Embraer planeja entrar em novos negócios

Por Virgínia Silveira

O conselho de administração da Embraer aprovou, ontem, uma proposta de alteração do estatuto da empresa na parte de denominação e objeto social. Pela proposta, que será submetida em breve à avaliação em assembleia geral de acionistas, a denominação da companhia será alterada para “Embraer S.A.” e seu objeto social passa a contemplar outras atividades tecnológicas, industriais e de serviços correlatos nas áreas de defesa, segurança e energia.

“A atuação da Embraer estava muito limitada ao setor aeronáutico, em função de um objeto social que foi definido em 1969. Dessa forma, a empresa só podia fazer o que voa e ela precisa voar mais alto e aproveitar as novas oportunidades que estão surgindo no contexto de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016”, diz o diretor de comunicação da Embraer, Carlos Camargo.

Segundo o executivo, a decisão de mudar o estatuto está baseada em uma visão de médio e longo prazo e tem como objetivo preparar a empresa para as novas demandas nas áreas de energia, sistemas de segurança e defesa, que antes não podiam ser exploradas por conta do seu atual objeto social. “Queremos deixar o estatuto pronto para atender a estratégia de diversificação da companhia, que dará condições para que ela possa participar de forma mais efetiva do Programa Nacional de Defesa e de outros negócios.”

Camargo disse que as mudanças anunciadas ontem não são resposta à joint venture formada recentemente entre o grupo Odebrecht e o consórcio europeu EADS Defense Security (DS). As duas empresas se uniram para explorar o potencial do mercado de defesa brasileiro, desenvolvendo equipamentos para os programas de modernização das Forças Armadas.

Em entrevista ao Valor, em junho deste ano, o presidente da DS, Stefan Zoller, disse que a joint venture vai atuar nas áreas de sistemas para vigilância costeira e de fronteiras e também de guerra eletrônica. O executivo comentou ainda que vê grandes possibilidades de ampliar seus negócios no mercado brasileiro com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.

O diretor da Embraer disse que a estratégia de crescimento na aviação comercial e executiva também será mantida. “Somos líderes no segmento de jatos de até 120 assentos e para mantermos essa posição precisamos acompanhar as inovações do mercado e isso pode envolver várias decisões ainda em estudo, como a remotorização dos E-Jets ou o desenvolvimento de uma aeronave de maior porte.”

Na aviação executiva, a Embraer tem dois novos produtos que entrarão no mercado nos próximos anos e continua avaliando a possibilidade de fazer jatos executivos de longo alcance. A área de defesa, diz Camargo, poderá ampliar o escopo de atuação com a mudança de estatuto, fazendo sistemas de vigilância e monitoramento para equipar não só a Aeronáutica, mas também a Marinha e o Exército.

Na opinião de fontes do setor de defesa, que acompanham de perto a Embraer, a mudança no estatuto dará à empresa maior flexibilidade para oferecer programas mais completos e integração de sistemas para as áreas de defesa. No setor de energia, segundo as fontes, uma área que está sendo analisada pela Embraer é a eólica. “A diversificação é uma decisão estratégica que visa o crescimento futuro de uma companhia com competência gerencial e de engenharia para fazer outras coisas, além de aviões”, disse uma fonte.

Antes de ser submetida à avaliação dos acionistas, a mudança no estatuto da Embraer deverá ser apreciada pela União Federal, que detém a ação especial “goden share”, por meio da qual pode exercer seu direito de veto ou se manifestar favoravelmente à matéria, dentro de um prazo de 30 dias.

Fonte: VALOR ECONÔMICO, via NOTIMP

14 Comentários

  1. a embraer poderia desenvolver “uav”, motores supersonicos, poderia ter participaçao no programa espacial brasileiro com desenvolvimento de certos tipos de materiais(tecnologias), poderia tb ajudar a desenvolver radares(de todos os tipos), e tb poderia atuar com outros produtos sei la eu qual?

    mais um exemplo disto é a hyundai que faz carros e motores de navio , a siemens que faz diversos tipos de produtos para diversos setores de produçao(carros celulares e etc.), a bosch tb, e varias outras empresas ai no mundo.

  2. Literamente a Embraer está com novos Ares,quem sabe tendo maior poder de decisão, ela se une a algum tigre asiatico(Coreia do Sul,Japão,China) pra desenvolver um avião de 5ªgeração, e quiça até ums misseis em conjunto com empresas naçionais, numa areá que quase não se faz nada, alguem neste site sabe de algums sistema de misseis, em desenvolvimento, neste gigante adormeçido,pode até ter nome de peixe o importante é ter qualificações(alias pareçe que Brasil,esta bocejando para acordar em assuntos de defesa).Se o Irã desenvolveu misseis de medio/longo alcançe, porque não nós, que temos mais tecnologia do que eles.

  3. Estufa o peito, arregaça as mangas, e vai pra cima! Foi assim que chegamos a 3ª maior do planeta! Capacidade, competência, criatividade não lhe faltam…
    Gostaria mesmo é de ver nosso portfólio militar aumentando! A menina dos olhos de todos os admiradores dessa fabulosa empresa seria um caça nacional. Sei das dificuldades envolvendo o mercado mas… quem sabe!

  4. “a embraer poderia desenvolver “uav”, motores supersonicos, poderia ter participaçao no programa espacial brasileiro com desenvolvimento de certos tipos de materiais(tecnologias), poderia tb ajudar a desenvolver radares(de todos os tipos), e tb poderia atuar com outros produtos sei la eu qual?”
    Pois é, Leonardo, ‘poderia’, mas ela não faz.

    “ela se une a algum tigre asiatico” seria o fim da Embraer, já viu o que aconteceu com a China?

    “quiça até ums misseis em conjunto com empresas naçionais” tomara Nivaldo, mas ela nem pensa.

    “A menina dos olhos de todos os admiradores dessa fabulosa empresa seria um caça nacional.” Daniel, isso é música para os ouvidos de todos nós leitores do Plano Brasil, mas a Embraer…não quer.

    “Capacidade, competência, criatividade não lhe faltam…” é claro que não, com todo respeito, falta camisa. O país precisa é de uma empresa verde-amarela que como primeiro objetivo, desenvolva um caça e um vantc(AlCarvalho). A Embraer tá pensando na segurança de eventos esportivos.

  5. A Embraer, já demonstrou que tem competência em projetar de desenhar aeronaves. Desde que não afete seu principal negócio, e tenha suporte financeiro seja via governo ou privado para expandir para novos mercados, sim, seria ótimo que isso ocorresse. Poderia se tornar um conglomerado como a EADS. Aliás é bom que ela se expanda, ou poderá vir a ser objeto de aquisição.

    []’s

  6. Milton Brás Cabral :“a embraer poderia desenvolver “uav”, motores supersonicos, poderia ter participaçao no programa espacial brasileiro com desenvolvimento de certos tipos de materiais(tecnologias), poderia tb ajudar a desenvolver radares(de todos os tipos), e tb poderia atuar com outros produtos sei la eu qual?”Pois é, Leonardo, ‘poderia’, mas ela não faz.
    “ela se une a algum tigre asiatico” seria o fim da Embraer, já viu o que aconteceu com a China?
    “quiça até ums misseis em conjunto com empresas naçionais” tomara Nivaldo, mas ela nem pensa.
    “A menina dos olhos de todos os admiradores dessa fabulosa empresa seria um caça nacional.” Daniel, isso é música para os ouvidos de todos nós leitores do Plano Brasil, mas a Embraer…não quer.
    “Capacidade, competência, criatividade não lhe faltam…” é claro que não, com todo respeito, falta camisa. O país precisa é de uma empresa verde-amarela que como primeiro objetivo, desenvolva um caça e um vantc(AlCarvalho). A Embraer tá pensando na segurança de eventos esportivos.

    É Milton, infelizmente ela já declarou isso! Eu disse que para mim, e acho que para todos aqui, realmente seria fantástico ela entrar neste nicho! Seria uma briga ferrenha, mas assim o foi quando ela decidiu alçar voos mais altos, saindo dos turbo-helices e entrando na era do jato…
    Quem sabe em poucos anos os homens por tráz dela não mudam de ideia, e enchem nossos olhos com um caça de 5º geração! Sonhar não custa nada… e foi assim que ela surgiu… do sonho de pessoas que acreditavam poder fazer do Brasil um destaque no campo da aviação, e fazer juz ao nome do homem que foi o primeiro a voar com o mais pesado que o ar…
    Abraço.

  7. Carlos Argus, Daniel Rosa, acho que agora com o KC390 vai estar muito ocupada, melhor o governo tomar a iniciativa de criar uma empresa para o caça, como propôs aqui Al Carvalho, e aí que a Embraer entre com um 20% sei la.
    O que todos queremos é um caça brasuca, abraços!

  8. e muito bom ver a embraer expandindo seus negoçios espero que ela entre(e consiga espaço)em outros segmentos alem dos setores de aeronautica,defesa,energia etc…,eu como afiçionado tambem por carros espero que ela entre neste segmento e muitos outros tambem.AVANTE EMBRAER!!!

  9. FINALMENTE ALGUÉM NA EMBRAER ACORDOU! QUE ELA NÃO PODE FICAR DEPENDENTE SOMENTE DO SETOR AERONÁUTICO COMERCIAL (REGIONAL E EXECUTIVO). QUE ELA NÃO ESQUEÇA DO SETOR ESPACIAL, TÃO CARENTE NO BRASIL DE UMA EMPRESA NACIONAL FORTE. QUE ELA NÃO ESQUEÇA DO TANQUE OSÓRIO PARA O EXERCITO BRASILEIRO. VIVA…

  10. Milton Brás Cabral :Carlos Argus, Daniel Rosa, acho que agora com o KC390 vai estar muito ocupada, melhor o governo tomar a iniciativa de criar uma empresa para o caça, como propôs aqui Al Carvalho, e aí que a Embraer entre com um 20% sei la.O que todos queremos é um caça brasuca, abraços!

    É Milton, queremos um caça nacional. A Embraer criou a planta de Gavião Peixoto para auxiliar no Super Tucano, na familia ERJ… acho que bastaria mais uma planta, e uma amplicação no quadro de funcionários. Não sei se o Governo bancaria uma empresa, até pq a Embraer já foi estatal, e se tem uma coisa que o governo não sabe, é administrar uma empresa. Pelo menos não soube no caso da Embraer, que foi vendida com um prejuizo de mais de $400milões/ano, e passou a dar lucro dois anos depois. Vamos ficar na torcida, que é a vontade de 10 a cada 10 leitores aqui do forum… um caça verde e amarelo, de preferência de 5ª geração!
    Um abraço e boa semana.

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