precisam respirar, podendo ficar meses mergulhados a grandes profundidades, coletando dados inacessíveis aos mergulhadores humanos – eles só precisam vir à superfície para transmitir esses dados.

Contudo, esses “veículos submarinos autônomos” são excelentes para o trabalho em mar aberto, onde podem flutuar e mergulhar à vontade, mas não ajudam muito quando o trabalho a fazer é a inspeção de navios atracados, os canais de atracação dos portos ou instalações de cabos submarinos.

“Por enquanto, a tecnologia é cara demais para realizar trabalhos rotineiros, como a inspeção de represas ou o casco de navios,” diz o Dr. Thomas Rauschenbach.

Foi por isto que ele e sua equipe começaram a desenvolver uma nova geração de robôs submarinos autônomos, que possam ser programados para fazer tarefas muito específicas de forma independente – e precisa.

Robô com olhos, cérebro e ouvidos

O maior desafio encontrado foi dar aos robôs subquáticos uma visão com resolução suficiente para permitir a tomada de decisões e a navegação segura – na maioria dos locais onde eles deverão ser empregados, a água é turbulenta e turva.

Isso exigiu “olhos” bem mais complexos do que uma mera câmera digital. A “percepção óptica” dos robôs é baseada em um sistema que reúne um mecanismo especial de captura de imagens e um software de análise.

Primeiro, o robô determina a distância do objeto. A seguir, a câmera emite um pulso de laser, que será refletido pelo objeto – o muro de uma represa ou o casco de um navio, por exemplo.

Então, microssegundos antes que a luz refletida chegue de volta à câmera, ela abre seu diafragma, permitindo a captura precisa e seletiva do laser refletido.

Os dados são enviados para o “cérebro” do robô, que traça um quadro do ambiente ao seu redor, permitindo a navegação precisa, já que esses “olhos a laser” funcionam continuamente.

O robô também tem “ouvidos”: sensores de ultrassom que permitem a inspeção dos objetos. Em vez da tecnologia convencional de sonar, os pesquisadores estão usando ondas sonoras de alta frequência, que são refletidas pelos objetos e capturados pelos sensores – veja mais sobre o potencial de novas tecnologias nesta área nas reportagens Laser de som fica mais próximo da realidade e Equipamento dispara projéteis de som.

Ritual de maioridade

Se as baterias de lítio ameaçarem ficar sem carga no meio de uma missão, o robô automaticamente salva os dados, entra em modo de hibernação e volta para a superfície.

O protótipo, em formato de torpedo e com dois metros de comprimento, começou a ser testado em um tanque pequeno, mas suficiente para avaliar as funções-chave do robô.

Os pesquisadores planejam enviá-lo para sua primeira missão no segundo trimestre de 2011.

E não será um teste qualquer: eles pretendem verificar se seu robô é mesmo autônomo submetendo-o a um verdadeiro ritual de maioridade, fazendo-o mergulhar 6.000 metros.

Fonte: Inovação Tecnológica

4 Comentários

  1. O uso de tecnologia laser, mais especificamente a do laser azul/esverdeado (seja lá o que isto quer dizer) sempre foi tida como a solução para deixar o mar transparente, acabando com a supremacia do submarino e o tornando obsoleto de uma hora para outra.
    Tal previsão não se mostrou realista (ainda), mas sem dúvida já vemos os primeiros passos dessa tecnologia tomando forma tanto na guerra antiminas quanto na operação de robôs submarinos.
    No futuro tal tecnologia deverá ser usado na detecção de submarinos e na cabeça de busca de torpedos, podendo inclusive ser uma solução para a orientação de torpedos supercavitantes que não são compatíveis com o sonar.

  2. P a MB seria a mão na roda, uma centenas deles bem armados e vigiando n mares…Quial empresa BRASUCA está nesse nicho de negocio? É o futuro da vigilância maritima, + o satélites geoestacionários e dirigiveis de patrulhas multifunções p até ajuda nas comunicações a alturas mt grandes…P Ontem.

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